MILLENA WAINER
MILLENA WAINER
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Nome completo: Millena Luísa Wainer
Ano de nascimento: 1996
Foto: Ismael Rosário
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A
carioca Millena Wainer ingressou ainda muito menina no mundo do samba.
Aos nove anos de idade já estava na escola de samba mirim Filhos
da Águia, da Portela, em um musical onde interpretava as
músicas de uma das artistas que ela considera uma
referência: Clara Nunes (1942 - 1983). Pela escolinha
também foi intérprete, apoio e fazia coro nas
gravações da agremiação mirim de Madureira.
Passado alguns anos, foi convidada pelo seu grande amigo Thiago
Acácio a participar da escola mirim Estrelinha da Mocidade,
lugar que abraçou sua carreira e se tornou intérprete
oficial e já no primeiro desfile garantiu o Troféu
“Olhômetro”, premiação
instituída em 2003 pela Associação das Escolas
Mirins da Cidade do Rio de Janeiro (AESM-Rio) com o objetivo de
incentivar o aperfeiçoamento dos sambistas mirins. Pelo carnaval
mirim também foi uma das primeiras compositoras femininas a
garantir o troféu Tamborim de Ouro em 2018.
Millena participa de rodas e disputas de samba cantando e luta pelo
lugar da mulher como intérprete. Tem passagens pelo carnaval de
Vitória-ES, Intendente Magalhães, Sapucaí e
Anhembi. Atualmente vem integrando os departamentos musicais das
escolas de samba Mocidade Independente de Padre Miguel e Unidos de Vila
Maria (São Paulo). Em Vitória, ela desfilou no carro de
som da Tradição Serrana conduzido por Lucas Donato, em
2018.
Em 2020 atuou no carro de som do Império Serrano, desfilando
pela Série A do Rio de Janeiro. O enredo da verde e branco foi
“Lugar de mulher é onde ela quiser!”, sobre a
força feminina na sociedade. O samba foi composto por
Aluízio Machado, Lucas Donato, Senna, Matheus Machado, Luiz
Henrique, Thiago Bahiano, Beto BR, Rafael Prates e Renan Diniz. No
mesmo ano, formou o grupo de apoio da Unidos da Tamandaré, pelo
Carnaval de Guaratinguetá SP.
Millena Wainer é jornalista, formada em
Comunicação Social, e trabalha com assessoria de imprensa
e mídias digitais. Idealizou e dirigiu o documentário
“A voz das mulheres do samba”, pesquisa na qual pretende
aprofundar ainda mais e dar continuidade por meio dele, na luta contra
qualquer forma de machismo a mulher sambista. “Sonho por dias melhores para a minha grande paixão, que é o samba”, afirma a intérprete.
Quando indagada sobre qual o desfile mais marcante, Millena é taxativa: “com
certeza, foi o da Mocidade Independente de Padre Miguel de 2020, quando
tive a oportunidade de cantar para Elza Soares, uma mulher que me
inspiro muito”.
Millena também é compositora e tem sambas em escolas
mirins, além de ter composto obras que foram para a avenida,
como sambas pela Lins Imperial e na Imperadores do Sol, entidade do
Carnaval de Uruguaiana. A participação da cantora na
disputa de samba-enredo promovido pela Pega No Samba, escola de
Vitória-ES, para o enredo “Abayomi”, para o Carnaval
de 2021, chamou atenção do público carnavalesco.
Primeiro, em função de a intérprete concorrer
sozinha, em uma disputa em que a maioria das composições
é feitas em parcerias de dois ou mais compositores. Segundo, por
ser ela, uma mulher, a compor e assinar o samba, em um universo onde os
autores serem homens na maior parte das disputas. O samba de Millena
não foi o escolhido, mas ela se sentiu feliz de ter o apoio dos
amigos na sua primeira composição em solo capixaba.
Outros prêmios que ganhou, além do Troféu
Olhômetro, estão o “Quilombo do Samba” e o
“Vozes do Carnaval, ambos em 2020. Pelo carnaval mirim,
também foi uma das primeiras compositoras femininas a garantir o
troféu Tamborim de Ouro em 2018.
Entre suas maiores inspirações musicais, estão as
cantoras Clara Nunes e Dona Bernardete (cantora
paulistana, apelidada de “Tulipa Negra do Samba”, que
foi intérprete da Unidos do Peruche e da Barroca Zona Sul).
Também destaca cantoras que vêm conquistando
espaços no carnaval do Rio e São Paulo, como Lissandra
Oliveira, do carro de som do Salgueiro, “que considero como
madrinha e que me ajudou muito”, Grazzi Brasil e Wic Tavares
(filha do também intérprete Wantuir).
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INÍCIO: Aos 9 anos, na escola mirim Filhos da Águia
2011 e 2012 – escola mirim Filhos da Águia
De 2015 a 2017 – escola mirim Estrelinha da Mocidade
Desde 2018 – Mocidade Independente (apoio de Wander Pires e Nino do Milênio)
2018 a 2022 – Unidos de Vila Maria/SP (apoio de Wander Pires)
2018 – Tradição Serrana (Vitória/ES – apoio de Lucas Donato)
2020 – Império Serrano (apoio de Silas Leléu)
2020 e 2022 – Unidos da Tamandaré (Guaratinguetá/SP – apoio de Wander Pires)
2023 - Arranco (apoio de Diego Nicolau e Pâmela Falcão)
2023 - Império da Tijuca (apoio de Daniel Silva)
GRITO DE GUERRA: Vamos lá minha nação ... (diz as cores da escola) de... (diz o bairro da escola)! Na luta.... se jogaaaa!
CACOS DE EMPOLGAÇÃO:
Em relação aos cacos, Millena não tem um caco
característico. A cantora gosta de entrar como um personagem do
enredo e fazer de acordo com o que o samba pede e o enredo
também.
SAMBAS DE SUA AUTORIA: “Buuuuu!”
(Estrelinha da Mocidade/2016, com Thiago Acácio, Lucas Azevedo,
Victor Oliveira Pires, Raphael Farias, Victor França Pires, Igor
Souza, Matheus Grieco, Rafael Faustino, Vitor Jayme, Igor Rocha e
Mateus Pranto); “Alice no País da Estrela Guia”
(Estrelinha da Mocidade/2017, com Lucas Azevedo, Vitor França,
Jotinha, Robert Pierrout, Vitor Jayme, Mateus Almeida, Rafael Faustino,
Raphel Gravino, Thatiane Carvalho, Igor Souza e Igor Reis); “Os Três desejos de Alladim”
(Estrelinha da Mocidade/2018, com Lucas Azevedo, Mateus Pranto, Igor
Souza, Jota Junior, Raphael Gravino e Igor dos Reis); “Zicartola”
(Lins Imperial/2018, com Wanderson Sodré, Rafael Faustino,
Mateus Pranto, Raphael Gravino, Gustavo Dias e Gabriel Simões);
“Ixé Aruana – O triunfo da criação”
(Imperadores do Sol – Uruguaiana/2018, com Gabriel Simões,
Gustavo Dias, Lucas Donato, Matheus Machado, Mateus Pranto, Maykon
Rodrigues, Rafael Faustino e Raphael Gravino).
FILMOGRAFIA:
“A voz das mulheres do samba” (direção do documentário, 2019)
PREMIAÇÕES:
Troféu Olhômetro, na categoria Intérprete (2015).
Estandarte de Ouro Mirim, melhor samba-enredo pela Estrelinha da Mocidade (2016)
Tamborim de Ouro como compositora (2016)
Prêmio Vozes do Carnaval, categoria Melhor Carro de Som do Grupo Especial RJ (2020)
Prêmio Quilombo do Samba, pela sua representatividade como voz da mulher negra que ecoa pela Sapucaí (2020)
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MAIS
FOTOS DE MILLENA WAINER
De
punhos cerrados, foi reconhecida pelo prêmio Quilombo do Samba,
pela sua representatividade como voz da mulher negra que ecoa pela
Sapucaí
Apesar
de ter começado a trajetória no carnaval pela Filhos da
Águia, Millena é pela Mocidade de Padre Miguel que seu
coração bate mais forte.
Na escola de samba mirim Estrelinha da Mocidade, em 2017
No carro de som da Lins Imperial comandado por Tinguinha (de chapéu) em 2018
Com o "chefe" Wander Pires, na concentração para o desfile de 2020
Na antiga quadra da Mocidade, na Vila Vintém, ao lado de Viviane Santos (de blusa branca) e Roninho
Ensaio da Mocidade rodeada por Wander Pires (de branco) e Roninho (à direita da foto)
Millena
(de tranças) com parte do Departamento Musical da Mocidade
Independente de Padre Miguel, na gigantesca quadra de ensaios da
escola, conhecida como o "Maracanã do Samba", às
vésperas do desfile de 2020
Millena
afirma que foi uma honra para ela cantar para Elza Soares no carnaval
de 2020, uma mulher e artista que a jovem muito se inspira
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