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IMPÉRIO DO RIO BELO
O
Império do Rio Belo nasceu de uma ideia de dois jovens, um do
Rio de Janeiro e um de Belo Horizonte, que tinham um sonho de fazer
parte do carnaval. Depois de pensar muito, juntaram os nomes de suas
cidades para formar o nome da escola virtual que nasceria.
A correria para se inscrever para o carnaval de 2014 não deu resultado, mas em 2015 a escola estreou com o diferente enredo sobre a morte intitulado “Samba para minha morte” da autoria de Marcos Felipe (o então presidente) e desenvolvido pelo carnavalesco Kenneth Anderson. Muito se especulou pelo enredo e a escola, apesar de alguns problemas, conseguiu passar bem e terminou a apuração da CAESV na 12ª colocação entre as 20 escolas. Para o carnaval de 2016 a agremiação fora convidada para desfilar no Grupo de Acesso e abrir o segundo dia de desfiles. Desde então, a comunidade se uniu e começou mudanças: Trocou de pavilhão e de carnavalesco, trazendo para a estréia Victor Moraes para ocupar o cargo de Kenneth. O presidente também assume o carnaval que contará ao desenvolvimento do povo brasileiro através das plantações de café nos olhos de Portinari com o enredo “No ar, o aroma de café. Na tela, o retrato de um povo”.
SINOPSE
ENREDO 2016
No ar o aroma de café, na tela o retrato de um povo…
Era uma vez o reino de Bantu, onde tambores anunciavam a chegada da linda princesa Oju Orum, nome que significa olhos cor de céu. Diferente dos contos de fadas, onde se tem uma princesa branca e apaixonada, vamos exaltar uma personagem real Africana, que não nos encanta pela sua história de amor, e sim por sua bravura na luta pela liberdade. Emoldurado na tela da história do Brasil e imortalizado nos traços de Portinari, o Império do Rio Belo apresenta: “No ar o aroma de café, na tela o retrato de um povo…” “Vim da terra vermelha e do cafezal As almas penadas, os brejos e as matas virgens Acompanham-me como o espantalho, Que é o meu autorretrato Todas as coisas frágeis e pobres Se parecem comigo” Cândido Portinari Com os olhos refletindo o cafezal Portinari vê os primeiros indícios do alvorecer perdidos na imensidão verde, adornada com sementes vermelhas que brotou em meu Brasil. Decide imortalizar em uma tela a história do povo que cultivou, plantou e colheu o café. Assim, viajando no deslizar de seus pincéis e na expressão de seu traço, deixaremos guiar por sua arte. Ao iniciar o desenho, o pintor lembrou-se daqueles primeiros que embarcaram na rota do café e que foram trazidos por navios negreiros vindos de vários países da África, iniciando assim o cultivo do grão. Pedindo espaço por entre as folhas, Portinari vê os trabalhadores: gente que derrama seu suor em sua lida diária, pés descalços, mãos repletas de calos, fisionomia cansada, à sombra de feitores que lhes vigiam e maltratam, humilhando-os dia a dia. Mais adiante vê um contraste, uma realidade comum em quase todas essas terras. De um lado a senzala, onde as mazelas eram choradas, onde feitores e capitães do mato eram praguejados e lamentos eram ignorados. Do outro, uma grande casa abrigava o luxo, a riqueza e os mimos coloniais. A casa-grande era o berço do poder econômico dos barões do café, sustentados por seus serviçais escravizados. O tempo passou e a Abolição da Escravatura foi assinada pela Princesa Isabel. Mas isso só fez com que o café mudasse de mão. Filho de imigrantes seduzidos por propagandas ilusórias de terras e emprego, Portinari retratou não só estrangeiros, mas também retirantes nordestinos. Ao fundo de sua tela pintou a industrialização que foi ocasionada pelo grande valor de mercado que passou a ter o grão. Aquarelando os ramos de café o artista foi além, avançando nos trilhos do trem que seguiu a todo vapor rumo à república, em Minas Gerais, firmando o companheirismo que governou nosso país e até hoje está presente na mesa do brasileiro – Café com leite. No cafezal, cai à tarde e o cansaço chega, o corpo adormece e a esperança cresce diante de um sonho. Que num novo alvorecer igualdade e liberdade um dia todos pudessem ter. Portinari então assina a tela e lhe dá o nome de Café do Povo, obra essa que retrata bem a desigualdade e a importância do café no desenvolvimento do país. Texto e Autores: Kenneth Anderson Carvalho e Marcos Felipe Reis |
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