Moisés Santiago é um exemplo da renovação
com qualidade no mundo do samba. Além de ser bastante atuante no
carnaval, Moisés também tem vida própria como
autor de MPB. Formado nos pagodes e rodas de samba do Cacique de Ramos,
ele foi responsável por diversos sucessos nas vozes de Almir
Guineto, Beth Carvalho, Fundo de Quintal, Grupo Raça e Dudu
Nobre.
Muito
jovem ainda, Moisés Santiago estreou como intérprete
oficial em 1992, ao vencer a disputa na Tradição com
“O espetáculo maior... as flores”. Mesmo com a queda
para o Grupo A, o cantor prosseguiu no ano seguinte quando, com
“Não me leve a mal... é carnaval”, conquistou
o campeonato e ajudou a escola de Campinho a retornar para a elite do
carnaval. Em 96, foi apoio de Edmilton de Bem na condução
de um samba seu, ainda na Tradição.
A
partir daí, Moisés Santiago passou a peregrinar em
várias escolas, concorrendo nas disputas da
Tradição, Imperatriz Leopoldinense e Salgueiro, entre
outras. Em 1998, aceitou o desafio de ingressar no carnaval paulistano
e defendeu a Barroca Zona Sul até 2000, quando se transferiu pra
Imperador do Ipiranga, onde foi a voz oficial por 10 anos. No
Salgueiro,
venceu por três vezes o concurso dos hinos oficiais da escola
para os carnavais de 2005, 2006 e 2009. Nos últimos anos, vem
emplacando obras na Imperatriz Leopoldinense. Em 2015, chegou a
presidir a Acadêmicos da Abolição e ainda
trabalhou na direção de carnaval da Caprichosos de
Pilares.
O
modo de interpretação de Moisés Santiago é
caracterizado como animado, com preferência para o samba de
empolgação.
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Primeiro ano como intérprete
oficial: 1992
1992 e 1993
– Tradição
1993 - Villa Rica
1996 –
Tradição (apoio de Edmilton de Bem)
1998 a 2000 - Barroca Zona Sul (SP)
2000 a 2010
– Imperador do Ipiranga (SP)
2005 - Salgueiro (apoio de Quinho)
2013 - Viradouro (apoio de David do Pandeiro, Diego Nicolau, Gilberto Gomes e Niu Souza)
GRITO DE GUERRA: Que
emoção! Bate forte coração!
CACOS
CARACTERÍSTICOS: “em
cima!”;
“segura, segura, segura”;
“se dedica, minha escola”;
“dá show,
dá show”;
“alegria, minha harmonia”;
“baila minha
porta-bandeira... agita meu mestre-sala”;
“alô, minha velha
guarda”;
“maravilha... maravilha”;
“lindo, lindo, lindo”;
“tá bonito demais”;
“tá certo,
tá certo”;
“sacode, minha bateria”;
“canta, minha escola”;
“quero ouvir, quero ouvir”.
SAMBAS DE SUA AUTORIA: “O
espetáculo maior... as flores”
(Tradição/92, com Luizinho Professor e Toninho); “Do barril ao Brasil”
(Tradição/96, com Luizinho Professor); “Imperador na Velha República” (Imperador
do Ipiranga/2000, com Djalma Falcão, Jota R, Wanderley
Alemão e Vicentinho); “Sonhando, brincando e sambando - toda
criança tem um brinquedo no coração” (Imperador
do Ipiranga/2001, com Amador, Dodô, Jackson Baianinho, Richard e
Wanderley Alemão); “Do fogo que ilumina a vida, Salgueiro
é a chama que não se apaga”
(Salgueiro/2005, com Fernando Magaça, Luiz Antônio e
Waltinho Honorato); Microcosmos: o que os olhos não vêem,
o coração sente (Salgueiro/2006, com Waltinho Honorato,
Fernando Magaça, Paulo Shell, Tiãozinho do Salgueiro,
Abs, Leonel e Luizinho Professor); Tambor (Salgueiro/2009, com Paulo
Shell, Leandro Costa e Tatiana Leite); "Paixões Proibidas e
Outros Amores" (Nenê de Vila Matilde/2014, com Gabriel Cacique,
Luciano Rosa, Marcelo Careca e Nilson Feijão); “É o
amor que mexe com a minha cabeça e me deixa assim. Do sonho de
um capira nascem os filhos do Brasil” (Imperatriz
Leopoldinense/2016, com Zé Katimba, Adriano Ganso, Jorge do
Finge e Aldir Senna); "Xingu - O Clamor que vem da Floresta" (Imperatriz/2017, com Adriano Ganso, Jorge do
Finge e Aldir Senna)
e "África de Todos Nós" (Os Rouxínóis/2017,
com João Pedro Silva, Wagner Mariano, Claudio Piegas e Delson
Patrício).
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