IMPÉRIO DO MARANGÁ
Letras do Império do
Marangá
1973
Enredo: Os Imortais
da Música - Aquarela do Brasil
Autor(es): Tião Teles,
Nelson e Jorge Mexeu
Vejam que paisagem tão
bela
Descrita nessa aquarela
Que viemos apresentar
Desde o seu esplendor
Sublime relicário de amor
Suas cascatas importantes
Fontes e matas verdejantes
Quantas riquezas minerais
São lindos os seus coqueirais
Brasil, de um porte exuberante
De uma aquarela multicor
Da mãe preta no Serrado
A Iaiá com seus babados
E o Rei Congo, sim senhor
O clarão da lua cheia
Refletindo lá no mar
Aprimora esta aquarela
Que só nos faz sonhar
Ô ô ô ô
Esta é a aquarela (bis)
Que Ary Barroso deixou
1976
Enredo: Glórias ao
Teatro Municipal
Autor(es): Batista, Cleve
e Didi
Nessa passarela iluminada
O Marangá apresenta
O seu carnaval
Trazendo para o povo
As glórias do Teatro Municipal
Onde o Guarani entoado ao som
De orquestras magistrais (bis)
Imortalizou-se no palco
Dos mais belos recitais
Bailarinas com passos deslumbrantes
Dava início ao espetáculo sensacional
Arrancavam aplausos da platéia emocionada
Ao som da orquestra sem igual
Lalalaiá, laiá, lalaiá
O lago dos cisnes o balé
Que encanta o mundo inteiro (bis)
Revive no carnaval
A festa popular do brasileiro
Lalalaiá, lalalaiá, laiá
1977
Enredo: Lendas do
Arco-Íris
Autor(es): Renato
Pelegrin Filho
Surgiu
Mais uma lenda que conta a história
Do arco-íris no Reino da Glória
Neste universo colossal
Um mosaico colorido
O Marangá traz ao nosso carnaval
Na passarela
O encanto das cores pedis (bis)
Que a vida é esperança é alegria
A existência de um povo feliz
No mosaico de cores
E um dia lindo uma promessa se cumpriu
Adornando o céu, o mar e a terra
E o carnaval que do Marangá surgiu
E a lenda conta que o arco-íris é
Quem vira ela é ele (bis)
Vira ele em mulher
1978
Enredo: Salamanca
do Jarau
Autor(es): Batista, Didi
e Adilson
É deslumbrante
Que esplendor
Retornar a passarela
Onde a alegria já começou
Marangá orgulhoso apresenta
Salamanca do Jarau
Lenda de mistério e magia
De amor e fantasia
Neste carnaval
Vinda de terra distante
Do Rio Grande do Sul
Contada através dos tempos
De geração em geração
Um valente gaúcho
Que vivia a campear
Buscava a felicidade (bis)
Em Boi Barroso encontrar
E ao chegar na gruta
Vendo um vulto branco
Ele se benzeu
Era Santão, o guardião que apareceu
Contou-lhe o segredo que ali existia
Da princesa encantada
Do tesouro e da magia
Vendendo as sete provas
Blau Nunes conquistou (bis)
O triunfo do bem sobre o mal
E a princesa libertou
1979
Enredo: Os Verdes
Mares de Iracema
Autor(es): ????
Neste vendaval de alegria
Onde tudo é fantasia
O Marangá homenageia o Ceará
Do amor da lendária Iracema
E um bravo colonizador
Uniu brancos e índios
Floriu, se transformou
E hoje cajueiros anunciam
Gente humilde principia
A colheita deste fruto original
Terra do Sol
Do agreste sertão
Das belezas dos algodoais
Terra do Sol
Terra da mulher rendeira
Por sua arte divinal
Anjo, o gado vaqueiro
Deixou lendo o cangaceiro
Canta, canta violeiro
Encanta com seu canto o Brasil inteiro
Arreda gente
Deixa meu gado passar (bis)
Meu gado vem cansado
Do sertão do Ceará
Das águas de um verde
alegre
Onde o pescador joga o arrastão
Destemidos jangadeiros
Lutaram contra a
escravidão (bis)
1980
Enredo: Brasil,
Terra do Amor
Autor(es): Leley, Nélson do Piá e Paulinho
Vou abrir o meu peito
Do melhor jeito como eu sempre quis
Pra brindar o amor que sinto pelo meu país
Vou beijar a natureza, como a brisa faz
Fauna e flora, que beleza
Brasil, eu te amo demais
Inaí, mãe índia
Um filhinho deu (bis)
Da mãe branca e da mãe preta
O carinho é meu
Oh pátria amada querida
A minha vida toda eu dedico a você
(Só a você)
Tenho no meu coração
Muito mais que a razão
Pra querer te querer
Que maravilha é
A natureza eterna alteza (bis)
Sua mulher
Canto
Em qualquer canto, eu canto
Pois meu amor é tanto
Quando chega o carnaval
Canto
A folia me afaga
Amor com amor se paga
Neste país tropical
É um tesouro
O nosso mar (bis)
Na grandeza deste solo
Nasce tudo que plantar
1981
Enredo: Dos Balões
aos Aviões
Autor(es): Paulinho, Nelson, Carlinhos Cavalcanti e Vanderlei
Lá vai o gavião, lá
vai
Riscando o céu azul, cruzando o mar
O homem primitivo viu (bis)
E daí surgiu o desejo de voar
Através dos tempos
A arte de voar se aperfeiçoou
Quantos e quantos heróis
Recebem de nós louvor
Glórias, glórias de coração
Ao nosso Santos Dumont
Eterno Pai da Aviação
Voou, voou, voou
Voou e o mundo inteiro viu (bis)
Voou o 14 Bis
E o Passarola não caiu
Com espaço conquistado
O homem cumpriu o seu papel (o seu papel)
O progresso chegou
E fez estradas no céu
Vai meu Brasil
Gigante numa era espacial
A lua não é só dos namorados
Também é do universo a capital
Controla o vôo,
controlador (bis)
Aeromoça lá no céu é uma flor
1982
Enredo: Lágrimas
Autor(es): Carlito Cavalcanti, Paulinho Rodrigues, Lelei e
Antonio Carlos
A lágrima rolou
Nos olhos do negro um dia
Quando alguém o acorrentou
Roubando a sua alegria
Todo o lamento
Que o trouxe da senzala pra cá
Num real contentamento
Do Império do Marangá
Trilhou o negro
num caminho de opressão
Ansiando seus costumes (bis)
Sua paz, libertação
E a terra que
laboriou teu ouro
Para longe dos senhores (bis)
Deu tronco pra os escravos
Pra dar renda pros feitores
No pensamento do
negro
A liberdade vagueia
Surge o sonhado Quilombo
Em noite de lua cheia
Que judiaria
Quando a expedição chegou
Voltam para o cativeiro
Felicidade teve o tempo de uma flor
O sino da capela badalou
No céu, a passarada revoou
Lágrimas de alegria
Livre o preto velho descansou
Longe da terra,
fez sua aldeia (bis)
Corre nas veias do negro sangue de rei
1983
Enredo: A
Coroa do Rei não é de Ouro, nem de Prata
Autor(es): ???
Alegria
Nesses três dias meu negócio é reinar
Sou brasileiro
Levo a vida a sonhar
Trabalho o ano inteiro
Hoje quero me desabafar
Olha, meu amor, o tempo voa
Não vamos desperdiçar
Quando amanhecer
E o astro rei aparecer
Pra colorir nossa festa
Eu quero estar junto a você
Terra de reis e
ilusão (bis)
Monarcas sem coroa e sem brasão
Assim vai
vivendo
O brasileiro gozador
Cheio de artes e manhas
Coroando aqui se destacou
É rei da voz, rei da canção
Rei do cangaço, rei do angú, rei do baião
Do futebol, do carnaval
Da malandragem e da comunicação
Eu tenho fé,
rei justiceiro (bis)
Que nessa festa o Marangá será primeiro
1984
Enredo: Águas
Lendárias
Autor(es): ???
Oh, meu Rio
Hoje em suas
águas, que emoção
Vou afogar a
tristeza
Fazer o que
manda o coração
Velejar com
meu amor, eu vou, eu vou
Nesse barco
de ilusão
Águas
lendárias
Quanta
imaginação
O fundo da
lagoa é de ouro
Iara
fascinando no cantar
Nas margens,
borboletas fazem coro
Com as
flores que perfumam o lugar
O espelho da
lua refletia
A beleza
Das mulheres
que eram guerreiras
Da região
de maior riqueza
Se a filha é
moça
Cuidado com
ela (bis)
Olha que o
boto
Tá de olho
nela
Do pranto
Apaixonado
de Potira
Nasceram
esmeraldas sem parar
Que a lua
vaidosa até podia
Com as
pedras preciosas enfeitar
É
silêncio, a hora é grande
Os
barqueiros fazem prece
As carrancas
espantam demônios
E o Velho
Chico adormece
Vai nas águas
No reino de
Yemanjá (bis)
Se o mar
guarda o tesouro
Seu
mistério vai guardar
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