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MOCIDADE UNIDA DE JACAREPAGUÁ

Letras da Mocidade Unida de Jacarepaguá

1988

Enredo: Arco-íris tem de dar certo 
Compositores: Gilmar, Berrem, Bico e Gemeu 

A imaginação me transportou
Sonhei que a tempestade já passou
Que o Brasil transpôs um arco-íris
E a desigualdade acabou 
O índio tem a terra demarcada
Seus costumes preservados
Caraíba não o incomoda
E ele anda até pelado
A luta de Zumbi não foi em vão
Temos um negro presidente da nação
Não existe o preconceito com a força da fé
Católico assume o candomblé

O presente já espelha a sonhada evolução (bis)
Crianças bem nutridas com direito à educação

O machismo nesta terra não há
A mulher emancipada conquistou o seu lugar
Feliz é o aposentado, satisfeito com a pensão
Passa sua experiência para nova geração
O trabalhador não faz greve nem tem do que reclamar
Seu emprego é garantido e o salário é de marajá
Deputado foi eleito com o voto do favelado
Depois veio de Brasília agradecer o eleitorado
Cumpre todas as promessas com o dinheiro do Jeton
Moço do colarinho branco segue a Constituição

Também no Carnaval acontece a transformação
A colombina está vestida sem apelação
E o artista do asfalto, outra vez dono da festa
Mostra o samba vocação

Tem que dar certo
Se o arco-íris traz felicidade (bis)
Vai premiar a ilusão da Mocidade

1993

 

Enredo: Dona Zica e Dona Neuma, Enredos de Verdade

Autores: ???

 

No balanço lá vou eu
Com a Mocidade outra vez
Tenho nas mãos um tesouro
São duas Damas de Ouro
Para ofertar a vocês
O samba presta a sua homenagem
A quem na flor da idade
Por ele se apaixonou
Idos anos que nos traz saudade
Do que era doce e se acabou

 

Se o carnaval é profano, lá vou eu (bis)
Sambando para os braços de Orfeu

 

E o Palacio do Samba
Abre-se com notas musicais
É onde se guarda os bambas
Bacharéis do samba
De outros carnavais
No morro onde mora a poesia
Um bate-papo legal
Com os meninos da Mangueira
Dona Zica e Dona Neuma
Razão de ser do nosso carnaval

 

E nesse jardim de amigos
Sinto respingar em mim (bis)
Gotas de felicidade
Hoje na Sapucaí 

1995

Enredo: Domingo é dia de Quinta

Autores: Maninho 22, Vicente das Neves, Vaguinho, Pitimbu e Becão

 

Hoje é domingo amor
Na quinta vou me divertir
Vou levar minha família
Se a vista é boa vamos nós curtir
Quanta alegria
O verde nos traz, recanto de paz
O índio mito, Araribóia viveu

O jesuíta teu solo enriqueceu
Foi residência da família imperial
E a mocidade traz pra este carnaval

Vou ver macaco Tião
Vou ver, eu vou (bis)
Tem zoeira, brincadeira, muita animação

És o meu recanto favorito
Onde tudo é mais bonito e sou criança
No trenzinho, pedalinho
Ou num jogo de pelada, voa lembranças

És reduto do amor (amor, amor)
Dos casais enamorados
que um português de coração nos ofertou

Bola rola, tudo rola
Tem quitutes de Iaiá (bis)
Canta e encanta, Jacarepaguá

1996

Enredo: Quilombo dos Palmares, um Paraíso Negro

Autores: ???

 

Hoje eu vou que vou
Me embriagar de emoção
Lembrar os personagens
Que marcaram a rebelião
Encho o meu peito
De orgulho e euforia
Tristeza nunca covardia


Nos mucambos têm magia, felicidade (bis)
Palmares, cenário da mocidade


Ganga Zumba
Foi a voz da libertação
Entre tantos devaneios
Amado o fim da discriminação
Pecuária, agricultura
Extrativismo tão marcante
Brilha a luz dos orixás
Religiosidade fascinante


Batam palmas, vamos sorrir
São três séculos (bis)
Vivo e mortal Zumbi


Vem que hoje é festa, amor
Alegria não tem cor
Liberdade clara cor no sol
Negro rei do carnaval


Ele canta e dança, sem dor
Esquecendo as marcas que o feitor deixou (bis)
O meu coração não vai resistir
Explode a raça na Sapucaí