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Coluna do João Marcos

DAS RAZÕES DA NOVA ERA - A ERA BEIJA-FLOR

A Beija-Flor já anunciou o enredo para 2008. Enquanto outras escolas não sabem nem qual será a sua equipe, a Beija-Flor mostra porque é campeoníssima – o planejamento já foi feito antes mesmo do fim do carnaval de 2007. Não há sustos. Tudo é feito com uma antecedência assombrosa. A estrutura da escola é estável, dando segurança para os profissionais desenvolverem o seu trabalho da melhor possível.

O resultado, nós sempre vemos. Uma escola majestosa, a verdadeira Deusa da Passarela. Uma comunidade (e segundo a Beija-Flor, oitenta por cento do contingente da escola é da comunidade) cantando a pleno pulmões sambas de letras gigantescas e difíceis.

O mais legal desta “máquina” de fazer desfiles, no entanto, é que a Beija-Flor “se modificou” voltando a ser... uma escola de samba. Como definiu um jornalista, num texto que circulou pelos fóruns de internet, a Beija-Flor hoje é a escola “mais tradicional” do Grupo Especial. E é verdade. É a escola que mais valoriza o samba no pé. É a escola que mais valoriza o componente. Não há estrelas. Nem os carnavalescos são estrelas. A escola vem sendo campeã porque simplesmente “reinventou” a roda – faz o que toda escola deveria fazer. Evidente que novidades, efeitos especiais e etc., são interessantes. Porém, as escolas são DE SAMBA.

Joãozinho Trinta perdeu o foco nos anos 80. Apesar dos enredos criativos e desfiles luxuosos, a escola, depois de anos de vitórias no final dos anos 70, passou por um jejum de títulos. De 1984 a 1997, a escola bateu na trave algumas vezes. Faltava alguma coisa... SAMBA. Se pegarmos os dedos de uma mão, contamos os sambas bons da Beija Flor no período... e sobra dedo.

Em 1998, Laíla formou a comissão de carnaval. Com “O Mundo Místicos do Caruanas”, a escola levou para a avenida um dos melhores sambas de sua história. Resultado: campeã, dividindo o título com a Mangueira. A partir de então, a Beija-Flor “se modificou”. Não ficou moderninha, muito pelo contrário. A escola resolveu valorizar os fundamentos do desfile das escolas de samba: sambas-enredo de ótima qualidade, muito canto, evolução impecável, bateria cadenciada (inclusive, resgatando instrumentos pouco convencionais, como a frigideira).

Não é coincidência o sucesso. A Era Beija-Flor passou a existir no momento em que o samba enredo e o canto voltaram a ser valorizados pela escola. A ligação é clara. E as escolas que têm bateria, samba e canto estão lá em cima na tabela de classificação. A Grande Rio, tão criticada, tem uma bateria fantástica e escolhe sambas que, apesar de não serem excelentes, funcionam bem no desfile - ainda peca em canto, o que tem tirado as chances de título da escola. A Unidos da Tijuca canta absurdamente na avenida, o componente brinca, se diverte, a bateria é uma orquestra e Wantuir é espetacular – a escola parece uma Mocidade do início dos anos 90, só que sem tanto dinheiro e luxo.

Quem quer ser campeão, tem de reinventar a roda. O resultado do desfile do ano passado já tinha sido um aviso. O Império Serrano, tradicional e com samba no pé, cantando um grande samba e com uma bateria impecável, ficou numa boa colocação. Foi querer “se modificar”, deu no que deu...

Se Mocidade, Imperatriz e Salgueiro querem voltar a brigar, têm de voltar a ser escolas DE SAMBA, em vez de culparem os jurados pelas péssimas colocações. O próprio Salgueiro, tão elogiado, perdeu 1,2 em samba e harmonia – se tivesse conseguido 10 nestes quesitos, teria ficado num terceiro lugar, muito mais condizente com o espetáculo visual.

Agradecimentos ao Rafael Stella, que sugeriu o tópico relacionando os títulos da Beija-Flor com a melhoria da qualidade dos seus sambas-enredo.

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Continuando a nossa saga, trazendo sambas enredo que eu gostaria de ver regravados e popularizados, hoje eu trago um concorrente de 2003, do Salgueiro.

O samba de Eduardo Medrado, João Estevam, Marcinho e Duda Ferreira em homenagem ao cinqüentenário da escola, além da melodia inusitada, característica dos sambas desta parceria, tem uma letra diferente – é quase um samba exaltação, como um “Portela na Avenida” e similares. É um samba que permite, inclusive, um andamento mais cadenciado, na linha de um Zeca Pagodinho e de um Dudu Nobre.

Segue o link:

CONCORRENTE SALGUEIRO 2003, de Eduardo Medrado e cia.

http://www.4shared.com/file/11786331/6d5570f6/02_concorrente_2003_salgueiro.html

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A LIESV, Liga Independente da Escolas de Samba Virtuais, começou a organização do carnaval de 2007, A primeira grande notícia é o início da parceria com o SAMBARIO, notícia bastante comemorada na comunidade pela respeitabilidade que este site ganhou ao longo destes anos de bons serviços prestados ao samba enredo em geral.

A segunda notícia é que você também pode participar! Estão abertas as inscrições para o desfile das escolas novas, onde você poderá ser carnavalesco, intérprete ou presidente de sua própria escola. Além disso, poderá compor para todas as escolas, de acordo com as sinopses divulgadas nos sites.

Como diz a propaganda que começa a ser vinculada esta semana, se “você achar que um clique de um mouse pode gerar a mesma emoção da batida de um surdo”, conheça a LIESV - Liga das Escolas de Samba Virtuais!

Site: http://www.liesv.com/

Entenda o projeto: http://www.liesv.com/entenda_a_liesv.html

Contatos: http://www.liesv.com/contato.html

Conheça os Sambas da LIESV: http://www.liesv.com/especial/downloads.html

Monte sua escola: http://www.liesv.com/caesv/index.html

Nossa Comunidade: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=1064837

Abraços a todos!

João Marcos
joaomarcos876@yahoo.com.br