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SINOPSE
ENREDO 2009
De Paraitinga ao Palácio da Saúde. Oswaldo Cruz, o Médico do Brasil Justificativa:
"Oswaldo era muito mais que um cientista ou um sanitarista, era um daqueles personagens originais que marcaram o país na entrada deste crucial século XX, junto com Santos Dumont, Lima Barreto, Euclides da Cunha. Um brasileiro extraordinário”. Moacir Scliar Hoje os arautos da história são científicos e se banham de vermelho, dourado e branco, o Tigre mostra as garras e trás nas veias a paixão pelo carnaval e abençoado pelas Deusas Serpentes pede licença para adentrar a Passarela João Jorge Trinta para contar essa grande história. No dia 05 de Agosto de 1872, na pequena São Luis de Paraitinga, nasce aquele que revolucionaria a medicina brasileira. Oswaldo Cruz. Exaltar essa figura tão importante na história da ciência e da medicina brasileira não é tarefa fácil. Sua vida sempre esteve envolvida com a arte da medicina, graças às pesquisas desse grande sanitarista o Brasil se livrou de pragas como a febre amarela, peste bubônica e a cólera, foi malhado e com humor a imprensa criticava todos os seus projetos, mal sabiam eles que seriam de extrema importância e eficácia para a transformação do Rio de Janeiro através dos seus “Sonhos Tropicais” e de Pereira Passos. Oswaldo Cruz foi um marco, cortou o Brasil atrás de melhoras para o país que tanto amava e assim se tornou o “Médico do Brasil”, elogiado, aclamado se torna prefeito de Petrópolis e realiza um dos seus maiores trabalhos deixando assim um legado exemplar e maravilhoso na história do Brasil. “De Paraitinga ao Palácio da Saúde. Oswaldo Cruz, o Médico do Brasil”. Os arautos da ciência trazem uma grande história, prestem atenção! Na pequena cidade de São Luis do Paraitinga ele nasceu, Oswaldo Gonçalves Cruz. Tropeiros que cortavam o país trouxeram as primeiras riquezas da região, mais tarde o aroma do café se espalhou pelas ruas e casas da cidade, poderio que fez riqueza dos barões de café da cidade e de todo o Brasil. Foi para o Rio de Janeiro aos cinco anos, com o pai Dr. Bento Gonçalves Cruz aprende amar a medicina, fiel aos estudos e a tudo que aprendeu se matriculou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Fascinado Oswaldo Cruz toma conhecimento de uma revolução na medicina, era Louis Pasteur que revelava nas descobertas no campo da microbiologia e isso fascinara o rapaz que se dedica a essa área. Quantas realizações o futuro guardava para o jovem médico, com ajuda do professor Rocha Faria tem o primeiro contato em seu laboratório com a ciência que o despertara tanta curiosidade e quando o mesmo é elevado a Instituto de Higiene, Oswaldo Cruz se torna assistente de Rocha Faria; com dois anos de curso a revista “Brazil-Médico” publica dois de seus trabalhos e três anos depois se forma defendendo a tese “A veiculação microbiana pelas águas”. Um ano após se formar perde o pai e grande amigo e assume o ambulatório da fábrica de tecidos corcovado que era chefiado por Dr. Bento, alguns meses depois se casa com o grande amor de sua vida Emilia da Fonseca e vai para Paris estudar Bacteriologia no Instituto Pasteur referencia mundial na área. Ainda na “cidade luz” ele aprender a arte da vidraçaria e começa a produzir seus próprios materiais de laboratório como pipetas e tubos de ensaio, e desenvolve uma paixão pela fotografia que usa de grande aliada para registrar tudo que estava estudando. Formado e de volta ao Brasil os laços de amizade do médico trouxeram uma missão do instituto Pasteur para estudo da febre amarela e da amizade que fez com Vital Brazil quando esteve em Santos integrando uma comissão da Diretoria Geral de Saúde Pública para combater a infestação de ratos transmissores da peste bubônica nasceu a idéia de criar o Instituto de Sorologia Federal que foi aprovado e construído na Fazenda de Manguinhos no Rio de Janeiro sob direção do Barão de Pedro Affonso onde atuaria como diretor técnico na área de produção de soro e vacina contra a peste bubônica até a saída do barão quando enfim se torna diretor geral do instituto. No Rio de Janeiro vive um tempo de glórias, ao lado de Pereira Passos coordena a transformação da capital federal e promove uma verdadeira mudança. Enquanto o prefeito mudava a cara da cidade no que foi chamado de “Bota-Abaixo”, Oswaldo Cruz declarava guerra às pragas que assolavam a capital criando o batalhão mata mosquito e promoveu uma limpeza geral da cidade com intuito de exterminar os focos de proliferação do mosquito transmissor da febre amarela, enfrentando o mal da peste bubônica comprando e aniquilando os ratos da cidade e por fim comandando a revolta da vacina contra a varíola, promovendo uma verdadeira guerra apoiada pelo governo contra a população que não queria se vacinar, em duas semanas a lei de vacinação obrigatória ou “código de tortura” como a população chamava, vacinou grande parte da população enquanto os jornais malhavam e criticavam a postura do médico. Em um ano, Oswaldo Cruz consegue controlar as pragas que assolavam o Rio de Janeiro, o projeto de transformação da capital tornou a “Cidade Morte” em “Cidade Maravilhosa” realizando o sonho de transformar o Rio em uma “Paris Tropical”. Oswaldo Cruz foi reconhecido, queria o melhor pelo seu país e pela saúde da população, em 1908 inicia a criação do “Pavilhão Mourisco” do Instituto que agora já tinha seu nome em agradecimento a todos os serviços já prestados. Algum tempo depois ele cria e parte em expedições sanitárias por todo o Brasil para poder estudar as formas que se encontravam as condições de saúde e higiene da população, foi aos portos, ajudou a combater a malária que dizimava os operários da madeira-mamoré e livrou Belém do Pará de um surto de febre amarela e num verdadeiro mergulho Brasil à dentro, foi convidado pela companhia ferroviária Central do Brasil a inspecionar uma nova ferrovia que ligaria Pirapora (MG) no vale do São Francisco até Belém. Por fim já muito cansado e adoentado se tornou imortal na Academia Brasileira de Letras por ter uma das maiores acervos bibliotecários do país, foi uma última vez a Paris, retornara ao Rio de Janeiro e a pedido do governo estadual declarou guerra as formigas saúvas que estavam devastando as plantações do estado, mas devido a um problema de descolamento de retina se afasta. Em 1916 se desliga totalmente do Instituto de Manguinhos e a pedido do governador Nilo Peçanha e se torna o primeiro prefeito de Petrópolis, transforma a cidade assim como fez no Rio de Janeiro, planta hortênsias nas beiras dos rios e na cidade, constrói o jardim botânico e praças para a melhora da qualidade de vida da população e cria uma linha de bonde que ligava toda a cidade à capital do estado. Então em fevereiro de 1917 aos 44 anos, é encerrada toda a obra da vida de Oswaldo Cruz o grande médico e sanitarista falecera, mas seu nome nunca haveria de cair no esquecimento, todas as vezes que se fala em cientista brasileiro é de Oswaldo Cruz um dos primeiros nomes que vem a mente, herói nacional, médico do Brasil, são tantas as formas que podemos usar para recordar dessa ilustre figura que hoje é símbolo da ciência brasileira. |
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