QUINHO
QUINHO
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Nome Completo: Melquisedeque Marins Marques
Ano de nascimento: 1957
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O público
que assistiu ao desfile da União da Ilha do Governador pela
tevê ou nas arquibancadas surpreendeu-se com o show de
animação e empolgação de Quinho ao cantar o
samba “Festa profana”. O cantor estava inspirado naquele
dia e foi um espetáculo à parte. Irriquieto, inventou
cacos a cada estrofe do samba e conduziu sempre em alta o samba. A
performance chamou atenção de todos para aquele
ex-feirante surgido no mundo do samba como puxador do extinto bloco Boi
da Freguesia (atual Escola de Samba Boi da Ilha do Governador) em 1976,
quando assumiu o lugar de Aroldo Melodia, que havia se transferido para
a União da Ilha.
Em 1984, Quinho foi integrado à ala de compositores da
União da Ilha e, já no ano seguinte, assumia o posto de
primeiro puxador da escola para cantar o samba “Um enredo, um
herói, uma canção”. Com o retorno de Aroldo
Melodia para a tricolor, em 1986 e 1987, Quinho passou a ser apoio do
veterano puxador. Voltou em 1988 e teve seu auge no formidável
desfile de 1989, em que a escola conquistou o terceiro lugar. Em 1990,
Quinho ainda defendeu a União da Ilha e a partir do ano seguinte
passou a mostrar seu talento no Salgueiro, onde obteve grande
identificação. Em 1993, conduziu a escola ao
título de campeã do carnaval, com o inesquecível
“Peguei um Ita no Norte”. Um pequeno retorno à Ilha
em 94, e novamente de volta ao Salgueiro em 95. No ano 2000, trocou a
Marquês de Sapucaí pelo Anhembi e foi para São
Paulo puxar “Yes, nós temos mais que bananas”, na
Rosas de Ouro.
De volta ao Rio de Janeiro, o irrequieto puxador
esteve dois anos na Grande Rio e um novo retorno ao Salgueiro em 2003,
no ano do cinqüentenário da escola. Em 2005, além do
samba salgueirense, Quinho também puxou a União da Vila
do IAPI no carnaval de Porto Alegre. Durante o desfile do Salgueiro de
2005, Quinho, enquanto puxava o samba, teve uma crise de choro devido
à lembrança do patrono Miro e seu filho Maninho, mortos
em 2004. Em 2009, conquistou seu segundo título pelo Salgueiro,
com o enredo "Tambor". Após o desfile de 2010, chegou a anunciar
que deixaria o Salgueiro, em virtude de desentendimento com membros da
diretoria. Mas Quinho voltou atrás e deverá seguir na
Academia nos próximos carnavais.
Depois
do Carnaval de 2014, Quinho tentou se
candidatar a presidente do Salgueiro. Mas sua chapa acabou impugnada e
a presidente Regina Coeli, como candidata única, foi reeleita
para mais um mandato, para desagrado do intérprete que, numa
entrevista, se queixou de que "Salgueiro não é Cuba",
deixando consequentemente a escola. Para 2015, chegou a ser anunciado
como integrante do carro
de som da Estácio de Sá, dando grito de guerra no ensaio
técnico, mas o cantor trocou o vermelho pelo verde do
Império da Tijuca, sendo apoio de Pixulé. E em São
Paulo, chegou a ensaiar com o time de canto da Unidos do Peruche,
mas não desfilou. Em 2016, regressou à escola paulistana.
Após um período sabático, Quinho retornou
à Sapucaí como intérprete oficial da Santa Cruz em
2018. Em 2019, retornou ao Salgueiro para fazer dupla com Emerson Dias,
relação que durou até 2022. Se recuperando de um
câncer na uretra, ficará de fora do carro de som em 2023.
Ainda assim, teve seu contrato renovado por quatro anos pelo presidente
André Vaz.
Quinho é constantemente criticado por
não ter uma boa dicção e exagerar nos cacos
durante o desfile. No entanto, sua performance na avenida é um
verdadeiro show que anima as arquibancadas e os componentes da escola
que defende.
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Início: União da Ilha do Governador,
nos anos 70.
Primeiro ano como
intérprete oficial: 1985 (União da Ilha). Seguiu como
apoio de Aroldo Melodia em 1986 e 1987.
1988 a
1990 – União da Ilha
1990 -
Reino Unido da Liberdade (Manaus, na gravação do LP)
1991 a
1993 – Salgueiro
1993 -
São Clemente (Grupo
A)
1994 e
1995 – União da Ilha
1996 a
1999 – Salgueiro
2000
– Rosas de Ouro (SP)
2001 e
2002 – Grande Rio
2003 a
2014 – Salgueiro (de 2011 a 2014, junto com Serginho do Porto e
Leonardo Bessa)
2005 -
União da Vila do IAPI (Porto Alegre)
2008 e 2009 - Unidos de Vila Maria (SP)
2015 -
Império da Tijuca (apoio de Pixulé)
2016 - Unidos do Peruche (ao lado de Toninho Penteado)
2016 - Unidos dos Morros (Santos)
2018 - Santa Cruz (ao lado de Roninho)
2019 a 2022 - Salgueiro (ao lado de Emerson Dias, sem gravar o samba no CD em 2019)
GRITO DE GUERRA: Arrepiiiiaaaaa
Salgueeeeeeeeiroooo (ou Ilha ou Grande Rio)! Pimba, pimba! Ai, que lindo! Que lindo!
GRITOS DE
EMPOLGAÇÃO: “vai
que dá”; “futuca, futuca”; “siiiim”; “tá certo”; “minha bateria baqueta de ouro”; “volte logo”; “tá sabendo”; “tique-tá”; “assim, Salgueiro... Salgueiro é
assim”;
“na ginga, na ginga”; “feliz daquele que tem o Salgueiro no
seu coração”; "é
leso, é leso"; "biito, biito", “ô-ô-ô-ô-ô-ô-ô-ô...uh!”, “se joga”, “é assim sim”, “ai que lindo, que lindo”, “há... haaaaaai”, "arreda
que lá vem Salgueiro"; "já vai?"; "tá surdo?";
"segura, seu Miro"; "será?"; "ai ai ai, ai ai ai".
SAMBAS DE SUA AUTORIA: “Um caso por acaso” (95, com
Adalto Magalha e Márcio Paiva), “Anarquistas sim, mas nem
todos” (96, com Adalto Magalha, Eduardo Dias e Márcio
Paiva), “De poeta, carnavalesco e louco... todo mundo tem um
pouco” (97, com Adalto Magalha, Eduardo Dias e Márcio
Paiva), “Salgueiro, minha paixão, minha raiz – 50
anos de glória” (2003, com Claudinho, Leonel, Luizinho
Professor, Serginho 20 e Sidney Sã), “A cana que aqui se
planta tudo dá, até energia... álcool, o
combustível” (2004, com Claudinho, Leonel, Luizinho
Professor, Newtão, Serginho 20 e Sidney Sã), "Do Fogo que
ilumina a vida, Salgueiro é chama que não se apaga"
(2005, com Moisés Santiago, Waltinho Honorato, Fernando
Magaça e Luiz Antonio), "Microcosmos - O que os olhos
não vêem, o coração sente" (Salgueiro/2006,
com Tiãozinho do Salgueiro, Abs, Leonel, Luizinho Professor,
Moisés Santiago, Waltinho Honorato, Fernando Magaça e
Paulo Shell) e "No Vôo Mágico da Esperança, quem Acredita sempre Alcança" (Santa Cruz/2018,
com Preguinho Santa Cruz, Tatiane Abrantes e Claudio Mattos).
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MAIS FOTOS DE QUINHO

Foto que
marcou seu retorno ao Salgueiro para o Carnaval 2019, onde desde então é
titular ao lado de Emerson Dias

Em 2007, puxando "Candaces"


 

Em 2001, na Grande Rio

A pedido do
filho (ao lado do intérprete), esquentando com "Erguei as
Mãos" no desfile de 1999, com Celino Dias à esquerda

 
Em 2004

Com Aroldo Melodia

Com Serginho do Porto




Na vinheta do carnaval de 1989, cantando "Festa Profana"

No carnaval de 1992, com o jovem Emerson Dias à direita
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