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DAS RAZÕES DA NOVA ERA - A ERA BEIJA-FLOR A Beija-Flor já
anunciou o enredo para 2008. Enquanto outras escolas não sabem
nem qual será a sua equipe, a Beija-Flor mostra porque é
campeoníssima – o planejamento já foi feito antes mesmo do
fim do carnaval de 2007. Não há sustos. Tudo é feito com uma
antecedência assombrosa. A estrutura da escola é estável,
dando segurança para os profissionais desenvolverem o seu
trabalho da melhor possível. O resultado, nós
sempre vemos. Uma escola majestosa, a verdadeira Deusa da
Passarela. Uma comunidade (e segundo a Beija-Flor, oitenta por
cento do contingente da escola é da comunidade) cantando a pleno
pulmões sambas de letras gigantescas e difíceis. O mais legal
desta “máquina” de fazer desfiles, no entanto, é que
a Beija-Flor “se modificou” voltando a ser... uma
escola de samba. Como definiu um jornalista, num texto que
circulou pelos fóruns de internet, a Beija-Flor hoje é a escola
“mais tradicional” do Grupo Especial. E é verdade. É
a escola que mais valoriza o samba no pé. É a escola que mais
valoriza o componente. Não há estrelas. Nem os carnavalescos
são estrelas. A escola vem sendo campeã porque simplesmente
“reinventou” a roda – faz o que toda escola
deveria fazer. Evidente que novidades, efeitos especiais e etc.,
são interessantes. Porém, as escolas são DE SAMBA. Joãozinho Trinta
perdeu o foco nos anos 80. Apesar dos enredos criativos e
desfiles luxuosos, a escola, depois de anos de vitórias no final
dos anos 70, passou por um jejum de títulos. De Em 1998, Laíla
formou a comissão de carnaval. Com “O Mundo Místicos do
Caruanas”, a escola levou para a avenida um dos melhores
sambas de sua história. Resultado: campeã, dividindo o título
com a Mangueira. A partir de então, a Beija-Flor “se
modificou”. Não ficou moderninha, muito pelo contrário. A
escola resolveu valorizar os fundamentos do desfile das escolas
de samba: sambas-enredo de ótima qualidade, muito canto,
evolução impecável, bateria cadenciada (inclusive, resgatando
instrumentos pouco convencionais, como a frigideira). Não é
coincidência o sucesso. A Era Beija-Flor passou a existir no
momento em que o samba enredo e o canto voltaram a ser
valorizados pela escola. A ligação é clara. E as escolas que
têm bateria, samba e canto estão lá em cima na tabela de
classificação. A Grande Rio, tão criticada, tem uma bateria
fantástica e escolhe sambas que, apesar de não serem
excelentes, funcionam bem no desfile - ainda peca em canto, o que
tem tirado as chances de título da escola. A Unidos da Tijuca
canta absurdamente na avenida, o componente brinca, se diverte, a
bateria é uma orquestra e Wantuir é espetacular – a escola
parece uma Mocidade do início dos anos 90, só que sem tanto
dinheiro e luxo. Quem quer ser
campeão, tem de reinventar a roda. O resultado do desfile do ano
passado já tinha sido um aviso. O Império Serrano, tradicional
e com samba no pé, cantando um grande samba e com uma bateria
impecável, ficou numa boa colocação. Foi querer “se
modificar”, deu no que deu... Se Mocidade,
Imperatriz e Salgueiro querem voltar a brigar, têm de voltar a
ser escolas DE SAMBA, em vez de culparem os jurados pelas
péssimas colocações. O próprio Salgueiro, tão elogiado,
perdeu 1,2 em samba e harmonia – se tivesse conseguido 10
nestes quesitos, teria ficado num terceiro lugar, muito mais
condizente com o espetáculo visual. Agradecimentos ao
Rafael Stella, que sugeriu o tópico relacionando os títulos da
Beija-Flor com a melhoria da qualidade dos seus sambas-enredo. ***** Continuando a
nossa saga, trazendo sambas enredo que eu gostaria de ver
regravados e popularizados, hoje eu trago um concorrente de 2003,
do Salgueiro. O samba de
Eduardo Medrado, João Estevam, Marcinho e Duda Ferreira em
homenagem ao cinqüentenário da escola, além da melodia
inusitada, característica dos sambas desta parceria, tem uma
letra diferente – é quase um samba exaltação, como um
“Portela na Avenida” e similares. É um samba que
permite, inclusive, um andamento mais cadenciado, na linha de um
Zeca Pagodinho e de um Dudu Nobre. Segue o link: CONCORRENTE
SALGUEIRO 2003, de Eduardo Medrado e cia. http://www.4shared.com/file/11786331/6d5570f6/02_concorrente_2003_salgueiro.html
***** A LIESV, Liga
Independente da Escolas de Samba Virtuais, começou a
organização do carnaval de A segunda
notícia é que você também pode participar! Estão abertas as
inscrições para o desfile das escolas novas, onde você poderá
ser carnavalesco, intérprete ou presidente de sua própria
escola. Além disso, poderá compor para todas as escolas, de
acordo com as sinopses divulgadas nos sites. Como diz a
propaganda que começa a ser vinculada esta semana, se “você
achar que um clique de um mouse pode gerar a mesma emoção da
batida de um surdo”, conheça a LIESV - Liga das Escolas de
Samba Virtuais! Site: http://www.liesv.com/ Entenda o
projeto: http://www.liesv.com/entenda_a_liesv.html
Contatos: http://www.liesv.com/contato.html
Conheça os
Sambas da LIESV: http://www.liesv.com/especial/downloads.html
Monte sua escola:
http://www.liesv.com/caesv/index.html
Nossa Comunidade:
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=1064837
Abraços a todos!
João
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