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Amor de Carnaval - O que passou, passou! (Arame de Ricardo - 2021)
Amor de Carnaval - O que passou, passou! (Arame de Ricardo - 2021)

Esta música retrata o passado, ilustra o presente e verbaliza o futuro.

Caem gotas de chuva do céu, ritmadas no entoar da batucada e demonstram o frescor do amor, a melhor partitura de nossas vidas. Sem esse nobre sentimento musicalizado, você seria eternamente desafinado no imenso coral humano.

Aqueles vistos a dançar foram julgados como insanos, os desavisados ouviam a festa, mas não podiam apreciar a bela canção, ou sentir o mesmo prazer, por serem insensíveis a essas lindas notas musicais.

Há memórias dos momentos vividos e nos trazem afetivamente ao passado.

A tua cobiça é o meu salão de luxo e beleza, quanto mais você me deseja, mais linda e majestosa ficarei… Linda, transparente, uma mulher maravilhosa…

Cheia de charme, elegância e muito “mimosa”…

Fascínio de sensualidade, fêmea dengosa…

Sinto um desejo enorme de abrir meu coração…

Onde você já faz morada, transbordando-o de emoção…

Dizer para você, este sentimento, não!

Posso dizer não? Claro que não!

Contigo novamente bailar como naquele carnaval que passou!

O único elemento transformador é de fato um enorme alquimista, onde tudo se frutifica em AMOR…

Quem é você? Diga-se logo…

– Que eu quero saber o seu jogo…

– Que eu quero morrer no seu bloco…

– Que eu quero me arder no seu fogo.

Ser você mesmo nem sempre é o suficiente, por isso, o mundo está repleto de pessoas mascaradas, onde fingem ser quem não são em grotesca falsidade. Assim, enganam a elas mesmas, sucumbem a um mundo de ilusões e sem o menor sentido…

Perde-se o valor, a essência…

Na grande maioria das ocasiões, esta percepção torna-se tardia demais, portanto a máscara, é a sua melhor opção…

Vejo os mascarados o ano inteiro, os beijos apenas no Carnaval.

D’inveja e garras

Propagam as rapinas

Extorquem os pobres…

São abutres dados às farras.

Mas chegará o dia desses infiéis, perdulários, exibirem as suas faces mais bizarras;

Cairão nas arapucas e todos serão caçados,

Não mais farão revoadas e nem algazarras.

Corvos cruéis! Rolarão mortos e degolados num BAILE DE CARNAVAL por um folião mascarado.

Quanta riqueza, luxo e vaidade

No salão quantos são os palhaços?

“Tim… Tim”, um brinde ao rei!

O terceiro sinal, o espetáculo proporcionado por mim irá começar.

Damas elegantes, toda a nobreza a bailar…

Quem vivia apaixonado e só cantava, no final, acabou em lágrimas!

Laiá… Laiá! Laiá… Laiá!

Minha escola exuberante, novamente vai passar.

Quem sou eu?

Posso ser Eneida, Virgínia Lane, uma moça de um cabaré qualquer!

Posso até ser a sua mulher!

Com certeza todos nós somos Arame e não vamos negar!

“NUMA BATUCADA DE BAMBA, O ARAME VEM MOSTRAR SEU SAMBA!”

Da magia das máscaras e plumas, voltamos ao ano de 1981, quando vivemos um grande AMOR em nosso bairro, morada do nosso ARAME DE RICARDO, de Albuquerque…

Em 2021, a história se repete, e o amor paira no ar!

Será que durou 40 anos?!

Aconteceu no Carnaval…

Amor de Carnaval – O que passou, passou!

Texto dos carnavalescos Fabio Giampietro e João Vitor Marques, com a revisão de Artur Cardoso.