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Sinopse Boi da Ilha 2011
Uaraná-Cécé: a Força da Vida (Boi da Ilha - 2011)

Apresentação / Justificativa

É com muito orgulho que o G.R.E.S. Boi da Ilha do Governador apresenta para o carnaval de 2011 a lenda do guaraná, por ser de uma singularidade tão especial, que define a origem de uma tribo indígena, a dos índios Sateré-Maué, e que, por extensão, caracteriza e justifica a força e a raça do povo brasileiro.

"Uaraná-cécé: a força da vida!" é um enredo destinado à revitalização da cultura indígena, recheada de lendas e mitos, que vagam pelo imaginário coletivo, servindo mesmo como base para a cultura nacional.

O enredo, também, intitula o guaraná como instituição nacional, assim como a feijoada, porque é tipicamente brasileiro, sendo descoberto, domesticado e cultivado pelos indígenas há muitas centenas de anos no interior do Estado do Amazonas, em torno das localidades de Maués e Parintins, no norte do Brasil.

Também chamado "o fruto do prazer", o guaraná merece destaque no progresso do país, pelo abundante comércio de seus grãos, destinados aos mais variados fins.

E, como determinou a bela índia Uniaí, o guaraná fortalece os fracos, conserva o jovem e rejuvenesce o velho!

Sinopse

"Uaraná-cécé: a força da vida!" versa sobre a lenda e trajetória evolutiva do guaraná, iniciando-se com a indignação do pajé com a fraqueza e passividade de sua gente, que pedia incansavelmente a Tupã (o deus do bem) uma solução.

Comovido com o apelo do pajé, Tupã respondeu que mandaria como presente um filho para salvar a tribo.

Nessa tribo existiam três irmãos, dois homens e a linda índia Uniaí, dona do Noçoquém, um lugar encantado da tribo, que se apaixonou e engravidou de um misterioso índio que surgira na aldeia.

Diante da revolta de seus irmãos, que queriam seus cuidados somente para eles, a índia fugiu do Noçoquém, terra encantada onde plantava as mais diversas ervas, pois temia pela vida de seu filho.

Aguiry nasceu belo e forte, mas queria provar da castanha plantada pela mãe no Noçoquém. Provou, gostou e queria mais, mesmo tendo sido alertado por Uniaí que seus tios eram agora os donos do lugar.

Mas a vontade foi tão grande, que o indiozinho resolveu pegar as castanhas, mas foi surpreendido pelas flechas do macaquinho-boca-roxa, a mando de seus tios, conseguindo fugir com o cesto cheio do fruto, entrando pela floresta adentro, perdendo-se no caminho.

Jurupari, o demônio das trevas, ao ver o menino não hesitou em atacá-lo, transformando-se em imensa serpente venenosa.

Uniaí encontrou seu filho já sem vida, e da tristeza fez a força:

- De você faço a semente da planta mais poderosa que já se viu!

E, plantando a criança na terra, cantava: "Grande será, curador dos homens! Todos terão que recorrer a você para acabar com as doenças, ter força na guerra, pra ter força no amor, pra ter bastante energia. Grande Será!"

Orientada por Tupã, enterrou seu filho. Do seu olho esquerdo, nasceu o falso guaraná (uaraná-hôp) e, de seu olho direito nasceu o guaraná verdadeiro (uaraná-cécé).

Dias depois, Uniaí foi ver a planta que nascera. O guaraná estava grande, cheio de frutos. Debaixo do guaranazeiro, encontrou seu filho, alegre, forte, lindo. Esse menino, que nasceu que nem planta, foi o primeiro índio Maué.

O poder do guaraná é tão grande, que gerou a tribo Sateré-Maué, criou o município de Maué e, através de estudos científicos, descobriu-se suas propriedades terapêuticas, aquecendo a economia nacional e gerando empregos.

O guaraná é como determinou Tupã: forte e energético. O pequeno notável é tão ativo, que outrora alimentava uma tribo, hoje atravessa fronteiras, para ganhar o mercado mundial.

O pajé entendeu o presente de tupã.

Ele é a força e a vitalidade. Ele é a origem da nova tribo!

E, como o guaraná, fique de olhos bem abertos: BOI DA ILHA VEM AÍ!!!!!

Guilherme Alexandre
Carnavalesco