Sinopse Unidos do Anil 2008
200
anos - A chegada da Família Real Portuguesa no Rio virou
Carnaval (Unidos do Anil - 2008)
Tudo começou a 200
anos atrás, quando Napoleão, Imperador da França, querendo
conquistar a Inglaterra, ordenou que Portugal fechasse os portos
à Inglaterra.
A ordem não foi aceita, por isso Napoleão preparou um exército
de 30.000 homens comandado pelo General Andoche Junot afim de
conquistar Portugal. Quando em Lisboa se soube que vinha aí uma
invasão francesa, todos ficaram em pânico. Naquela altura não
havia condições em enfrentar um inimigo tão forte, correndo
com isso o risco de perder a independência. O que fazer? Depois
de um tempo veio a decisão: a Família Real deveria partir
imediatamente para o Brasil que, nessa época, era uma colônia
portuguesa.
Mas quem disse que só a Família Real viria para o Brasil?
Atrás dela viriam também pessoas que ocupavam altos cargos na
corte, além de funcionários e criados do palácio. Muitos
nobres e burgueses também decidiram acompanhar a Família Real,
formando-se assim um número de viajantes espetacular: 15.000
homens, mulheres e crianças a bordo de 8 naus, 3 fragatas, 2
brigues, 1 escuna e 1 charrua de mantimentos, além de 21 navios
comercias. Imagina então a bagagem!
Depois de uma enorme confusão, todas as bagagens foram colocadas
nos porões dos navios.
No dia 27 de novembro de 1807, as carruagens chegaram trazendo os
viajantes para tomarem lugar nos botes que os levariam até os
navios para embarcarem. Mas por causa dos ventos contrários, só
no dia 29 de novembro que puderam içar velas e levantar
âncoras, para enfim realizar a travessia do Atlântico rumo ao
Brasil. Saíram por um triz, pois Junot havia entrado em Lisboa
24 horas após a viagem. Não foi propriamente um passeio
agradável. Pela pressa, houve falta de mantimentos e muitos
passageiros não encontraram seus pertences.
A natureza também contribuiu para agravar o mal-estar: houve
vendavais e o mar virou um inferno. A maioria dos passageiros
enjoou pavorosamente. Havia muita falta de higiene por causa do
pequeno número de tripulantes que fazia a limpeza dos navios, e
com o racionamento de água, muitos não podiam tomar banho. Com
todos esses problemas, um surto de piolhos fez com que a princesa
Carlota Joaquina e as damas da corte raspassem a cabeça,
enrolando-as em faixas para evitar a proliferação dos insetos.
O primeiro navio a chegar, em 03 de janeiro de 1808, aportou na
Bahia.
Era um navio alugado por particulares, avisando que vinha vindo a
Família Real.
No dia 14 de janeiro de 1808, alguns navios chegaram ao Rio. D.
João VI e a Família Real desembarcaram na Bahia em 23 de
janeiro de 1808, e no dia 26 de fevereiro seguiram em viagem para
o Rio, chegando no dia 04 de março de 1808 às 16 horas.
Impossível descrever a euforia a bordo e em terra. A armada
reunira-se de novo e ancorara em frente ao Pão de Açúcar.
A corte enfeitada encontrava engalanadas flora e fauna, numa
quase mata deslumbrante e encontrava um povo numa quase cidade,
com 46 ruas, 4 travessas, 6 becos e 19 largos. Os moradores da
Rua do Rosário e da Rua Direita, receberam aviso para ornarem as
frentes de suas casas com colchas e para alcatifarem as ruas com
areia, folhas e flores no caminho para a Catedral. O Rio de
Janeiro celebrou com 8 dias de luminárias à chegada de D. João
VI.
A Família Real, além do Palácio dos Vices-reis que pertencia a
Coroa e foi posto a sua disposição, recebeu de presente uma
quinta magnífica, a Quinta da Boa Vista, oferecida por um colono
rico e amável. Essa quinta, que tornou-se a residência
preferida de todos, atualmente é o Palácio de São Cristóvão
e o Museu de História Natural e Etnologia. Ela é um parque onde
há plantas de todos os lugares do mundo. Com a chegada da
Família Real, houve festas magníficas das quais participaram
não só os nobres, mas também o povo, cantando e dançando nas
ruas.
Em 1811, houve um espetáculo de Ópera no Teatro Real do Rio
para comemorar o aniversário de D. Maria I. O maestro foi Marcos
de Portugal.
Em 1815, o Brasil deixou de ser uma colônia portuguesa e foi
elevado a categoria de reino Unido com Portugal. No ano seguinte,
morre a velha rainha D. Maria I.
Em 1817, D. Pedro casou-se com D. Leopoldina, filha do Imperador
da Áustria. D. João VI quis decorar os Palácios com obras de
arte e contratou os pintores franceses Debret, Pradier e Taunay.
Com a comitiva da princesa D. Leopoldina, vieram os cientistas
para estudar a fauna, a flora e os minerais do Brasil.
Em 1818 realizaram-se as faustosas e ricas cerimônias para
festejar a coroação de D. João VI, depois de 2 anos de luto
devido a morte de sua mãe D. Maria I.
Enquanto a corte portuguesa esteve no Brasil, houve guerras de
norte à sul: ao norte contra a Guiana Francesa e ao sul os
conflitos eram com os territórios das colônias espanholas. Os
portugueses lutaram bravamente e saíram-se vitoriosos.
Em 1811, a guerra entre Portugal e França havia terminado. No
ano de 1820, houve uma luta entre os Absolutistas e os Liberais.
Com a vitória dos Liberais, D. João VI então teve que voltar
com a Família Real para Portugal, deixando aqui seu filho D.
Pedro como regente. Quando chegou em Lisboa, D. João VI foi
obrigado a jurar que aceitaria a governar de acordo com as
idéias dos Liberais. Cumpriu a promessa como pôde. Porém em
1821, o partido Liberal exigiu que D. Pedro regressasse a
Portugal e que o Brasil voltasse a ser colônia portuguesa.
No dia 07 de setembro de 1822, D. Pedro viajando perto das
margens do Rio Ipiranga recebe a mensagem para voltar a Portugal.
O povo brasileiro queria que ele ficasse, pois queria coroá-lo
como Imperador, e ele aceitou. Rasgou a mensagem e gritou:
"É TEMPO! INDEPENDÊNCIA OU MORTE!", estava declarada
a INDEPENDÊNCIA DO BRASIL.
Medidas e ações do governo de D. João VI no Brasil entre 1808
e 1821 e alguns acontecimentos ligados a elas:
POLÍTICAS ECONÔMICAS
Banco do Brasil - 1808
POLÍTICA E ADMINISTRAÇÃO
Imigração - 1811
Reino Unido - 1815
Aclamação de D. João VI - 1818
Regresso à Portugal - 1821
CULTURA
Imprensa Régia - 1808
Biblioteca Real - 1810
Jardim Botânico - 1811
Real Teatro de São João - 1813
Missão Francesa e Escola Real de Ciências, Artes e Ofício -
1816
Museu Real - 1818
E assim, o G.R.E.S. UNIDOS DO ANIL VEM A AVENIDA CONTAR E MOSTRAR
A FORÇA, A RAÇA, A BELEZA E A HISTÓRIA DO NOSSO POVO.