MANGUEIRA - 1998 (Tapajós)
MANGUEIRA
- 1998
Enredo: Chico
Buarque da Mangueira (Ao Chico, com Carinho)
Autore(s): Moacyr Luz, Eduardo Souto e Paulinho Tapajós
Samba-concorrente
Estava à toa na
vida
Quando o meu amor me chamou
Pra verde e rosa mais querida
Com a Mangueira eu vou
Na roda viva da vida
Me despedi da dor
A passarela ficou mais bela
Na poesia e na paixão
Chico Buarque
O que será que me dá
Se eu canto o seu refrão
Eu chego às lágrimas
Com as suas páginas
São feito pétalas de flor
Eu fico atônito
Com esse espetáculo
Eu fico bêbado de amor
Hoje o meu samba saiu
De olhos verdes
Flores rosas e vestiu
Nesse palco a branca luz do refletor
E a Mangueira ficou tricolor
Politheama de paixão
Quem te viu e quem te vê, é um coração
Transbordando à flor da pele, é a razão
Que se opõe às forças da opressão
E a hora de dividir vai chegar
A fome do meu guri vai passar
O povo olha aí vai gritar que é outro dia
No dia em que essa terra dos sem-terra
Fizer justiça de verdade ao seu trabalhador
No dia em que essa terra dos sem-terra
For como o sonho do escritor
Do samba e do amor
Olê, olê, olê, olê, olê, olá
Tô pedreiro, tô poeta
Tô sem-terra, tô Mangueira
Olê, olê, olê, olê, olê, olá
Tô que é só felicidade
Tô guri pra vida inteira