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O PIOR SAMBA-ENREDO DE TODOS OS TEMPOS Olhando o título, muita gente deve ter pensado
“Ih, ele fez mais uma coluna enumerando os defeitos de
Candaces!”. Calma, calma – há coisas muito piores na
história. A verdade é que, hoje em dia, é difícil encontrar
uma bomba realmente terrível. Os sambas não conseguem nem isso
– os piores ou são os que “passam em branco” ou
são aqueles que não funcionam. Apesar de ainda encontrarmos
coisas artisticamente ruins, a maioria dos sambas segue uma
fórmula de bolo que os garante certa respeitabilidade. Pelo menos, era isto o que eu pensava. Navegando
pela internet, tive contato com os sambas das escolas de Joaçaba
e Herval d’Oeste, do interior de Santa Catarina. São quatro
escolas: Aliança, Vale Samba, Unidos do Herval e Dragões do
Grande Vale. A Aliança conta com Dominguinhos (quem disse que o
intérprete está fora dos desfiles de 2008?) e tem o melhor
samba, despretensioso e inocente. A Unidos do Herval tem Rixxa
como intérprete. A Vale Samba, curiosamente, tem um enredo
parecido com uma escola da LIESV, falando sobre o ciclo da
borracha. E aí eu escutei Dragões do Grande Vale... Nada
poderia me preparar para tal experiência. Amigos, encontrei o
hino cult do ano. Na verdade, a idéia é muito simples
– é um samba-enredo com estrutura de música do Chiclete
com Banana ou Asa de Águia. O refrão é inesquecível, com o
seu “Le-le-le-le-le ô…Dragão taí, dragão chegou”.
A construção da letra é elaboradíssima – basta ler os
seguintes versos: “Da terra dos Mandarins surgiu.../ Na
velha China se criou / Virando lenda se criou / Virando lenda
mundial”. Vejam o romantismo do seguinte trecho: “Dragões
é bamba – xodó e xamego / To fora, to dentro – vamo
Chamengá”? Agora, o charme especial do samba é o
apoteótico “vamos dragonar” – quer mais o
quê? Falando sério, este samba me fez pensar em muita coisa. Hoje, ele parece estranho, mas, e no futuro, com toda esta atenção que o carnaval baiano tem despertado, será que uma fusão de samba e axé poderia embalar uma escola de samba de apelo nacional? Afinal de contas, samba-enredo já foi misturado com tantos estilos, já incorporou tantas coisas, que não é difícil pensar em algo assim. Talvez aquilo que hoje nos cause riso seja o futuro do samba-enredo, o seu reencontro com uma face mais popular... ou o primeiro sinal de seu fim. O pensamento sombrio, no entanto, deve ser deixado
de lado, pelo menos por enquanto. Prefiro falar do pior samba de
todos os tempos. Não, não é este da Dragões do Grande Vale. O
pior samba de todos os tempos foi concebido para o carnaval de
1972. Chama-se “Personagens, Datas e Acontecimentos
Históricos”, de Lola, Newton e Paulo César, e embalou,
simplesmente, o primeiro desfile da Independentes de Cordovil
– primeiro em termos, já que a escola nada mais era do que
a Independentes do Leblon, que chegou a desfilar no primeiro
grupo, em 1968. Com a transferência dos moradores da favela do
Morro do Pinto para o bairro de Cordovil, a escola mudou de nome
e o usou, pela primeira vez, justamente, em 1972. O samba começa com “O meu passado é de
glória... eu sou Brasil!” preparando para o verso
seguinte, onde a métrica começa a ir para o espaço com o
“Quá seclus e meio de históóóóóóóóórias”,
terminando com o fantástico “Salvem (!) o meu povo
varonil”. Acredito que esse desesperado pedido de ajuda
não era bem a idéia dos compositores. “Personagens! /Datas! / Acontecimentos
históricos! / Glórias de um vulto importante de nossa nação!”.
Quem é o vulto? Não tenho a menor idéia. Depois começamos a
ver o que há realmente de importante nos 472 anos da história
do Brasil: “Raiava o dia e o gigante crescia / A
literatura fundava sua Academiiiiiia! / Colégio Menino Jesus /
Faculdade ele se transformou / Era o primeiro passo / O gigante
acordou! / Brasil, Brasil...”. Sim, independência,
Tiradentes, proclamação da República, abolição, qual a
importância disso! O importante era a ABL e o fato do Colégio
Menino Jesus transformar-se em faculdade. E depois, que mais de importante aconteceu no
Brasil? “A Transamazonia presente”. O verso
seguinte é muito interessante: “Ninguém segura este
país pra frente!”. Hoje, a interpretação é de que
ninguém colocaria este país para crescer e se desenvolver,
porém, explica-se: “país pra frente” significava país
moderno na gíria da época. O samba continua com um “la ra la ra la rá
lá rá lá... ei!”, que lembra o tema do Domingo no Parque,
com o Silvio Santos. Depois, o último acontecimento importante “Até
no futebol o Brasil se consagrou! / Noventa milhões em ação /
Pra frente Brasil /Do meu coração /E o povo vibrava
/Homenageando o Brasil campeão! / Mais uma página de glória /
Nos arquivos nacionais, tu ficarás na história!”.
Poesia pura. E a melodia? A atravessada na faixa do LP, quando o
samba volta ao início, é histórica. Durante meses, eu escutei este samba diariamente.
Acredito que os senhores terão experiência semelhante. Link para os samba de Joaçaba e e Heval d'Oeste: http://www.joacaba.com/carnaval/sambas_enredo.htm Link para o samba da Independente de Cordovil, de
1972: http://www.4shared.com/file/36102379/e92b3bb8/cordovil_72.html?dirPwdVerified=ad5f427b ***** Como o grande Mestre Maciel comentou os sambas de
São Paulo no Editorial do SAMBARIO, preferi comentar os sambas
de Porto Alegre este ano. Porém, não posso ficar sem dar meus
pitacos. A safra é absurdamente superior à do Rio. Para mim, os
melhores sambas do ano são da Vai-Vai, Nene e Mancha Verde,
nesta ordem. A Nenê, inclusive, jogou fora o melhor concorrente
do ano, de autoria do Royce do Cavaco. Já a Vai-Vai conta com o
excepcional Carlos Jr., que deu uma turbinada no carro de som da
escola. Está com um samba de campeã. Já a Mancha, fez algumas
desnecessárias modificações na letra, introduzindo um “vou
sacudir geral” que quebrou o discurso poético do samba.
Depois, não culpem os compositores por eventuais perdas de
ponto. O samba da atual campeã, Mocidade Alegre, é
decepcionante. A repetição de palavras (a palavra “amor”,
p.ex., é usada no refrão e logo no primeiro verso da primeira
parte, ou seja, é escutada TRÊS vezes num espaço de trinta
segundos; o paulistano mostra seu “valor” duas vezes, a
“cultura” é “multicultural”, e etc),
indicando total falta de criatividade. E isto, sem contar as
inúmeras repetições de “Sampa” e “São Paulo”
- imagine um samba sobre Carmem Miranda que falasse cinco vezes o
nome da homenageada? E aí, tome clichê – a cidade é
“palco”, “cenário” “tem encanto e magia”...
Outra escola que derrapou feio foi a Vila Maria, que tinha
ótimos concorrentes e optou por um samba de soluções muito
simples e rimas óbvias. São as bombas do ano Discordo totalmente da análise do Mestre quanto
à obra da Águia de Ouro. É um samba alegre, despretensioso,
com um refrão delicioso. O coral de crianças deixa clara a
idéia de descrever o enredo (o sorvete) a partir de um mundo de
sensações, apostando num lado bem lúdico. É um samba que,
provavelmente, vai fazer a escola repetir o sucesso de
comunicação com o público do ano passado. A gente tem de parar
de achar que samba artisticamente bom é só samba pesado, em tom
menor, com letra rebuscada. O samba da Águia é um sopro de
leveza, coisa que falta no carnaval do Rio. ***** Tinha a pretensão de comentar vários Cds de
samba-enredo, dentre eles Santos, Manaus e etc. Não vai ser
possível porque o carnaval foi muito cedo este ano. Porém,
deixa eu fazer algumas observações. A grande surpresa do ano
vem de Guaratinguetá – a Climério Galvão, com seu “Corumbê”,
reedição do samba da escola de 1972, simplesmente maravilhoso.
Ainda em Guaratinguetá, quero parabenizar a garotada do Carnaval
Virtual da LIESV (www.liesv.com), que ganhou samba na tradicional
Bonecos Cobiçados. A meninada venceu também no carnaval de
Niterói, na Região Oceânica. No acesso do Rio, espera-se o grande sacode de
“É hoje!”. Outro samba que merece destaque é o da
Cubango, apesar de eu estar com medo do rendimento do samba no
desfile – a cadência da faixa no CD é ridícula, sem
sentido, uma correria desenfreada que fez o coitado do Tiãozinho
Cruz sofrer. É impossível levar o samba desse jeito por mais de
dez minutos. Em Floripa, o melhor samba do ano é da Copa Lord,
que trata da imigração japonesa. A Protegidos da Princesa
também está com ótimo samba e com a competência do Alan, o
melhor intérprete da cidade. A Consulado decepcionou –
depois do escândalo envolvendo a escolha do samba, que contamos
na coluna anterior, a escola resolveu voltar atrás, e escolheu
um samba local. Só que ele foi tão modificado, mas tão
modificado, que perdeu toda a energia e o encanto que tinha, a
ponto da parceria campeã ter abandonado a escola, tamanho o
desrespeito com a sua obra. ***** Os sambas de Porto Alegre não são obras-primas,
mas tem uma coisa me levou a dar atenção aos carnaval de lá
– as firmas do Rio e São Paulo ainda não infestaram e
estragaram a cidade. Talvez a distância para os grandes setores
iniba um pouco a ação das mesmas. Outra coisa - que bom ouvir um CD de sambas-enredo
sem um clone de Wander Pires ou um intérprete contratado e sem
raízes na cidade. Infelizmente, a organização, desconsiderando
as tradições do samba local, contratou jurados do Rio de
Janeiro, que desconhecem totalmente as características do samba
na cidade e que vão julgar com base nos valores do carnaval
carioca. É o primeiro passo para iniciar a invasão. Quanto ao CD, como os sambas de Porto Alegre são
tradicionalmente aceleradíssimos – e que continuem assim,
é uma de suas características - a produção do CD deixou as
faixas com muita pegada. Antes que o pessoal fique brabo com as
notas, eu segui o meu critério – notas de BAMBAS DA ORGIA – Assinado por Ciganerey, o samba
não me agrada – tem cara samba de escola do Grupo C do Rio
de Janeiro. A homenagem ao centenário do Instituto de Artes
gerou uma obra genérico, que não chama atenção. NOTA: 7,3. IMPÉRIO DA ZONA NORTE – Um dos destaques da safra. Um afro
com muita pegada, um refrão de cabeça que é a cara de Porto
Alegre, e o do meio, muito forte, com o seu “Olha o
batuque no terreiro de sinhá”. Na segunda parte, apesar
de cair um pouco o nível, tem algumas variações melódicas
interessantes. NOTA: 9,2. VILA DO IAPI - “Se for para sacodir, sacode para mim!”
- com um grito de guerra desses, só pode vir coisa boa. E o
intérprete não esconde o sotaque local, o que dá um tempero
legal para a faixa. O samba, no entanto, é sério. O enredo é
mais um grito ecológico contra a destruição do planeta. A
samba tem um melodia interessante, mas peca na letra,
excessivamente simples, direta demais , como no refrão: “Desmatar
não tem porque / não leva a nada, é ilegal”. NOTA: 8,3. ACADÊMICOS DE GRAVATAÍ – Falando de París, o samba é
interessante, apesar de fraco. O refrão com rima em -is deixa o
sotaque do intérprete bem perceptível. O restante do samba não
foge do francesismo e fica meio trash: “Vive la vi!" é
vida... é moda..."je theme brazil" / fina
gastronomia... / Que show! é o Cirque du Soleil!”. Tem
três refrões, sendo um daquele tipo pedindo resposta, como os
do Fernando de Lima. NOTA: 7,8. VILA ISABEL – Porto Alegre tem uma Unidos de Vila Isabel
e a escola vem portenha – falando de Buenos Aires. Samba
interessantíssimo, que apela pouco para o portunhol, apesar de
um “mi buenos aires querida” meio estranho. A melodia
é muito boa e o refrão de cabeça, “Um tango é
desejo...sedução! / Ao som de um bandoneon / hoje a vila isabel
dança no compasso de Gardel” é bem bacana. NOTA: 8.8. IMPÉRIO DO SOL – O refrão de cabeça tem um dos
recursos mais surpreendentes dos sambas enredo deste ano em todo
o Brasil – na repetição, o último verso não explode, mas
preparada para explodir o início da primeira parte.
Inteligentíssimo. O enredo, sobre as lojas de comércio, é
fraco e acaba prejudicando a letra, que ficou genérica, recheado
de clichês. NOTA:
8,4. ESTADO MAIOR DA RESTINGA – Depois de tentar um samba
carioquizado e tomar um tombo fenomenal, a escola traz um dos
sambas mais próximo das características dos sambas de Porto
Alegre: “Aperte o cinto, arquibancada / Mais uma vez a
tricolor vai sacudir / Eu to que to!! Eu sou gaúcho de “rio
grande”, tchê!! / Eu sou “Tinga” e daí”.
Marrentíssimo. O samba é bem simples e tem um recurso bacana na
segunda parte, com várias repetições da palavra “Salve!”.
NOTA:
8.7. IMPERADORES – Um afro carregadíssimo, com um refrão de
cabeça ousado, com algumas falhas de divisão no dois últimos e
longos versos. A melodia é bem forte. Lamento apenas o refrão
do meio, que não chama a atenção. É um dos destaques da
safra: NOTA:
9,1. PRAIANA – Samba levíssimo, o que o torna fácil de
cantar apesar de ser bem acelerado e do enredo falar dos cabarés
de Paris. O refrão de cabeça e o do meio são interessantes e a
melodia agradável. Bom samba. NOTA: 8.6. PROTEGIDOS DA PRINCESA ISABEL – Samba de Tom Astral, intérprete
da Mocidade Leopoldense, da LIESV. A escola optou por falar do
Cirque Du Soleil, e a obra tenta ser bem leve, com aquele clima
que os sambas sobre circo costumam possuir. O refrão do meio é
excepcional e o samba é bem cantado. NOTA: 8,8. IMPERATRIZ DONA LEOPOLDINA – O melhor samba de Porto Alegre,
extremamente técnico, com um refrão genial: “Eu sou! e
serei eternamente teu cantor / Sou Leopoldina, Imperatriz é meu
amor / Meu amor, “meu laraia...laia”. Sim, o enredo em
homenagem à Martinho da Vila é interessante, apesar de focar
mais a história do sambista na Vila Isabel. A letra do samba é
poética. Só falta um refrão do meio mais forte. NOTA: 9,3. ACADÊMICOS DE NITERÓI – Sabe qual o
enredo da escola? França. O samba tem erros técnicos
gravíssimos, como no seguinte trecho: “França, a coruja
é mais voce / sua história / enriquece o meu saber / é
poder crer a beleza / na avenida é você”. O
refrão de cabeça tem uma divisão esquisita. O samba, porém,
é leve e melodia agradável, com um quê de samba antigo. NOTA: 7.9. EMBAIXADORES DO RITMO – A homenagem aos professores deu
origem a um samba simpático, com uma letra extremamente simples.
Samba despretensioso e sem grandes momentos. NOTA: 7,7. ACADEMIA DE SAMBA PURO – A homenagem a
Cartola tem um samba infeliz. Parece que os compositores não
tiveram tempo para acertar a obra. Tem idéias ótimas, porém
totalmente soltas. O samba é desconjuntado demais. A letra não
tem nenhum encadeamento lógico. P.ex., no final da confusa
primeira parte, o samba vem com um “nasce o fruto
é Angenor, poeta da favela” jogaram um “acontece...”,
interessantíssimo, que prepara para algo brilhante, que não
“acontece”. O samba, em si, não acontece. NOTA: 7,2. ACADÊMICOS DA ORGIA – O enredo é confuso – parece
falar dos sonhos, nos sentido de desejos e projeções para o
futuro ao longo da nossa vida, dividida em infância,
adolescência e vida adulta. Mas a referência ao boi da cara
preta é esquisita, remete ao outro significado de sonho. É um
samba simples, que tenta passar tudo sem se comprometer. O único
momento de ousadia é o refrão do boi da cara preta, que é
interessante. NOTA: 7,6. ***** Para quem não entendeu porque “Agudás”,
um dos grandes sambas do milênio, não rendeu na avenida, vai
aí a explicação. A Unidos da Tijuca se preparava para o
desfile. O esquenta tinha sido definido: “Guanabaram”,
samba que deu o oitavo lugar para a escola em 1992. Cavaco começa a tocar. Tudo maravilhoso, só que
esqueceram de avisar ao Nego. Eis que, para espanto de todos, ele
começa a cantar: “Alô povão, agora é sério... Tem
cheiro de benjoim no xirê alabê...”. Sem poder mudar o tom o resto do desfile, o samba
foi levado assim mesmo e acabou naufragando na avenida, apesar de
ter vencido o Estandarte de Ouro. ***** Agora, momento jabá – fui convidado para
escrever uma coluna no site www.carnavaldecampos.com.br , do meu
amigo Marcelo Sampaio. Para iniciar, um artigo falando sobre o
desfile da Imperatrz Leopoldinense sobre a cidade de Campos e de
como se fazer um enredo patrocinado fugindo do lugar-comum e
dando uma cara moderna e diferenciada para a homenageada. Outro
jabá é para a coluna do Gabriel Carin sobre o carnavalesco
Julinho Mattos, que deu inúmeros títulos para a Mangueira e é
pouquíssimo lembrado pela nova geração, que só idolatra os
discípulos de Pamplona e Arlindo, e esquecem esse artísta de
origem humilde e que falava a linguagem do povo. Por fim, o bloco Caçarola do Roliço, da cidade
de Vassouras, do meu amigão James Bernardes, tem feito muita
polêmica local com o seu “Peidei, mas não fui eu!”,
interpretado pelo Leonardo Bessa. O samba, metendo o pau na
corrupção, acabou, coincidentemente, sendo lançado num momento
em que a cidade passa por inúmeros escândalos envolvendo
políticos locais. As rádios se dividiram no apoio ao samba. O
bloco é um dos maiores da região e tem contigente que supera o
de muita escola de samba. Veja o site do bloco Caçarola do
Roliço: http://www.cacarolafolia.com . Confira o samba: ***** A análise dos sambas canônicos continua na
próxima coluna. Enquanto isso... vamos dragonar? Abraço a todos! João
Marcos |
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