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Vou Festejar... Com Beth Carvalho, a Madrinha do Samba (Alegria da Zona Sul - 2017) Justificativa
Abrem-se as cortinas para o novo espetáculo, e almejando conquistas ainda maiores, o G.R.E.S. Alegria da Zona Sul apresenta seu enredo para o Carnaval 2017. Carinhosamente, a comunidade do Cantagalo, Pavão e Pavãozinho prepara sua melhor fantasia. Todos se vestem de alegria. O samba conduz a batucada para realizar a grande homenagem: “Vou Festejar... Com Beth Carvalho, a Madrinha do Samba” O pavilhão vermelho e branco faz a grande reverência à figura de Elizabeth Santos Leal de Carvalho, ou simplesmente, Beth Carvalho. Conhecida carinhosamente como “madrinha do samba”, exaltaremos na Sapucaí a menina bailarina que se tornou uma das cantoras mais influentes do cenário musical brasileiro. Nesta homenagem em forma de Carnaval, não realizaremos um simples passeio por sua biografia. Desfilaremos pelos caminhos da musicalidade de Beth Carvalho. Iremos festejar todos os elementos que hoje consagram 50 anos de uma trajetória fabulosa. Então, quem quiser que se una a nossa batucada. Nossa bandeira é o samba, bordado na raça de uma gente guerreira, que faz desse o seu maior momento de alegria. Por isso, podem chegar, a festança já vai começar! Sinopse Êh luar do meu céu, vem iluminar, Deixa falar o coração, o samba vai tomar a pista. Clareia o caminho, é tempo de festejar, O nosso samba está na rua, É o estandarte da nossa Alegria! Encontra a doce menina bailarina, Que se deixa encantar pelo danado violão. Faz libertar a suave voz “por quem morreu de amor”, É o mágico dom de cantar e encantar. Em suas andanças caminhou por folhas secas, Viu a alvorada, lá no morro, que beleza! E se as rosas que por aí existem não falam, Em Mangueira deixou-se envolver por um perfume único. Tal qual o jeito desse Rio de tantos janeiros, Carioca sorridente, sempre de braços abertos. Um Rio que desagua poesia por todos os cantos, Charmoso e vadio. De muita fé e festa! Que trilha caminhos do teu coração central, Para o doce refúgio onde a arte fez morada, Sob as bênçãos da divindade! Okê okê! Okê Arô! Ah, madrinha! Sua história é orgulho para a nação, Ao povo a igualdade, a justiça e a democracia! Que bom poder irmanar o samba para te aplaudir! Vem Criolé e Manequinho, toda gente alvinegra, Vem todo povo da Estação Primeira! Que bom poder falar de você, Chegam todos para festejar, É a consagração do seu jubileu artístico! Valeu, madrinha do samba! A vermelho e branco te aplaude nesse carnaval. Firma na palma da mão e na ponta do pé, A nossa batucada é “Show de Ritmo”. Hoje, a festa é toda tua menina bailarina, Obrigado, Beth Carvalho! A bênção, madrinha! Explanação Histórica “[...] Quem não gosta de samba Bom sujeito não é É ruim da cabeça ou é doente do pé Eu nasci com o samba, no samba me criei E do danado do samba Eu nunca me separei [...]” Eis o retrato de uma vida para se fazer poesia... O samba é a estrela do céu que ilumina suas andanças. É o poder reunido na voz. É presente que Deus deu. Samba é paixão, emoção, devoção. Samba que é herdeiro do semba. Batucada ancestral de quem já usava o corpo e a voz para expressar suas coisas. Por aqui te guardou, acalentou e viu tomar cada canto desse Brasil. É o tal coração de mãe. Do rico e do pobre. Do negro e do rico. Samba é pé no chão e bico fino. É de fino traje ou camisa rasgada. Entre o samba e o Rio de Janeiro, a química perfeita. Do malandro e da cabrocha. Do cravo na lapela e da rosa no cabelo. Boêmio, vadio e sério. Pode ser trinar melancólico ou o estandarte da nossa Alegria. Ele é assim, ser de tantas faces. É o tal que não tem teoria, apenas a voz do coração. Desde que o samba é samba, é assim. Ele é a voz desse Brasil. “Ah! estas cordas de aço Este minúsculo braço do violão Que os dedos meus acariciam Ah! este bojo perfeito Que trago junto ao meu peito Só você violão [...]” Quando a música encontrou a doce menina que sonhava em ser bailarina famosa, foi paixão avassaladora. As cordas de aço deram vida as notas que libertavam o verso de uma bossa nova do papel. Foi o danado desse violão que tomou de assalto o seu coração. “Por quem morreu de amor” faz ecoar a poesia romântica, na voz da juvenil que ganhava seu primeiro compacto. Doce voz, que abençoada pelo romantismo inicia suas andanças por todo o país, comprovando seu talento tão especial. Ah, doce voz da mulher que subiu o morro. Pelos caminhos tão seus, pisou em folhas secas caídas de uma mangueira que a sombra guardava sua primeira estação. Caminhou becos e vielas para então beber em sagrada fonte vívida de inspiração. Lá do alto viu a alvorada iluminar tantos barracões de zinco. Lá do alto viu quem se achegava ser feliz e quem se mudava levar saudade. Lá viu florescerem as mais belas rosas, donas de um perfume envolvente. De lá ouviu ecoar o juízo do sambista, na esperança da luz do amor chegar aos corações. É lá em Mangueira que tudo isso é possível. Mangueira é reino de sonhos de tantos reis e rainhas. De Cartola e Nelson Cavaquinho. De Zica e Neuma. Tia Fé, Tia Maria, Carlos Cachaça, Delegado e Zé Espinguela. Ah, Mangueira! Que beleza de cenário. “Mangueira teu cenário é uma beleza Que a natureza criou, ôô O morro com teus barracões de zinco, Quando amanhece, que esplendor [...]” De Mangueira e de todos os cantos dessa cidade encantadora. Maravilha carioca, abençoada por Deus. Moldura do concreto e abstrato, são tantas canções. O Rio de Janeiro, seu jeitinho único, carioca da gema. Rio que desagua sorrisos e abraços fraternos. 40º graus a beira mar ou no subúrbio. É o charme e a saudade nas cores da Cinelândia. É a fé que sobe para louvar São José lá nas bandas de Madureira. É a folia que se encontra, sob a batuta de um cacique ou nas garras de uma onça. É toda alegria de um povo que faz batucada de janeiro a janeiro! É esse Rio que faz despertar a felicidade, mas foi no subúrbio que ela encontrou um doce refúgio. Na sombra de uma tamarineira, sob as bênçãos de Oxóssi sua arte fincou raízes. Por lá, ajudou a levantar a bandeira do samba e do pagode lançando diversos artistas que se consagraram no cenário musical brasileiro. Querida por tantos, “madrinha do samba”. “Sim É o Cacique de Ramos Planta onde em todos os ramos Cantam os passarinhos das manhãs Lá do samba é alta bandeira E até as tamarineiras São da poesia guardiãs[...]” Nesta longa caminhada, é chegado o momento de festejar a grande consagração. São inúmeras premiações, homenagens e até mesmo títulos únicos. É muito sucesso! É muita luta por esse Brasil que é sua paixão, é a força na política que clama pela igualdade, a justiça e a plena democracia para o povo. Para este coração não faltam paixões. Para esta festa, lá de São Paulo da garoa, o Criolé traz o pavilhão altaneiro do G.R.C.E.S. Vai-Vai. Salve o povo da Saracura! Vem também o Manequinho, trazendo a estrela do seu alvinegro amado, Botafogo! Salve o glorioso! Vem, Estação Primeira! Pelo som dos teus tamborins e o rufar do seu tambor, todo mundo conhece ao longe, Mangueira! É tanto talento que sua voz rompeu barreiras e cruzou o espaço! Foi parar em outro planeta despertando um pequeno robô, e quem sabe, fez até marciano sambar! Ô coisinha tão bonitinha! Que honra poder festejar o teu nome nesse Carnaval. Que momento único te consagrar como estrela maior da festa da nossa gente, quando você completa um jubileu de sucesso que vale ouro! “O nome de mulher é tão sagrado Mulher é nome pra ser respeitado[...]” No melhor estilo do nosso “carioquês”: “Valeu, Madrinha”. O povo do Cantagalo, Pavão e Pavãozinho te aplaude e pede sua benção para brilhar na Sapucaí festejando os caminhos da sua trajetória musical! Firmando na palma da mão, sambando na ponta do pé. A nossa batucada é “Show de Ritmo” e vai tocar para festejar esse momento onde, com certeza, a sua alegria é a nossa Alegria! Palmas para você, menina bailarina! Obrigado, Beth Carvalho! A bênção, madrinha! “A rapaziada sambando está feliz Sacudindo com arte este país Nosso samba tá na rua [...]” Referências Bibliográficas “O Livro de Ouro da MPB: História de Nossa Música Popular de Sua Origem até Hoje”. ALBIN, Ricardo Cravo. Ediouro. 2003. Todas as páginas consultadas. “Sambeabá: O Samba Que Não se Aprende na Escola”. LOPES, Nei. Folha Seca: Casa da Palavra. 2003. Todas as páginas consultadas. Consultas Digitais Beth Carvalho em http://bethcarvalho.com/ - Acessado em 05 de Março de 2016, 11 de Março de 2016 e 20 de Março de 2016. Todas as páginas digitais consultadas. Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira em http://dicionariompb.com.br/ - Acessado em 20 de Março de 2016 e 25 de Março de 2016. Todas as páginas digitais consultadas. Referências Musicais Listagem de todos os trechos de músicas utilizados na composição da sinopse, na ordem de inserção no texto. Direitos creditados aos referidos autores. 1. Trecho de “O Samba da Minha Terra”. Autor(es): Dorival Caymmi. 2. Trecho de “Cordas de Aço”. Autor(es): Cartola 3. Trecho de “Exaltação à Mangueira”. Autor(es): Aloíso Costa e Eneas Brites da Silva 4. Trecho de “Doce Refúgio”. Autor(es): Luiz Carlos da Vila 5. Trecho de “Nome Sagrado”. Autor(es): Nelson Sargento 6. Trecho de “Nosso Samba Tá Na Rua”. Autor(es): Roberto Lopes, Canário, Alamir e Nilo Penetra. |
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