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14 de dezembro de 2009, nº 5, ano
I
Esclarecimentos
A ultima
edição da coluna Samba Paulistano obteve uma grande
repercussão no mundo do samba. Só que, infelizmente, parte
dessa repercussão foi negativa. Acabei arrumando problemas com
compositores de algumas agremiações. Peço desculpas a aqueles
que tiveram um baita trabalho para montar a suas obras.
Coloquei-me no lugar de vocês e percebi que o uso de alguns
termos foi um grande erro. Apesar de possuir a minha opinião,
não posso escrever tudo que eu penso sem levar em consideração
toda a dificuldade que nós, os profissionais do samba, sofremos
todos os dias. Uma coisa é não gostar do samba-enredo
escolhido, outra é fazer criticas pesadas sobre ele. Tal crítica
deveria estar na seção “Comentários dos Sambas”, e
só depois de sair a gravação oficial.
Cheguei a
receber ofensas pessoais e até entrarem no meu orkut para
reclamar. Questionaram a minha capacidade, as minhas origens, e
minha formação acadêmica. Mas o que mais me entristeceu foi a
forma com que eu fui recebido na escola que eu mais frequento: a
Mocidade Alegre. Sidnei França, o mesmo rapaz que foi gentil e
atencioso com a nossa equipe na final da escola, acabou por fazer
um desabafo e mostrar o quanto estava entristecido com o que eu
tinha escrito por meio de grosserias. E não por ter falado algo
sobre a escola dele, mas sim sobre os comentários proferidos
referentes as co-irmãs. Não quis nem ao menos estender a mão
para me cumprimentar. Sidnei, entendo o seu sentimento, e peço
desculpas, nunca quis criar problemas e nem ofender. E esse
pedido não se estende apenas a ele, mas sim a todas
agremiações do Grupo Especial e do Acesso. Uma carta já foi
encaminhada a cada uma delas.
Com toda certeza eu afirmo uma coisa: não entrei nesse meio para fazer inimizades. Peço mais uma vez desculpas a todos aqueles que eu acabei ofendendo na ultima edição da minha coluna. Acabei por exagerar, e por escrever com uma forte agressividade as minhas criticas. É um erro que, como jornalista, eu reconheço. Não gostaria de ser hostilizado nas coberturas nas quadras das escolas e nem de ser barrado na entrada. Já somos poucos os que cobrimos o carnaval paulistano... imagina se criarmos problemas entre nós. Isso só estraga o espetáculo.
Com toda certeza eu afirmo uma coisa: não entrei nesse meio para fazer inimizades. Peço mais uma vez desculpas a todos aqueles que eu acabei ofendendo na ultima edição da minha coluna. Acabei por exagerar, e por escrever com uma forte agressividade as minhas criticas. É um erro que, como jornalista, eu reconheço. Não gostaria de ser hostilizado nas coberturas nas quadras das escolas e nem de ser barrado na entrada. Já somos poucos os que cobrimos o carnaval paulistano... imagina se criarmos problemas entre nós. Isso só estraga o espetáculo.
Weinny
Eirado
Por
Weinny Eirado
Com muitas dificuldades para sobreviverem, as escolas dos
Grupos Inferiores superaram os problemas e deram um show nas gravações! Cada
escola teve que produzir a sua gravação, dessa forma, não tendo uma
padronização nas faixas dos discos. Nada que atrapalhe o belo trabalho das
escolas. Alguns intérpretes consagrados dão as caras no CD, como por exemplo
Royce do Cavaco, Celsinho, Dom Marcos, Fred Vianna, Marcio Camargo, entre
outros. Alguns novos talentos também aparecem e se apresentam para nós de uma
maneira surpreendente.
Tive acesso às gravações nesse último domingo, e estou
ouvindo de maneira cuidadosa. São 5 discos com quase 60 sambas diferentes! Em
uma rápida passada, achei um sambaço no G2 de autoria do consagrado Wagner do
Cavaco. É uma obra-prima produzida pela Império Lapeano! Aos poucos, acabarei
por destacar a minha opinião aqui no SAMBARIO na seção “Comentário dos Sambas”.
E também não posso publicar as minhas opiniões ainda, porque os CD’s dos Grupos
1, 2 e 4 ainda não foram lançados. Em breve disponibilizarei os sambas para
vocês ouvirem. E para quem quiser acompanhar o lançamento do restante dos CD’s,
é só comparecer na quadra da Imperial (Av. Calim Eid, 488), nesse próximo
Domingo (20/12). A entrada é gratuita.
A UESP (União das
Escolas de Samba Paulistanas) é o mais antigo órgão
administrador do carnaval paulistano. Desde a separação do
Especial em 1986 (e depois do Acesso), ela têm administrado o
carnaval das escolas dos grupos inferiores. Atualmente possui 68
escolas filiadas, divididas em 4 grupos: Grupos 1, 2, 3 e 4
(rebatizado esse ano, pois anteriormente se chamava Grupo de Acesso da
UESP). Também atua como administradora nos Blocos. Pelo que eu
sei, não possui muito apoio financeiro, e sofre com o
esquecimento da “Grande Imprensa”. Esse ano, Kaxitu
Ricardo Campos assumiu a presidência e já fez diversas
melhorias no órgão. Principalmente na reformulação do site,
no contato com a imprensa e fazendo ampla divulgação dos
eventos. Os desfiles acontecem em diferentes localidades, sendo o
Anhembi o palco do “G1”. Este ano, a apuração
acontecerá na quarta-feira de cinzas.
Felizmente, o
SAMBARIO pretende estar na cobertura do carnaval, incluindo
visitar a quadra das escolas de sambas nos ensaios, ir ao
sambódromo acompanhar os ensaios técnicos e, principalmente,
estar no Anhembi nos desfiles. Para que isso aconteça, uma
pequena equipe de apoio está sendo formada para apoiar o
jornalista Weinny Eirado. Aquiles Borges e Alessandro Bertoni
estarão ajudando a levar ao publico as coberturas realizadas
pelo site. Sejam bem vindos!
Agradecimentos
especiais à UESP por ceder gentilmente os discos. E também ao
compositor André Filosofia, que se dispôs a ceder alguns sambas
ao site, e por aceitar as críticas ao sambas da sua parceria.
“Tem filósofo no samba, e sambista na filosofia!”.
E encerro essa
coluna dando um “parabéns” ao ex-ritmista da Ritmo
Puro e da Bateria da Cásper Líbero, Willian Gorato Eirado, que
fica mais velho no próximo domingo, dia 20. Um grande abraço
pra esse cara que me ensinou a gostar de samba! Aqui fica essa
pequena homenagem pra quem merece!
Abraços a todos...!
Weinny Eirado
sammyeirado@hotmail.com