ACADÊMICOS DE SANTA CRUZ
ACADÊMICOS
DE SANTA CRUZ
FUNDAÇÃO |
18/02/59 |
CORES |
Verde e Branco |
QUADRA |
Rua do
Império, 573
Santa Cruz
23555-024
Telefone: 2419-3736
Fax: 3395-0238 |
BARRACÃO |
Rua
Benedito Hipólito
N/D |
SÍMBOLO |
Coroa |
RESULTADOS - SAMBAS-ENREDO
HISTÓRICO
Afilhada da Unidos de
Bangu e
madrinha da Unidos do Uraiti, a Acadêmicos de Santa Cruz foi
fundada em 1959, mas apenas três anos depois se filiou à
Confederação da Escolas de Samba. Seu primeiro desfile no
Rio
de Janeiro foi no dia 2 de dezembro de 1962, durante o 1°
Congresso do Samba. A escola de Santa Cruz teve uma trajetória
irregular. Em 1963, disputou o carnaval na Praça Onze pelo Grupo
3 e foi campeã. Em 1965, a Acadêmicos de Santa Cruz ficou
com o
primeiro lugar do Grupo 2, disputando o concurso principal no ano
seguinte, mas foi rebaixada logo em seguida. Em 1970 e 1985,
voltou ao grupo principal. Em 1989, a escola ganhou o desfile do
segundo grupo e subiu novamente para o Grupo Especial, mas no ano
seguinte caiu mais uma vez.
Durante o desfile de 1991, uma queda de energia
elétrica na avenida prejudicou a apresentação da
Santa Cruz,
que mesmo tendo ficado em último lugar conseguiu na
justiça o
direito de desfilar entre as grandes escolas em 1992. Mas a
decisão judicial só saiu na sexta-feira de carnaval, ou
seja,
dois dias antes do desfile. Com isso, a escola não pôde se
preparar adequadamente e amargou o último lugar mais uma vez. Em
1997 a Santa Cruz esteve entre as escolas de elite, mas acabou
rebaixada novamente.
Em 2001, a verde e branco da Zona Oeste não
conseguiu subir. O enredo "Mário Lago; na rolança do
tempo, uma vida de histórias" deu à Santa Cruz o terceiro
lugar, perdendo a vaga no Grupo Especial por apenas um ponto para
a São Clemente. A Unidos do Porto da Pedra venceu o desfile.
Em 2002, a escola ficou com
título do Grupo de
Acesso A e desfilou entre as grandes em 2003 (sendo rebaixada em
último lugar, retornando ao Acesso em 2004). A escola de Santa
Cruz derrotou a tradicional Unidos de Vila Isabel por apenas um
décimo, mas o resultado foi contestado. A Vila Isabel alegou que
houve erro no preenchimento dos mapas com as notas o que ficou
comprovado. Uma decisão judicial anulou o resultado do Grupo de
Acesso, dando a vitória à Vila Isabel, mas diante da
proximidade do carnaval, a Vila optou por não desfilar no grupo
especial, dando a vaga à Acadêmicos de Santa Cruz. Em
2004, a
escola fez um belo desfile, mas ficou com o vice-campeonato e
não conseguiu o regresso ao Grupo Especial. A Vila, que subiu,
se "vingou" do fato ocorrido dois anos antes.
A Santa Cruz, infelizmente, é uma
escola que
nunca deu sorte no Grupo Especial. Nunca conseguiu permanecer por
dois anos consecutivos na elite. Nas seis vezes em que desfilou
entre as grandes (1970, 1985, 1990, 1992, 1997 e 2003), acabou
rebaixada. Desde 2004, mantém-se na Série A.
RESULTADOS DA ESCOLA
1963
- 1ª no Grupo 3
Rio Antigo
Abílio Correia de Souza
1964
- 5ª no Grupo 2
Costumes e Tradições da Bahia
Abílio Correia de Souza
1965 - 1ª no Grupo 2
Rio, Um Fato em cada Século
Abílio Correia de Souza
1966
- 9ª no Grupo 1
Epopéia de Uma Raça
Abílio Correia de Souza
1967 - 5ª no Grupo 2
Núpcias Imperiais
Joceil Vargas
1968
- 5ª no Grupo 2
Moedas e Medalhas do Brasil
Joceil Vargas
1969 - 1ª no Grupo 2
O Rio dos Vice-Reis
Wilson Paixão
1970
- 10ª no Grupo 1
Bravura, Amor e Beleza da Mulher Brasileira
Joceil Vargas
1971 - 9ª no Grupo 2
Três Fases da Poesia
Wilson Paixão
1972
- 12ª no Grupo 2
Brasil Folclórico
Wilson Paixão
1973 - 1ª no Grupo 3
O Rio de Todos os Tempos
Wilson Paixão
1974
- 8ª no Grupo 2
O Rouxinol da Canção Brasileira
Wilson Paixão
1975 - 9ª no Grupo 2
Bahia de São Salvador, Tenda dos Milagres
Wilson Paixão
1976
- 17ª no Grupo 2
Brasília, Sonho Imperial, Realidade Nacional
1977 - 4ª no Grupo 3
Catulo da Paixão Cearense
Aganipe Guimarães
1978
- 16ª no Grupo 2
O Mestre da Musicologia Nacional
Aganipe Guimarães
1979 - 8ª no Grupo 2A
Afro-Brasileiro, Mundo Maravilhoso
José Lima Galvão
1980
- 1ª no Grupo 2A
Um Domingo na Quinta da Boa Vista
José Lima Galvão
1981 - 6ª no Grupo 1B
Amazonas, Verde que te Quero Verde
José Lima Galvão
1982
- 3ª no Grupo 1B
Braguinha, Carnaval de Sonho
Lucas Pinto
1983 - 3ª no Grupo 1B
Uma Andorinha só não faz Verão
Lucas Pinto
1984
- 2ª no Grupo 1B e 8ª no Supercampeonato
Acima da Coroa de um Rei, só um Deus
José Lima Galvão
1985 - 14ª no Grupo 1A
Ibrahim, de Leve eu Chego Lá
Gil Ricon
1986 - 8ª no Grupo 1B
E você, o que é que dá?
José Lima Galvão
1987
- 4ª no Grupo 2
Quem Espera só se Cansa
Luiz Fernando Reis
1988 - 5ª no Grupo 2
Como se Bebe nesta Terra
Luiz Fernando Reis
1989
- 1ª no Grupo 2
Stanislaw, uma História sem Final
José Felix
1990 - 15ª no Grupo Especial
Os Heróis da Resistência
José Felix
1991
- 12ª no Grupo A
O Boca do Inferno
José Felix
1992 - 15ª no Grupo Especial
De Quatro em Quatro Eu Chego Lá
Albeci Pereira e Ney Ayan (in memorian)
1993
- 4ª no Grupo A
Quo Vadis, Meu Negro de Ouro
Lucas Pinto
1994 - 7ª no Grupo A
Na Rota dos Mercados
Albeci Pereira
1995
- 5ª no Grupo A
Deuses e Costumes nas Terras de Santa Cruz
Albeci Pereira
1996 - 1ª no Grupo A
Ribalta - Luz, Sonho e Ilusão
Albeci Pereira
1997
- 14ª no Grupo Especial
Não se Vive sem Bandeira
Albeci Pereira
1998 - 3ª no Grupo A
O Exagerado Cazuza nas Terras de Santa Cruz
Fábio Angillotti e Gebran
1999
- 4ª no Grupo A
Abraham Medina em Noite de Gala
Fábio Ancillote
2000 - 6ª no Grupo A
Brasil, Do Extrativismo à Reciclagem, 500 anos de Riqueza
Fernando Alvarez
2001
- 3ª no Grupo A
Mário Lago, na Rolança do Tempo, uma Vida de
Histórias
Fernando Alvarez
2002 - 1ª no Grupo A
Papel - Das Origens à Folia - História, Arte e Magia
Fernando Alvarez
2003
- 14ª no Grupo Especial
Do Universo Teatral à Ribalta do Carnaval
Cahê Rodrigues, Rosele Nicolau Coutinho e Munir Nicolau Jorge
2004 - 2ª no Grupo A
Nas Páginas do Brasil, Santa Cruz escreveu sua
História
Comissão de Carnaval
2005
- 4ª no Grupo A
Rio - Conquistas e Glórias de uma Cidade de Histórias
Comissão de Carnaval
2006
- 6ª no Grupo A
Liberdade, Igualdade, Fraternidade: Um Sonho Chamado França
Comissão de Carnaval
2007
- 3ª no Grupo A
O Tempo que o Tempo Tem
Comissão de Carnaval
2008
- 3ª no Grupo A
Da abertura dos Portos a cidade do porto, Itaguaí - uma
história real
Comissão de Carnaval
2009
- 6ª no Grupo A
S.O.S Planeta Terra - Santuário da Vida
Comissão de Carnaval
2010
- 4ª no Grupo A
Nos Passos do Compasso
Comissão de Carnaval
2011
- 5ª no Grupo A
Paz e amor, o sonho não acabou...
Comissão de Carnaval
2012
- 6ª no Grupo A
Nas ondas do rádio... Acorda Brasil para escutar! O show do
Antônio Carlos está no ar!
Lane Santana
2013
- 10ª na Série A
O dragão do mar e a lenda do Ceará
Sylvio Cunha e Munir Nicolau
2014
- 12ª na Série A
Do toque do criador à cidade saudável do Brasil –
Jundiaí, uma referência nacional
Comissão de Carnaval
2015
- 10ª na Série A
Um pequeno menino se tonou um Grande Otelo!
Comissão de Carnaval
2016
- 12ª na Série A
Diz mata! Digo verde. A natureza veste a incerteza. E o amanhã?
Lucas Pinto e Lane Santana
2017
- 12ª na Série A
Vou levar somente o que couber no bolso e no coração...
uma viagem de sabedoria além da imaginação
Lane Santana, Munir Nicolau e Wladimir Morellembaum
2018
- 10ª na Série A
No Vôo Mágico da Esperança, quem Acredita sempre Alcança
Max Lopes
2019
- 5ª na Série A
Ruth de Souza – Senhora Liberdade, Abre as Asas sobre Nós
Cahê Rodrigues
2020
- 7ª na Série A
Santa Cruz de Barbalha - Um conto popular no Cariri Cearense
Cahê Rodrigues
SAMBAS-ENREDO
1969
Enredo: O
Rio dos Vice-Reis
Autor(es): Rubens Fausto (Rubinho) e Paulo Fernandes Lima (Paulinho)
Belas
páginas
Apresentamos de nossa história
Do Rio nos tempos dos vice-reis
Época que marcaram épocas
No ano de 1763
Quando antes era governador
Gomes Freire de Andrade
Mais tarde se consagrou
Conde de Bobadela, último governador
Aí veio o Rio dos Vice-Reis
Ainda sob o jugo português
Coube ao Conde da Cunha iniciar
O princípio foi regular
Mais tarde o Conde de Azambuja
Para o seu posto ocupar
Marquês do Lavradio
Dom Luiz de Vasconcelos e Souza
Também reinaram na cidade do Rio
Já
existia a Inconfidência
Pela nossa Independência (bis)
No Estado de Minas Gerais
Rio de
um poder exuberante
E história fascinante
A morte de Tiradentes
Por ordem do Conde de Rezende
Conde dos Arcos ocupou
E mais tarde o vice-reinado acabou
Eram lindas as cavalhadas
Capoeiras e congada
Lundu e o Maracatu
Os negros mercadores
Empunhavam os seus valores
E a festa do divino
Sinhazinha e o senhor
Faziam o grande esplendor
Rio dos vice-reis
Glória a Dom João VI (bis)
As obras que ele criou
Ao mundo elas eletrizou
1970
Enredo: Bravura,
amor e beleza das mulheres brasileiras
Autor(es): Rubens
Fausto [Rubinho] e Paulo Fernandes Lima
[Paulinho]
Brasil
És um gigante encantado
Representado por teu pavilhão
Brasil
Hoje exaltamos o teu passado
Simbolizando as glórias em nossos anais
Ao despontar desta história
Com bravura, amor e glória
Da mulher que o mundo criou
Exuberância
de Clara Camarão
Que em Pernambuco (bis)
Cumpriu sua missão
Brasil
Simbolismo de riqueza
Desde a época colonial
Com heroísmo da mulher
Houve transformação em geral
Ao desbravar tua nobreza
Com angústia e tristeza
Nos campos irmanadas pra lutar
Anita Garibaldi, Bárbara Heliodora
Gênios imortais de nossa história
Ana Néri, a famosa enfermeira
Que orgulhou todo torrão brasileiro
Independência e Abolição
Foram os fatos mais importantes desta nação
Quando os negros envaidecidos de alegria
Comemoravam a libertação
Brasil
Simbolismo de riqueza
Da beleza universal (bis)
Do samba altaneiro
E do patriotismo nacional
1971
Enredo: Três
Fases da Poesia
Autor(es): José Carlos Silva (Zé Carlão) e Jaci Silva (Campo Grande)
Vibra a
platéia em
alegria
Ao ouvir cantar linda melodia
E o cenário colorido e fascinante
Em que a poesia é o destaque marcante
Entre fatos importantes
Na história brilhante
Na literatura deste imenso torrão
A civilização dos índios
O grito da independência
E liberdade na escravidão
Oh pátria amada
Abençoada e de encantos mil (bis)
Teu filho tem orgulho em dizer
Ninguém segura mais o Brasil
1972
Enredo: Brasil
folclórico
Autor(es): Waldir Cruz
Dentro
da mais pura tradição
Fielmente aqui iremos retratar
O Brasil folclórico que até então
Numa só obra não pudemos apresentar
As suas danças suas festas
Suas lendas e crendices, alegrias e tradições
Vamos reviver na passarela
Emoldurados nesta aquarela
La dos Pampas minha gente, vem churrasco e chimarrão
Vem a festa da uva, a espora e o Gibão
Dos Palmares vem o Frevo, o Maracatu real
Abram alas minha gente
Eis que chega o Mineiro pau “Mineiro ê”
Mineiro ê Mineiro pau
Mineiro ê Mineiro pau
Olhem só quantas moças bonitas
Lá em volta daquele quintal
Com seus laços e rendas de fitas
Vendo a dança do Mineiro pau
Bahia do Preto Velho Sinhô
Dos atabaques em noites de Luanda a rufar
Tua magia tem um semblante sem fim
Que culmina com a festa do lava pés do Bonfim “Oba”
Nordeste também que chega de repente
Trazendo o repente que a gente sente
Que mexe com a gente sei lá, meu Boi Bumbá
Meu Boi Bumbá, Bumba meu Boi
Quem quer ser e porque não sabe
Quem não quer porque um dia já foi
Não procure entender
A linguagem do Bumba meu Boi
1973
Enredo: O Rio de todos os tempos
Autor(es): Rubens Fausto (Rubinho) e Paulo Fernandes Lima (Paulinho)
Rio cidade tão bela
Que a natureza criou
Hoje apresentamos em passarela (bis)
O momento revive tua aquarela
Parte por tua tradição
Teus costumes e tuas danças
Rio da senzala esquecida
Foi colônia unida
Que sinhazinha empolgou
Tudo era alegria
Existia cortesia ao lado do Sinhô
Rio que o vice-reinado levou
Fidalgos importantes e o Imperador
Foi palco da Inconfidência de Minas Gerais
Em que os Quilombos lutaram demais
Rio dos antigos lampiões a gás
Oh Rio!
1974
Enredo: Rouxinol
da Canção
Autor(es): Luiz e Valdir Cruz
Aí então
Vou fazer meu carnaval
Alegria, pessoal ô ô
É tão grande a emoção
Vou pular de par constante
Com o Rouxinol da Canção
Que partiu tão de repente
E agora está presente
Nos portais da multidão
Seus trejeitos, sua classe
Causavam tremendo impasse
De norte a sul do país
Traduzindo em cancioneiro
O folclore brasileiro
Com acordes tão sutis
Cantou "menino passarinho"
Também teve o seu ninho
E ao paraíso voou
Desce uma névoa na cidade
Quando o bloco da saudade
Seu desfile terminou
Minha alma chora, senhora
Ele que vá se embora, é hora
Madrugada chegando não pode mais ficar
Tenho dor no peito agora
Mas não tenho direito, senhora
Vá embora em paz
O céu é teu lugar
(e aí)
1975
Enredo: Bahia
de São Salvador, Tenda dos Milagres
Autor(es): José Carlos e Da Cruz
Ô, Bahia
De Salvador
Tenho por ti a magia
Abençoado pelo senhor
Berço
natal de
Ojuobá
E de Dorotéia (bis)
Rosa de Oxalá
Barquinhos iluminados
Na festa da
mãe
iemanjá
E o capoeira entra na roda
Se benze e faz poeira levantar
Baianas no afoxé
E os quitutes com azeite de dendê
Tem
vatapá, tem
acarajé
Quem tem medo de mandinga (bis)
Usa figa de guiné
1976
Enredo: Brasília,
Sonho Imperial, Realidade Nacional
Autor(es): Bené
Mais uma estrela
se
formou
Na bandeira do Brasil
E vamos apresentar
Nesse tema original
Para esse carnaval
Brasília sonho imperial (bis)
Realidade nacional
Através de um memorando
Lido na Assembléia Imperial
José Bonifácio sugeria (bis)
Que a nova capital fosse Brasília
O Mártir da Inconfidência Mineira
Já fazia proclamar
Nos chapadões do Planalto Central
O serviço de geografia definiu
E em 60 o presidente construiu
Brasília, ô Brasília
Destacando a inovação
Em suas arquiteturas (bis)
Deslumbrando as criaturas
Que vivem como eu nessa nação
E o progresso foi se alastrando
Pelo Brasil de um modo geral
Dedico uma homenagem a Brasília
Cantando neste carnaval
Ô ô ô ô ô ô (bis)
Mais uma estrela se formou
(na bandeira)
1978
Enredo: O
mestre da musicologia nacional
Autor(es): Jotabê
Lá,
lá, lá, lá, lá
Lá, lá, lá, lá, lá, lá,
lá, lá
(e já
diziam)
E já
diziam os poetas
Musica, palavra de Deus
É como se fosse uma porta aberta
Para libertar um coração que se prendeu
Contam que a cidade de Campinas
Deu a luz a um menino
Para glória brasileira
E
que essa luz se propagou,
O seu gênio iluminou (bis)
E atravessou fronteiras
“Cantata”,
“O escravo”
“Joana”, “Maria Tudor” (que amor)
Na “Noite do Castelo", Nhô Tonico
No piano, fez bonito
Pra mostrar ao imperador
Mas foi então
Que Ceci amou Peri (bis)
Aí, o mundo inteiro se curvou
1980
Enredo: Um Domingo na Quinta da Boa Vista
Autor(es): Valdecir dos Santos, Agostinho Laurentino e Helson de Souza
Amor… o dia amanheceu
Vamos na Quinta passear você e eu
Já é domingo e o sol nasceu
A natureza um poema escreveu
Ao entrar no portão o meu peito se inflama
E se enche de emoção, e por suas alamedas
Desponto em um mundo de paz
Que o passado nos traz
O museu real, relicário de belezas (bis)
Que trago para este carnaval… Quanta nobreza
Quanta nobreza o cenários traz
O imperador e sua corte
Dançavam valsas no palácio imperial
Lalaiá
Laiá, laiá, laiá (bis)
La laiá, La laiá, laiá
Vem caminhar pelos bosques e gramados
Vem ver… o fascínio dos lagos
A bicharada no zoo, a onça, o tigre e o leão
As borboletas, os passarinhos e um mundo multicor
As crianças no jardim
Comprando com os vendedores (bis)
Pipocas, bolas de gás e amendoim
'
1981
Enredo: Amazonas,
Verde que te quero Verde
Autor(es): Zé Carlão, Agostinho Laurentino e Helson de Souza
Delira o povo
neste
feito colossal
Defendendo a
ecologia (bis)
Nós
brincamos
carnaval
É lindo a
seringueira contemplar
No rio-mar, a
tartaruga é atração
O índio,
sua
crença é tradição
É
fascinante a
fauna admirar
Os animais na
verde-mata (bis)
A passarada a
gorjear
Belas guerreiras
amazonas
Preservando a
raça
de maneira original
Vem meu povo se
vestir de esperança (bis)
No canto do
uirapuru
E neste canto
cheio
de encanto
Ajuricaba
é sublime
recordar
Índio
lendário do
folclore popular
Te quero verde,
verde eu te quero mais
Verde a sua
esperança (bis)
São
riquezas
naturais
1982
Enredo: Braguinha,
carnaval de sonho
Autor(es): Zé
Carlão, Doda e Lavoura
Delirei, vi
confetes, mascarados e serpentina
Numa
explosão de cores
Palhaços,
pierrôs e colombinas (bis)
Quarta-feira,
pelas ruas da cidade
Só
restaram pedacinhos de saudades
Meu Rio
amanheceu cantando
Sonhei,
sonhei, sonhei (bis)
E num mar
de fantasias mergulhei
Copacabana,
oh linda lourinha
As pastorinhas, o pirata da perna de pau
Vai com jeito, Chiquita Bacana
As touradas em Madrid
O carinhoso, china pau
Laura, a saudade mata a gente
Fim de semana em Paquetá
Onde o céu é mais azul
São partes de poesias tão marcantes
Deste poema tão brilhante
Do carnaval de norte a sul
1983
Enredo: Uma
andorinha só não faz verão
Autor(es): Enoque,
Helson, Netinho e Alexandre
Falo da
raça índia brasileira
Pioneira deste imenso torrão
Seu
grito e seu choro ecoam no ar (bis)
Como pode uma andorinha só veranear
Tupã,
oh deus tupã
Reúna o seu povo no pico da serra (bis)
Desenterre os tacapes e lanças de guerra
Os invasores chegaram
Como
é linda
A história da cultura nacional
Onde um bravo navegante
Fez seu porto principal
Dos amores portugueses
O caboclo aqui surgiu, aqui o caboclo surgiu
Enriquecendo o folclore do Brasil
Jangadeiros,
boiadeiros, garimpeiros do sertão (bis)
Arrancando deste solo as riquezas
da nação
Oh
Chico rei, oh Chico rei
Chica da Silva e Zumbi
São vultos importantes das senzalas
Junto ao quilombo dos Palmares
Bailam as mulatas tão faceiras
Frutos de uma miscigenação
Que
a fidalguia acolheu (bis)
Em seus
luxuosos salões
1984
Enredo: Acima
da coroa de um rei, só Deus
Autor(es): Enoque,
Netinho, Thiago e Henri
Ko si oba kan ofi
olorun (bis)
Já
é zero hora
Um novo dia se inicia
Ô
laro Exu, axé, para seus filhos de fé (bis)
Hoje o
meu terreiro é na avenida
No asfalto vou armar o meu gongá
Com danças, fetiches e magias
Que o meu povo contagia
E lindos cantos aos orixás
Auê,
auê, auê, no rufar dos atabaques (bis)
Firmar ponto eu quero ver
Segura
a pemba, a verde e branco é isso aí
Quem é de santo, devagar pra não cair
Que Ogum desceu, ele vem lá de Aruanda
Ele é senhor da guerra, saravá a sua banda
Xangô e Yansã
Na cangira de umbanda ele é Rei maior
O seu trono é na pedreira
Xangô nunca vai aló
Oxossi não é feiticeiro, é caçador
Na mata virgem no veloz ele atirou
Salve Oxalá, Deus supremo criador
Com sua luz nosso caminho iluminou
Yemanjá,
Yemanjá
No meu jubileu de prata (bis)
Trago oferendas para a rainha do mar
1985
Enredo: Ibrahim,
de leve eu chego lá (Gente
fina é outra coisa)
Autor(es): Zé
de Angola e Grajaú
Hoje eu quero é cantar, ô
ô
Laiaiá lalaiá, ô ô (bis)
Deixe amor, meu amor
A minha alegria te contagiar
Pode
me chamar de cafajeste, oi
Eu sou e quem não é? (e quem não é?) (bis)
Gente fina é outra coisa
Fale de mim quem quiser
No
seio de uma legião amiga
O colunismo de Ibrahim nasceu
Na força do lirismo, seu neologismo venceu
Roda baiana, ô baiana cai na roda
Olha o desfile de moda
O show de elegância está no ar
Deixe a vida nos fotografar
Hollywood, debutantes e princesa
Realçando a beleza ô iaiá
No meu
banquete não pode faltar caviar (bis)
Na
sociedade quem sabe, sabe
Quem não sabe, quer saber
Desse gigante nobre
Filho de imigrante pobre
Que lutou pra vencer
Ademã, doa a quem doer
Só merece a voz do povo (bis)
Quem já fez por merecer
1986
Enredo: E
você o que é que dá?
Autor(es): Aroldo
Melodia, N’Angelo, Renato Nobre, Maya,
Nilson, Colored e Brucutu
Eta terra
boa é o meu Brasil (porque)
Tudo que se planta dá
São Paulo dá um gostoso café
Pra gente saborear (mais que legal)
E na terra do Tancredo
Eu bebo sem medo o leite que tem lá
É no Rio de Janeiro, meu amor
Que o samba rola sem parar
Mexe
mulata
Ôba! Ôba! Que bumbum (bis)
Cafajestes empolgados
Entram no Ziriguidum
Bahia
Deu petróleo, Martha Rocha e algo mais
Um vinho no capricho é legal
E a festa da uva é colossal
Com o progresso se alastrando
Surgiu Itaipu bi-nacional
Graças ao projeto Carajás
O incentivo às indústrias minerais
Dou minha alegria
Nesta
festa que seduz (bis)
Hoje sou
a simpatia
E meu
nome é Santa Cruz
1987
Enredo: Quem
espera só se cansa
Autor(es): Noé
Angelo, Renato Nobre, Almir Antunes, Barbosinha
O
índio já não é o dono da terra
Tá na boca de espera
De um dia melhorar
Negro, tua luta ainda é negra
Assim como o lavrador
Que semeia sem lucrar
Oh
Deus!! (valei-me Deus)
Mande chuva pro Nordeste
Ajude o cabra da peste
Se safar da situação (mas que situação)
Nesse
mundo cão danado
É o proletariado
Que enche o bolso do patrão
Pra
da certo tem que ter
Uma mulher (bis)
Francamente não entendo
Essa gente que não quer
A mata
já perdeu a virgindade
A luta ainda é árdua pela paz
O meu coração quase explodiu
E a tão sonhada Copa
Foi pra longe do Brasil
Tá feia a coisa
Já não sei em quem votar
Todo mundo prometendo
Aquilo que não pode dar
Hoje, amor
Quem espera só se cansa
A nova Santa Cruz tem esperança
Que vai dar certo
Tem que melhorar (cadê)
Cadê o meu, cadê
Cadê o meu (bis)
Os autores estão querendo
A grana que o ECAD comeu
1988
Enredo: Como
se bebe nesta terra
Autor(es): Mocinho,
Fuguete, Quinha e Zezé do Cavaco
Navegando
com destino às Índias ia Cabral
Deitando e rolando no vinho do Porto
Terra vista, uma voz se ouviu
Foi um gajo de porre que a descobriu
De
mata a dentro bandeirante pé inchado
Na aldeia, índio pinguço, origem do meu passado
A bagaceira endoidou o imperador
Independência então proclamou
A
Candinha espalhou
Que, embriagado, JQ renunciou (bis)
A imprensa divulgou
Quem fez o vira copos no ministro se inspirou
Amor,
o bom tempo já era, refrigerante dá samba
E na lourinha que meu povo busca inspiração
Dei um beijo na branquinha, não liguei a burguesia
Bebo para ter motivação
Já
tomei a saideira vou tirar o meu da reta
Não vou ficar de bobeira
Feliz desponta Santa Cruz
Cheia de alegria e carinho que seduz
Se não queres mais beber
Não perca a sua esperança (bis)
Siga o exemplo das crianças
1989
Enredo: Stanislaw,
uma história sem final
Autor(es): Nei,
Daguinho, Edinho e Cuca
Exaltando
a passarela
A Santa Cruz vem homenagear
Sérgio
Porto
E suas obras imortais vamos cantar (bis)
É a saudade que ficou em seu lugar
Nasceu
em Copacabana
Conheceu lindas mulheres
Todas elas conquistou
E nas muitas noites de orgia
Foi gozador e fez da vida poesia
Tia
Zulmira
Stanislaw sempre exaltou (bis)
E fez do crioulo doido
Uma obra de valor
Senhor
ministro vou lhe diplomar
Vais receber o "Febeapá"
Você falou, eu vou morrer de rir
Quem deve ao Brasil é o FMI
Quem
não tem quiabo
Não oferece caruru (bis)
Disse assim o jornalista
No meio do sururu
É alegria, é simpatia,
é carnaval (bis)
O poeta
hoje conta uma história sem final
1990
Enredo: Os
heróis da resistência
Autor(es): Zé
Carlos, Carlos Henri, Carlinhos de Pilares, Doda,
Mocinho e Luís Sérgio
Oh!
Divina luz que nos conduz
Com bom humor e irreverência
Hoje ninguém vai nos "gripar"
Somos os heróis da resitência
Vamos "pasquinar", recordar
Sorrir sem censura
Botar a boca no mundo, buscar bem fundo
Sem a tal da ditadura
Soltavam
as bruxas, o pau comia (bis)
De golpe em golpe, quanta covardia
Venha
com a gente, povão
Abra o seu coração
Para o Pasquim, o "pequenino imortal"
Simbolizado pelo sacana ratinho
Mesmo bombardeado, virou paixão nacional
Aí, na palidez da folha
Imprimimos peresonagens geniais
Lindas mulheres espelhando nossas páginas
Ipanema foi o centro cultural
Hoje, essa história é carnaval
Gip, gip, nheco, nheco
Por favor
não apague a luz (bis)
Goze
desta liberdade
Nos
braços da Santa Cruz
1991
Enredo: O
Boca do Inferno
Autor(es): Tião
da Roça, Doda, Luiz Sérgio, Mocinho, Giovanni
e Carlos Henry [Grupo Simpatia]
Floresceu
seu ideal lá na Bahia
Onde o poder da fidalguia
Sufocava o meu Brasil pela raiz
Surgiu no seio da sociedade
Lutando pela igualdade
Contra o preconceito social
Um jovem inteligente
De versos maldizentes
Com exemplos marcantes
Que o povo aderiu
Fluiu no peito do poeta a esperança
Gregório é Miserê, é abastança
Penitência do mal, luta de um bem querer
Seus versos tinham tal sabedoria
Era a mão da chibata a tirania
Em
noite de festa na fazenda o terreirão (bis)
Gregório ponteia a viola, verso vira canção
Essa
terra tem moral
Veja lá seu fazendeiro (bis)
Sua mesa tem fartura
O plantador tá sem dinheiro
Na
luta da sonhada liberdade
Um preço bem alto "boca do inferno" pagou (e não
calou)
Mas nos becos e vielas, nas cidades e favelas
O seu sonho prosperou
Ecoou
pelos ares, despertou os palmares
Oh! Chama que não se apaga (bis)
De boca em boca propaga liberdade
1992
Enredo: De
Quatro em Quatro eu chego lá
Autor(es): Ney, Brucutu, Jaime, Da
Roça, Geovani e Luiz Carlos
Vem
de lá
Da pré-história esse quatro milenar
Água, fogo, terra e ar
De quatro em quatro chego lá
Engatinhou no Egito
Trazendo esfinge
Para o nosso Carnaval
Lá vou eu
Sou menino no destino
Desse caminhar
O
mundo tá, tá no sufoco
Tudo que tiver quatro (bis)
Dessa vida eu levo um pouco
Na
luta entre o bem e o mal
Eu já fiz a minha escolha
Em quatro cantos caminhei
Minha sorte tirei
No trevo de quatro folhas
Haja coração
Felicidade não escolhe estação
Quatro fases tem a Lua
E a vida continua
O naipe da carta revelou
Vem
amor
Saciar minha sede (bis)
Nosso amor é segredo
Entre quatro paredes
Caiu de quatro, iaiá, na saideira
Santa Cruz tá nessa festa (bis)
Que acaba na quarta-feira
1993
Enredo: Quo
Vadis, meu negro de ouro
Autor(es): Doda, Zé
Carlos, Carlos Henry, Luis Sérgio, Mocinho e Carlinho 18
Nasci
em remotas eras
No ventre da terra
Energia que a natureza recriou
Importante parte da história
Que a mão do homem esculturou
Sete irmãs ambiciosas
Tentaram me ocultar
Suas garras poderosas
Só queriam dominar
A
humanidade depende de mim
Sou liberdade e poder, enfim (bis)
Sou princípio, sou meio e
fim
Negro de ouro cobiçado sim
Oh,
divina terra de Santa Cruz
Povo oprimido que encontou a luz
Transformando mãos em elos da corrente
Derrotou o monstro bravamente
Hoje movimento o dia-a-dia
Gerando progresso enriqueço a nação
De corpo presente nos braços da alegria
Sou sonho, fantasia e emoção
Verde-amarelo é meu coração
Desperta
gigante
Oh pátria mãe
Brasil! (Brasil, Brasil) (bis)
Defenda a soberania
Que o maldito monstro ressurgiu
1994
Enredo: Rota
dos mercadores
Autor(es): ???
Oh,
que maravilha
Retrato de uma era milenar (milenar)
Foi o homem aventureiro
Barganhando pelo mundo
Desenhou seu caminhar (ô seu caminhar)
Da Fenícia trouxe o brilho
Mercadores andarilhos
E nesse luxo me fiz rei
Sob tapetes encantados
Persiana enamorado e jóias me banhei
Vou
armar a banca na Sapucaí (bis)
Eu tenho tudo pra fazer
você sorrir
Retalhei
em parte os continentes
Da Índia busquei raros cereais
Exuberantes tecidos
Porcelanas geniais
Alcançando a Ásia
Rumo ao oriente viajei
Com vitrais tão vailosos deparei
Em Veneza um império revelei
Desbravei
terras
Às Américas cheguei
(bis)
Trouxe fumo, trouxe
açúcar
Por metais me enamorei
Feira
tão livre pelo mundo se alastrou
Tá pra lá de Marrachech, Ver-o-Peso meu senhor
TV a cores, brilho do computador
Tem até o shopping center na rota do mercador
Olha
eu na praça, meu bom freguês (bis)
Tem seda pura na barraca do
chinês
1995
Enredo: Deuses
e costumes nas terras de Santa Cruz
Autor(es): Agostinho
e Hugo Reis
Lá
vou eu
Nas asas da imaginação
Sou negro sim, quero cantar
Eu vou abrir meu coração
Os negros africanos aqui chegaram
Iludidos e vendidos como escravos
A saudade fazia lembrar
Seus Deuses e costumes de além-mar
Cantavam e rezavam pra voltar
Daí a cultura africana
Nas terras de Santa Cruz chegou
A música entoava seu lamento
Amenizando sofrimento e dor
Jongo
e capoeira pra dançar
Ladainha e lundu pra cantar
Vatapá e acarajé (bis)
Feijoada a noite inteira
Como é gostosa a culinária brasileira
Os
Deuses transformados em Orixás
Ogum Oxossi Iemanjá
Todo dia tem seu canto
Roda na gira
Quem tem gira pra girar
Tome
um banho de arruda
Com galho de Guiné (bis)
Sai fora, olho grande
Vou rezar com muita fé
1996
Enredo: Ribalta,
Sonho, Luz e Ilusão
Autor(es): Hugo Reis
Viajando
pelo mundo
Buscando a minha felicidade
Fiquei fascinado pela arte
Pois vi show em toda parte
Nos palcos de grandiosas cidades
Das touradas em Madrid
Aos cassinos de Las Vegas
Tudo era sedução (sedução,
sedução)
Uma Grécia tão antiga
Gladiadores em bigas
Aclamados pela multidão
Tem
tradição milenar no Oriente (bis)
China, Japão é
sensação, é mito, é gente
Na
Rússia, o teatro Bolshoi
É lindo exemplo
Encontrei sagrados templos
O grande Lidô de Paris
Aqui (oi aqui), mnha viagem se encerra
Pois o maior show da terra
É o carnaval do meu país
Encantou
meu coração
Ribalta, sonho, luz e
ilusão (bis)
Encantou meu coração
Santa Cruz é festa,
é emoção
1997
Enredo: Não
se vive sem bandeira
Autor(es): Carroça,
Pepê e Carlinhos 18
Santa
Cruz vem desfilar e levantar sua
bandeira
Abre o manto da ilusão, da emoção tão
brasileira
Meu samba é azul e belo
Verde-amarelo, "branco-redentor"
A ordem é do Rei, o progresso da folia
Canta de alegria
Na bandeira da arte eu vou
Te dar meu estandarte, amor
Vem sacudir o meu desejo
Meu beijo vai te balançar
Roda baiana, porta-bandeira
Roda e me faz feliz
Te quero pendão, te quero país
Na "chama" do meu coração
Zazueira,
zazuê
Vou de bandeira, vou brincar o
carnaval
Ê ê ê (bis)
Zazueira, zazuê
Não dá bandeira,
vem pintar o meu astral
Brilha
muito, brilha tudo, brilha mais
Na dança das estrelas o teu céu brilha de paz
Teu chão tem a flor da esperança
O ouro que balança e agita os mortais
Um amor "não se vive sem bandeira"
Sem você eu não consigo mais vibrar
Quero viver, vem tremular
Ao ver a Santa Cruz passar
Se
"liga", que eu tô aí
Tô cheio de felicidade (bis)
A festa das bandeiras
Vem sacudir! Vem agitar essa cidade
1998
Enredo: O
exagerado Cazuza nas terras de Santa Cruz
Autor(es): José Luiz e
Cláudio Carioca
Clareou,
uma estrela vem surgindo
O poeta está sorrindo e pede bis
Pro dia nascer feliz
Viajando no sonho de fantasias
Anjos do bem e mal querer
Beijos e fadas no amanhecer
Poeta
do amor, te chamo minha flor
Daqui até a eternidade (bis)
O codinome beija-flor
Vago
na lua deserta, das pedras do arpoador
O tempo não pára
Num clip sem nexo, um pierrot-processo
Meio bossa nova e rock'n roll
Enquanto houver a burguesia
Não vai haver poesia
Ser teu pão, tua comida
Ideologia eu quero uma pra viver
Barão Vermelho canta um conto de emoção
Promessas malucas
Curtas tanto quanto um sonho bom
Alô
Cazuza!
Exagerado no samba chegou (bis)
A Santa Cruz hoje faz parte do
seu show
1999
Enredo: Abraham
Medina em Noite de Gala
Autor(es): Pepê, Carroça,
Marcelo Porquinho e Charuto
Amor,
tá chegando a hora
Chama a vizinha que o show vai começar!
Vai ligando a TV e arraste o sofá que eu quero sambar
É "noite de gala", Santa Cruz vai desfilar
Eu vim de lá pra cá, o Rio eu fiz brilhar
E dei pro povo arte, vida e emoção
Sou alegria eu sou, e pra folia eu vou
Sou "rei da voz" no sonho da televisão
Quem
quer TV
Tá na loja pra comprar (bis)
Tá na loja pra vender
Tô guardando pra você
(Ai
que saudade)
Ah, a saudade hoje está no ar
O meu show vai continuar
Vem me aplaudir
Ontem era preto e branco
No meu sonho eu colori
Vou vender ilusões na tela da Sapucaí
Eu
quero festa, quero brilho e serpentina
Pra saudar Abraham Medina
E dizer que sou seu fã (bis)
Quero balé, quero "Quarto
Centenário"
Pra brindar aniversário
Santa Cruz foi campeã
2000
Enredo: Brasil
do extrativismo à reciclagem 500 anos de riquezas
Autor(es): Dito Foguete e Carlinhos
Moleque
Canta
meu gigante e encanta
Sua flora e sua fauna me seduzem
É lindo deslumbrar tanta beleza
Nas terras de Santa Cruz
O índio desfrutou com sapiência
Das nossas riquezas naturais
Do chão que o africano cultivou
Brotaram viçosos cafezais
Lá
se foi o Pau-Brasil
Homem branco explorou (bis)
Ouro e pedras preciosas
Bandeirante encontrou
(É
tempo)
É tempo de tecnologia
O progresso se alastrou
A máquina substituiu o homem
É a era do computador
Na arca do sonho viajei
Reconstruí e acreditei
E lá vou eu criando e reciclando
Pra um novo milênio acordei
Hoje é dia de festa
Eu também quero brincar com meu amor
Meu pavilhão é paz e esperança
De um futuro promissor
Brasil,
Brasil, oh meu Brasil
500 anos de riquezas (bis)
Um grito de alerta ecoou
Em defesa da mãe natureza
2001
Enredo: Mário
Lago – Na rolança do tempo, uma vida de histórias
Autor(es): Da Roça, Luiz Carlos
Fininho, Henri, Ditão e
Luizinho Andanças
Brilhou
no cenário do samba
A estrela de um bamba
Que hoje é o meu cantar
Mário Lago é poesia
Que a academia vem mostrar
Ao som do batuque cresceu
No foco da boêmia
Fez da bola uma paixão
Tricolor de coração
Pra
onde vou
Nessa viagem ao passado (bis)
Vou rever os seus amigos
Nos cafés da Ouvidor
Bom
conversador
Criador da mulher de verdade
Que o cordão do Bola Preta
Ainda canta pelas ruas da cidade
Oh
Aurora, não quero chorar
Atire a primeira pedra (bis)
Quem não sabe amar
Jornalista,
escritor
Nacionalista contestador
O teatro de revista
Consagra o artista
Oh, quanta emoção
No rádio e na televisão
E na rolança do tempo
Ainda arde a chama que inflama seus ideais
A sua arte é magia
Que inebria e encanta a multidão
Vou
nas águas dessa mar, meu senhor (bis)
Quem pensava em te calar, não calou
2002
Enredo: Papel
- Das origens à folia - História, arte e magia
Autor(es): Doutor, Jorge Charuto, Eli
Penteado, Fernando de Lima
e Pepê
Folheando
a história
Do papel me apaixonei
Das origens a folia, com sua arte e magia
Delirei
Lá pras bandas do Egito
O papiro então surgiu
No Oriente e no Ocidente este sonho
Seduziu
No
papel se fez canções de amor
Deu ao homem seu real valor (bis)
Gerou a riqueza a arte encantou
Brindou com a sorte o sonhador
(Nas
asas...)
Nas asas da imaginação
Recriei.
Do papel eu fiz brinquedo
Revelei tantos segredos e amei
Vem cantar
Fazer o nosso amanhã florir
E reciclar a consciência
O futuro vai sorrir
Minha escola é a luz
Que nos conduz
Novo mundo descobri
Joga
confete e serpentina vem brincar
Uma folia em cada esquina, vem sambar (bis)
A Santa Cruz canta, levanta o astral
Faz seu papel no carnaval
2003
Enredo: Do
universo teatral à ribalta do carnaval
Autor(es): Doutor, Eli Penteado, Jorge
Charuto, Marquinho
Bombeiro e Fernando de Lima
Vem
contracenar
Mesclar verdade e fantasia
Esta cultura milenar
Que vem dos deuses
Traz um mundo de magia
Anjos do bem e do mal
Na era medieval, que sedução
Estrelas de luz
O artista traduz emoção
Tem
pierrô e colombina, amor
O circo encanta, me fascina, chegou (bis)
Encena o sonho, abre a cortina, eu vou
Olha, o show já começou
Lindo
é descobrir
Toda a magia desta arte universal
Veio do Ocidente até o lado oriental
Brilha, meu Brasil
Tablado encanta
Doce mundo de ilusão!
Salve
o sentimento do artista
Que invade a lama do sambista (bis)
E alegra o coração
É Santa Cruz, pode aplaudir, alto-astral
O nosso show hoje é aqui, mundial (bis)
Você faz esta festa, chegou a hora é esta
Carnaval
2004
Enredo: Nas
páginas do Brasil, Santa Cruz escreveu sua história
Autor(es): Ditão, Marquinho
Bombeiro, Doutor, Eli Penteado e
Fernando de Lima
Vamos
viajar
E retratar em poesia
As origens deste chão
Fascinação, pura magia
Depois da colonização
Foi fincado neste solo
Um símbolo de paz
Era a Santa Cruz, abençoada, imortal
Patrimônio cultural
O clero gerou riqueza
A ponte Guandu, represa (bis)
Abri a comporta das recordações
E desaguei as emoções
Você
foi pioneira em orquestra e coral
As correntes quebrou afinal
Libertando o Brasil (Brasil)
Jóia que o amor poliu
Mergulhei meus sonhos em tua baía
O correio no país nascia
És a cidade industrial
Princesa do meu Carnaval
Pintei
de amor meu coração
Deixei entrar a sedução
Brindo esta terra (bis)
Que a história traduz
Santa Cruz
2005
Enredo: Rio -
Conquistas e Glórias de uma Cidade de Histórias
Autores: Ditão,
Marquinho Bombeiro, Doutor, Eli Penteado, Fernando de Lima, J.
Charuto, M. Borboleta, Careca, Rafael e Valdir Paiva
Hoje viajei na poesia
Quanta magia vamos juntos
descobrir
Rio de conquistas e de
glórias
Vou contar suas
histórias
Nesse eterno patropi
Logo após o
descobrimento
Aventureiros de além-mar
Chegaram nessas
terras
Vieram conquistar
Pisaram nesse chão
Estácio de Sá
Fundava São Sebastião
Orgulho, uma Paixão
É nesse porto que eu
vou, amor
Ciclo do ouro me faz
sonhar (bis)
Das obras à
escravidão
Nas ruas evolução vai
rolar
E nos trilhos do
progresso
Cochos, diligências,
lampiões à gás
O desenvolvimento da
imprensa
Política, cinema, um
mundo de ideais
Hoje eu quero amor e paz
Rio, berço de tantas
fantasias
Leva meu samba à poesia
Tu és o palco universal
Brinda no meu carnaval
Eu vou cantar esta cidade
tão linda
Brindei a felicidade
infinda (bis)
Sou contente! Competente,
sou legal
Sou carioca! Sou o
carnaval
2006
Enredo: Liberdade,
Igualdade, Fraternidade: Um Sonho Chamado França
Autores: Doutor, Marquinhos Bombeiro, Ditão, Eli Penteado e
Fernando de Lima
Mergulhei na história
Luta por vitórias marca a existência do país
Da revolução nasce o progresso
Aí o povo vive mais feliz
Cante a liberdade, a fraternidade, igualdade
Esse lema é imortal
França dos pintores, poetas, escritores
Pólo da cultura universal
Vem meu amor, me abraça
Vem sonhar (bis)
Belos cafés, velhos cabarés, cassinos
Só Paris nos dá
Oh! Quanto glamour
Vien mon amour para conhecer
A Torre Eiffel, perfume, alta costura
Culinária, que loucura
Queijos, vinhos dão prazer
Na estação das flores renascer
Hoje eu vou bailar sob a luz das estrelas
Vem amor, que tudo é festa
Vamos lá conhecê-la, vem sonhar
Deus Baco, vou me embriagar
Ah! De tanto amar
Na fantasia de Debret descobri você (bis)
Hoje Santa Cruz é França, coração
balança
Lindo é reviver
2007
Enredo: O
Tempo que o Tempo tem
Compositores: Marcelo Borboleta, Charuto, Ditão, Valdir e
Fernando de Lima
Quanto tempo o
tempo tem?
Perguntas trazem meus versos
Nem a ciência conseguiu nos explicar
Nas mãos divinas as origens do universo
Há mais de 15 mil anos
A humanidade busca respostas
Nascer e pôr-do-sol, definir o dia
A semana e o mês, a astrologia
Tempo me escravizou, virei robô
Fez meu mundo girar, bem devagar
No tique-taque das horas (bis)
Nosso samba vira história
E jamais vai se apagar
Os relógios surgem despertando a inteligência
Calendários marcam o início de uma existência
Povos construíram suas tradições
Nos astros eu previ várias paixões
Tempo, nossa vida em suas mãos
Voa e leva meu coração
Quero mais ser feliz, bem feliz
Se o tempo é um mistério, quem saberá?
Me diga do futuro, deixa pra lá (bis)
Deus Cronos me responda, quem te seduz?
Tempo... É Santa Cruz
2008
Enredo: Da abertura dos portos à cidade do porto -
Itaguaí, uma história real
Compositores: Melo, Foca, Hipólito, Lelê, Márcio
Bombeiro,
Marcelo Borboleta, Charuto, Ditão, Valdir e Fernando de Lima
Singrou no mar
em tormentas
Numa epopéia magistral
Buscando um porto seguro para a Família Real
Pisa em terras brasileiras
Os portos se abrem às nações estrangeiras
E no Rio de Janeiro
Dom João trouxe o progresso
Que luxo, que transformação
E na fazenda uma aldeia encanta a realeza
Sua exuberante beleza fez surgir
São Francisco Xavier de Itaguaí
Vai Santa Cruz, daqui prá lá, de lá pra cá
No Caminho das Calçadas (bis)
Com dragões a cavalgar
Linda na avenida a desfilar
Da terra que se tira o sustento
O alimento do trabalhador
O cultivo evoluiu e o imigrante atraiu
Rega, minha paixão por essa terra
Que tantas indústrias encerra
Com seus encantos seduziu
Meu Brasil
Vai verde e branco, vai
Rumo ao porto e mostra ao meu país (bis)
Itaguaiense guerreiro, de mil culturas herdeiro
Terra de gente feliz
2009
Enredo: S.O.S.
Planeta Terra - Santuário da Vida!
Compositores: Marcelo Borboleta, Charuto, Xerú, Bolão e
Macumbinha
Santa Cruz pede
atenção
Em prol da vida
E faz meu canto de paz
Ecoar muito mais na avenida
Eu vejo a flor do amor despetalada pela ambição
A dor pairar sobre a Terra
Nos campos a desolação
O tesouro maior da criação
Pede em couro a luz de um guardião (bis)
E que a voz da razão ao ressoar
Fale de amor, de dar valor e preservar
Sou filho dessa terra, o verde à serra
Traz esperança
Que a água mande ondas em consciência
Feito criança
Vou correr pela Amazônia
Sou brasileiro e aqui é o meu lugar
O meu planeta está ferido e eu não vou cruzar os
braços
O novo tempo eu mesmo faço
O meu pedido de perdão não vou calar
Vai meu samba
Dar um alerta à humanidade (bis)
Vai, meu samba, vai
Em verde e branco e traz felicidade
2010
Enredo: Nos
passos do compasso
Compositores: Doutor, Ditão, Bolão, Macumbinha e Fernando
de Lima
Vem dançar
De verde e branco neste palco universal
Vem de lá
Da Grécia antiga esta riqueza cultural
Divindades encantou
Lá nos castelos mascarados nos salões
Dançarinos a bailar
Pra comemorar novas emoções
A romantismo no ar
Balés ao som da canção (bis)
Uma caixinha de música
Ditando ritmos ao coração
Meu folclore é rico
Sou brasileiro quero é festejar
Banda nos coretos
A luz da lua que nos faz sonhar
Visto a fantasia
Não me segura que hoje é carnaval
Vem Pierrô, pra Colombina não te ver chorar
Os baluartes vão passar
Quero te ouvir cantar
Hoje quem faz a festa? É Santa Cruz!
Oh bateria teu suingue nos conduz (bis)
Nossas estrelas no céu estão a bailar
Nos passos do compasso a nos guiar
2011
Enredo: Paz e
amor! O sonho não acabou...
Autores: Jorge Charuto, Ditão, Felipe Antunes, Doutor e
Fernando de Lima
Vou abrir as portas do
teu sentimento
Girar a chave da ilusão
Sem discriminação
Hoje voltei no tempo
Livre pra voar
No mundo de transformação
Cada despertar
A luta de uma geração
E no bater de um coração... magia
Eu transplantei sua alegria (bis)
Modernidade, globalização
Linkei o chip da evolução
Rumo ao espaço sideral
A lua afinal
Bossa nova, rock’n roll
Fã dos Beatles sempre sou
Com muito amor
Elvis curti, Roberto cantei
O Velho Guerreiro brindei
O tempo passa, tudo é sempre igual
Os jovens com o mesmo ideal
Meu sonho virou carnaval
Eu peço paz e amor
O meu sonhar te conquistou (bis)
Quero gritar ao mundo inteiro
É Santa Cruz meu sonho verdadeiro
2012
Enredo: Nas
ondas do rádio... "Acorda Brasil para escutar! O show do
Antônio Carlos está no ar!"
Autores: Charuto, Marcelo Borboleta, Ivan Ribeiro, Doutor e
Fernando de Lima
Eu vou navegar
Nas ondas do rádio me sintonizar
Viva nova era!
Com auditórios radionovelas
Satélite no ar
De paraquedas surge o artista
Feliz da vida
Comanda a massa
Faz a tristeza virar fumaça
Hoje o nosso amor te abraça
Fofocas da Juju, Pudica sugeriu
A simpatia pro marido que traiu (bis)
Se eu era escorpião, fui "touro" sem querer
Zora Yonara isso não pode prever
Na audiência é o rei
Irreverência, alto astral
Despertador do meu Brasil
A festa do meu carnaval!
35 anos de sucesso e magia
Tem arrastão na Sapucaí
De pura emoção
E quem vem aí? Antônio Carlos!
O povo vem te aplaudir
Acorda Brasil, o show tá no ar
Eu sou Santa Cruz, chego arrepiar (bis)
Quem é que desperta meu sonho primeiro?
A voz que encanta o Rio de Janeiro!
2013
Enredo: O
Dragão do
Mar e a Lenda do Ceará
Compositores: Fernando de Lima, Charuto, Doutor, Ivan
Ribeiro, Preguinho e Marcelo Borboleta
Canta Jandaia lá na praia, nos coqueiros
Oh! Iracema seu amor foi verdadeiro
Deixa para o mundo o fruto de uma paixão
Terra abençoada
Luz, sol de mãos dadas
Vai jangada leva essa canção
Oh! Pátria livre salve a abolição
No Ceará um herói que emoção!
O final da escravidão
Olê mulher rendeira
Olê mulher rendá (bis)
Tu me ensina a fazê renda
Que eu te ensino a sambar
Lindo sertão clareia meu céu
O seu luar tem a cor do mel
Com Carnaúba vou construir
A árvore da vida vai florir
Olha, cultura não tem como lá
Ó padinho vem abençoar
Têm romaria e festança, nessa dança não
estou só
De verde e branco meu samba vai virar forró
Tô arretado, abestado, sanfoneiro
Sei que Deus é brasileiro
O paraíso é o Ceará (bis)
Santa Cruz chegou, me faz delirar
Hoje sou dragão do mar
2014
Enredo: Do
Toque do Criador à Cidade Saudável do Brasil -
Jundiaí, uma
Referência Nacional
Compositores: Preguinho, Léo do Tamborim, Douglas Ramos,
Robinho do Cavaco e Rodolfo Frez
Terra de rara beleza
Oh natureza emoldurada pelo criador
Um paraíso habitado pelos índios
Refúgio do colonizador
Da Virgem Santa a proteção
Vejo o portal do meu sertão
A "Árvore Lendária" a me abrigar
A vila se torna cidade... Cultivo e fertilidade
É o café a fonte da evolução
A banda tocou pra anunciar:
Que o trilho chegou... Pra transformar! (bis)
O braço forte da
imigração
Semeia o verde cinturão
No circuito das frutas
Um aroma que atiça o paladar
Cores e festas, um doce vinho
A alegria refletida no olhar
Serra do Japi, recanto de paz
"Castelo das Águas", beleza a mais
Cidade Saudável, de lindos lugares
Cultura, lazer, paixões populares
Viva o seu parque industrial
És referência nacional
Chegou Santa Cruz, o chão vai tremer
A comunidade faz acontecer (bis)
É Jundiaí,
a inspiração
Pra bater mais forte o meu coração
2015
Enredo: Um
pequeno menino se tornou um Grande Otelo
Autores: Zieco Santa Cruz, Ronny Remandiola, De Araújo,
Marquinho Beija-Flor, Zé Glória e Dudu da Tijuca
Menino pequeno sim
Gigante em seu caminhar
Sem eira, nem beira, venceu as barreiras
Correu pelo mundo pra se libertar
Em Uberlândia, a pele negra, ama branca
Palhaço na arte seguiu no compasso
Tambores da fé, o samba no passo da vida
Um boêmio apaixonado
Revista nesse teatro iluminado
No Cassino da Urca uma pequena notável
Ao tê-lo de novo vou cantar
Otelo "o grande" legado popular (bis)
O verso indolente abraça a rima
Herói dessa gente é Macunaíma
Ôôôô
Mais um sucesso da Atlântida
Das ondas do rádio à televisão
A vida imita a arte então
Eustáquio que queres moleque
Os louros da fama, o dia de graça
És prata da noite, a estrela negra
Talento, exemplo da raça
No seu centenário o povo te abraça
Se você está feliz
Dá um grito, vem comigo e cai no samba (bis)
Com Grande Otelo eu vou, que emoção
A Santa Cruz é a dona do meu coração
2016
Enredo: Diz
mata! Eu digo verde. A natureza veste a incerteza. E o amanhã?
Compositores: Zé Gloria, André Felix, Freitas Júnior, Marquinho
Beija-Flor, Roni Remandiola, Betinho, De Araújo e J. Giovanni
Ecoa um grito de guerra no alto da mata
Auê auê auê
Quem foi que atirou esta flecha
No peito sagrado da vida?
Tupã ganha a forma de um trovão
Natureza em comunhão
Contra a força do invasor
Vai tocar o mais frio coração
Pra cada palmo de devastação
Nasce um ramo de amor
A corrente está formada pelo bem
Caipora me chamou, Curupira vai ou vem? (bis)
Eu sabia! Não se brinca com um Pererê
Esta terra tem magia! Tem poder!
Seiva da selva de Anhangá
Salva meu Deus nosso habitat
Brotam as flores, pras dores do mundo sarar
Qual sumaúma me faz raiz?
Som da floresta um só tambor
Folha da mais verdejante matiz eu sou (eu sou, eu sou)
Hoje a nossa fantasia
Só não será em vão
Se houver mais união e menos hipocrisia
Ôôô... Ôôô
Diz mata, eu digo verde (bis)
Ôôôô, a Santa Cruz
É meu clamor, é minha sede
2017
Enredo: Vou
Levar somente o que Couber no Bolso e no Coração... uma
Viagem de Sabedoria além da Imaginação
Compositores:
Claudio Russo, Fernando de Lima, Tatiane Abrantes, Zé Gloria,
Preguinho, Zé Luiz, Roninho Remandiola, André Felix, Rafael
Lima, Jorge Maia, Jack Topete, Gil Lessa, Claudio Brow, Henrique
Negão, Renatinho do Batuque, Junior Pitbull e Marquinhos Beija-Flor
Vai jorrar a fonte da sabedoria
De encantos e magias
Os tambores vão soar
Conta um sábio ancião
Que na luta do bem contra o mal
Um menino com dom divinal
Enfrentou e venceu Karabá
Onde nasce a fantasia
Contos de raro esplendor
Há uma luz de esperança
Brilhando no olhar do escritor
Vibrante alegria
Gigante aventura
Era uma vez na ilusão (bis)
A princesa e o dragão
No encontro da leitura
Eu vou, me leva
Nas asas da imaginação
Voltar a ser criança
Guardar a herança de cada lição
A literatura infantil
Enriquece meu Brasil
Vem conhecer meu castelo
No sonho mais belo
Que a inocência traduz
Ó Monteiro Lobato
O gênio de fato
Ilumina Santa Cruz
Só vou levar na minha emoção
O que cabe no bolso e no meu coração (bis)
Nossa escola é paixão, verdadeira raiz
É verde e branco um final feliz
2018
Enredo: No Vôo Mágico da Esperança, quem Acredita sempre Alcança
Compositores: Preguinho Santa Cruz, Tatiane Abrantes, Claudio Mattos e Quinho
A esperança vai me guiar
Por esse mundo de tormento
Farei de ti o meu alento
Por todas as minhas andanças
Um coração de criança
É nossa força pra viver
Hei de levar comigo os sonhos meus
Despertar o sentimento lá no fundo
Pois sou filho do dono do mundo
Eu levo trevo, figa de guiné
Faço da crença o meu patuá
Vi o meu destino nas estrelas
Deu Santa Cruz, pode acreditar (bis)
Pode acreditar, minha fé não costuma “faiá”
E ela move montanhas
Basta fechar os olhos e agradecer
Fazer o bem sem olhar a quem
Na esperança de um novo dia nascer
Quem dera eu escrever o meu futuro
Que o planeta fosse um lugar mais puro
E o amor o combustível para caminhar
Que meu Brasil, se torne o país das maravilhas
Tão belo como contam as poesias
No verde e branco, é só acreditar
Na Santa Cruz de um menino
Que ensinou um dia o que é amar (bis)
E hoje eu sou um peregrino
Nessa avenida a cantar (a cantar)
2019
Enredo: Ruth de Souza – Senhora Liberdade, Abre as Asas sobre Nós
Compositores: Elson Ramires, Samir Trindade e Junior Fionda
Dama, meu motivo de rara beleza
Acalanto a sua alteza
A estrela que brilha por nós
Oh, pérola negra!
Jóia que emana a paz
Lapidada nas Minas Gerais
Seu destino: encantar corações
Canoas, um cortejo de saudade
A doce lembrança que ficou pra trás
No Rio, lindo mar de esperança
Refletindo a infância, acende os ideais
Talento é dom pra vencer
Preconceito não pôde calar
Foi preciso acreditar
Menina mostra a força da mulher
O negro pode ser o que quiser (bis)
Resplandeceu da humildade a sua glória
A emoção, pioneira no Municipal
E aprendeu, viveu a arte em sua história
Inspiração, no palco do meu carnaval
Divina musa, no esplendor se fez atriz (bis)
Um sorriso de uma raça não apaga a cicatriz
Voa, senhora mãe da liberdade
Em seu papel, a igualdade
De quem sentiu na pele a dor
Brilham Marias, Carolinas de Jesus
Você foi a resistência
E a resistência hoje é Santa Cruz
Ê Odara ê... Odara ê, Odara ê
Oh, Sinhá Moça (bis)
Ê Odara ê...
O samba a reverenciar Ruth de Souza
2020
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Enredo: Santa Cruz de Barbalha - Um conto popular no Cariri Cearense
Compositores: Samir Trindade, Junior Fionda, Elson Ramires e Rildo Seixas
Saudade tenho do meu Cariri
Minha terra onde nasci
E deixei meu coração
O verde admirava da varanda
Era doce minha lida
O suor do meu sertão
Êh muié guerreira
Batiza o meu lugar
A bênção a Padim Padi Ciço
Vi capitão Virgulino
Que se chamou Lampião
‘Maria Bunita’ da saia rendada
Me ensina menina prendada
A cantar como o rei do baião
Oh moça solteira
Oh pau da bandeira iaiá (bis)
Oh moça solteira
Pede ao santo padroeiro um sinhô pra ser seu par
Onde versa o trovador
Nasce a fé e alegria
No Araripe o soldadinho
Anuncia um novo dia
Nos altares eu pedi... Ao pai
E na fonte agradeci... Em paz
Lava a minha alma e cura minha dor (bis)
No peito a Santa Cruz do amor
Vou voltar Santo Antonio de Barbalha
Ilumine essa batalha minha gente pede ao céu
Vou voltar Santo Antonio de Barbalha
Ceará tem paraíso em forma de cordel
Onde plantei o meu valor
Colhi meus ideais
Vai ressoar no meu tambor
A voz que ecoa nos canaviais