PRINCIPAL    EQUIPE    LIVRO DE VISITAS    LINKS    ARQUIVO DE ATUALIZAÇÕES    ARQUIVO DE COLUNAS    CONTATO

Sinopse Bambas Sambario 2010

SINOPSE 2010

"Não tem pra Ninguém! A Bambas 90 é Nota 100!"


JUSTIFICATIVA

Oh-oh...
Tá pensando o que eu tô pensando, B1?
Eu acho que sim, B2!
É HORA DE EXALTAR OS ANOS 90!!!!!

Tá dado o recado, Bananas! A década de 90 – nem tão distante assim, ainda - e seus acontecimentos aos poucos começam a se tornar tão cultuados como os 80. Então já está na hora de traduzi-los em fantasias e alegorias, na magia do carnaval virtual, a fim de que a nostalgia reine dentre os espectadores na estreia da GRESV Bambas Sambario no Grupo de Acesso da LIESV, com a ideia fixa de que os 90 nunca irão terminar. Viva a Geração Trakinas! Parafraseando a histórica vinheta dos 25 anos da Rede Globo, completados em 1990: “Não tem pra ninguém! A Bambas 90 é Nota 100!”. 

SINOPSE

No ritmo da lambada, a dança proibida, a década começou com a posse de Fernando Collor de Mello, o primeiro presidente brasileiro eleito pelo voto popular depois do comando dos militares. E, de cara, tivemos de engolir um polêmico pacote econômico que confiscou nossa poupança. Antes dos jovens caras-pintadas saírem às ruas para clamar pelo impeachment do dono da Casa da Dinda, a União Soviética se dissolvia graças ao “homem da mancha” e uma guerra era transmitida ao vivo para todo o mundo. Depois da cassação do homem que clamou ao povo que “não o deixasse só”, o homem do topete assumiu e, além ressuscitar o Fusca, ajudou a estabilizar de vez nossa economia com o Plano Real e assim nunca mais o Dragão da Inflação nos atazanou. 

Pelas bandas de Seattle, um conjunto revolucionou o rock: era o Nirvana com o antológico álbum “Nevermind” e o bebê embaixo d’água na capa. Ao mesmo tempo em que o mundo tentava decorar passo a passo da complexa coreografia de “Macarena”, crianças e adolescentes presenciavam uma fábula chamada Mamonas Assassinas, cujo meteórico e gigantesco sucesso foi interrompido precocemente no alto de uma serra. Enquanto tínhamos a explosão das duplas sertanejas e dos Backstreets Boys, Spice Girls e New Kids on the Blocks da vida, o pagode também despontou nos 90. Se “a barata da vizinha” nos afligia, nada como pegar a vassoura e espantá-la. Pra depois, sair cantarolando: “diga aonde você vai que eu vou varrendo”... Em seguida, o país se viu contagiado pela onda do Axé Music. Foi um tal de “Segura o Tchan” aqui, um “Ralando na Boquinha na Garrafa” ali que eu vou te contar... Por isso, “Xô Satanás!”. 

Vamos recordar os principais acontecimentos esportivos? Nos Jogos de Barcelona, os mesmos que consagraram o “dream-team” norte-americano do basquete, a nossa seleção de vôlei masculino, embalada pelo “ai, ai, ai, ai, em cima, em baixo, puxa e vai”, conquistava a primeira medalha de ouro do país em esportes coletivos. Mas nem tudo seria felicidade... Numa manhã de domingo, o Brasil assistiria ao vivo, estupefato e impotente, ao fim de um sonho em uma batida a quase 300 por hora na temida curva Tamburello no circuito de Ímola. Ayrton Senna passaria a brilhar nas pistas divinas. Porém, dois meses depois, um grito preso na garganta seria finalmente libertado depois de um jejum de 24 anos: era o Tetracampeonato em terras norte-americanas.

Cientificamente, tivemos uma década bastante farta. A Internet tomava forma, com os computadores passando a ter fins domésticos, algo até então visto com ceticismo pelos intelectuais. As salas de aula, por um breve período, foram infestadas pelo “tamagotchi”, um bichinho virtual que a criança via nascer, dava comida para ele crescer, fazia dormir... até que um dia ele morria, para a comoção da criançada. Mas era só apertar o “reset” pra recomeçar uma nova trajetória... Os meninos, quando não colecionavam as miniaturas “cabeções” que representavam os jogadores brasileiros na Copa de 98, estavam por aí jogando tazos. No mundo do vídeo-game, daríamos vida a um ouriço azul que podia dar um giro supersônico, além de proporcionar um clube da luta cujo maior golpe chamava-se “hadouken”. Ah, e quem diria que uma simplória ovelhinha chamada Dolly iria centralizar todas as atenções... 

Tivemos fartura nas artes, tanto na TV quanto no cinema. A pureza da criançada na novela mexicana “Carrossel” incomodou e muito a Globo, assim como a bela paisagem do “Pantanal”. Os dinossauros, mesmos milhões de anos depois de extintos, voltaram à ser moda graças a um bordão: “Não é a mamãe!”. Até Steven Spielberg faria um parque só para eles... E o mundo inteiro chorou com o romance entre Jack e Rose no transatlântico “Titanic” e se divertiu com as histórias contadas por um certo “Forrest Gump”. Pena que, no Oscar, “Central do Brasil” bateu na trave. E enquanto Doug Funnie cortejava Patti Maionese cantando “Ôiô Mingau Matador”, a dupla Beavis & Butt-Head, dois jovens americanos à beira do retardo mental e obcecados por sexo (e impossibilitados de fazê-lo), levava os telespectadores da MTV à loucura. Pelas bandas da obscura Springfield, uma família maluca fazia apologia ao “politicamente incorreto”: eram os Simpsons. Faria ainda muito sucesso um desenho que, no Japão, seus efeitos visuais levaram centenas de crianças a serem hospitalizadas: Pokémon. Isso sem contar quatro tartarujas ninjas com nomes de artistas do Renascimento... Nas manhãs globais, a cachorra Priscila animava as manhãs “colossais” e quatro bonecos coloridos denominados “Teletubbies” cativavam a criançada. Numa plena época em que os hormônios dos garotos adolescentes – quando não estavam naquelas perigosas festas dos anos 90 - começavam a explodir, muito por incentivo das depilações da Tiazinha ou pela “Playboy” da Feiticeira, até hoje a mais vendida da história da revista. “Sai de Baixo!!!!!”.    

E os carnavais? Ah, os carnavais... Tivemos na Marquês de Sapucaí uma década marcada pelos belos sambas oriundos de Padre Miguel, que promoveu sua virada, exaltou as águas, afirmou que “sonhar não custa nada”, refletiu que “a mão que faz a bomba, faz o samba” e destacou a arte da música de Villa Lobos. Mas eis que a Paulicéia Desvairada da Estácio surpreendeu e o Brasil inteiro “explodiu os corações” com o Ita do Salgueiro. Com Rosa Magalhães e o “jegue escondido na história”, a Imperatriz Leopoldinense emplacaria uma sequência de títulos que até hoje é contestada pelos mais conservadores, que alegam que a verde-e-branco de Ramos realizou desfiles apenas para os jurados, com pouca empatia para com o público. Joãosinho Trinta ainda conduziria a Viradouro ao rol das campeãs do carnaval, bem como a Mangueira emocionaria com a homenagem a Chico Buarque e, por fim, arrancaria lágrimas do público com a inesquecível comissão de frente formada por sambistas em “O Século do Samba”. 

E já que o “Etê” de Varginha não deu as caras, o mundo não acabou como previsto em agosto de 1999 e o temido Bug do Milênio também não passou de disparate, quando o público acompanhar o desfile de 2010 da GRESV Bambas Sambario, cada bamba da Internet, na tela de seu computador, irá bradar: 

AH, EU TÔ MALUCO!!!! 

Texto: Compadre Washington (corrigindo, Marco Maciel)
Carnavalescos: Allejo, Janco Tianno e Rico Salamar (opa, quer dizer, Ewerton Fintelman, Leonardo Moreira e Luís Butti)
Enredo: Marco Maciel e Luís Butti

AOS COMPOSITORES: Para exaltar os 90, a GRESV Bambas Sambario deseja um samba-enredo leve, mas que tenha um requinte de lirismo e valentia, bem ao estilo David Corrêa em suas obras pra Portela. Que o espírito e a nostalgia dos 90 os ilumine na composição e proporcione à nossa escola mais um grande samba-enredo para 2010, bem como foi com a homenagem a Bezerra da Silva. Envie letra e áudio do samba-enredo para sambariobr@yahoo.com.br. Cada compositor pode concorrer com quantos sambas quiser, solo ou em parceria. Podem gravar com ou sem acompanhamento de cavaco e percussão, e de preferência com duas passadas da letra.

PS: Tomou?

PRAZO: Estaremos recebendo sambas até às 23h59min (horário de Brasília) do dia 13 de fevereiro de 2010.

Para aqueles que estão tendo dificuldades em virtude das muitas citações na sinopse, quero comentar que as coloquei com o intuito de familiarizar o compositor com o tema, já que a memória dos anos 90 ainda continua fresquinha na mente de todos. É evidente que vocês não precisam enfiar citação por citação no samba. Tentem, através das lembranças que elas proporcionam, buscar a inspiração para construirem o melhor hino que puderem sobre a década de 90.

Ainda temos muito tempo pela frente. Portanto, caprichem nos sambas. Ansiosamente no aguardo!