MOCIDADE INDEPENDENTE DE PADRE MIGUEL
MOCIDADE
INDEPENDENTE DE PADRE MIGUEL
FUNDAÇÃO |
10/11/55 |
CORES |
Verde e Branco |
QUADRA |
Rua
Coronel Tamarindo, 38
Padre Miguel
21870-000
Telefone: 3332-5823
Fax: 3332-5823 |
BARRACÃO |
Rua Rivadávia
Correa, 60
Barracão 10
Cidade do Samba - Gamboa
20220-290
Telefone: 2516-3215
Fax: 2516-3215 |
SÍMBOLO |
Estrela |
RESULTADOS - SAMBAS-ENREDO
HISTÓRICO
O Grêmio Recreativo
Escola
de Samba Mocidade Independente de Padre Miguel foi fundado em 10
de novembro de 1955 a partir de um time de futebol chamado
Independente Futebol Clube. Do time do bairro, a escola herdou as
cores verde e branca. Na época, muitos jogadores tornaram-se
membros da bateria e o técnico do time, Mestre André, foi
o
primeiro diretor de bateria da escola. A estréia oficial
aconteceu no carnaval de 1957, ainda nas divisões de base da
hierarquia carnavalesca. A escola desfilou entre as grandes pela
primeira vez em 59, apresentando o enredo "Apoteose ao
Samba". Em sua estréia, a Mocidade já inovava. O diretor
de bateria, o mesmo Mestre André, combinou com seus ritmistas
que, em determinado ponto do desfile, ele iria apitar uma vez e
todos os instrumentos parariam de tocar - à
exceção dos
taróis, para a escola não perder o ritmo. A idéia
funcionou e,
depois de Mestre André sambar alguns segundos à frente
dos
ritmistas, um novo apito fez todos os instrumentos voltarem a
tocar. Estava criada a célebre paradinha da bateria, que daria
à Mocidade a fama de Bateria Nota 10 e se tornaria até
hoje um
recurso obrigatório até em bloco de rua. Durante este
período,
a Mocidade era conhecida como "uma bateria que
carregava uma escola nas costas", pois a bateria era mais
conhecida do que a própria escola, que só
alguns anos depois iria se tornar uma escola que
competisse frente a frente com as "4 grandes" da
época (Portela, Império Serrano, Salgueiro e Mangueira).
Em 1974,
Arlindo Rodrigues apresentava na
escola o enredo "A festa do Divino" e tira o 5° lugar.
Mas neste ano ela poderia ter ganhado o campeonato, perdido
por uma nota 4 em fantasia e uma nota 9 em harmonia.
A diferença de pontos do Salgueiro para a
Mocidade foram 6, portanto haveria um empate somente se
a Mocidade ganhasse o 10. Se houvesse empate, mesmo assim, o
Salgueiro sagraria-se campeão pois obteve 10 em harmonia e a
Mocidade 9.
Desde então, a
escola deixa de ser conhecida apenas por sua
bateria, para impor-se como grande escola de samba. Em 76, por
ironia, a Mocidade empatou em segundo lugar, com a Mangueira, e
perdeu o desempate por ter um ponto a menos na nota da tão
famosa bateria nota 10. Em 1979, ainda com Arlindo Rodrigues, a
Mocidade conquista o seu primeiro campeonato com "O
Descobrimento do Brasil". No ano seguinte
estreava como carnavalesco Fernando Pinto, que em 1985 deu o
campeonato à escola com o enredo "Ziriguidum 2001, um
Carnaval das Estrelas". Fernando Pinto produziu
carnavais
excepcionais na Mocidade e projetou-se como um dos mais criativos
e inventivos carnavalescos já conhecidos, mas lamentavelmente
morreria em 1987 num trágico acidente de carro na volta de um
ensaio da escola.
A partir dos anos 90,
quem assume os desfiles da Mocidade é o
criativo e "high-tech" Renato Lage. Devido ao seu
sucesso na escola, ele permanece na Mocidade até os dias de
hoje. Em 1990 já começa levando o título para
Padre Miguel com
o enredo "Vira, virou, a Mocidade chegou". Um desfile
irrepreensível! A escola foi punida com 5 pontos por estourar o
tempo em 5 minutos, mas mesmo assim permaneceu na frente da
segunda colocada, a Beija-flor, por apenas 1 ponto. Em 91, foi a
vez do bicampeonato com o enredo "Chuê chuá, as
águas
vão rolar". Outro carnaval para orgulho da nação
de Padre
Miguel. Foi a campeã de todos os que estavam na Sapucaí
assistindo aos desfiles, mas mesmo assim disputou ponto a ponto o
título com o Salgueiro. Em 92 ela quase leva o título com
o
enredo "Sonhar não custa nada! Ou quase nada...".
Perdeu o tricampeonato para a Estácio de Sá. Mas o samba
daquele ano se tornou o "hino" da Mocidade. Até 1992,
Renato Lage tinha como companheira a sua ex-esposa Lílian Rabelo
para ajudá-la no carnaval da Mocidade. Em 93, já
separados,
Renato Lage conquista o quarto lugar para a escola com o enredo
"Marraio Feridô sou Rei". Quem não se lembra daquela
alegoria do garotinho com o controle de video game nas mãos?
Após um
insucesso para Padre Miguel em 94 (a escola ficou em
oitavo lugar), a escola volta a fazer um grande desfile e a
disputar o título em 95, com o enredo "Padre Miguel, olhai
por nós", do mesmo Renato Lage. Apesar da escola tratar de
um tema religioso, não faltou tecnologia nos carros. Mas mesmo
assim, acabou tirando apenas o 4º lugar.
No ano de 96, houve um
atraso nos desfiles, e a Mocidade seria
a oitava escola a pisar no sambódromo no domingo de carnaval. O
carnavalesco Renato Lage ficou preocupado com isso, pois o
desfile acabou sendo de manhã, o que impediu que os efeitos
especiais dos carros alegóricos fossem mostrados. Mas mesmo
assim, a escola volta a ganhar o carnaval com mais um desfile
irrepreensível. Nesse ano, o enredo foi "Criador e
Criatura". A escola ficou a apenas meio ponto na frente da
segunda colocada, a Imperatriz Leopoldinense, que tentava o
tricampeonato.
A Mocidade quase leva o
bi em 97 com o enredo "De corpo e
alma na avenda". Só não levou porque perdeu apenas meio
ponto em harmonia. Os jurados alegaram que algumas alas não
estavam cantando o samba. Muitos pensavam que ela iria perder
pontos em evolução, devido ao desfile corrido da escola,
mas
não perdeu. Para se ter uma idéia, aos 55 minutos a
escola já
estava praticamente toda na praça da Apoteose. E aí
não deu
outra: a escola teve que parar para cumprir o tempo mínimo
regulamentar do desfile (65 minutos). Mas mesmo assim a escola
obteve a maior nota da pesquisa do Ibope realizada na Marquês de
Sapucaí: 9,7. Neste mesmo ano, morre o patrono da escola, o
bicheiro Castor de Andrade, o que causou tristeza na escola. Até
os dias de hoje se pode notar isso.
Em 1999, a Mocidade
Independente realiza um desfile primoroso,
uma merecida homenagem à Villa-Lobos, com o enredo
"Villa-Lobos e a apoteose brasileira". O público
vibrou com o seu desfile e novamente a pôs no topo da pesquisa
do Ibope, com a mesma nota 9,7 de dois anos atrás. Mas neste
ano, uma decepção aconteceu no seu desfile: a Mocidade,
que
sempre se concentrou no lado dos correios, nesse ano se
concentrou do lado do edifício "Balança mas não
cai", no qual tem um viaduto que freqüentemente atrapalha
as alegorias das escolas que se concentram naquele lado. Na
Mocidade não deu outra: a escola demorou demais a por os
destaques nos seus grandes carros alegóricos e abriu um enorme
buraco entre os setores 1 e 3, logo no começo da passarela. O
jurado Carlos Pousa, que estava julgando evolução, notou
aquele
buraco e tascou um 7,5 para a escola. Essa nota conseqüentemente
derrubou a escola, que mesmo assim ficou em quarto lugar. Mas com
certeza ela foi a campeã de muita gente que viu e se emocionou
com aquele belíssimo desfile.
No ano 2000, a escola veio literalmente vestida com as cores
do Brasil apresentando o enredo "Verde, amarelo, azul-anil
colorem o Brasil no ano 2000". O belíssimo e imponente
carro abre-alas, uma imensa nave espacial dos índios do futuro,
já deu uma amostra do que seria a escola. A Mocidade passou
muito bem, mas o samba arrastado impediu que a escola decolasse e
atingisse colocações melhores. Mesmo assim, ficou em um
honroso
quarto lugar e com a preferência do público, mais uma vez
obtendo a nota 9,7 na pesquisa do IBOPE realizada na Marquês de
Sapucaí.
Em 2001, a escola
obteve apenas um sétimo lugar com "Paz
e harmonia, Mocidade é alegria". 2002 melhorou um pouco ao
conquistar o quarto lugar com "O Grande Circo
Místico". A alegoria mais lembrada deste desfile é, sem
dúvida, aquela com o globo da morte onde lá dentro eram
notados
alguns motoqueiros fazendo suas arriscadíssimas manobras.
E em 2003 a escola
inovou ao mostrar um enredo que consistia
no polêmico tema da doação de órgãos.
A Mocidade, até
entrar na avenida, era considerada uma incógnita (e o samba era
para a maioria fraco). Mas a escola surpreendeu com um desfile,
como sempre, fascinante, e o samba bem cantado com uma bateria
maravilhosamente cadenciada (apesar de um jurado ter lascado um
8,2 para a bateria). Terminou em quinto lugar.
A partir de 2004, a
escola começou a enfrentar uma
trajetória descendente: um morno desfile em plena luz do dia
cujo enredo foi a conscientização do trânsito deu
à escola a
oitava colocação. No carnaval seguinte, o fato da
Mocidade ter
sido a primeira escola a desfilar na noite de domingo acabou por
prejudicá-la totalmente. Os jurados exageraram nas notas baixas
e deram à agremiação de Padre Miguel uma nona
posição. Em
2006, mesmo comemorando na avenida seus 50 anos, a escola obteve
um modestíssimo décimo lugar. 2007 foi ainda pior para a
Mocidade, que ficou na 11ª colocação, sua pior na
história e
a uma posição do rebaixamento. Antes do desfile de 2007,
a
Mocidade perdeu seu maior poeta: o compositor Tôco, maior
vencedor de samba-enredo da história da escola.
No
entanto, a escola desfilou
repleta de garra em 2008, terminando na oitava colocação.
Porém, no ano seguinte, a Mocidade, influenciada por
muitos problemas internos, realizou um péssimo desfile,
certamente o pior de sua história, escapando por muito pouco do
rebaixamento, finalizando a apuração com um - por
incrível que pareça - aliviante 11º lugar. Em 2010,
a alegria voltou a tomar conta da escola que, com um desfile marcado
pelo bom samba que originou uma impecável harmonia, foi premiada
com um sétimo lugar. A mesma colocação se
repetiria no ano seguinte. Depois de outra terrível
apresentação em 2013 sobre o Rock in Rio, que resultou em
mais uma penúltima posição, e de um nono lugar em
2014, a Mocidade passou a dar mostras de que se recuperará
financeiramente e politicamente, com a saída do presidente Paulo
Vianna dias antes do Carnaval 2014 e ao anunciar uma grande equipe para
2015, capitaneada
pelo carnavalesco Paulo Barros. Entretanto, o enredo sobre o fim do
mundo não surtiu o resultado esperado e a sétima
colocação ainda não foi o suficiente para devolver
a verde-e-branco ao Sábado das Campeãs. No ano seguinte,
um confuso enredo que relacionava Dom Quixote, literatura e
corrupção resultou em mais uma apresentação
desastrosa, fazendo a Mocidade terminar a apuração com
apenas uma nota 10 e o décimo lugar.
A
redenção, primeiramente com sabor de vitória,
viria em 2017. O enredo sobre o Marrocos a princípio não
empolgou o torcedor independente. Mas o maravilhoso samba fez a Estrela
Guia de Padre Miguel brilhar de vez e com uma grandiosa
apresentação, marcada pelo histórico Aladdin
voador na comissão de frente, a Mocidade finalizou a
apuração como vice-campeã, numa disputa
décimo a décimo com a Portela que só se definiu no
último quesito. O retorno ao Sábado das Campeãs
depois de 14 anos foi muito festejado. Mas o vice tão comemorado
teria sabor amargo. Dias depois do Carnaval, as justificativas
liberadas pela LIESA deflagraram um equívoco na
avaliação do jurado de enredo Valmir Aleixo, que acusou a
ausência de uma destaque de chão - descrita no livro
abre-alas do desfile - para tirar um décimo da
agremiação. No entanto, Valmir teria consultado uma
edição desatualizada do livro, com a Mocidade o tendo
corrigido dias depois já sem a presença da destaque, que
originalmente era Camila Silva, já que esta se tornaria rainha
de bateria às vésperas do Carnaval. O 9,9 de Valmir
Aleixo custou o título à verde-e-branco, que se tivesse
concedido a nota máxima, faria a Mocidade empatar em pontos na
apuração com a Portela, mas a disputa seria desempatada
no quesito Comissão de Frente a favor da Estrela Guia. A
quebra de jejum depois de longos 21 anos viria um mês depois do
carnaval, quando no dia 5 de abril a LIESA decidiu pela divisão
do título com a Portela após reunião na sede da
Liga. A sexta estrela enfim foi colocada no peito. Desde então,
a verde-e-branco sempre figura no Sábado das Campeãs, com
grandes sambas e belas homenagens, como a pra Elza Soares em 2020.
RESULTADOS DA ESCOLA
1957 - 5ª no Grupo 2
O Baile das Rosas
Ari de Lima
1958 - 1ª no Grupo 2
Apoteose do Samba
Ari de Lima
1959 - 5ª no Grupo 1
Os Três Vultos que Ficaram na
História
Ari de Lima
1960 - 3ª no Grupo 1
Frases Célebres
1961 - 7ª no Grupo 1
Carnaval no Rio
1962 - 5ª no Grupo 1
Brasil no Campo Cultural
1963 - 6ª no Grupo 1
As Minas Gerais
Ari de Lima
1964 - 7ª no Grupo 1
O Cacho da Banana
Ari de Lima
1965 - 6ª no Grupo 1
Parabéns pra Você, Rio
Luís Gardel
1966 - 6ª no Grupo 1
Academia Brasileira de Letras
Guilherme Martins e Alfredo Brigs
1967 - 7ª no Grupo 1
História do Teatro Através dos
Tempos
Poty
1968 - 6ª no Grupo 1
Viagem Pitoresca Através do Brasil
Mário Monteiro
1969 - 7ª no Grupo 1
Vida e Glória de Francisco Adolfo
Varnhagen
Guilherme Martins e Alfredo Brigs
1970 - 4ª no Grupo 1
Meu Pé de Laranja Lima
Gabriel Nascimento e Ari de Castro
1971 - 9ª no Grupo 1
Rapsódia de Saudade
Clóvis Bornay
1972 - 7ª no Grupo 1
Rainha Mestiça em Tempo de Lundu
Clóvis Bornay
1973 - 7ª no Grupo 1
Rio Zé Pereira
Arlindo Rodrigues
1974 - 5ª no Grupo 1
A Festa do Divino
Arlindo Rodrigues
1975 - 4ª no Grupo 1
O Mundo Fantástico do Uirapurú
Arlindo Rodrigues
1976 - 3ª no Grupo 1
Mãe Menininha do Gantois
Arlindo Rodrigues
1977 - 8ª no Grupo 1
Samba Marca Registrada
Augusto Henrique (Gugu)
1978 - 3ª no Grupo 1
Brasiliana
Arlindo Rodrigues
1979 - 1ª no Grupo 1A
O Descobrimento do Brasil
Arlindo Rodrigues
1980 - 2ª no Grupo 1A
Tropicália Maravilha
Fernando Pinto
1981 - 6ª no Grupo 1A
Abram Alas para a Folia, aí vem a
Mocidade
Fernando Pinto
1982 - 7ª no Grupo 1A
O Velho Chico
Maria Carmem de Souza
1983 - 6ª no Grupo 1A
Como era Verde meu Xingu
Fernando Pinto
1984 - 2ª no Grupo 1A e 3ª no
Supercampeonato
Mamãe eu Quero Manaus
Fernando Pinto
1985 - 1ª no Grupo 1A
Ziriguidum 2001, Carnaval nas Estrelas
Fernando Pinto
1986 - 7ª no Grupo 1A
Bruxarias e Estórias do Arco da Velha
Edmundo Braga e Paulino Espírito Santo
1987 - 2ª no Grupo 1
Tupinicópolis
Fernando Pinto
1988 - 8ª no Grupo 1
Beijim, Beijim, Bye Bye Brasil
Fernando Pinto e Cláudio Amaral Peixoto
1989 - 7ª no Grupo 1
Elis, um Trem Chamado Emoção
Ely Peron e Rogério Figueredo
1990 - 1ª no Grupo Especial
Vira, Virou, a Mocidade Chegou
Renato Lage e Lílian Rabelo
1991 - 1ª no Grupo Especial
Chuê, Chuá, as Águas
Vão Rolar
Renato Lage e Lílian Rabelo
1992 - 2ª no Grupo Especial
Sonhar não custa nada, ou quase nada
Renato Lage e Lílian Rabelo
1993 - 4ª no Grupo Especial
Marraio Feridô Sou Rei
Renato Lage
1994 - 8ª no Grupo Especial
Avenida Brasil, Tudo Passa Quem não Viu
?
Renato Lage
1995 - 3ª no Grupo Especial
Padre Miguel Olhai por Nós
Renato Lage
1996 - 1ª no Grupo Especial
Criador e Criatura
Renato Lage
1997 - 2ª no Grupo Especial
De Corpo e Alma na Avenida
Renato Lage
1998 - 6ª no Grupo Especial
Brilha no Céu a Estrela que me Faz
Sonhar
Renato Lage
1999 - 4ª no Grupo Especial
Villa-Lobos e a Apoteose Brasileira
Renato Lage
2000 - 4ª no Grupo Especial
Verde, Amarelo, Branco, Anil Colorem o
Brasil no Ano 2000
Renato Lage
2001 - 7ª no Grupo Especial
Paz e Harmonia - Mocidade é Alegria
Renato Lage
2002 - 4ª no Grupo Especial
O Grande Circo Místico
Renato Lage e Márcia Lávia
2003 - 5ª no Grupo Especial
Para sempre no seu Coração,
Carnaval da
Doação
Chiquinho Spinoza
2004 - 8ª no Grupo Especial
Não Corra, não Mate, não
Morra. Pegue
carona com a Mocidade!
Chiquinho Spinoza
2005 - 9ª no Grupo Especial
Buon Mangiare, Mocidade! A Arte está na
Mesa
Paulo Menezes
2006 - 10ª no Grupo Especial
A Vida Que Pedi a Deus
Mauro Quintaes
2007 - 11ª no Grupo Especial
O Futuro no Pretérito - Uma História Feita à
Mão
Alex de Souza
2008 - 8ª no Grupo Especial
O Quinto Império: de Portugal ao Brasil, uma Utopia na
História
Cid Carvalho
er
2009 - 11ª no Grupo Especial
Mocidade apresenta: Clube Literário Machado de Assis
e Guimarães Rosa, estrelas em poesia!
Cláudio Cebola
.
2010 - 7ª no Grupo Especial
Do paraíso
de Deus ao paraíso da loucura, cada um sabe o que procura
Cid Carvalho
.
2011 - 7ª no Grupo Especial
Parábola
dos Divinos Semeadores
Cid Carvalho
.
2012 - 9ª no Grupo Especial
Por ti,
Portinari, rompendo a tela, a realidade
Alexandre Louzada
.
2013 - 11ª no Grupo Especial
Eu vou de
Mocidade com samba e Rock in Rio - Por um mundo melhor
Alexandre Louzada
.
2014 - 9ª no Grupo Especial
Pernambucópolis
Paulo Menezes
.
2015 - 7ª no Grupo Especial
Se o mundo fosse
acabar, me diz o que você faria se só lhe restasse um dia?
Paulo Barros
.
2016 - 10ª no Grupo Especial
O Brasil de La Mancha: sou Miguel, Padre Miguel. Sou Cervantes, sou Quixote cavaleiro, Pixote brasileiro
Alexandre Louzada e Edson Pereira
.
2017 - 1ª no Grupo Especial
As mil e uma noites de uma ‘Mocidade’ prá lá de Marrakesh”
Alexandre Louzada
.
2018 - 6ª no Grupo Especial
Namastê: a Estrela que habita em mim saúda a que existe em você
Alexandre Louzada
.
2019 - 6ª no Grupo Especial
Eu sou o Tempo. Tempo é Vida
Alexandre Louzada
.
2020 - 3ª no Grupo Especial
Elza Deusa Soares
Jack Vasconcelos
SAMBAS-ENREDO
1958
ENREDO: Apoteose
ao samba
AUTOR(ES): Tôco e Cleber
Nas noites enluaradas
No tempo do cativeiro
Todos devem conhecer
A fama de carrasco
Do coronel Trigueiro
Mas existia um porém
É que o "seu" coronel, toda fúria perdia
Quando escutava no terreiro (bis)
Um preto velho amarrado no tronco
Que entoava uma singela melodia
Era o Samba, sim
senhor
Entoado com sofrimento e dor
Neste ritmo cadenciado
Que pelo Brasil se propagou
Radiofonia, imprensa falada
Associação, departamento de turismo
Que com muito brilhantismo
Pelo nosso samba trabalhou
Confederação Brasileira
Lutou pelo mesmo ideal
Para que o samba se tornasse
O orgulho nacional
1959
ENREDO: Nomes que ficaram na História
AUTOR(ES): Tôco e Cleber
Por intermédio deste samba
Aproveitamos o ensejo para exaltar
Esses vultos de glórias mil
Existentes na história do Brasil
São três nomes famosos, altaneiros
Que enchem de orgulho
Este torrão brasileiro
Salve o maestro Carlos Gomes
Figura entre os grandes nomes
Do lindo cenário das sete notas musicais
Que recordamos ao som deste
O eco de uma ária divinal
Da ópera "O Guarani"
Que consagrou o maestro imortal
Brilha a literatura brasileira
E o "Príncipe dos Poetas" Olavo Bilac
Que escreveu o Hino à Bandeira
Finalmente, teve uma vida tão garbosa
O consagrado "Águia de haia"
Nosso conferencista
O eminente estadista Rui Barbosa
1967
ENREDO: História
do teatro através dos tempos
AUTOR(ES): Ala dos Compositores
Na história do teatro no Brasil
Encontramos páginas lindas mil
De coloridos fortes e celestinas
Meigas como as turmalinas
Líricas, dramáticas e repentinas
Que embalaram majestades
Plebeus, burgueses e abades
Embevecidos vemos, no Scala de Milão
O Guarani sob aclamação
Da mais seleta platéia alucinada
Com os bemóis e sustenidos em florada
Sete vezes foi aclamado
E pelo mestre Verdi saudado
Aos trinta e quatro anos teve os louvores
Tônico de Campinas
Rua das Flores
Carlos Gomes
De Salvador Rosa e Maria Tudor
Lírico magistral como maestro compositor
Saindo desta quimera de notas vivas
Achamos a mais alta expressão vocativa
O maior trágico do teatro brasileiro
O homem que fez chorar o cavalheiro
Da platéia, camarote ao bilheteiro
Lágrimas de alegria de dor e saudade
Oscar, Otelo, Camões com felicidade
O dramaturgo João Caetano dos Santos
Que o palco verte dores e prantos
Da lacuna que deixou
No gênero dramático que tanto amou
Lacrimosos, deslumbrados e pensativos
Passamos a página Leopoldo Fróis
Que fez rir até nossos avós
De tamanha peçonha e graçola
Fazia qualquer um ensacar a viola
Dizia-se: no apache está um esplendor
Sinos de Cornevile é um amor
Faz um bem assistir: punhado de rosas
Seu Brito genro de muitas sogras
O príncipe da comédia nacional
Era alegre contagiante e original
Lemos interessados este triário
Brumas e relíquias do passado
Páginas de amores,
Linhas de dores
E gênios entretedores
Na história de teatro brasileiro
Através dos tempos, mensageiro
1968
ENREDO: Viagem
pitoresca através do Brasil
AUTOR(ES): Da Roça e Djalma
Ao rever a história
Que Maurício Rugendas deixou
Eu destaquei na memória
Essa página de glória
Muito importante e tão viril
Viagens Pitorescas
Através do Brasil
As nossas praias sem iguais
Interrompidas por rochedos colossais
E as matas verdejantes
Onde existiam vários animais
Rugendas observou essa beleza
Ao contemplar a natureza
Caminhando por esse Brasil afora
Entusiasmado Rugendas catalogou
As cenas tristes e alegres
Nos idos tempos do Brasil Imperial
Glórias
A esta bela viagem sua (bis)
Pois existem até hoje em Munique
Lindos quadros retratados em pinturas
Ainda dentro do
seu
roteiro
Luta e lamentos de raça
Rugendas anotou
Com orgulho o nosso povo brasileiro
E a mulata
Com seu feitiço e beleza (bis)
Era disputada a peso de ouro
Pela mais alta nobreza
Eu revi na minha
música a memória
Estas páginas de glória (bis)
Que Rugendas deixou
No lindo berço de sua história
1969
ENREDO: Vida
e glória de Francisco Adolfo Varnhager
AUTOR(ES): Claudino N. Costa
São Paulo
Terra dos bandeirantes
Torrão natal
De um artista tão brilhante
Francisco Adolfo de Varnhagem
Ilustre personagem
Este vulto imortal
Exaltamos neste carnaval
Glória
Ao eminente historiador (bis)
Assim cantamos
Em seu louvor
Ô ô
ô ô ô ô ô
ô ô
Apresentamos
Nesta passarela
Esta história tão bela
De Visconde de Porto Seguro
Este gênio do passado
Foi honrado e agraciado
Com justas distinções
Por outras grandes nações
Obras literárias
Deste notável escritor
São lidas até hoje
Mostrando seu real valor
Existe no Largo da Glória
O busto deste grande brasileiro
Embelezando ainda mais
O cenário do Rio de Janeiro
1970
ENREDO: O
meu pé de laranja lima
AUTOR(ES): Walter Pereira e Arsênio Isaías
Era uma vez
Frase que traz felicidade
Às pequeninas majestades
No seu reino de ilusões
Reis, fadas e
rainhas
As estórias contadas pelas dindinhas (bis)
Entre outras seduções
Dominam suas imaginações
Nas inocentes
travessuras
Merecem ternura e muita compreensão
No seu reino de alegria
Do seu mundo de fantasia
Não as devemos despertar
Para as tristezas enegrecidas
Dos infortúnios da vida
Oh como é triste fazer a criança chorar
Oh crianças queridas
Alegrias coloridas
Esperança de toda a geração
Eis a mensagem
Continuem o espetáculo
Ao sabor dos seus corações
Ah eu entrei na
roda
Eu entrei na roda-dança (bis)
Eu entrei na contra-dança
Eu não sei dançar
(Era uma vez...)
1971
ENREDO: Rapsódia
de saudades
AUTOR(ES): Tôco
Canto
Faço do samba minha prece
Sinto que a musa me aquece
Com o manto da inspiração
Ao transportar-me pelas asas da poesia
Ao som de lindas melodias
Que vão fundo no meu coração
Então componho um poema singular
Rememorando obras célicas (bis)
Do cancioneiro popular
Oh, divina música
Tua magia nos envolve a alma
Tua sutileza nos seduz
Pois emanas a luz
Que enebria e acalma
Tu és a linguagem dos cantores
Tuas entonações nos inspiram amores
Música
Nos traz saudades coloridas (bis)
Dos trovadores em serestas
E das canções sentidas
1972
ENREDO: Rainha
mestiça no templo do Lundu
AUTOR(ES): Serafim Adriano da Silva e Jurandir C. N. Mello
Oi, que dança boa
Para se dançar (bis)
Dava um negócio no corpo
Ninguém conseguia parar
Vamos falar de nossa história
Lembrando o Brasil Imperial
Exaltando a rainha mestiça
Neste carnaval
Vamos falar dos bantos
Que para alegria geral
Trouxeram de Angola
O Lundu para alegrar o pessoal
Saiu da senzala
Entrou nos salões (bis)
Para alegria de todos os corações
Oi, que
dança boa
Para se dançar (bis)
Dava um negócio no corpo
Ninguém conseguia parar
Os violeiros tocavam a melodia
Iaiá dançava, sinhá sorria
A rainha desfilava
Airosa como a palmeira
Ao som da melodia
A tristeza da senzala
O escravo esquecia
Cantando o Lundu
Dançando o Lundu (bis)
E tudo terminava em alegria
1973
ENREDO: Rio
– Zé Pereira
AUTOR(ES): Sebastião Nascimento (Tião da
Roça) e
Eduardo Ferreira
É Carnaval
Canta ioiô canta iaiá
É o Zé Pereira
Chegando lá da Beira
Para anunciar
Olelê, olalá
Me solta, me deixa
Que eu quero sambar (bis)
Olelê, olalá
Eu quero cantar, batucar e pular
Era contagiante
O Rio no Carnaval
O entrudo com suas fantasias
E o Zé Pereira com seu bumbo original
E num delírio multicor
De confete e serpentina
Desfilavam pierrôs
A Madame Pompadour
Luís XV e colombinas
(Que maravilha)
Que maravilha, que esplendor
Hoje a Mocidade Independente
Convida toda gente
A cantar em seu louvor
Olelê olalá
Me solta, me deixa
Que eu quero sambar (bis)
Olelê, olalá
Eu quero cantar, batucar e pular
1974
ENREDO:
A Festa do Divino
AUTOR(ES): Tatu, Nezinho e Campo Grande
Delira meu povo
Neste festejo colossal
Vindo de terra distante
Tornou-se importante e tradicional
Bate tambor, toca viola
A bandeira do Divino (bis)
Vem pedir a sua esmola
O badalar do sino
Anuncia a coroação do menino
Batuqueiro, violeiro e cantador
Alegram o cortejo do pequeno imperador
Leiloeiro faz graça
Com uma prenda na mão
A banda toca com animação
Oh, que beleza
A festa do Divino
Flores, músicas e danças
E fogos explodindo
Roda, gira, gira, roda
Roda grande vai queimar (bis)
Para a glória do Divino
Vamos todos festejar
1975
ENREDO: O
Mundo Fantástico do Uirapuru
AUTOR(ES): Tatu, Nezinho e Campo Grande
Sonhei, sonhei, sonhei
Com a floresta encantada
E seu pequenino rei
E o som, os rios e as matas
E sonoras cascatas
Espelhando o céu azul
E ao longe eu ouvia
Ao som da magia
O canto do uirapuru
Lendário pássaro cantor
Quando canta seu amor
Todos param pra escutar
E quem ouvir o seu cantar
Abraça a sorte, afasta o azar (bis)
E no alto do meu sonho
O uirapuru surgiu
Na imensidão da floresta
Enriquecendo o folclore do Brasil
Eu acordei no seu canto original
Radiante de alegria porque era Carnaval (bis)
1976
ENREDO: Mãe
Menininha de Gantois
AUTOR(ES): Tôco e Djalma Crill
Já raiou o dia
A passarela vai se transformar
Num cenário de magia
Lembrando a velha Bahia
E o famoso Gantois
Arerê, arerá
Candomblé vem da Bahia (bis)
Onde baixam os orixás
Oh, meu pai Ogum na sua fé
Saravá, Nanã e Oxumaré
Xangô, Oxossi
Oxalá e Yemanjá
Filha de Oum
Pra nos ajudar (bis)
Vem nos dar axé
Com os Erês dos orixás
Oh, minha mãe
Menininha (bis)
Vem ver como toda cidade
Canta em seu louvor com a Mocidade
1977
ENREDO:
Samba, Marca registrada do Brasil
AUTOR(ES): Dico da Viola e Jurandir Pacheco
Através dos tempos
Que o nosso samba despontou
Trazido pelos africanos
Em nosso país se alastrou
Foi Donga que tudo começou
Com um lindo samba (bis)
(Pelo telefone) se comunicou
E, no limiar do samba
Que beleza, que fascinação
Na casa da Tia Ciata
Oh, como o samba era bom (bis)
Dança o batuque
Ao som da viola
Cai no fandango (bis)
Dá umbigada
Na dança de roda
Grandes sambistas
Mostraram o seu valor
Ismael Silva, Carmem Miranda
Noel e Sinhô
Mas surgiram
As Escolas de Samba
O ponto alto do nosso carnaval
E o nosso samba evoluiu
E se tornou marca registrada do Brasil
1978
ENREDO: Brasiliana
AUTOR(ES): Gilson Loiola, Djalma Santos e Domenil
Ê, terra chão, terra chão
Nosso céu azul de anil (bis)
Vem da alma
brasileira
Radiante e hospitaleira
Arquiteta do Brasil
Foi Dona Santa, Rainha do Maracatu
Que saudoso Vitalino da Feira de Caruaru
Bumba meu boi
Meu boi-bumbá (bis)
Cadê meu boi
Mateus onde é que está
No lendário São Francisco
Vem carrancas navegar
E tecem rendas com beleza
Rendeiras do Ceará
Que sedução
A Festa do Divino
Cristãos na cavalhada
Pelejando como é lindo
Na Bahia tem Romaria, tem tem sim
Flores e água de pote na lavagem do Bonfim (bis)
Louvor a São Benedito
O bloco tão bonito segue a procissão
E o nosso Rio é um desafio
Com seu Carnaval atração
O boto se transforma em namorado
Bailarino encantado e sedutor irreal
E sacristão guarda o tesouro
Na famosa Salamanca do Jarau
Olha o saci-pererê
Cobra grande e caipora (bis)
Deslumbrando todo mundo
A Mocidade mostra agora
1979
ENREDO: O
Descobrimento do Brasil
AUTOR(ES): Tôco e Djalma Crill
A musa do poeta
E a lira do compositor
Estão aqui de novo
Convocando o povo
Para entoar um poema de amor
Brasil, Brasil
Avante meu Brasil
Vem participar do festival
Que a Mocidade Independente
Apresenta neste carnaval
De peito aberto é que eu falo
Ao mundo inteiro (bis)
Eu me orgulho de ser brasileiro
Partiu de Portugal com destino às Índias
Cabral comandando as caravelas
Ia fazer a transação (a transação)
Com o cravo e canela
E de repente o mar transformou-se em calmaria
Mas Deus Netuno apareceu
Dando aquele toque de magia
E uma nova terra Cabral descobria (Vera Cruz)
Vera Cruz, Santa Cruz
Aquele navegante descobriu (descobriu) (bis)
E depois se transformou
Nesse gigante que hoje se chama Brasil
1980
ENREDO: Tropicália
maravilha
AUTOR(ES): Djalma Santos, Domenil e Arsênio
Baila no ar a poesia
A Mocidade irradia
Sua magia neste carnaval
Oh natureza linda
Deu beleza e vida
A este país tropical
Tropicália Maravilha, oi
É enredo e fascinação
Rios e cascatas
Como véu de prata (bis)
Na imensidão
E neste turbilhão de luz
Vem a flora e a fauna
Brasileira que seduz
O cravo brigou com a rosa
Por causa da margarida gostosa
Terra boa, tudo que se planta dá
E o gorjear da passarada
Anunciando a alvorada
Numa sinfonia de amor
Tupinambá,
ê ê,
Iorubá
Oropa, França e Bahia (bis)
Salve meu pai Oxalá
1981
ENREDO: Abram
alas pra folia, aí vem a Mocidade
AUTOR(ES): Ney Vianna e Nezinho
Hoje vou erguer meu estandarte
Vou mostrar beleza e arte
Dos antigos carnavais
Vou me vestir de alegria
Com a Mocidade minha gente
Abrindo alas pra folia
Vejam que beleza o Zé Pereira
No bloco de sujo com a zabumba a tocar
Essas canções tão famosas
Do folclore popular
Quebra quebra gabiroba
Quero ver quebrar (bis)
Mamãe eu quero oi mamar
E na avenida colorida
O sol enche a folia de luz e calor
Onde o pierrô e a colombina alegremente
Trocam lindas juras de amor
As negras, brancas e mulatas
Mostrando um show de visual, oi
Ao som do batuque alucinante
Vindo de terra distante
Para alegrar o carnaval
O corso e as grandes sociedades
Eram o luxo da cidade
Lá vai a baiana
Rodando pra lá e pra cá (bis)
Arrastando a sandália
Fazendo o meu povo cantar
Laiá laraiá laraiá
Ôôôô (bis)
1982
ENREDO: O
Velho Chico
AUTOR(ES): Da Roça, Adil, Edu e Dico da Viola
No meu tempo de criança
Dei de beber
E ouvi cantar os passarinhos
Dei cambalhotas pela casca d'anta
Atravessando o sertão com alegria
E as cascatas murmuravam sinfonia
Anunciando "o Velho Chico" que surgia
Mas, é o que o tempo passou
Minha vida mudou assim
Vem mergulhar
No meu mundo de água doce (bis)
O navegante foi quem trouxe
Gaiola, batelão e ubá
Bate batéia na peneira fica o ouro
O que cai não é tesouro
Deixa a água carregar
Casei donzelas, me fizeram oferendas
Fiz mistérios, criei lendas
Decidi meu caminhar
Ôô, ôôôô, ôô
Até carranca no meu leito navegou
Lindo cortejo para o mar me carregou
Lá vou eu
Mar afora (bis)
Num barquinho prateado
Yemanjá me leva embora
1983
ENREDO: Como
era verde o meu Xingu
AUTOR(ES): Paulinho Mocidade, Dico da Viola, Adil e Tiãozinho da
Mocidade
Emoldurado em poesias
Como era verde o meu Xingu, meu Xingu
Sua fauna, que beleza
Onde encantava o uirapuru
Palmeiras, carnaúbas, seringais
Cerrados, florestas e matagais (bis)
Oh, sublime natureza
Abençoada pelo nosso criador (criador)
Quando o verde era mais verde
E o índio era o senhor
Kamaiurá, Kalapalo e Kaikuru
Cantavam aos deuses livres no verde Xingu
(Ó morená...)
Ó morená
Morada do Sol e da Lua (bis)
Ó morená
O paraíso onde a vida continua
Quando o homem branco aqui chegou
Trazendo a cruel destruição
A felicidade sucumbiu
Em nome da civilização
Mas Mãe Natureza
Revoltada com a invasão
Seus camaleões guerreiros
Com seus raios justiceiros
Os caraíbas expulsarão (mas deixe)
Deixe nossa mata sempre verde
Deixe nosso índio ter seu chão (bis)
1984
ENREDO:
Mamãe eu quero Manaus
AUTOR(ES): Edson Show e Romildo
Me leva, mamãe me leva
Nessa viagem tão legal
Eu quero, mamãe, eu quero, ô
Mamãe, eu quero Manaus
Muamba, Zona Franca e carnaval
(Viajando...)
Viajando ô
País afora caminhei (caminhei)
Num bar negro de astúcia
E eu naveguei (como eu naveguei)
Caí num mundo de aventuras
Meu dom de muambeiro despertei
(Oi, tem muamba)
Tem muamba
Cordão de couro, chapéu, anel de bamba (bis)
Bagulho bom é no terreiro e no meu samba
Meu bisavô é quem fazia
A cabeça do freguês (do freguês)
Coisas que vovó gostava
Tapete persa e azulejo português (e na banca)
E na banca do meu tio
Havia o puro uísque escocês
E o cheirinho da titia era francês
Paga um, leva dois, alô, quem vai
Tô baseado na idéia do papai (bis)
Sou muambeiro, meu tabuleiro
Tem tabaco e tem bebida (diz aê!) (bis)
E no carnaval sou batuqueiro (eu sou!)
Com a Mocidade na avenida
1985
ENREDO: Ziriguidum
2001, um carnaval nas estrelas
AUTOR(ES): Gibi, Tiãozinho da Mocidade e Arsênio
Desse mundo louco
De tudo um pouco
Eu vou levar pra 2001
Avançar no tempo
E nas estrelas fazer meu Ziriguidum
(meu Ziriguidum)
Nos meus devaneios
Quero viajar
Sou a Mocidade
Sou Independente (bis)
Vou a qualquer lugar
Vou à lua, vou ao sol
Vai a nave ao som do samba (bis)
Caminhando pelo tempo
Em busca de outros bambas
Quero ver no céu minha estrela brilhar
Escrever meus versos à luz do luar
Vou fazer todo o universo sambar
Até os astros irradiam mais fulgor
A própria vida de alegria se enfeitou
Está em festa o espaço sideral
Vibra o universo, oi, é Carnaval
Quero ser a pioneira
A erguer minha bandeira (bis)
E plantar minha raiz
1986
ENREDO: Bruxarias
e histórias do arco-da-velha
AUTOR(ES): Jorginho, Tiãozinho da Mocidade e Dudu
Pode rogar
Praga em minha sorte
Meu santo é forte
Ninguém vai me derrubar
Sou mandingueiro, sei fazer feitiçaria
E bruxarias de todo lugar
Padre Miguel
Sua estrela minha guia
Mocidade manifesta na cidade
Os encantos da magia
Esconjuro, pé de pato
Mangalô três vezes (bis)
Sai pra lá com esse gato
Sexta-feira treze
Tantos mistérios ao redor
Que medo nas estórias da vovó (da vovó)
Mas o futuro que se atreve perguntar
Agora o meu destino, o que será
Um novo tempo despontou
E vem trazendo amor
Ave sonhada, cristalizada
Raça dourada numa era de esplendor
O luar clareia
Clareia, deixa clarear, clarear (bis)
Meia-noite, lua cheia
Oi tem magia no seu jeito de olhar
1987
ENREDO:
Tupinicópolis
AUTOR(ES): Gibi, Chico Cabeleira, Nino e J. Muinhos
Vejam
Quanta alegria vem aí
É uma cidade a sorrir
Parece que estou sonhando
Com tanta felicidade
Vendo a Mocidade desfilando
Contagiando a cidade
E a oca virou taba
A taba virou metrópole (bis)
Eis aqui a grande Tupinicópolis
Boate Saci
Shopping Boitatá (bis)
Chá do Raoni
Pó de guaraná
No comércio e na indústria
No trabalho e na diversão
É Tupi (é)
Amando este chão (bis)
Até o lixo é um luxo
Quando é real
Tupi Cacique
Poder geral
Minha cidade
Minha vida
Minha canção
Faz mais verde meu coração
Laiá, laiá, laiá, laiá
Lá, lá laiá, lá, laia, lá (bis)
1988
ENREDO: Beijim,
beijim, bye bye Brasil
AUTOR(ES): Ferreira, J. Muinhos e João das Rosas
Bye bye Brasil, beijim, beijim (beijim)
Encanta a Mocidade assim (bis)
E canta a Mocidade
A constituinte independente
Dividiu a nação naufragada
Em sete brasiléias encantadas
O progresso despontou
O Cruzeiro se valorizou
E hoje nem
saudade (bis)
Daquele Brasil devedor, que ficou
Tchau, Cruzado, inflação
Violência, marajás, corrupção (bis)
Adeus à dengue e hiena-leão
(E a era...)
A era nucear, usina Rio-Mar
Itapoã, Iracema, Iguarias de Itamaracá
E bate-bate de maracujá
Paulo Afonso, Juazeiro
Padim Ciço, Petrolina que reluz
Pedras preciosas, mulatas, gol gay
Vinho enlatado e o gado revoltado
Chimarrão como exportei
O ouro de Serra Pelada
O P.I. como gritava
Rock outra vez
Divinamente, o salvador surgiu
Dando um toque diferente
Alô, bye bye Brasil
1989
ENREDO: Elis,
Um trem chamado Emoção
AUTOR(ES): Paulinho Mocidade, Dico da Viola e Cadinho
Lá pelas bandas de lá
No sul do meu país
Eternamente a cantar, Elis, Elis, Elis
Nas andanças, travessias
No caminhar por entre as pedras desse chão
Na perfeição de se cantar a liberdade
Na poesia de uma canção (bis)
Brilhando nessa passarela
Eu sou Elis com a Mocidade
Numa rota de luz e emoção
No céu da imaginação
Artista, mãe, mulher
Irreverente e tão sutil
Cantando uma canção
Que faz lembrar o irmão do Henfil
Amigo é pra se guardar dentro do peito
Do lado esquerdo, no coração (bis)
Vem do céu essa magia
Essa luz que ilumina
É fascinação
Num trem azul chamado emoção
O sonho mais lindo que sempre sonhei
Uma esperança de paz
Cruzando espaços siderais
Hoje aqui na Terra
Para mostrar que a paz existe
E é possível conseguir
Derramando verde e branco na Sapucaí
Agora sou uma estrela
Trago um sorriso de amor e de verdade (bis)
Eu sou o samba
Sou a Mocidade
1990
ENREDO: Virou, virou, a Mocidade chegou
AUTOR(ES): Tôco, Jorginho e Tiãozinho da Mocidade
A luz (oi divina luz)
Que me ilumina é uma estrela
Da aurora ao arrebol, arrebol
Eu em paz no verde da esperança
Tive sonhos de criança
Comecei no futebol
Agora, que me tornei realidade
Vou encontrar o meu futuro por aí
Curtindo a minha Mocidade
E a paradinha de outros carnavais
Sei que ninguém pode esquecer jamais
Sou Independente
Sou raiz também (bis)
Sou Padre Miguel
Sou Vila Vintém
Apoteose ao samba
Todo o povo aplaudiu
Com as bênçãos do divino aconteceu
O descobrimento do Brasil
Quem não se lembra
Do lindo cantar do uirapuru
Quando gorjeava, parecia que falava
Como era verde o meu Xingu
Meu ziriguidum fez brilhar no céu
A estrela-guia de Padre Miguel
A vira virou, vira virou
A Mocidade chegou (bis)
Virando nas viradas dessa vida
Um elo, uma canção de amor
1991
ENREDO: Chuê,
Chuá, as Águas vão Rolar
AUTOR(ES): Tôco, J. Medeiros e Tiãozinho da Mocidade
Naveguei, naveguei
No afã de encontrar (encontrar)
Um jeito novo de fazer meu povo delirar (delirar, delirar)
Uma overdose de alegria
Num dilúvio de felicidade
Iluminado mergulhei
No verde e branco mar da Mocidade
Aieieu mamãe "Oxum"
Yemanjá mamãe Sereia (bis)
Salve as águas de "Oxalá"
Uma estrela me clareia
É no chuê chuê
É no chuê chuá
Não quero nem saber
As águas vão rolar
É no chuê chuê
É no chuê chuá
Pois a tristeza já deixei prá lá
Da vida sou a fonte de energia
Sou chuva, cachoeira, rio e mar
Sou gota de orvalho, sou encanto
E qualquer sede posso saciar
Quem dera
Um mar de rosas esta vida
Lavando as mentes poluídas
Taí o nosso carnaval
Eu tô em todas, tô no ar eu tô aí
Eu tô até na liquidez do abacaxi (bis)
1992
ENREDO: Sonhar
não custa nada! Ou quase nada...
AUTOR(ES): Paulinho Mocidade, Dico da Viola e Moleque Silveira
Sonhar não custa nada
E o meu sonho é tão real
Mergulhei nessa magia
Era tudo o que eu queria
Para esse carnaval
Deixe a sua mente vagar
Não custa nada sonhar
Viajar nos braços do infinito
Onde tudo é mais bonito
Nesse mundo de ilusão
Transformar o sonho em realidade
E sonhar com a Mocidade
É sonhar com o pé no chão
Estrela de luz
Que me conduz (bis)
Estrela que me faz sonhar
(Ai, amor)
Amor sonhe com os anjos
Não se paga pra sonhar
Eu sou a noite mais bela
Que encanta o teu sonho
Te alucina por te amar (amar, amar)
Vem nas estrelas do céu
Vem na lua-de-mel
Vem me querer
Delírio sensual
Arco-íris de prazer (bis)
Amor eu vou te anoitecer
Eu vejo a lua no céu
A Mocidade sorrir (bis)
De verde e branco na Sapucaí
1993
ENREDO: Marraio,
feridô sou rei
AUTOR(ES): Serafim Adriano, Edu Ferreira e Antonio Andrade
Vai começar
A Mocidade acende a chama da emoção
Lembrando a Grécia onde o jogo se tornou
Uma forma de competição
Iluminada pelos deuses
A Mocidade vem jogar no Carnaval
A sorte da estrela que nos guia
No pano verde desta minha fantasia
Já joguei muito com a vida
Já rodei igual pião (bis)
A sorte pode vir parar na minha mão
Vem me seduzir
Com seu jogo de olhar (bis)
É um jogo de prazer, sem medo de perder
É o gosto de arriscar
A vida é como um jogo de xadrez
Vem do começo da humanidade
Aqui se nasce jogando, perdendo ou ganhando
Em busca de felicidade
Rola bola, bola rola
Na vida sempre joguei (bis)
Se carambolar eu ganho
Feridô marraio sou rei
1994
ENREDO: Avenida
Brasil, tudo passa, quem não viu?
AUTOR(ES): Dico da Viola, Jorginho Ganem e Jefinho
De lá pra cá
Daqui pra lá
Eu vou (ai como vou)
Com meu amor
Vou viajando
Nessa avenida
Pela faixa seletiva
No sufoco dessa vida
"Tudo passa quem não viu"
Uma confusão de coisas
Assim é a Avenida Brasil
Linha Vermelha
Vem cortando a maré
É a bailarina da cidade
Ziguezagueando eu vou
Outra vez com a Mocidade (bis)
Do importado à carroça
O contraste social
Nesse rio de asfalto
O dinheiro fala alto
É a filosofia nacional
Sou passageiro da alegria
O meu destino é o prazer
Passo por ela todo dia
E hoje ela passa por você
Vem cantar e sambar
Com a Mocidade (bis)
De carona na estrela
Rasgando o coração dessa cidade
1995
ENREDO: Padre
Miguel, olhai por nós
AUTOR(ES): Marquinho PQD, Santana,Wanderley Marcação e
Cardoso
do Cavaco
Bravos navegantes portugueses
Encontraram o eldorado tropical, nosso chão,
Rezaram a primeira missa, abrindo as portas pra religião
Mas o dono da terra índio Tupi
Se admirou, sem nada entender
Confundiram o seu credo natural
Suas lendas e seu jeito de viver
Vieram os negros africanos
Com seus tambores, orixás e suas manifestações
Quantos imigrantes te abraçaram, mãe gentil
Trazendo novas crenças pro Brasil
E aí no meu país em louvação
Sagrou-se a mistificação
Com tantas festas e a livre devoção
Com a bandeira do divino e o reisado me encantei
Da lavagem do Bonfim à cavalhada delirei (bis)
Padre Cícero e os romeiros, quanta emoção
A fé se espalhando no sertão
É maravilhosa, é fascinante, é
sedução
A mídia anunciando e provocando tentação
O paraíso do futuro é aqui
Com a nova era que virá
E hoje a Mocidade, devota de paixão
Te canta assim em forma de oração
Padre Miguel, Padre Miguel
Olhai por nós, olhai por nós (bis)
Se liga que essa gente tão sofrida, meu Senhor
Tá sempre aguardando a sua voz
1996
ENREDO: Criador
e criatura
AUTOR(ES): Beto Corrêa, Dico da Viola, Jefinho e
Joãozinho
Cheio de amor
O criador
Findou sua divina solidão
Fez surgir a natureza
Universo de fascinação
Luz, terra e mar
No firmamento os astros a bailar
E numa luminosa inspiração
Fez o homem a mais sublime criação
Assim, o homem com sua ousadia
Avança o sinal no jardim do amor
Deu um salto, dominou a terra
Terra de nosso Senhor
Olha pra mim
Diga quem sou (bis)
Eu sou o espelho
Sou o próprio criador
Gênios, artistas e inventores
Fazem um mundo diferente
Mexem com a vida da gente
Dando asas à imaginação
Em uma nova era
A gente não sabe o que nos espera
Vem nessa, amor, pra um novo dia
Brincar no paraíso da folia
A mão que faz a bomba, faz o samba
Deus faz gente bamba (bis)
A bomba que explode nesse Carnaval
É a Mocidade levantando o seu astral
1997
ENREDO: De
corpo e alma na avenida
AUTOR(ES): Chico cabeleira, Joãozinho, Muca e J. Brito
Eu vou, eu vou, amor
Eu vou nessa viagem
De corpo e alma com a Mocidade
Semeando amor, espanto a dor
Sou alegria arrepiando esta cidade
Dos pés à cabeça
Marcando forte vai meu coração
Porque o coração é o grande palco da paixão
É onde aperta a saudade
E pulsa forte a emoção
Me beija na boca
Vem me abraçar (bis)
Tem cheiro de amor no ar
Ouvindo o teu canto ecoar
Nos teus olhos vejo
Minha estrela brilhar
Máquina da vida
Mão abençoada foi quem criou
Nasce, cresce, envelhece
A mente comanda, o corpo obedece
És célula viva
Corre na veia da gente
Luz que brilha no ventre
Raiz dos seus descendentes
Senhor que criou nesse mundo a matriz
Faz esse povo feliz
Saúde e harmonia
Prazer de viver (bis)
Vou virar pelo avesso
Teu avesso eu quero ver
1998
ENREDO: Brilha
no c éu a estrela que me faz sonhar
AUTOR(ES): Joãozinho, Guinna, Muca e J. Brito
O céu vai me guiar
O brilho das estrelas
Vai iluminar
Nesta noite a magia
Cai do céu e a poesia
Vem da estrela que me faz sonhar (sonhar)
Nesse universo de mistérios
Um livro aberto cheio de fascinação
Vejo nos astros minha luz na escuridão
Amor vou te levar
Nesse mar de alegria (bis)
Iluminado vou na paz da estrela guia
Reluz no mapa celeste
A sorte e o destino
Dos grandes impérios
Deixa o sonho te levar (levar)
Pro futuro que virá
Entre heróis, mitos, animais
Cruzeiro do Sul, não me perco jamais
Se o mundo gira, o sol se põe
A lua vem e anuncia
Uma chuva de estrelas
Vai cair nesta folia
Uma luz riscou
O espaço sideral (bis)
Fiz um pedido
Pra brilhar no Carnaval
1999
ENREDO: Villa-Lobos
e a apoteose brasileira
AUTOR(ES): Santana, Nascimento e Ricardo Simpatia
Rompeu barreiras
Atravessou fronteiras
Para sua música despontar
Esse gênio brasileiro
Conquistou o mundo inteiro
Fez nosso país se orgulhar
Palmilhando os quatro cantos do gigante
De folclore fascinante
Fonte de belezas naturais
Criou grandes temas musicais
Papagaio do moleque enfeitando o céu azul
O uirapuru a encantar de norte a sul (bis)
As Bachianas, quanta emoção
É lindo o chorinho, rasga o coração
Deixou cantar em sua música
A fauna, flora, rio e mar (o mar)
No concerto da floresta ao luar
Canta o pajé, dança o mandu çarara
Refletindo a poesia, mistérios e magias
Da cultura popular
Criança esperança vem pra folia cirandar
Que hoje a batuta do maestro
Rege a sinfonia desta arte milenar (Villa-Lobos)
Villa-Lobos é prova de brasilidade
Sua obra altaneira (bis)
Vem na voz da Mocidade
Cantando a apoteose brasileira
2000
ENREDO: Verde,
amarelo, azul-anil, colorem o Brasil no ano 2000
AUTOR(ES): Dico da Viola, Jefinho, Marquinho PQD e Marquinho
Índio
O coração do mundo está em festa
E bate forte nesse carnaval
Mas a saudade de uma forma iluminada
Vem trazendo visitantes do espaço sideral
É bom recordar o que já passou
Também vou mostrar como estou
Eu quero aprender um pouco mais a caminhar
Com os índios do futuro viajar
E mergulhar nessa paixão
Com as cores da bandeira no meu coração (bis)
Oh, meu Brasil, esperança que pode curar
Encantos mil e um segredo pra se desvendar
Riqueza que desperta o avanço cultural
Reflete muito mais que o brilho do metal
Oh, meu Brasil, o infinito quando toca o mar
Num beijo anil, um cenário que me faz sonhar
Que o amor pode guiar o novo amanhecer
E a gente ensinar o que é viver
Viver em paz, pra ser feliz
É só amar nosso país
É preservar o que se tem
Seguir a Deus, plantar o bem (bis)
É abraçar o nosso irmão
Ao inimigo só perdão
A nossa estrela vai brilhar
E a luz da paz eternizar
2001
ENREDO: Paz
e harmonia, a Mocidade é alegria
AUTOR(ES): Joãozinho, Marcelo do Rap, Domenil e J. Brito
Desperta uma luz, lá do céu clareou (ô ô
ô ô)
Unindo o céu e a terra
Iluminado eu vou
Vem me abraçar, "Felicidade"
Plantei amor no coração
Brotou a paz na humanidade
Num beijo e um aperto de mão
Eu vejo o bem vencer o mal
Na Mocidade a alegria
Trocou de mal com a tristeza
É um povo em plena harmonia
Eu quero amar, amor eu vou
Ser feliz nessa paixão (bis)
Minha arma é alegria
Conquistei seu coração
É bom meu país sem guerra
Foi brincando com a terra
Que a criança se encantou
Na luz do sol da Primavera
É a flor da nova era que desabrochou
Me embala num só coração
Onde amar e ser amado
Vem de Deus essa missão
Nos olhos dos anjos da terra
Acendeu a luz eterna
Da bondade e da razão
Explode amor
É carnaval (bis)
O mundo se abraça
Pela paz universal
2002
ENREDO: O
grande circo m ístico
AUTOR(ES): Beto Corrêa, Dico da Viola, Jefinho e Marquinho
Índio
É show, que euforia
Festa na cidade
O grande Circo Místico chegou, ô ô
De mãos dadas com a Mocidade
Abra as cortinas do seu coração
Nossa arte é vida, cheia de emoção
Vem sonhar acordado
Esse mundo encantado
É fascinação
Palhaço e sambista
Em estado de graça
Pro malabarista, aplausos da massa (bis)
E o trapezista, bailando no ar, oi
E na cartola, a surpresa, o que será
Taí o real picadeiro
A cada instante
Uma viagem além da imaginação
É nobreza e cultura, magia, ternura
Uma doce ilusão
Mãe de toda arte, seduz os meus olhos
Teu chão de estrelas
Aonde chega é felicidade
Quando vai embora, é um mar de saudade
Hoje tem alegria
Sonho da criançada (tem sim, senhor) (bis)
Hoje o céu é de lona
Vamos dar gargalhada, meu amor
2003
ENREDO: Para
sempre no seu coração, carnaval da doação
AUTOR(ES): Santana e Ricardo Simpatia
Um gesto de amor faz alguém sorrir
Só o doador faz a vida prosseguir
Basta se conscientizar
A família querer aceitar
Pro sonho se realizar
Vem fazer o bem sem olhar a quem
Com a Mocidade doar o coração
Nos braços da mitologia
Unindo o mundo na mesma missão
Sob a luz da estrela guia
Doar sem medo de
errar
Ver um brilho no olhar (bis)
Amar é dar, receber
É tão bom viver
Cosme e
Damião
Pioneiros nessa arte divinal
Dando asas à ciência
O homem busca novos ideais
Os olhos ganham luz, vêem cores
Cura os males as dores
Renovando os conceitos sociais
Esse artista iluminado
Doou toda sua criação
Sua imagem é chama viva
Para sempre no seu coração
Alô
você
Abrace essa corrente pela vida (bis)
Sou doador, sou Mocidade
Dou um alerta para o bem da humanidade
2004
ENREDO: Não
corra, não mate, não morra, pegue carona com a Mocidade!
AUTOR(ES): Santana e Ricardo Simpatia
Brilhou um novo
dia
Pegue carona com a Mocidade
O corso da alegria
A despertar toda cidade
É manhã de carnaval
Dou um alerta geral
Vamos colocar o cinto, respeitar a vida
Um descuido é fatal
A máquina evoluiu
O mundo inteiro aplaudiu
Atraindo aventureiros
Traiu em cena o orgulho brasileiro
Amor,
paixão,
velocidade é ilusão
Dirijo meu carro (bis)
Se tomo um pileque
Dou a vez na direção
Basta de tanto
acidente
Não seja imprudente
Subir ao pódio assim não dá (meu Brasil)
Seja mais consciênte
A vida é um presente
Chegou a hora de mudar
Sai desse "pega" moleque
Pisa no breque
Tem alguém a te esperar
Veja a harmonia do sol e da lua
Um exemplo a se espelhar
Pare, pense
Olhe a sinalização (bis)
Proteja quem te ama
Siga em paz na direção
2005
Enredo: Buon
Mangiare, Mocidade! A Arte está na Mesa
Autores: Inácio Rios,
Nilton Mello e Jorginho Valle
Abram as cortinas
No palco, toda forma de expressão
Eu agito a massa
Sou arlequim, tempero certo, sedução
Vai o saltimbanco pela rua
E a vida continua
Ê, Paixão!
Recheio lá dos bailes de Veneza
Quem sou eu? Quem é você?
Vem me dar seu coração
Ô, ô, ô, ô
A ópera vai começar (bis)
Maestros e compositores
A magia está no ar
Sonhar é renascer
O molho tá na consciência
O homem recriou
Transformando em arte a ciência
O fogo atiçou a terra dos sabores
A moda em Milão
Mistura de cultura e liberdade
Cobre de brasilidade
Essa vida, esse chão
Artistas, descendentes desse traço
Pra Itália, aquele abraço!
Um banquete de união
Buon Mangiare, Mocidade!
Amor...
Se a arte tá na mesa, eu tô... (bis)
É a trupe independente de Padre Miguel
Brilhou uma estrela lá no céu
2006
Enredo: A
Vida que Pedi a Deus
Compositores: Toco, Rafael Só e Marquinho Marino
Fui ao céu, viajei ao infinito
Meu sonho hoje é realidade
A suprema divindade atendeu o meu pedido
Para mudar a profecia
Apostei na alegria e na magia do meu carnaval
Na roda que o mundo gira
Roda baiana, faz o meu mundo girar
No compasso, a bateria faz meu povo delirar
A Mocidade risca o chão de poesia
Sob a luz da estrela guia
A vida vai se transformar
Sou a onda que te leva nesta folia (bis)
Um verde e branco mar de energia
Laços de amor
Unindo os povos num só coração
O homem que fazia a guerra
Hoje é um eterno folião
Há fartura em toda mesa
Da natureza todos vão compartilhar
A vida tem mais qualidade
E a Mocidade é o caminho pra felicidade
E amanhã, quando brilhar o novo amanhecer
Com liberdade e igualdade
Será um mundo bem melhor pra se viver
A vida que pedi a Deus
A Mocidade me proporcionou
São 50 anos de história (bis)
Uma linda trajetória
Lembranças que o tempo não levou
2007
Enredo: Mocidade
apresenta: O futuro no pretérito - Uma história feita
à mão
Autore(s): Tôco, Rafael Só e Marquinho Marino
Divina criação
Do pó da terra, ao sopro da vida
"O grande artesão do universo"
Legou ao homem a inspiração criativa
Ao deixar o paraíso se fez preciso
Viver pelas proprias mãos
Com o passar do tempo
O mundo em evolução
Escravizado pela sua ambição
Vê o futuro ao simples toque do botão
Amar, viver, sonhar, acreditar
Que a alma é a fonte, energia da vida (bis)
Na máquina jamais se encontrará
A inspiração que faz nascer a poesia
Mãos que se entrelaçam
Da natureza, toda forma de expressão
Transborda, em cada peça, sua imaginação
Tão belas, tão lindas
Uma cultura em cada região
Aplausos às estrelas da folia
O sonho se transforma em alegria
Sou eu, tenho samba no pé, sou sambista
Nas mãos, o talento de artista
Eu me orgulho de ser artesão
Um Brasil feito à mão
Um só coração, liberdade (bis)
Da emoção eu faço a arte
Em verde e branco, com a Mocidade
2008
Enredo: O
Quinto Império - de Portugal ao Brasil, uma utopia na
história
Compositores: Marquinho Marino, Gustavo Henrique e
Igor Leal
Portugal
Bendito seja, abençoado pelo Criador
Uma utopia, um destino, um sonho
Mistico de grandes realezas
Sonhar, com glórias um rei desejar
E o Sol volta a brilhar
Com a esperança no olhar
Mas desapareceu como um grão de areia no deserto
E encantado renasceu
Em cada ser, em cada coração
Para afastar a cobiça, na busca do ideal
O Quinto Império Universal
Deixa o meu samba te levar
E a minha estrela te guiar (bis)
À praia dos Lençóis, nas crenças do
Maranhão
Tem um castelo, que é do Rei Sebastião
No Rio de Janeiro aportaram caravelas
Trazendo a Família Imperial
Progresso, em cores combinadas
Debret retratava a transformação
Nas terras tropicais do meu Brasil
Na herança, a dor... o mito ressurgiu
Eis o guerreiro sebastiano
O mais ufano dos lusitanos, em verde e branco
Que traz no peito uma estrela a brilhar
De Norte a Sul desta nação
Faz a manifestação popular
Minha Mocidade... Guerreira
Traz a igualdade, justiça e paz (bis)
Hoje o Quinto Império é brasileiro... Amor
Canta Mocidade, canta
2009
Enredo: Mocidade
apresenta: Clube Literário Machado de Assis e Guimarães
Rosa, estrelas em poesia!
Compositores: Jefinho,
Santana, Ricardo Simpatia, Marquinho Índio e Diego Rodrigues
Reluzente, estrela de
um encontro divinal
Risca o céu em poesias
Traz a magia pra reger meu carnaval
Despertam das páginas do tempo
Romances, personagens, sentimentos...
Machado de Assis que fez da vida sua inspiração
Um literato iluminado
As obras, um destino a superação
Nos olhos da arte, reflete o legado
O gênio imortal, do bruxo amado
Que deu ao jornal, um tom verdadeiro
Apaixonado pelo Rio de Janeiro
A canção do meu sarau, te faz sonhar
A emoção vai te levar (bis)
A estrela adormece, na paz do amor
Abençoado um novo sol brilhou
O vento traz Rosa de Minas
Rosas do mundo pra te encantar
Palavras que tocam a alma
Fascinam e tem poder de curar
Pelas veredas do sertão, a fé, o povo em
oração
Pedindo a santa em romaria, pra chover em nosso chão
Mistérios na vida desse escritor
Revelam histórias de um sonhador
Brasil de tantas artes, nas letras sedução
Herança em cada coração
Mocidade, a sua estrela sempre vai brilhar
Um show de poesia, em nossa academia (bis)
Saudade em verso e prosa vai ficar
2010
Enredo: Do
Paraíso de Deus ao Paraíso da Loucura, cada um Sabe o que
Procura
Autores: J. Giovanni, Zé Glória e Hugo Reis
Eu voltei
ao Éden
Paraíso de verdade
Serpente chega pra lá
Hoje eu quero é sambar com a Mocidade
O mal que você me causou
Pra que me infernizar
Chega de guerra e miséria
Sem trégua, nem légua
A Idade Média a se transformar
Entre lendas e mistérios
Prestes João me inspirou a navegar (bis)
O bandeirante cobiçou
E o índio revelou o Eldorado de além-mar
Tudo o que eu puder sonhar
Vou realizar agora e sempre
E se tentar me taxar
Mando depositar em outro continente
Do Éden ao paraíso da loucura
Ninguém sabe quanto é o que se procura
Hoje o povo quer felicidade
No paraíso da igualdade e liberdade
Estrela faz o meu sonho mais real
Sacode a Sapucaí
É carnaval
Meu coração vai disparar, sair pela boca
Não dá pra segurar, paixão muito louca (bis)
Luz independente, me leva pro céu
Sou Mocidade, sou Padre Miguel
2011
Enredo: Parábola
dos Divinos Semeadores
Autores: J. Giovanni, Zé Glória e Hugo Reis
Uma luz no céu
brilhou, liberdade!
Meu coração venceu o medo
O que era gelo se tornou felicidade
A esperança se espalhando pelo chão
A natureza tem mistérios e magias
Rituais, feitiçarias, deuses a me abençoar
Levado pela luz da Estrela Guia
Eu vou por onde a semente germinar
O que eu plantei, o mundo colheu
Um milagre aconteceu (bis)
A vida celebrou um ideal
E a fartura se transforma em festival
Festa de Ísis, a Farra do vinho
Até em Roma a semente foi brotar
Mudaram meu papel, oh Padre Miguel
Hoje ninguém vai me censurar
O baile da máscara negra
Até a nobreza teve que engolir
Meu Brasil, de norte a sul sou manifestação
Aonde vou, arrasto a multidão
De cada cem só não vem um
Vou voltar, um dia ao espaço sideral
E reviver o meu Ziriguidum, em alto astral
Tá todo mundo aí? Levante a mão
Quem é filho desse chão (bis)
Chegou a Mocidade, fazendo a alegria do povo
Meu coração vai disparar de novo
2012
Enredo:
Por ti, Portinari, rompendo a tela, a
realidade
Autores: Diego Nicolau, Gabriel Teixeira e Gustavo Soares
Eu guardei a mais linda inspiração
Pra exaltar em sua arte
A brasilidade de sua expressão
Desperta gênio pintor
Mostra seu talento, revela o dom
Deixa a estrela guiar
Faz do firmamento, seu eterno lar
Solto no céu feito pipa a voar
Quero te ver qual menino feliz
Planta a semente do sonho em verde matiz
Emoção, me leva…
Livre pincel a deslizar (bis)
Vou navegar, desbravador
Um errante sonhador
Voar pelas asas de um anjo
Num céu de azulejos pedir proteção
Vida de um retirante
No sol escaldante que queima o sertão
Moinhos vencer… Histórias de amor
Riscar poesias em lápis de cor
Você, que do morro fez vida real
Pintou nossos lares num lindo mural
Você, retratando a alma, se fez ideal
Meu samba canta mensagens de “guerra e paz”
Seu nome será imortal em nosso carnaval
É por ti que a Mocidade canta
Portinari, minha aquarela (bis)
Rompendo a tela, a realidade
Nas cores da felicidade
2013
Enredo: Eu vou de Mocidade com Samba e Rock in Rio
por um Mundo Melhor
Autores: Jefinho Rodrigues, Jorginho Medeiros, Marquinho Indio,
Domingos PS, Moleque Silveira e Gustavo Henrique
Em verde e branco reluziu
Um sonho de amor e liberdade
Da lama então, a flor se abriu
Cantei a paz a igualdade
Estrelas mudam de lugar
A minha popstar chegou rasgando o céu
Num big bang musical
Faço meu carnaval, eu sou Padre Miguel
A vida é um show, Maraca é vibração
''É o samba-rock, meu irmão''
Pandeiro, guitarra, swing perfeito
Não tem preconceito, a nossa união (bis)
Meu baticumbum é diferente
Não... Não existe mais quente
Música me leva...
O meu destino é a alegria desse mar
Vou pra Lisboa, eu vou na boa
E numa só voz ecoar
Muito mais que um som pra curtir
Conquistei a arena de Madrid
Meu Rio... Voltei morrendo de saudade
Na Apoteose é nova edição, overdose de
emoção
Uma onda me embala, invade a alma
No peito explode a minha paixão (bis)
Um mundo melhor... Que felicidade
No Rock in Rio eu vou de Mocidade
2014
Enredo: Pernambucópolis
Autores: Dudu Nobre, Jefinho Rodrigues, Marquinho Índio,
Jorginho Medeiros, Gabriel Teixeira e Diego Nicolau
Eita saudade danada
Vim das estrelas com meu ziriguidum
"Parece que estou sonhando"
Meus olhos reencontrando
Minha gente, meu lugar
É Vitalino ao som do baião
Tem batucada no meu São João
"Vixe Maria", me de proteção
Rodei ciranda com os pes na areia
Toquei viola sob a lua cheia
Chegue, venha cá forrozear
Zabumbei meu coração (bis)
Puxa o fole, sanfoneiro
"Arretado" é meu sertão
Ah, meu Pernambuco...
Sou mameluco, leão do Norte sou
Um peregrino personagem de cordel
Levo comigo meu "padim Padre Miguel"
Eu danco frevo até o dia clarear
No colorido do folclore, vem brincar
Abre a sombrinha que o "galo" madrugou
Tambem tem festa em Olinda, meu amor!
Vejam quanta alegria levar vou
Viver um sonho no espaço sideral
Da pioneira, ergo a bandeira
"Pernambucópolis", meu carnaval!
Louco de paixão, sempre vou te amar
Luz da emoção no meu cantar (bis)
Independente na identidade
Com muito orgulho, "eu sou Mocidade"
2015
Enredo: Se o mundo fosse acabar, me diz o que você
faria se só te restasse um dia?
Compositores: Ricardo Mendonça, Tio Bira, Anderson Viana e
Lúcio Naval
Você, o que faria
Se o mundo fosse acabar
E só lhe restasse este dia pra viver?
Ver tudo ruir, a terra tremer!
O chão se abrindo aos seus pés
A profecia vai acontecer!
Vem... É o juízo final!
Viva... O amanhã não vem mais!
Solte... Toda alegria!
Libere a sua fantasia!
É de enlouquecer amor...
É contagem regressiva (bis)
Eu já tô louco, sou Vintém, sou Padre Miguel!
Cada segundo vou curtindo a vida!
A hora é essa... não há mais tempo a perder
Não tem limites... Diga o que vai fazer?
Cantava, brincava, sorria?
No último dia, voar
Andava pelado?
Rezava pro tempo parar?
Sem restrições morrer de amor?
Faria a tristeza sumir?
Na batida do tambor...
Roda baiana... Cai nesta folia!
De verde e branco com a bateria!
Invade... Se joga... Na felicidade
Fazendo a vontade do seu coração (bis)
Hoje é o dia... Vem se "acabar"
Deixa a Mocidade te levar!
2016
Enredo: O Brasil De La Mancha - Sou Miguel, Padre Miguel. Sou Cervantes, sou Quixote Cavaleiro, Pixote Brasileiro
Compositores: Wander Pires, Jefinho Rodrigues, Marquinho Índio,
Jorginho Medeiros, Domingos PS, Jonas Marques, Paulo Ferraz,
Lauro Silva e Lero Pires
Louco, apaixonado...
Voar, sem limites sonhar...
Desperta Cervantes do sono infinito
Que a luz da estrela vai guiar
Quixote cavaleiro delirante
Avante! Moinhos vamos vencer
Errante acerta o rumo da história
Pras manchas desse quadro remover
Pintar nessa tela a nova aquarela
E hoje enfim devolver
A honra do negro, a tal liberdade
Que sempre haveria de ter
Ainda é tempo, eu vou contra o vento
Não há de faltar bravura (bis)
De Ramos à Rosa, meu dom encontrei
Nos braços da literatura!
Vai na fé... meu bom cangaceiro
"Ser tão" conselheiro regando as veredas
Caminhando e cantando uma nova canção
Nas mãos uma flor vai calar os canhões
Faz clarear as tenebrosas transações
Lavando a alma da "Mocidade"
Lançando "jatos" de felicidade
Vencer mais um gigante nessa história desleal
Numa ofegante epidemia que se chama Carnaval
Vem ser mais um guerreiro
Eu sou Miguel, Pixote escudeiro
É hora da estrela que sempre vai brilhar!
Eu hei de cantar por toda vida
Minha Mocidade, escola querida (bis)
Nessa disputa...
Verás que um filho teu não foge à luta! (não)
2017
Enredo: As Mil e uma Noites de uma 'Mocidade' pra lá de Marrakech
Compositores: Altay Veloso, Paulo César Feital, Zé
Glória, J. Giovanni, Dadinho, Zé Paulo Sierra, Gustavo Soares,
Fábio Borges, André Baiacu e Thiago Meiners
Brilha o Cruzeiro do Sul no oriente de Alah
Céu de Sherazade
Vem pro Marrocos, meu bem (bis)
Vem minha Vila Vintém
Sonha Mocidade
Fui ao deserto roncar meu tambor
Pra Alah conhecer meu Xangô
De repente a miragem aparece
Na praça, um senhor, contando histórias de amor
Eu fui pra lá de Marrakesh
Minha Zona Oeste comovida de paixão
És minha “El Jadida”, meu teatro de ilusão
Tanto assim que o meu olhar
Vê no mar de Gibraltar
Sereia, dama das areias de Iemanjá
Teu deserto, meu sertão
Teu oásis, meu rincão… “vadeia”
Mistura alaúde com ganzá
Abre-te Sésamo que o samba ordenou
Mil e uma noites de amor
Põe Aladdin no agogô, tantan nas mãos de Simbad
Meu ouvido é de mercador
Abre-te Sésamo que o samba ordenou
Mil e uma noites de amor
É o Saara de lá com o Saara de cá
Minha Mocidade chegou…
Chegou… chegou… de Padre Miguel, a candeia
A caravana de além-mar retorna à nossa aldeia
Oh meu Brasil, abrace a humanidade
És a pátria mãe gentil da amizade
2018
Enredo: Namastê: a Estrela que habita em mim saúda a que existe em você
Compositores: Altay Veloso, Paulo Cesar Feital, Zé
Glória, J. Giovanni, Denilson do Rozário, Carlinhos da
Chácara, Léo Peres e Alex Saraiça
Kamadhenu derrama leite em nosso terreiro
Ganesha tem licença do Cruzeiro
Desemboca o ganges cá no Rio de Janeiro
Os filhos de Gandhi hoje são brasileiros
Brahma foi quem guiou velas de Portugal
E trouxe a Índia aos Gantois da mãe querida
Padre Miguel chamou Shiva pro carnaval
E Namastê pra todo povo da avenida
Hora de se benzer, hora de ir ao mar
Do sal à doce liberdade
Há tempo ainda!
Desobedecer pra pacificar
Como um dia fez a Índia!
Theresa de Calcutá
Ó Santa Senhora, ó madre de luz (bis)
Venha para iluminar
Esse povo de Vera Cruz!
Clama o meu país
À Flor de Lótus símbolo da paz
E à vitória-régia da mesma raiz
Pela tolerância entre os desiguais
Nesse “Holi”
Eis o triunfo do bem e da fé
Nerhu, Dom Hélder, Chico Xavier
Olhem pra Índia e pro Brasil! ôô
Bendita seja a Santíssima Trindade!
Em Nova Délhi ou no céu tupiniquim (bis)
Ronca na pele do tambor da eternidade
O amor da Mocidade sem início, meio e fim!
2019
Enredo: Eu
sou o tempo. Tempo é vida
Autores: Jefinho Rodrigues, Diego Nicolau, Marquinho
Índio, Jonas Marques, Richard Valença, Roni Pit'sTop,
Orlando Ambrosio e Cabeça do Ajax
Olha lá, menino
tempo
Tenho tanto pra contar
Era eu, guri pequeno
Pés descalços, meu lugar
Quando um "toco" de verso... ôôô
Semeou a poesia... ê láiá
Eu colhi a flor da idade
Vi na minha Mocidade (bis)
O raiar de um novo dia
Baila no vento, deixa o tempo marcar
Nas viradas dessa vida, vou seguir meu caminhar (bis)
Ah, quem me dera o
ponteiro voltar
E reencontrar o mestre na avenida
Desmedido coração
No contratempo dessa ilusão
Ora machuca, ora “cura dor”
Do meu destino, compositor
Tempo que faz a vida virar saudade
Guarda minha identidade
Independente relicário da memória
Padre Miguel, o teu guri já não caminha tão
depressa
Mas nunca é tarde pra sonhar
Vamos lá, a hora é essa
Senhor da razão, a luz que me guia
Nos trilhos da vida escolhi amar (bis)
Estrela maior,
paixão que inebria
Eu conto o tempo pra te ver passar
2020
Enredo: Elza Deusa Soares
Autores: Sandra de Sá, Igor Vianna, Dr. Márcio,
Solano Santos, Renan Diniz, Jefferson Oliveira, Professor Laranjo e
Telmo Augusto
Lá vai menina...
Lata d’água na cabeça
Vencer a dor, que esse mundo é todo seu
Onde a “água santa” foi saliva
Pra curar toda ferida que a história escreveu
É sua voz que amordaça a opressão
Que embala o irmão
Para a preta não chorar
Para a preta não chorar
Se a vida é uma “aquarela”
Vi em ti a cor mais bela
Pelos palcos a brilhar
É hora de acender no peito a inspiração
Sei que é preciso lutar com as armas de uma canção (bis)
A gente tem que acordar, da “lama” nasce o amor
Quebrar as “agulhas” que vestem a dor
Brasil, enfrenta o mal que te consome
Que os filhos do planeta fome
Não percam a esperança em seu cantar
Ó nega, “sou eu que te falo em nome daquela”
Da batida mais quente, o som da favela
A resistência em nosso chão
“Se acaso você chegar” com a mensagem do bem
O mundo vai despertar, Deusa da Vila Vintém
Eis a estrela…
Meu povo esperou tanto pra revê-la
Laroyê ê mojubá… liberdade
Abre os caminhos pra Elza passar… salve a Mocidade! (bis)
Essa nega tem poder, é luz que clareia
É samba que corre na veia