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A Cabuçu canta pra subir no Centenário de Bángbalà (Unidos do
Cabuçu - 2020)
A
Unidos do Cabuçu tem o prazer de apresentar a sinopse do enredo
“A Cabuçu canta pra subir no centenário de
Bángbàlà!”, uma prece a este personagem
emblemático nas religiões de matrizes afro-brasileiras.
Com o axé desse ogã, o mais velho e ainda vivo no Brasil, sigamos a um Carnaval 2020 emocionante e com muita energia e vibração, o trabalho será assinado pelos carnavalescos Lane Santana e Jorge Lucas. Sinopse A Unidos do Cabuçu pede licença ao povo de rua, para que os caminhos da avenida sejam abertos afim de contar com êxito a história de vida do grande mestre que ao toque de suas Mãos exalta a presença dos Orixás, com a licença de Exú: O início de um caminho, uma trajetória, um legado… No momento de seu nascimento na Bahia, o jovem Luiz Angelo da Silva recebe uma missão dos Orixás, levado por seu pai carnal (também seguidor do candomblé), ao terreiro de Mãe Lili D’Oxum onde é feito no santo, iniciado no candomblé recebe o nome de Bángbàlà. Filho de Pai Xangô, o Grande Rei Justiceiro e escolhido por Oxum não nega a tradição do candomblé, do artesanato ao Axexê, Bángbàlà percorre o caminho traçado por seu destino: amizade além dos horizontes… o grande mestre Griot, ao longo de sua jornada rodou o mundo, conhecendo personalidades da política, bem como artistas, mães e pais de santo, fazendo grandes amizades, uma destas, inclusive por proximidade ideológica, foi com Mãe Beata de Iemanjá, que durou por toda a vida. Além de seu compromisso espiritual, teve que cuidar como todo mundo de sua vida carnal, guiado por Ossain traçou um caminho pela área da saúde, trabalhou e se aposentou servindo ao próximo, no hospital Salgado Filho. Ogan Bángbàlà dedicou-se a música, tendo gravado vários CDs com as cantigas dos Orixás. Ele não incorpora, mas entoando sua voz, e ao ritmo da batida de suas mãos, se faz o transe que anuncia a chegada dos orixás na terra, em suas oficinas, ensina e produz atabaques, xequeres, berimbaus entre outros instrumentos utilizados nos rituais do candomblé, sempre preocupado em transmitir seu conhecimento. Por sua vasta experiência, sendo o ogan mais antigo do Brasil em atividade, é chamado para as cerimônias dos Axexês, ritos fúnebres que chegam a durar ate sete dias. O Arco-íris de Oxumarê vem trazendo a representatividade da força e do Amor, através de sua fiel companheira Maria, o mestre segue firme em sua jornada centenária, como símbolo vivo de resistência cultural, tendo ocupado diversos cargos no Afoxé Filhos de Gandhy, na Bahia e no Rio de Janeiro. Reconhecido por sua luta constante e ensinamentos transmitidos as novas gerações, Bángbàlà, recebeu diversas homenagens, e matérias jornalísticas em vários veículos de mídia, recebendo o reconhecimento em vida do Instituto Fluminense de Religiões Afro Brasileiras e o título de Comendador, recebendo das mãos da Presidenta Dilma Rousseff, a Comenda da Ordem do Mérito Cultural, conferido pela Presidência da República do Brasil. KAÔ Kabecile! Vamos Saudar o Mestre, que sempre foi a favor da preservação das tradições e ao respeito à religião, como o fogo de Xangó, seu orixá, Bángbàlà clama por justiça, dedicando em sua vida, a luta pelo livre direito de expressão religiosa, sendo uma voz contra o preconceito e a intolerância religiosa, usando sempre a sua vasta sabedoria. Com a Proteção de Xangô, nesta celebração da vida do grande Ogan Bángbàlà, a Unidos do Cabuçu junto aos seus filhos e seguidores, vai dar continuidade a Voz que não se cala, cantando na avenida contra a intolerância e exaltando os Orixás para que abençoem o caminho de todos, encerrando esta noite de festa com as bênçãos de Oxalá e as sábias palavras do mestre: “Imo na gba um nana eemi ati lodo na nirele!” “A sabedoria se aprende com a vida e com os humildes” Axé! Autor do Enredo: Jorge Lucas Carnavalesco: Lane Santana Comissão de Carnaval: Jorge Lucas, Cristiano Prado e Cléia Jales |
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