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SALGUEIRO - 2022 Enredo: ResistênciaCompositores: Xande de Pilares, Dudu Botelho, Miudinho do Salgueiro, Betinho de Pilares, Jassa, Miguel Dibo e W Correa Samba-enredo concorrente No morro onde o samba é dialeto Toca o banjo do “Guineto” Chama “Paula” de guerreira No forro, onde o negro dá no couro Quem apita é “Mestre Louro” Professor é “Noel Rosa de Oliveira” Pelas vidas revendidas no leilão No Valongo sufocado pela argola da opressão Tantas vozes na miséria do cortiço Tantos gritos de excluídos e cambaios Nessa abolição que é tão fajuta Onde o negro só labuta Ainda é 12 de maio Nasceu liberdade no ventre matamba Pra alguns entidade, pra nós orixá A identidade, de Keto e Angola É o chão da escola de “Babão” e “Anescar” Nasceu liberdade no ventre matamba Pra alguns entidade, pra nós orixá A mãe tempestade, a pedra que rola, Que embola e desembola Ao cantar meu “Sabiá” Ê Camará ê Camará Eu fui batizado na roda de capoeira Resistir é meu legado Existir minha bandeira Sigo de punho cerrado Com Xangô rei da pedreira Ôô Ôô Mocambo da raça Não teme a mordaça Só treme afoxés Ôô Ôô sentinela do preceito “Bala” contra o preconceito “Calça Larga” sobre os pés Os pés que riscam esse chão sagrado Mostrando ao mundo o seu gingado Dançando seus batucajés Onde eu nasci e fui criado Salgueiro meu torrão amado Não tem chave ou cadeado Nem corrente da senzala Meu quilombo é encarnado Preta voz que não se cala (bis) Quando eu pego no ganzá “Isabel” vai pro terreiro Arreda que lá vem Salgueiro |
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