IMPÉRIO SERRANO
IMPÉRIO
SERRANO
FUNDAÇÃO |
23/03/47 |
CORES |
Verde e Branco |
QUADRA |
Av.
Ministro Edgar Romero, 114
Madureira
21350-300
Telefone: 2489-8722
Fax: 2489-5696 |
BARRACÃO |
Rua
Rivadávia Correa, 60
Barracão 07
Cidade do Samba - Gamboa
20220-290
Telefone: 2518-3318 |
SÍMBOLO |
Coroa |
RESULTADOS - SAMBAS-ENREDO
HISTÓRICO
Fundado em Madureira, em
1947, mais precisamente no morro da Serrinha, o Império Serrano
formou-se graças a uma dissidência da escola Prazer da
Serrinha. Os
integrantes saíam nessa escola, comandada por
Alfredo Costa. "Seu" Alfredo era o dono, mandava e
desmandava, e no carnaval de 46 chegou ao cúmulo de desprezar na
hora do desfile o samba "Conferência de São
Francisco", de Silas de Oliveira e Mano Décio da Viola, que
fora ensaiado com antecedência e feito especialmente para
"contar" o enredo apresentado pela escola, o que na
época era novidade. "Seu"Alfredo cismou, de repente,
de mandar cantar um antigo samba de terreiro, No alto da colina,
e o resultado foi a péssima colocação da escola,
uma das
favoritas naquele ano.
O pessoal achou que era
demais. Sebastião
de Oliveira, o Molequinho, com seus irmãos, compadres e amigos,
resolveu fundar uma escola de samba que fosse inovadora em tudo.
E principalmente na questão de ninguém poder dar ordens
que
não admitissem discussão, de ninguém ter de
abaixar a cabeça
mesmo sem concordar. Adeus, seu Alfredo Costa. Adeus, Prazer da
Serrinha. Agora todo mundo vai poder opinar, todo mundo vai
querer ser ouvido: nascia o Império Serrano. Era 23 de
março de
1947.
O nome fora sugerido
por Molequinho, eleito
por unanimidade, mas na escolha das cores ele foi voto vencido -
era, enfim, a democracia que chegava - e prevaleceu a sugestão
do compositor Antenor, pintando de verde e branco o morro da
Serrinha, o subúrbio de Madureira e o carnaval carioca,
representando a esperança e a paz, repectivamente. O símbolo - uma
coroa - e o risco da bandeira surgiram
das mãos hábeis de Mestre Caetano.
Como na época
ainda não
havia segundo nem terceiro grupo, o Império Serrano
começou
arrasando. Venceu o primeiro desfile de que participou, em 1948,
deixando para trás a Portela, que vinha levando o campeonato nos
sete anos anteriores. O Império foi a primeira escola a trazer
todos os seus componentes fantasiados e também a ter o casal de
mestre-sala e porta-bandeira no meio da escola, e não à
frente,
como era de costume. Inovações que tornaram-se a regra de
todas
as outras escolas até hoje.
Depois da boa estréia, a escola manteve a
dianteira, conquistando os campeonatos de 49, 50 e 51. Nas
décadas de 50 e 60 a escola se notabilizou por compositores de
samba-enredo que renovaram o gênero, em especial Silas de
Oliveira, autor de nada menos que 14 sambas cantados na avenida e
considerado o melhor compositor de samba-enredo de todos os
tempos. Outros autores de destaque foram Mano Décio da Viola e
Dona Ivone Lara, primeira mulher a se destacar no ramo. Roberto
Ribeiro, intérprete da escola de 1974 a 1981, até hoje
é
considerado um dos melhores puxadores de samba de todos os
tempos.
Um
dos maiores sucesso da história da escola
ocorreu em 1982. Depois de terminar a década de 70 em baixa -
quando chegou a disputar o segundo grupo, em 1979 -, o Império
foi à avenida com o antológico samba-enredo "Bum bum
paticumbum prugurundum", de Beto Sem Braço e Aluísio
Machado, que contava a história dos antigos carnavais e é
um
dos mais populares de todos os tempos. A escola venceu o carnaval
em 82 (no ano anterior, havia terminado na última
colocação,
mas safou-se por não ter havido rebaixamento naquele ano). Em
1983, levou o estandarte de ouro com o maravilhoso samba
"Mãe Baiana Mãe". Beto e Aluísio, com a
colaboração de Bicalho, escreveram em 1987 o samba-enredo
"Quem não se comunica se trumbica", também de grande
apelo popular. Nos anos 90, a escola amargou alguns rebaixamentos
para o Grupo de Acesso, oscilando entre este e o Especial nos
últimos carnavais.
Em
2004, o Império Serrano fez
história ao
reeditar o enredo e o samba "Aquarela Brasileira" de
1964. A emoção proporcionada pelo samba-enredo marcou um
dos
melhores momentos do Sambódromo, que, na ocasião,
completava
vinte anos. Em 2007, a escola acabou rebaixada para o Grupo A.
Uma coincidência triste: o Império Serrano caiu nos
carnavais
em que completou 50 e 60 anos, respectivamente, em 1997 e 2007. A
escola retornou à elite do carnaval carioca com o
campeonato do Grupo A em 2008, mas em 2009, mesmo reeditando o
samba de 1976 "Lenda das Sereias", amargou mais um rebaixamento para o
acesso com o último lugar dado pelos jurados. Amargou
então sua maior sequência no Grupo de Acesso, ficando de
fora da elite do Carnaval de 2010 a 2017, seu maior intervalo longe do
Grupo Especial.
O
título da Série A de 2017 devolveu o
Império Serrano ao Primeiro Grupo, mas parecendo desacostumada
com o desfile principal, cometeu erros primários em 2018, como
completar sua apresentação dois minutos antes do tempo
mínimo estabelecido pela LIESA (em apenas 63 minutos, perdendo
assim dois décimos na apuração), finalizando a apuração
em último lugar. Uma virada de mesa dias depois do Carnaval determinou sua permanência no Grupo Especial para 2019.
A desastrosa gestão de Vera Lúcia Corrêa seguiu com
trapalhadas inacreditáveis. A nova chance de seguir na elite do
Carnaval Carioca foi novamente desperdiçada em 2019, muito por
conta da presidente imperiana aceitar a sugestão do carnavalesco
Paulo Menezes de desfilar com a música de Gonzaguinha "O que
é, o que é?" como samba-enredo. O desfile foi ainda pior
que o do ano anterior, a clássica canção
não funcionou na avenida e o rebaixamento dessa vez foi
inevitável. Episódios ainda piores estavam reservados
para o Carnaval 2020, no retorno à Série A. O atraso da
entrega de diversas fantasias fez com que a ala das baianas desfilasse
sem as saias, proporcionando uma cena melancólica na
Sapucaí. O Império Serrano se classificou numa honrosa
nona colocação, posição muito além
do que realmente merecia.
RESULTADOS DOS DESFILES
1948 - 1ª no Grupo 1
Homenagem a Antônio
Castro Alves
1949 - 1ª no Grupo 1
Exaltação à Tiradentes
1950 - 1ª no Grupo 1
Batalha Naval do
Riachuelo
1951 - 1ª no Grupo 1
61 anos de República
1952 - no Grupo 1
Ana Néri ou Homenagem à
medicina brasileira
1953 - 2ª no Grupo 1
O Último Baile da Corte
Imperial ou Ilha Fiscal
1954 - 2ª no Grupo 1
O Guarani
1955 - 1ª no Grupo 1
Exaltação a Caxias
1956 - 1ª no Grupo 1
Caçador de Esmeraldas
1957 - 2ª no Grupo 1
D. João VI ou Brasil
Império
1958 - 2ª no Grupo 1
Exaltação à
Bárbara
Heliodora
1959 - 3ª no Grupo 1
Brasil Holandês,
Homenagem a João Maurício de Nassau
1960 - 1ª no Grupo 1
Medalhas e Brasões
1961 - 4ª no Grupo 1
Movimentos
Revolucionários e Independência do Brasil -
Inconfidência
Mineira
1962 - 2ª no Grupo 1
Rio dos Vice-Reis
1963 - 3ª no Grupo 1
Rio de Outrora e de Hoje
ou Exaltação a Mem de Sá
1964 - 4ª no Grupo 1
Aquarela Brasileira
1965 - 2ª no Grupo 1
Cinco Bailes Tradicionais
na História do Rio
1966 - 3ª no Grupo 1
Glória e Graças da
Bahia
Armando Iglésias,
Antônio Carbonelli e Paulo dos Santos Freitas
1967 - 2ª no Grupo 1
São Paulo, Chapadão de
Glórias
Armando Iglésias,
Antônio Carbonelli e Paulo dos Santos Freitas
1968 - 2ª no Grupo 1
Pernambuco, Leão do
Norte
Armando Iglesias e
Antonio Carbonelli e Paulo Freitas
1969 - 4ª no Grupo 1
Heróis da Liberdade
Acir Pimentel e Swayne
Moreira Gomes
1970 - 8ª no Grupo 1
Arte em Tom Maior
Luiz Fernandez
1971 - 3ª no Grupo 1
Nordeste, Seu Povo, Seu
Canto, Sua Gente
Fernando Pinto
1972 - 1ª no Grupo 1
Alô, Alô, Taí Carmem
Miranda
Fernando Pinto
1973 - 2ª no Grupo 1
Viagem Encantada
Pindorama Adentro
Fernando Pinto
1974 - 3ª no Grupo 1
Dona Santa, Rainha do
Maracatu
Fernando Pinto
1975 - 3ª no Grupo 1
Zaquia Jorge, a Vedete do
Subúrbio, Estrela de Madureira
Fernando Pinto
1976 - 7ª no Grupo 1
A Lenda das Sereias,
Rainhas do Mar
Fernando Pinto
1977 - 6ª no Grupo 1
Brasil, Berço dos
Imigrantes
Moacyr Rodrigues e Lielzo
de Azambuja
1978 - 7ª no Grupo 1
Oscarito, Carnaval e
Samba, Uma Chanchada no Asfalto
Fernando Pinto
1979 - 2ª no Grupo 1B
Municipal, Maravilhoso,
70 anos de glória
Evandro Castro Lima
1980 - 5ª no Grupo 1A
Império das Ilusões -
Atlântida, Eldorado, Sonho e Aventura
Mauro de Almeida, Bira,
Vandinho e José Eugênio
1981 - 10ª no Grupo 1A
Na Terra do Pau-Brasil,
nem tudo Caminha Viu
Luiz Fernandes e Ricardo
de Aquino
1982 - 1ª no Grupo 1A
Bum-bum Paticumbum
Prugurumdum
Rosa Magalhães e Lícia
Lacerda
1983 - 3ª no Grupo 1A
Mãe Baiana Mãe
Renato Lage
1984 - 2ª no Grupo 1A e
4ª no Supercampeonato
Foi Malandro, É
Renato Lage
1985 - 7ª no Grupo 1A
Samba, Suor e Cerveja, o
Combustível da Ilusão
Renato Lage e Lílian
Rabelo
1986 - 3ª no Grupo 1A
Eu Quero
Renato Lage e Lílian
Rabelo
1987 - 3ª no Grupo 1
Com a Boca no Mundo, Quem
não se Comunica se Trumbica
Ney Ayan
1988 - 7ª no Grupo 1
Pára com Isto, Dá Cá o
Meu
Ney Ayan
1989 - 10ª no Grupo 1
Jorge Amado, Axé Brasil
Oswaldo Jardim
1990 - 11ª no Grupo
Especial
História da Nossa
História
Gil Ricon
1991 - 15ª no Grupo
Especial
É por aí que eu vou
Ney Ayan
1992 - 3ª no Grupo A
Fala Serrinha, a Voz do
Samba Sou Eu Mesmo Sim Senhor
Paulo Resende e Wanderley
Silva
1993 - 2ª no Grupo A
Império Serrano, Um Ato
de Amor
Cid Camilo e Sancler
Boiron
1994 - 16ª no Grupo
Especial
Uma Festa Brasileira
Cid Camilo e Sancler
Boiron
1995 - 12ª no Grupo
Especial
O Tempo não Pára
Lílian Rabelo
1996 - 6ª no Grupo
Especial
Verás que um filho teu
não foge à luta
Ernesto Nascimento
1997 - 15ª no Grupo
Especial
O Mundo dos Sonhos de
Beto Carrero
Jerônimo
1998 - 1ª no Grupo A
Sou o Ouro Negro da Mãe
África
Comissão de Carnaval
1999 - 13ª no Grupo
Especial
Uma Rua Chamada Brasil
Mário Borriello
2000 - 1ª no Grupo A
Os Canhões de Guararapes
Sílvio Cunha
2001 - 11ª no Grupo
Especial
O Rio Corre pro Mar
Sílvio Cunha
2002 - 9ª no Grupo
Especial
Aclamação e
Coroação
do Imperador da Pedra do Reino: Ariano Suassuna
Comissão de Carnaval
2003 - 12ª no Grupo
Especial
E Onde Houver Trevas que
se Faça a Luz
Ernesto Nascimento
2004 - 9ª no Grupo
Especial
Aquarela Brasileira
Ilvamar Magalhães
2005 - 12ª no Grupo
Especial
Um Grito que Ecoa no Ar.
Homem/Natureza - em Perfeito Equilíbrio
Ilvamar Magalhães
2006 - 8ª no Grupo
Especial
O Império
do Divino
Paulo Menezes
2007 - 12ª no Grupo
Especial
Ser
Diferente é Normal - O Império faz a Diferença no
Carnaval
Jack Vasconcelos
2008 - 1ª no Grupo A
Taí, eu fiz
tudo pra você gostar de mim
Márcia Lávia e Renato Lage
2
2009 - 12ª no Grupo Especial
Lenda das Sereias,
Mistérios do Mar
Márcia Lávia
.
2010 - 6ª no Grupo A
João das
Ruas do Rio
Rosa Magalhães, Mauro Leite e Andréa Vieira
.
2011 - 6ª no Grupo A
A
Benção, Vinícius
Alexandre Colla
.
2012 - 2ª no Grupo A
Dona Ivone Lara: o Enredo do meu Samba
Mauro Quintaes
.
2013 - 3ª na Série A
Caxambu - O
milagre das águas na fonte do samba
Mauro Quintaes
.
2014 - 6ª na Série A
Angra com os Reis
Eduardo Gonçalves
.
2015 - 3ª na Série A
Poema aos peregrinos da fé!
Severo Luzardo
.
2016 - 4ª na Série A
Silas canta Serrinha
Severo Luzardo
.
2017 - 1ª na Série A
Meu Quintal é Maior do que o Mundo
Marcus Ferreira
.
2018 - 13ª no Grupo Especial
O Império do Samba na Rota da China
Fábio Ricardo
.
2019 - 14ª no Grupo Especial
O que é, o que é?
Paulo Menezes
.
2020 - 9ª na Série A
Lugar de Mulher é onde ela Quiser!
Júnior Pernambucano
.
SAMBAS-ENREDO
1948
ENREDO: Antônio
Castro Alves
AUTOR: Altamir Maia (Comprido)
Salve
Antônio
Castro Alves
O grande poeta do Brasil
O mundo inteiro jamais esqueceu
Sua poesia de encantos mil
Deixou história linda
Seu nome na glória vive ainda
Salve este vulto varonil
Amado poeta do nosso Brasil
Foi a Bahia que nos deu
Sua poesia o mundo jamais esqueceu
1949
ENREDO: Exaltação
a Tiradentes
AUTOR(ES): Mano Décio da Viola, Penteado e Estanislau Silva
Joaquim
José da
Silva Xavier
Morreu a 21 de abril
Pela Independência do Brasil
Foi
traído e não
traiu jamais (bis)
A Inconfidência de Minas Gerais
Joaquim
José da
Silva Xavier
Era o nome de Tiradentes
Foi sacrificado pela nossa liberdade
Este grande
herói (bis)
Pra sempre há de ser lembrado
1950
ENREDO: Batalha
Naval do Riachuelo
AUTOR(ES): Mano Décio da Viola, Silas de Oliveira e Penteado
Hoje rendemos
homenagem
Aos defensores do Brasil Imperial
Pelo seu exemplo de coragem
Na Batalha Naval
Salve a Marinha de Guerra
Seu passado glórias mil encerra
Tamandaré, Almirante Barroso
Marcílio Dias, marinheiro garboso
Salve esses heróis
Filho varonil
Lutaram e tombaram
Em defesa do nosso Brasil
1951
ENREDO: Sessenta
e um Anos de República
AUTOR(ES): Silas de Oliveira
Apresentamos
A parte mais importante
Da nossa história
Se não nos falha a memória
Foi quando vultos notáveis
Deixaram suas rubricas
Através de 61 anos de República
Depois de sua vitória proclamada
A constituinte votada
Foi a mesma promulgada
Apesar do existente forte zum-zum-zum
Em 1891, sem causa perca
Era eleito Deodoro da Fonseca
Cujo governo foi bem audaz
Entregou a Floriano Peixoto
E este a Prudente de Morais
Que apesar de tudo
Terminou com a guerra de Canudos
Restabelecendo assim a paz
Terminando enfim todos os males
Em seguida veio Campos Sales
Rodrigues Alves, Afonso Pena, Nilo Peçanha,
Hermes da Fonseca e outros mais
Hoje a justiça
Numa glória opulenta
A 3 de outubro de 1950
Nos trouxe aquele
Que sempre socorreu a Pátria
Em horas amargas
O eminente estadista
Getúlio Vargas
Eleito pela soberania do povo
Sua vitória imponente e altaneira
Marcará por certo um capítulo novo
Na história da República brasileira
1952
ENREDO: Homenagem
à Medicina Brasileira
AUTOR(ES): Mano Décio da Viola, Penteado e Fuleiro
O ilustre
professor
Doutor Osvaldo Cruz
Grande pesquisador
Carlos Chagas, Miguel Couto
Vultos de glórias mil
Na Medicina do Brasil
Laureano, Caiado de Castro
Miguel Couto e outros mais
Ana Néri, corajosa enfermeira
A heroína brasileira
1953
ENREDO: O
Último Baile da Corte Imperial - Ilha Fiscal
AUTOR(ES): Silas de Oliveira e Waldir Medeiros
Foi o
último baile
Do Brasil Imperial
Foi realizado
Na antiga Ilha Fiscal
Os ilustres visitantes homenageados
Partiram para o seu país distante
Com êxito brilhante, emocionados
Sua Majestade, o Imperador
Ao lado da Imperatriz
Diante de tanto esplendor
Sentia-se alegre e feliz
Jamais acreditaria
Que o seu reinado terminaria
E mesmo a Corte não pensando assim
A monarquia chegava ao fim
1954
ENREDO: O
Guarani
AUTOR(ES): Silas de Oliveira, Fuleiro e João Fabrício
Procuramos
homenagear
A José de Alencar
Evocando seu passado de escritor
De ricas obras foi autor
Exaltamos O Guarani
Que é inspirado no amor de Peri
Pela fidalga Ceci
Lá, lá, lá, lá, lá
Assim Carlos Gomes, célebre maestro
Musicou O Guarani
Homenageando ao devotado Peri
Tendo lutado com a onça enfurecida
Pra ofertar a seu amor
Com risco da própria vida
Amor que nasceu sem vaidade
E seria levado pela tempestade
1955
ENREDO: Exaltação
a Caxias
AUTOR(ES): Silas de Oliveira, Mano Décio da Viola e João
Fabrício
A 25 de agosto
de
1803
Data em que nasceu Caxias
Soldado de opulenta galhardia
Este bravo guerreiro
Hoje patrono do Exército brasileiro
Com elevado espírito de estadista
Pacificou de Norte a Sul
Os revolucionistas
Seu gesto nobre de civismo
É um modelo magnífico
De patriotismo
A sua casta primazia
Está na maneira
Pela qual se conduzia
Honrosamente sentimo-nos orgulhosos
Em apresentar
Que este vulto encerra
Na paz ou na guerra
O ideal do Brasil militar
Lá-iá, lá-iá, lá-iá,
lá-iá, lá lá lá
1956
ENREDO: O
Sonhador de Esmeraldas
AUTOR(ES): Silas de Oliveira e Mano Décio da Viola
Paes Leme, o
desbravador
Cuja famosa expedição chefiou
Sua história é página de valor
Foi o século XVII que nos presenteou
Nas jornadas fulgurantes dos bandeirantes
Herói se revelou
Mas o sonho das ricas esmeraldas
Não realizou
Que importa que as pedras verdes
Tivessem sido um sonho vão
E a serra da prata
Sua desejada paixão
Glória ao sertanejo
Que em plena mata do bravio sertão
Deu a própria vida
Ao progresso da nossa nação
1957
ENREDO: Dom
João VI
AUTOR(ES): Silas de Oliveira, Mano Décio da Viola e Penteado
Foi D.
João VI
O precursor da nossa Independência
Belo histórico texto
Esse monarca deixou
Livres todos os portos
E o comércio do Brasil
E outros atos importantes
Que o imortalizaram
Em serviços relevantes
Esse vulto imortal
Ao regressar a Portugal
Disse ao seu povo
Oh, que terra hospitaleira
É aquela nação brasileira
Felicidades perenes eu gozei
Ali eu fui feliz
Ali eu fui um rei
1958
ENREDO:
Exaltação à Bárbara Heliodora
AUTOR(ES): Ramon Russo, Mano Décio da Viola e Nilo Oliveira
Lá,
lá, rá, iá
Lá, lá, rá, iá
No século XVIII
Em Vila Rica
Foi nos áureos tempos da Coroa
Que o notável vulto
Da mulher mineira
Personificou-se na varoa
Que exalta a raça brasileira
Exaltamos a figura
Virtuosa de Bárbara Heliodora
Cuja cultura
De um infinito cabedal
Sua beleza e opulência
Não havia outra igual
Tudo sucedeu
Quando veio a conspiração
A morte preferia
A atentar contra a conjuração
Mais tarde enlouquecia
Pelas ruas vivia a vagar
Heliodora
A quem viemos exaltar
1959
ENREDO: Brasil
Holandês - Homenagem a Maurício de Nassau
AUTOR(ES): Mano Décio da Viola, Abílio Martins e Chocolate
Lá,
lá, rá, lá,
rá, rá, rá
Pernambuco teve a glória
Divulgando na história
Do Brasil colonial
O governo altaneiro
Para o solo brasileiro
De João Maurício de Nassau
O progresso foi marcado
E por ele foi deixado
Na expansão comercial
Como governador
Conseguiu incrementar
A produção nacional
Foi Maurício de Nassau
Que desenvolveu o Brasil
Na indústria açucareira
E o transporte da nossa madeira
João Maurício de Nassau
Culto, sereno e jovial
Deu assistência social
Ao grande Brasil colonial
1960
ENREDO: Medalhas
e Brasões
AUTOR(ES): Mano Décio da Viola e Silas de Oliveira
Esta brilhante
página
Da nossa história militar
É um lindo cenário de ilustrações
Que glorificaram os nossos rincões
Onde desfilaram
Medalhas e brasões
Que glorificaram
Seus filhos varonis
São fatos da nossa história
Que deram glórias ao nosso país
A coragem de Caxias
O Exército glorificou
A bravura de Marcílio Dias
A Marinha consagrou
Num predomínio de fé
Exaltamos Barroso
E o bravo Tamandaré
Ao finalizar essa história
Narramos as batalhas meritórias
Curuzu, Riachuelo e Paissandu
Tiveram muita expressividade
Em suas vitórias
Sua Majestade
Nosso querido imperador
Orgulhosamente
Nossos heróis condecorou
Lá lá lá lá
Brasil, ó meu querido Brasil
1961
ENREDO: Movimentos
Revolucionários e Independência do Brasil -
Inconfidência
Mineira
AUTOR(ES): Aidno Sá, Mano Décio da Viola e Davi do
Pandeiro
Vila Rica 1720
Nasceu a rebelião
Em prol de nossa nação
Que mais tarde nos fez
Povo forte e liberto de igual valor
Filipe dos Santos, o audaz
Que morreu enforcado
Por seus ideais
Pascoal da Silva Guimarães
Foi um dos principais
E outros mais
Tiradentes sempre sonhou com a libertação
Morreu defendendo o direito da nossa nação
Domingos Martins, João Pessoa e Antônio Cruz
Todos os demais companheiros tiveram igual fim
Que vultos varonis
Todos imortais
Da história do Brasil
José Bonifácio de Andrada e Silva
Abnegado lutador
Cuja coragem enalteceu o seu valor
Redigiu a Sua Majestade
Uma carta na qual se anunciou
Defensor da nossa Independência
E D. Pedro aceitou
Foi com satisfação
Que o povo recebeu a resolução
Que D. Pedro clareasse a nossa questão
Nas margens do Ipiranga
Ele decidiu a sua sorte
Quando bradou
Independência ou Morte
Lá, lá, lá, rá, lá, rá
1962
ENREDO: Rio
dos Vice-Reis
AUTOR(ES): Aidno Sá, Mano Décio da Viola e Davi do
Pandeiro
Rio de Janeiro
Obra-prima de rara beleza
Foste engalanada pela própria natureza
Rio dos vice-reis
Dos chafarizes, das velhas congadas
Rio dos capoeiras
Cenário eletrizante
Das famosas cavalhadas
Quando badalavam os sinos
Anunciando a festa do Divino
Era lindo o seu ritual
Admirado até na Corte Real
O monumento dos Arcos
Com todo o seu esplendor
Rio das lindas paisagens
E das belas carruagens
Obra de grande valor
Lá, lá, lá, iá, lá, lá,
iá, lá, lá, iá
Lá, lá, lá, iá, lá, lá,
iá, lá, lá, iá
Lá, lá, lá, iá, lá, lá,
iá
Com todo o seu esplendor
Rio, oh meu Rio de Janeiro
Serás sempre o primeiro
Na história do mundo inteiro
1963
ENREDO: Rio
de Ontem e de Hoje
AUTOR(ES): Ala dos Compositores e Davi do Pandeiro
Cidade do Rio de
Janeiro
Maravilhosa tela
Que a natureza pintou
Orgulho do povo brasileiro
Abençoada pelo Cristo Redentor
Em 1565
Estácio de Sá fundou
A cidade do Rio de Janeiro
E o mundo consagrou
Salve Mem de Sá
E os heróis desta grande jóia
Salvador Correia de Sá
E os guerreiros de Araribóia
Este Rio que amo
Tornou-se uma jóia rara
Temos um governador
Que procura engrandecer
A nossa Guanabara
1964
ENREDO: Aquarela
Brasileira
AUTOR(ES): Silas de Oliveira
Vejam esta
maravilha
de cenário
É um episódio relicário
Que o artista num sonho genial
Escolheu para este carnaval
E o asfalto como passarela
Será a tela
Do Brasil em forma de aquarela
Passeando pelas cercanias do Amazonas
Conheci vastos seringais
No Pará, a ilha de Marajó
E a velha cabana do Timbó
Caminhando ainda um pouco mais
Deparei com lindos coqueirais
Estava no Ceará, terra de Irapoã
De Iracema e Tupã
Fiquei radiante de alegria
Quando cheguei à Bahia
Bahia de Castro Alves, do acarajé
Das noites de magia do candomblé
Depois de atravessar as matas do Ipu
Assisti em Pernambuco
À festa do frevo e do maracatu
Brasília tem o seu destaque
Na arte, na beleza e arquitetura
Feitiço de garoa pela serra
São Paulo engrandece a nossa terra
Do leste por todo o centroeste
Tudo é belo e tem lindo matiz
O Rio dos sambas e batucadas
De malandros e mulatas
De requebros febris
Brasil, essas nossas verdes matas
Cachoeiras e cascatas
De colorido sutil
E este lindo céu azul de anil
Emolduram em aquarela o meu Brasil
Lá rá rá rá rá (bis)
Lá lá lá lá iá
1965
ENREDO: Os
Cinco Bailes da História do Rio
AUTOR(ES): Silas de Oliveira, Dona Ivone Lara e Bacalhau
Carnaval, doce
ilusão
Dê-me um pouco de magia
De perfume e fantasia
E também de sedução
Quero sentir nas asas do infinito
Minha imaginação
Eu e meu amigo Orfeu
Sedentos de orgia e desvario
Cantaremos em sonho
Os cinco bailes da história do Rio
Quando a cidade completava
Vinte anos de existência
O nosso povo dançou
Em seguida era promovida a capital
A corte festejou
Iluminado estava o salão
Na noite da coroação
Ali no esplendor da alegria
A burguesia fez sua aclamação
Vibrando de emoção
O luxo, a riqueza imperou com imponência
A beleza fez presença
Comemorando a Independência
Ao erguer a minha taça
Com euforia
Brindei aquela linda valsa
Já no amanhecer do dia
A suntuosidade me acenava
E alegremente sorria
Algo acontecia
Era o fim da monarquia
Lá
rá rá lá rá
rá rá rá (bis)
1966
ENREDO: Glória
e Graças da Bahia
AUTOR(ES): Silas de Oliveira e Joacir Santana
Oh, como
é tão
sublime
Falar das suas glórias
E dos seus costumes, formosa Bahia,
Catedrais ornadas de encantos mil
Do candomblé, da famosa magia
Celeiro de heróis
E bravura varonil
Lá, rá, rá, rá, rá, rá,
rá
Lá, rá, rá, rá, rá, rá,
rá
Bahia, Bahia
Terra do Salvador
Iaô, iaô, iaô
Gegê, nagô, gegê, nagô
Saravá, saravá
Yerê, yerê de abê ocutá
Em louvor à rainha do mar
Iemanjá, Iemanjá
É lindo, é maravilhoso
Assistir à cerimônia do lava-pés
Ver a Bahia com seu traje suntuoso
Apregoando caruru, vatapá e acarajé
Ouvir o povo em romaria cantando assim
Vou pagar uma promessa
A Nosso Senhor do Bonfim, ô ô
Ô ô ô ô Bahia
No seu abençoado berço dourado
Ô ô ô ô Bahia
Nasceram grandes vultos na nossa história
Maria Quitéria, a brava heroína
Ana Neri, símbolo da abnegação
Castro Alves, apóstolo da Abolição
Rui Barbosa, gênio da civilização
1967
ENREDO: São
Paulo, chapadão de glórias
AUTOR(ES): Silas de Oliveira e Joacir Santana
Madrugada triste
de
garoa, na serra a brisa entoa
No momento o meu pensamento voa
Minha voz se embarga, mas não me calo
Com lápis e pincel
Risquei nesse painel
A singela homenagem a São Paulo
São Paulo! Cantamos em teu louvor
Povo ordeiro e triunfante. Num afago delirante
Te exaltamos com fervor
Sendo descendentes de Ramalho
Se dedicam ao trabalho
Com verdadeiro amor
Num ideal triunfante
Os denodados bandeirantes
Deixaram exemplos de bravuras incessantes
Gravaram lindas páginas na história do Brasil
Tu és poderoso gigante, terra dos desbravadores
E dos grandes bandeirantes
Oh povo dos povos
Onde se deu a alegria de um rei
Que não aceitou a coroa
Deixando a regência da linda terra da garoa
É quando a riqueza se engalana
Na história ficou "o cacho de banana"
Outro fato de memorável relevância
Foi a consagrada altivez de um patriota viril
Do rio Ipiranga às margens plácidas
Num gesto sublime, num impulso forte
Deu o grito de Independência ou Morte
A sua lavoura verdejante
Floresta exuberante
É um orgulho desta imensa nação
Café, o seu maior mensageiro
Seus lavradores são os principais pioneiros
Da nossa futura emancipação
Foi no seio desta terra, de raro esplendor,
Que nasceu o genial compositor
Iluminado por sua inspiração
Fez vibrar as platéias do "Scala de Milão"
Lá, rá, rá, rá, rá, rá,
rá, rá
É fabuloso o desenvolvimento industrial
Elevar o país é o teu fator comercial
A tua engenharia enobrece a nova era
Demonstrando sua obra-prima
O suntuoso Ibirapuera
1968
ENREDO: Pernambuco,
"O Leão do Norte"
AUTOR(ES): Silas de Oliveira
Esta
admirável
página
Que o passado deixou
Enaltece a nossa raça
Disse um famoso escritor
Que Maurício de Nassau
Na verdade foi um invasor
Muito genial
Glória a Vidal de Negreiros
E aos seus companheiros
Que na luta contra os holandeses
Em defesa ao Leão do Norte
Arriscaram suas vidas
Preferiram a morte
Na trégua dos Guararapes
Teatro triste da insurreição
Houve estiagem, coragem, abnegação
Pernambuco hoje
É orgulho da federação
Evocando os palmares
Terra de Bamboriki
Ainda ouço pelos ares
O retumbante grito do Zumbi
Lá,
rá, rá, rá,
rá, rá (bis)
Lá, rá, rá, rá, rá, rá,
ô, ô
1969
ENREDO: Heróis
da Liberdade
AUTOR(ES): Silas de Oliveira, Mano Décio da Viola e Manoel
Ferreira
Ô ô
ô ô ô ô ô
ô ô ô ô ô ô ô
Liberdade, Senhor
Passava a noite, vinha dia
O sangue do negro corria
Dia a dia
De lamento em lamento
De agonia em agonia
Ele pedia
O fim da tirania
Lá em Vila Rica
Junto ao Largo da Bica
Local da opressão
A fiel maçonaria
Com sabedoria
Deu sua decisão lá, rá, rá
Com flores e alegria veio a abolição
A Independência laureando o seu brasão
Ao longe soldados e tambores
Alunos e professores
Acompanhados de clarim
Cantavam assim
Já raiou a liberdade
A liberdade já raiou
Esta brisa que ajuventude afaga
Esta chama que o ódio não apaga pelo Universo
É a evolução em sua legítima razão
Samba, oh samba
Tem a sua primazia
De gozar da felicidade
Samba, meu samba
Presta esta homenagem
Aos "Heróis da Liberdade"
Ô ô ô
1970
ENREDO: Arte
em Tom Maior
AUTOR(ES): Nina Rodrigues, Aidno Sá e Jorge Lucas
Lá
lá lá rá lá
lá
Lá lá lá lá
Tudo isto quer dizer Brasil, Brasil, Brasil
És a natureza em festa
Até parece seresta
A passarada cantando em seu louvor
Oh meu Brasil
Glória ao colonizador
Que evolui esse torrão
O negro foi braço forte da evolução
Terra de
artistas
geniais
Ainda existem nos salões de belas-artes (bis)
Como testemunhas imortais
São belos
nossos
rios e cascatas
Terras e verdes matas
E campina multicor
É o orgulho de uma raça
Quando brilha o astro rei
Tudo é esplendor
Essa paisagem tão bela
Que cantamos nesta passarela
O velho mundo conheceu
Usos e costumes em aquarela
1971
ENREDO: Nordeste,
seu povo, seu canto e sua glória
AUTOR(ES): Heitor Achiles, Maneco e Wilson Diabo
Nordeste
O canto de tua gente
No Império está presente
Para se comunicar
No Fandango irradias alegrias
Lendas, rezas, fantasias
Tudo isto faz lembrar
Dona Santa desfilou desde menina
O Pierrô e a Colombina
São eternos foliões
Pastorinhas, cirandeiras na cidade
Sai o Bloco da Saudade
Entram em cena os cordões
Eia, eia, eia, boiada
Eia, eia o vaqueiro canta assim
Plantador colhe e semeia
Suplicando pra chover
Arrastão feliz n'areia
As rendeiras a tecer
Olê olá, olê olê
Quando a lua se alteia
Cantador canta vitória
Viola afinada ponteia
O canto de um povo em glória
No Nordeste...
1972
ENREDO: Alô,
alô, taí Carmem Miranda
AUTOR(ES): Maneco, Wilson Diabo, Heitor Rocha
Uma pequena
notável
Cantou muito samba
É motivo de carnaval
Pandeiro, camisa listrada
Tornou a baiana internacional
Seu nome corria chão
Na boca de toda gente
Que grilo é esse?
Vou embarcar nessa onda (bis)
É o Império Serrano que canta
Dando uma de Carmem Miranda
Cai, cai, cai, cai
Quem mandou escorregar (bis)
Cai, cai, cai, cai
É melhor se levantar, oi
1973
ENREDO: Viagem
encantada Pindorama adentro
AUTOR(ES): Wilson Diabo, Malaquias, Carlinhos
Venham ver, no
Império minha gente
Um navegante procurando Upabuçu
Ansiosamente
No pavão misterioso
Vi a sereia do mar
Em Pindorama coisas lindas
Até o boitatá
Oxossi, rei da mata
Fez Coaraci aparecer
Numa jangada segui o saci-pererê
Iererê, rê rê
Como rema o saci-pererê
Iererê, rê rê
Só remava o saci-pererê
Quando Jaci surgiu
Enfeitiçando o rio mar
Iara me levou
Sob o clarão do luar
Na lagoa dourada de beleza sem par
As flores conversavam
Tudo era encantado
Naquele lugar
Foi assim que
encontrei
O reino encantado que procurei (bis)
1974
ENREDO: Dona
Santa Rainha do Maracatu
AUTOR(ES): Wilson Diabo, Malaquias, Carlinhos
Vejam em noite
de
gala
As nações africanas
Que o tempo não levou
É maracatu
Olhem quanto esplendor
Na festança real
Vêm as nações importantes
Saudando a rainha Dona Santa
Cantarolando num baque virado alucinante
Ô ô ô ô ô
Olha a costa velha do batuque do tambor (bis)
Ô ô ô
"Maracatu Elefante" chegou
Perto do pálio da soberana
Um festival em cores
Enfeita a nação
Vejam a garbosa
rainha
Na matriz do Rosário (bis)
Depois da coroação
Chegou maracatu no Império original
Maracatu tradição do Carnaval (bis)
1975
ENREDO: Zaquia
Jorge - Vedete do Subúrbio, Estrela de Madureira
Autor: Avarese
O Império
deu o
toque de alvorada
Seu samba a estrela despertou
A cidade está toda enfeitada
Pra ver a vedete que voltou
Com seu viver de alegria
Fez tanta gente sonhar
Outra vez se abre o pano
Pra todo o céu suburbano (bis)
Ver sua estrela brilhar
Viagem, revista, aquarela
O passado é presente
E neste teatro-passarela
Ela resplandece novamente
Baleiro-bala
Grita o menino assim (bis)
Da Central a Madureira
É pregão até o fim
1976
ENREDO: A
lenda das sereias - Rainha do mar
AUTOR(ES): Vicente Mattos, Dinoel e Arlindo Velloso
O mar,
misterioso
mar
Que vem do horizonte
É o berço das sereias
Lendário e fascinante
Olha o canto da sereia
Ialaô, Okê, laloá
Em noite de Lua cheia
Ouço a sereia cantar
E o luar sorrindo
Então se encanta
Com a doce melodia
Os madrigais vão despertar
Ela mora no mar
Ela brinca na areia (bis)
No balanço das ondas
A paz ela semeia
Toda a corte engalanada
Transformando o mar em flor
Vê o Império enamorado
Chegar à morada do amor
Oguntê, Marabô
Caiala e Sobá (bis)
Oloxum, Inaê
Janaína, Iemanjá
(Sou Rainha do Mar...)
1977
ENREDO: Brasil,
berço dos imigrantes
AUTOR(ES): Roberto Ribeiro e Jorge Lucas
É tempo
de Carnaval
Hoje as cores do Império
Vem saudar a imigração
Numa doirada alegria
Neste dia de folia
O samba é anfitrião
Desta gente que ao chegar
Semeou nesta terra
Seu folclore popular
Brasil, berço dos imigrantes
Sua raça é mistura
Sem cessar
O povo com seu sorriso
Vem pra avenida festejar
Violas e
pássaros
Clarins de vento (bis)
O Arlequim
Entoando um canto lento
Num céu
de
serpentina
Um Pierrot a desfilar
O dominó ganhou confete
E ao imigrante foi saudar
Olha o passo da
mulata
Esplendor da Colombina (bis)
Cantem samba minha gente
Nesta festa que domina
Lá,
lá, laiá
Lá, laiá, laiá (bis)
Lá, laiá, lá, laiá
1978
ENREDO: Oscarito,
Carnaval e samba, uma chanchada no asfalto
AUTOR(ES): Nina Rodrigues, Aidno Sá e Ubirajara Cardoso
Era
criança
Ficou com a herança
Que sua família deixou
O seu sonho dourado
Foi realizado
A platéia lhe amou
Quem não
viu, venha
ver
O rei das gargalhadas (bis)
Na avenida acontecer
Nos picadeiros
O povo o aplaudiu
No teatro e no cinema
O seu conceito subiu
"Cupim", "Papai Fanfarrão"
"O golpe", "Zero à Esquerda"
Foram seus sucessos teatrais
Relembramos suas fitas geniais
Hoje, uma chanchada no asfalto
O Império engalanado o eleva
No pedestal mais alto
No verde e branco
É um barato legal (bis)
Oscarito é curtição
Do nosso Carnaval
1979
ENREDO: Municipal
maravilhoso, 70 anos de glória
AUTOR(ES): Roberto Ribeiro, Jorge Lucas e Edson Paiva
É arte,
é cultura
A idéia do artista é genial
Em cenário deslumbrante
O Império exalta o Municipal
Que maravilha os corais
Ao som de orquestras magistrais
Sonoras sinfonias
Que não se esquecem jamais
Iara e a paz
Retratam a cultura nacional
Ainda hoje são vividas
Nos palcos deste Rio colorido
Vem meu povo
Ver como é que é (bis)
O balé no samba
Na ponta do pé
A suntuosidade imperava
Nos grandes bailes
Do nobre salão
Onde tudo era alegria
Elegância, beleza
Num sonho de fantasia
Carnaval é ilusão
Do pierrô sofrido (bis)
É festa de um povo
É consagração
1980
ENREDO: Império
das ilusões - Atlântida, sonho e aventura
AUTOR(ES): Durval Nery e Joaquim Aguiar
Em sonhos
coloridos
No Império das ilusões
Viajei por caminhos floridos
Num carrossel de emoções
Ao se abrir a porta do Sol
A luz me levou ao passado milenar
Eu vi o reino encantado
Que aventureiros sonhavam encontrar
Pelas matas verdejantes
Rios bravios ouvi cantar
Vi guerreiras enfeitadas com brilhantes
Vitórias-Régias flutuando ao luar
Nas cidades por onde passei
Com Castelos de Safiras me encantei
Nessa aventura divinal
Encontrei montanhas de Cristal
O vento trazia poeira, poeira de ouro
E transformava meu caminho em tesouro (bis)
A roda do tempo transformou em mar
Um continente de riqueza
Minha ilusão foi procurar
O que restou de tanta beleza
Quando despertei do meu sonho
Num cenário iluminado
Vi no Império Serrano
A sedução do Eldorado (bis)
1981
ENREDO: Na
terra do pau-brasil, nem tudo Caminha viu
AUTOR(ES): Jorge Lucas e Edson Paiva
Maravilhosa terra
De legendas
Que o passado não contou
Hoje o Império Serrano
Vem com Pero Vaz de Caminha
O célebre eminente precursor
Ô, ô, ô, ô, ô
Ô, ô, ô, ô, ô (bis)
Em tempos idos
Chegavam a uma vasta região
Audazes descobridores
Dando-se a integração
Com os primitivos habitantes
Deste imenso Torrão
Canta gente
Esta linda canção (bis)
Exaltando o Brasil
Em sua dimensão
(Lá, lá, lá)
A beleza da
mulata
Enaltece a raça
Com seu requebro febril
Nossos rios, campos e florestas
Emolduram a natureza
O ouro e pedras preciosas
São riquezas do solo deste Brasil
Que Pero Vaz de Caminha não viu...
Lá
lá lá lá lá
lá lá lá lá lá lá...
1982
ENREDO: Bumbum
Paticumbum Prugurundum
AUTOR(ES): Beto Sem Braço e Aluísio Machado
Enfeitei meu
coração
De confete e serpentina
Minha mente se fez menina
Num mundo de recordação
Abracei a Coroa Imperial
Fiz meu carnaval
Extravasando toda minha emoção
Oh! Praça Onze, tu és imortal
Teus braços embalaram o samba
A sua apoteose é triunfal
De uma barrica se fez uma cuíca
De outra barrica um surdo de marcação
Com reco-reco, pandeiro e tamborim
E lindas baianas (bis)
O samba ficou assim
E passo a passo no compasso
O samba cresceu
Na Candelária construiu seu apogeu
As burrinhas que imagem, para os olhos um prazer
Pedem passagem pros Moleques de Debret
"As Africanas", que quadro original
Yemanjá, Yemanjá enriquecendo o visual
(Vem meu amor...)
Vem meu amor
Manda a tristeza embora (bis)
É carnaval, é folia
Neste dia ninguém chora
Super Escolas de Samba S/A
Super-alegorias
Escondendo gente bamba
Que covardia!
Bumbum Paticumbum Prugurundum
O nosso samba minha gente é isso aí
Bumbum Paticumbum Prugurundum
Contagiando a Marquês de Sapucaí
1983
ENREDO: Mãe,
baiana mãe
AUTOR(ES): Aluísio Machado e Beto Sem Braço
Abre as portas,
oh
folia
Venho dar vazão à minha euforia
A musa se vestiu de verde e branco
E o pranto se fez canto
Na razão do dia-a-dia
Mãe, baiana mãe
Empresta o teu calor
Eu quero amanhecer no teu colo
Onde deito, durmo e rolo
E isolo a minha dor
Eu quero, quero te saudar nesta avenida
Pra valorizar a vida
Que a vida valorizou
Mãe negra, sou a tua descendência
Sinto tua influência
No meu sangue e na cor
Iê, abará, acarajé
Capoeira, filho da mãe
Pregoeiro, homem da mulher
Okolofé mamãe
Kolofé-lorum (bis)
Aieieu, aieieu mamãe oxum
Baiana, baianinha boa
Teu requebro me enfeitiçou
Enfeitiçado, sambando eu vou
Baiana mãe Baiana
É belo o teu pedestal
Eu te adoro e adorando imploro
Teu carinho maternal
Tia Ciata, mãe amor
O teu seio o samba alimentou
E a baiana se glorificou (bis)
1984
ENREDO: Foi
malandro é
Autor: Bicalho
Império sutilmente encontrou
Nas entrelinhas da história
Heróis do
aipim,
heróis do bacalhau
Tirando a poeira das memórias, que legal (bis)
Pero Vaz, escrevendo de mansinho
Asilou o seu sobrinho
Inventou o pistolão
E Caramuru não deu chabú, "fica a bangu"
Na tribo com Paraguassu (bis)
Araribóia loteou Niterói
E fez do índio seu office-boy (bis)
Malandro que é malandro bota banca
Dom João VI pega o ouro e se arranca
Dizendo:
"Ó
Pedrito, filho meu
Segura esse foguete, entendeu?" (bis)
Na lei de Chico Rei
O fim modifica os meios
Assim, libertou seu povo
Com a poupança do alheio
Chica da Silva
Empolgou um galego e a nação
Eis Dom Pedro levando
Cachaça pro pagode e mulheres pro colchão
Rio Branco dilatou as fronteiras, na surdina
Com barris de vaselina
Barão esperto foi Drummond
Bolou um jogo além de bom
E colocou a
bicharada
Na cabeça da moçada (bis)
Com blá blá blá
Sem bafafá (bis)
Quem foi malandro é
Sempre será
1985
ENREDO: Samba,
suor e cerveja, "combustível da ilusão"
Autor: Beto Sem Braço
Nesta festança eu vou (eu vou)
De mão dada à poesia
Debruçado num verde esperança
Num branco que deixa herança
Nos caminhos d'alegria
Quero cantar, sambar, suar, me embriagar
Ser feliz, bem feliz
Desfrutar das coisas lindas
Que existem ainda neste meu país
Alegria,
alegria,
meu amor
De peito aberto aqui estou (bis)
Cada gota de
suor
(que cai)
É um pingo de felicidade
No néctar dos deuses flutuando
Na espuma me banhando
Encontrei mil realidades
Coisas daninhas serão banalidades
Quem vem do lado de lá
Assistir à nossa batucada
Se trouxer no peito tristeza
Que afogue lá na mesa
Numa cerva bem gelada
Já coloquei na pedreira
Cerveja preta para o Rei Xangô
Cerveja branca também coloquei na mata
A noite inteira "Seu" Ogum bebericou
Quem canta o mal espanta
Explode coração
No combustível da ilusão
Haja frio ou
calor
Cervejando lá se vai o dissabor (bis)
1986
ENREDO: Eu
quero
AUTOR(ES): Aluísio Machado, Luiz Carlos do Cavaco e Jorge
Nóbrega
Eu quero, a bem da verdade
A felicidade em sua extensão
Encontrar o gênio em sua fonte
E atravessar a ponte
Dessa doce ilusão
(Quero, quero, quero sim)
Quero que meu amanhã, meu amanhã
Seja um hoje bem melhor, bem melhor (bis)
Uma juventude sã
Com ar puro ao redor
Quero nosso povo bem nutrido
O país desenvolvido
Quero paz e moradia
Chega de ganhar tão pouco
Chega de sufoco e de covardia
Me dá, me dá
Me dá o que é meu (bis)
Foram vinte anos
Que alguém comeu
Quero me informar bem informado
E meu filho bem letrado
Ser um grande bacharel (bacharel)
Se por acaso alguma dor
Que o doutor seja doutor
E não passe por bedel
Cessou a tempestade
É tempo de bonança
Dona liberdade
Chegou junto com a esperança (vem, meu bem)
Vem, meu bem, vem, meu bem
Sentir o meu astral, que legal (bis)
Hoje estou cheio de desejo
Quero te cobrir de beijos
Etecetera e tal
1987
ENREDO: Com
a boca no mundo, quem não se comunica se trumbica
AUTOR(ES): Beto Sem Braço, Aluísio Machado e Bicalho
Se liga, ligação vai ser preciso, ô
Aviso, o verbo é comunicar
Caminha nem pestanejou
Como agente da passiva se comunicou
Vai, pombo correio
De perneio, na imensidão (bis)
Voa e vá dizer ao meu amor
Que a saudade machucou meu coração
Pregoa, pregoeiro
O mercado é todo seu
Independência ou morte
Grito forte que valeu
Ô de casa, olha o carteiro
É a carta de quem nunca lhe esqueceu
Jornal, jornaleiro, jornalista
Reportagem em revista
A Imprensa em comunhão
Tudo em primeira mão
Alô, alô, alô, alô, alô
Não se comunicou, dançou (bis)
A rádiodifusão está no ar
Seu sucesso é notório
Fez tanto artista popular
Novelas, programas de auditório
Indiscutivelmente, é a era da televisão
O tão distante presente
Se faz presente e satisfaz nossa visão
Até a Lua lá no céu
Nos chega via Embratel
Quem não se comunica
Se trumbica e como fica (bis)
Fica na saudade, fica
1988
ENREDO: Pára
com isso, dá cá o meu
AUTOR(ES): Luís Carlos do Cavaco, Lula e Jarbas da Cuíca
O Rio não é mais como era antes
Pois acabaram com a nossa Guanabara (diz aí)
Fundiram toda nossa competência
E já não somos a Cidade Jóia Rara
Que saudades que eu tenho
Da bandeira com golfinhos e brasão
Do nosso Rio antigo
Praça Onze, onde o samba tinha abrigo
Rio, grande centro cultural
Patrimônio da riqueza nacional
Dá cá o meu
Dá cá, dá cá o meu (bis)
O povo carioca
Cobra aquilo que perdeu
Quero novamente ver meu Rio
Dono do samba e do grande futebol
Ter um forte banco aqui na praça
E que não seja um comitê eleitoral
Chega de ter nossa casa comandada
Por malandro e coisa e tal
O Rio é negro
E negro luta pelo Rio (bis)
Buscando a liberdade
Enfrentando desafio
O Rio é negro
E é negra essa nação
Vamos firme nessa luta
Proclamando a Abolição
1989
ENREDO: Jorge
Amado - Axé Brasil
AUTOR(ES): Beto Sem Braço, Aluísio Machado, Bicalho e
Arlindo
Cruz
Sob os olhos graciosos de Oxalá
Desce a Serrinha
Esquenta o país do Carnaval
É muita pimenta, dendê e cacau
Você sabe que tem festa, meu amor
Lá na Tenda dos Milagres
Vem que eu vou, eu vou (bis)
Jubiabá tá no portão
E as Iaôs jogam pitangas pelo chão
Com os pastores da noite
Vem gente lá da terra do Sem-Fim
(Pode crer que dá pra mim)
Oriundo lá das matas de Oxossi e Ossain
O famoso Valentim
E ao som dos Atabaques
Rola o suor dos Ogans
Olha que papo maneiro
Entre os velhos marinheiros
E os novos capitães
Vem gente que sofreu demais
Lá do sertão e da beira do cais (é doce...)
É doce morrer no mar
Nos braços de Yemanjá (bis)
Teresa Batista cansada de guerra
No samba de roda esquece as mágoas
Tiêta se beber faz graça
Quincas Berro D'água agitando a massa
(Põe tempero Gabriela...)
Põe tempero na panela Gabriela
Mexe, mexe com amor
Cozinha com o teu calor
Bota logo o vatapá na tigela
Quem mandou foi Dona Flor
É gente que chega
E tem gente pra chegar, ô
Ekchêupa
ba bá
Ekchêupa ba bá (bis)
Axé Brasil
Pai Amado saravá, saravá
1990
ENREDO: Histórias
da nossa história
AUTOR(ES): Jangada, Tico do Gato, Zito, Ibrain Solidão e Edgard
do Agogô
Deixei minha mente vagar (vagar, vagar, vagar)
E no rastro da memória
O Império vem mostrar
Histórias da nossa história
O rei, ah!, o rei
Mandou vir de Portugal
Uma expedição colonial
Criando os primeiros vilarejos
Os engenhos de açúcar
Enriqueceram o litoral
Arando e cultivando a terra
Trouxeram também os animais
A beleza da Índia
Encantou Caramuru (bis)
Era todo seu tesouro
A linda Paraguassu
Aí, (oi, aí) chegou Maurício de Nassau
Com o progresso e a nobreza
Criou palácios e academias culturais
Mas a união das raças e seus valores
Expulsaram para longe os invasores
Ô ô ô ô
Bravos guerreiros (bis)
Brasil, sempre Brasil
O Brasil já era brasileiro
Sonho verde de esperança
Se expandia na ilusão (na ilusão)
Na conquista de esmeraldas
O ouro e prata
encravados nesse chão (bis)
1991
ENREDO: É
por aí que eu vou
AUTOR(ES): Wilson Solidão, Ibraim, Beto Pernada, Valdir
Sargento, Edu do Pagode e Elcy
É dia, é noite, sol ou chuva lá vou eu
Céu estrelado ou nublado tanto faz
Pouco me importo com o frio ou calor
Viajando "É por aí que eu vou"
Esperando um futuro bem melhor
Na fé do meu protetor
É chão, poeira, estrada vou embora
Transportando o progresso por aí (bis)
Moça bonita, por mim não chores
Eu te prometo que um dia volto aqui
O clarão da Lua Cheia
Na boléia do meu caminhão
O retrato da família
A distância traz saudade
Que aperta o coração
Devagar também é pressa
Nunca ande na banguela
Meu irmão de profissão
Rodar, rodei
Desbravando estradas
Novo mundo encontrei (bis)
Cidade grande, que fascinação
Nos cabarés da vida há doce ilusão
1992
ENREDO: Fala
Serrinha - A voz do samba sou eu mesmo sim senhor
AUTOR(ES): Beto Sem Braço, Jangada e Maurição
Avante imperianos
A luz de Deus iluminou a Serrinha
Viemos cantar, sambar
Mostrar, provar a nossa tradição
Pouca coisa não vai nos jogar no chão
Nos olhos da
claridade
Até cego tem poder (bis)
Pior cego é aquele
Que enxerga e não quer ver
Fiz meu pedestal
Ilustrei o Carnaval
Etecétera e tal
Eu vou enxugar com a sua ingratidão
Meus pés que vou suar de poeira
Toda criação que eu criei foi pra brincar
Se não lembrar é brincadeira
Do prato, reco-reco, agogô
Que até hoje levanta o seu astral
O primeiro destaque do samba surgiu
Em minha pauta musical
Com miçangas e paetês bordei meu nome
Nos braços do mais belo Carnaval
Lá do
céu o
"Viga-Mestre" nos pediu
Em sua filosofia (bis)
Pro Império não parar de entoar
Seu canto de euforia
Lembrar as
glórias
da Corte Imperial
Quatro anos de vitórias sem igual
(E assim...)
Atravessei fronteiras
De emoção vi turista chorar
Meus fãs vão chorar saudades
Em não me ver no meu grupo desfilar
Sou
Império, sou
patente
Só demente é que não vê (bis)
Do samba sou expoente
Abra meu livro, pois tu sabes ler
1993
ENREDO: Império
Serrano, um ato de amor
AUTOR(ES): Arlindo Cruz, Aluísio Machado, Acyr Marques e Bicalho
Meu coração
É emoção que se repete
É muito amor
Essa paixão é Carnaval
Eu sou um menino de quarenta e sete
Imperial
Novidade pra cidade criei
Samba-enredo de verdade cantei (bis)
A nobreza em pessoa mostrei
É real minha coroa sou rei
Fiquei radiante de alegria
Um céu cor de anil
Se fez passarela
Viajei na minha fantasia
Pintei meu Brasil
Que linda aquarela
"Alô, alô, taí" o Império
Mudou, mudou
Foi um caso sério (bis)
Foi tropical, não teve demanda
Deu Carmem Miranda
No meu Carnaval
Paticumbum,
Prugurundum no meu tambor
Resplandeceu, reacendeu o meu calor
Eu sou um ato de
amor
De uma Nação (bis)
Eu sou o Império
Do seu coração
1994
ENREDO: Uma
festa brasileira
AUTOR(ES): Lula, Zito e Beto Pernada
Ressoou, ressoou no seio da mata virgem
O canto do índio guerreiro
Exaltando o homem branco que chegou
Lá se vão
Marujos, Tabajara e Tupinambá
Até as margens do Sena
Mostrar a dança solene
As maravilhas da renascença
Onde o rei e a rainha
Ficam encantados com uma festa brasileira
Que zoeira, que zoeira
Tem batuque na corte
Dia e noite, noite inteira (bis)
O novo mundo
Mostra a arte em brincadeira
A cultura
Se junta à arte numa nova dimensão
Hoje o Império faz a festa
Contagiando a galera de emoção
E exibe para o mundo inteiro
O carnaval brasileiro
Como na corte dos reis
Engalanado entra em cena outra vez (e assim)
Assim, a festa continua
Tão minha quanto sua
Neste delírio tropical
O verde e branco é a razão da minha vida
Nesta folia todo mundo é igual
Ô embala eu, embala eu
Que nesta festa eu também vou (eu vou, eu vou) (bis)
Ô embala eu
Com surdos, tamborins e agogôs
1995
ENREDO: O
tempo não pára
AUTOR(ES): Maurição, Jorge Lucas e Luís Carlos do
Cavaco
Eu vi surgir
De um túnel a tempo uma luz
Para iluminar o meu império
Desvendar esse mistério que seduz
O mundo gira em torno do tempo
Onde a vida faz nascer, crescer, morrer
Se planar o mal, o bem não vai colher
Amor é hora
Sinto energia no ar
É real a união
Tenho fé e esperança
De ver tudo melhorar
Quem sabe não espera
O que pode acontecer (bis)
O tempo vai embora
Sem a gente perceber
A busca da eterna juventude
É a falsa atitude
De que o tempo vai parar
Ganhar muito dinheiro
Ter poder pra desfrutar
É melhor não perder tempo
Pois o tempo não espera
E quem parar no tempo pode se arrepender
O homem evoluiu
Aperfeiçoando a ciência
Será que não dá pra entender
Que já é hora de usar a consciência
Vem amor, pra essa avenida
Hoje estou de bem com a vida (bis)
Vislumbrando um bom astral
Pra Coroa Imperial
1996
ENREDO: E
verás que um filho teu não foge à luta
AUTOR(ES): Aluísio Machado, Lula, Beto Pernada, Arlindo Cruz e
Índio do Império
O povo diz amém
É porque tem
Um ser de luz a iluminar
O moderno Dom Quixote
Com mente forte vem nos guiar
Um filho do verde esperança
Não foge à luta, vem lutar
Então verás um dia
O cidadão e a real cidadania
Quero ter a minha terra, ô ô ô
Meu pedacinho de chão, meu quinhão
Isso nunca foi segredo (bis)
Quem é pobre tá com fome
Quem é rico tá com medo
(Vou dizer...)
Quem tem muito, quer ter mais
Tanto faz se estragar
Joga no lixo, tem bugica pra catar
Senhor, despertai a consciência
É preciso ter igualdade
O ser humano tem que ter dignidade
Morte em vida, triste sina
Pra gente chega de viver a severina
Junte um sorriso meu, um abraço teu
Vamos temperar
Uma porção de fé, sei que vai dar pé
Não vai desandar
Amasse o que é ruim, e massa enfim
Vai se libertar
Sirva um prato cheio de amor
Pro Brasil se alimentar
Eu me embalei, pra te embalar
No balancê, balancear (bis)
Vem na folia (vem, vem, vem)
Chegou a hora de mudar
O meu Império vem cobrar democracia
1997
ENREDO: O
mundo dos sonhos de Beto Carrero
AUTOR(ES): Carlos Sena, Maurição, Arlindo Cruz e
Índio do
Império
O Reino encantado, oi
Se tornou realidade
Na verdade é um presente ao meu Império
Nos seus 50 anos de idade
Lá em Santa Catarina
Vi um sonho de menino se realizar
Hoje a penha é uma cidade
Cheia de felicidade, vem brincar
Olha a massa imperiana
Demonstrando seu valor (bis)
Vamos nessa caravana
Que o show já começou
Vi dinossauro, vi Tarzan na selva, ô ô ô
Vi pirata em alto-mar, segura iaiá
Cuidado, meu bem, tem fantasma no trem
É de arrepiar
Sou boiadeiro, eu sou, pelas estradas cavalguei
Equilibrista balancei, mas não caí
Me fiz palhaço sem saber sorrir
Com muito amor no coração
Todas as feras eu domei
Só pra ver a vida mais feliz
Pra criançada desse meu país
Roda gira, gira roda
Quero ver girar
Lá na terra do futuro tem magia (bis)
Vilá Árabe e Chinesa
Castelo Medieval
É Beto Carrero, nosso Carnaval
1998
ENREDO: Sou
ouro negro da Mãe África
AUTOR(ES): Gonzagão, Gonzaguinha, Otávio Samba, Deo,
Alexandre,
Paulinho Gafieira e Marcão da Serrinha
Vim da África
Minha raiz mãe tesouro
A liberdade é o meu ouro
Sou negro sim senhor
Pelo criador fui abeçoado
Numa doce união
E soberania em reinados
No nascimento do menino rei
Por uma estrela fui guiado
Com a sola dos meus pés marquei a terra
Em vários cantos abracei novos anéis (bis)
Eu sou negro eu sou raça, sou emoção
Sou ouro negro baluarte da nação
Cruzei mares em Pindorama cheguei
Terra do pau cor de brasa
Onde meus valores misturei
Costume, culinária e cultura
Valeu eu vou à lua com bravura
Meru grito é um cantar de liberdade
Sou um Império de bambas, hoje felicidade
E no Carnaval levanto o seu astral
Nesta festa multicor
No esporte e nas ciências
Ilustrando eu vou
Ô Kalofé, oh mãe baiana
Trago minha raça, sou força e luta
Vem comigo nessa fé
Sem limite, sem
fronteiras
Eu corro o chão (bis)
Afastando os espinhos
Semeando a união
1999
ENREDO: Uma
rua chamada Brasil
AUTOR(ES): Arlindo Cruz, Carlos Sena, Maurição e Elmo
Caetano
Em busca de um novo eldorado ô viajei
Pro melhor lugar do mundo
Fui tentar a minha sorte na 46
E ao chegar
Encontrei aventureiros
Gente deste mundo inteiro
Na terra do Tio Sam
Vi o jeito brasileiro
Na grande maçã
Há esperança de um novo amanhã
Bate forte coração eu sei
É difícil ser um rei
Longe da terra natal (bis)
Mas eu não perdi a fé, lutei
Pra curar a solidão
Eu rezei na catedral
Fui chamado afro-brasileiro
Pra ganhar algum dinheiro
Fui muambeiro, engraxate, fui garçom
Me encantei com os diamantes
O teatro é pura emoção
Foi tão bom
Nessa cidade vi amor, fraternidade
Mas a saudade fez meu peito balançar
Mãe baiana
Foi sua carta que me fez voltar (bis)
Lá vou eu de verde e branco, feliz
A serrinha é meu encanto, meu país (bis)
Parabéns Carmen Miranda que conseguiu
Mesmo distante não deixar de ser Brasil
2000
ENREDO: Os
Canhões de Guararapes
AUTOR(ES): Paulinho Manahú, Marco Cabeça Branca e
Zé Ferreira
Minha terra tem palmeiras
Onde o sabiá sempre cantou
E o "caraíba"
Vindo de terra distante
Tupinambás lá encontrou
A cana-de-açúcar enriqueceu a região
Da nossa maior capitania
E foi entregue a Cosme e Damião
A proteção do novo Estado que surgia
Linda, Olinda
Recanto de beleza natural
Na dominação dos holandeses (bis)
Pernambuco é transformado
Em grande centro cultural
Rei Congo, ê, rei Congo
Deslumbra a corte de Maurício de Nassau
Guararapes, palco da insurreição
Uniu as raças em defesa da nação
Vitalino molda em barro sua gente
Hoje tem frevo, repente
E cordel na Avenida
E se o Maracatu é da Coroa Imperial
Sou Pernambuco neste Carnaval
Eh! Nordeste
Cabra da peste, com orgulho, eu sou (bis)
E a Nação Imperiana
Vem cantar em meu louvor
2001
ENREDO: O
Rio corre pro mar
AUTOR(ES): Arlindo Cruz, Maurição, Carlos Sena e Elmo
Caetano
Amor vem ver o mar
Vem contemplar o meu Rio
Agô, Mãe Iemanjá, só de pensar dá
arrepio
Meu Rio tem tanta beleza
E a natureza sempre nos abençoou
Sou carioca da gema, sou resistência
Sou Império, sim "sinhô"
Abriu o porto ioiô, é porta aberta iaiá
É o comércio, é o progresso da cidade
E a cidade cresceu, o mundo então conheceu
O berço da felicidade
Toda ladeira cantou, a freguesia sorriu
A velha praça inteira aplaudiu
E assim nasceu a estiva
O primeiro sindicato do Brasil (bis)
Entre revolta de dor
E um canto negro de fé (bis)
O nosso povo exportou samba no pé
Axé, minha Guanabara
Recanto mais doce do mar
Tão doce que trouxe a indústria
E fez o turista se apaixonar (na Praça Mauá)
Hoje a "noite" é bem mais quente, não é mais
Um inocente arranha-céu, oi
Torre de Babel que vive em paz
Já ancorou mais um navio
E eu sou confidente desse cais
Orgulho e tradição do Rio
Aviso aos navegantes que o Império vem aí
Olha, o bicho vai pegar, a poeira vai subir (bis)
É arte, é cultura, é talento original
Hoje tem festa no Planeta Carnaval
2002
ENREDO: Aclamação
e coroação do imperador da Pedra do Reino - Ariano
Suassuna
AUTOR(ES): Aluízio Machado, Maurição, Carlos Sena,
Elmo
Caetano e Lula
Sol inclemente, oi
Vai além da imaginação
Sopro ardente, árida terra
Desse poeta cantador
Sede de vida, gente sofrida
Salve o lanceiro, guerreiro do amor
Cabra macho, firmeza, que emoção
Liberdade, esperança, ressurreição (bis)
A bondade, a maldade no coração
Amor, verdade, eu encontro neste chão
(Vem que tem...)
Tem azul, tem encarnado, tem
Numa comunhão de fé
Lança em punho ao som da luta
Desse sonho contra a dor
Resgatando o passado
Desse povo vencedor
Esses reis tão sertanejos
Descendentes de valor
E a cavalgada parte
Lá de Belmonte
Prá serra do Catolé
Tão linda minha corte sertaneja
Marco forte, altaneira do sertão
Buscando na justiça igualdade
Empunhando a bandeira na coroação
Hoje o Império é a voz da razão
Onde reina a paz e a união (bis)
E é muito mais que uma paixão
Sou imperador lá do sertão
2003
ENREDO: E
onde houver trevas...Que se faça a luz
AUTOR(ES): Aluísio Machado, Arlindinho Cruz,
Maurição, Carlos
Sena, Elmo Caetano
Luz, magia
Que faz a mente do poeta delirar
Estrela guia
Faz meu Império brilhar
É bom amar (amar) e ser amado
Se dar e receber
Eu quero um mundo de inspiração
Pra clarear de vez a escuridão
Prometeu roubou do Sol o fogo
Trouxe a Luz pra iluminar o povo (bis)
O que vem do coração ô ô ô clareia
Clareia igual a Lua cheia
E a paz, desejo da Humanidade
Se faz com liberdade e igualdade
Feliz, muito feliz
"Uma criança" vai nascer
Se o homem conseguir usar a luz da razão
A Terra então vai florescer e vai
Vai meu irmão
Tens a chave do Céu
A energia no ar
Vem da ribalta da vida
Serrinha é o show nessa avenida
Uma prova de amor, perdão
Uma grande paixão, amor (bis)
A esperança é quem me conduz
Onde houver trevas que se faça a Luz
2004
ENREDO: Aquarela
Brasileira
AUTOR(ES): Silas de Oliveira
Vejam esta
maravilha
de cenário
É um episódio relicário
Que o artista num sonho genial
Escolheu para este carnaval
E o asfalto como passarela
Será a tela
Do Brasil em forma de aquarela
Passeando pelas cercanias do Amazonas
Conheci vastos seringais
No Pará, a ilha de Marajó
E a velha cabana do Timbó
Caminhando ainda um pouco mais
Deparei com lindos coqueirais
Estava no Ceará, terra de Irapoã
De Iracema e Tupã
Fiquei radiante de alegria
Quando cheguei à Bahia
Bahia de Castro Alves, do acarajé
Das noites de magia do candomblé
Depois de atravessar as matas do Ipu
Assisti em Pernambuco
À festa do frevo e do maracatu
Brasília tem o seu destaque
Na arte, na beleza e arquitetura
Feitiço de garoa pela serra
São Paulo engrandece a nossa terra
Do leste por todo o centroeste
Tudo é belo e tem lindo matiz
O Rio dos sambas e batucadas
De malandros e mulatas
De requebros febris
Brasil, essas nossas verdes matas
Cachoeiras e cascatas
De colorido sutil
E este lindo céu azul de anil
Emolduram em aquarela o meu Brasil
Lá rá rá rá rá (bis)
Lá lá lá lá iá
2005
Enredo: Um
Grito que Ecoa no Ar - Homem/Natureza, o Equilíbrio Perfeito
Compositores: Marcão, Marcelo Ramos e João Bosco
Meu grito ecoa pelo ar
Faço um alerta ao mundo
O homem com a sua ambição
Trouxe a tecnologia
Fez mal uso da razão
De mãos dadas com a ganância
Tem tudo que lhe deu o criador ôô
De graça, com amor
No seu futuro pode semear a dor
No meu verde das matas, tem magia
Equilíbrio perfeito que irradia, oi (bis)
As minhas águas cristalinas
São poluídas no seu dia-a-dia
Choro com essa tal evolução
Ressentida estou ao ver minha devastação
O homem com a sua sapiência
Transformou tudo em ciência
Maltratando a minha natureza
É muito lixo jogado aos ventos
Usou o átomo sem consciência
Causou tristeza, degradação
Coloca em risco toda a civilização
Enfim, num grande gesto de amor
Já tem gente a refletir
E por mim vive a lutar
Um fio de esperança a reluzir
Basta reciclar os seus conceitos
Na reforma ser perfeito
Produzir sem maltratar
Sou a mãe Terra
Só o seu amor vai me salvar
Clamando numa só voz, vem meu Império
A gente tem que pensar, é caso sério (bis)
Pra natureza sorrir, o homem tem que mudar
E aprender a preservar
2006
Enredo: O
Império do Divino
Compositores: Arlindo Cruz, Maurição, Carlos Sena,
Aluízio
Machado e Elmo Caetano
Cantando em forma de oração
Serrinha pede paz, felicidade
Pra nossa gente que não pára de rezar
E como tem religiosidade
Senhor, olhai por nós
Até por quem perdeu a fé
Vem, meu amor
Na festa do divino
Pagar promessa de joelho ou de pé
Hoje tem maracatu, bate tambor
Cai na folia, é festa de reis
Chão colorido (bis)
Fogaréu, semana santa
Pode chegar
Que aqui tem festa todo mês
Tem romaria lá no Juazeiro
A procissão do Círio faz chorar
Mas o Brasil é tão alegre e festeiro
É um celeiro de cultura popular
A esperança vem do índio caiapó
É louvação com muito amor no coração
Do povo negro veio todo axé
Lá do terreiro, umbanda e candomblé
Um mar de flores para Iemanjá
Água-de-cheiro, águas de Oxalá
O meu Império é raiz, herança
E tem magia pra sambar o ano inteiro
Imperiano de fé não cansa (bis)
Confia na lança do santo guerreiro
E faz a festa porque Deus é brasileiro
2007
Enredo: Ser Diferente
é Normal - o Império Serrano faz a Diferença no
Carnaval
Compositores:
Arlindo Cruz, Maurição, Aloísio Machado, Carlos
Senna e João
Bosco
Serrinha vem pedir respeito ô ô ô
Temos que olhar de outro jeito
Quem nasceu diferente
E venceu preconceito
A gente tem que admirar
Harmonizar pra ser feliz
Diferença social, pra quê?
Tá na cara que a beleza
Está nos olhos de quem vê
Romantismo irradia energia pra viver
Nesse mundo onde
tudo é relativo
Minha escola é meu motivo (bis)
Meu maior prazer
A história do samba mudou
Bateria diferente, olha o toque do agogô (bis)
O primeiro destaque e a comissão
São novidades verde e branco, meu irmão
Difícil conviver na adversidade
Com arte ser eficiente
Fazer da pintura sua liberdade
Fazer esculturas usando a paixão
Feitiço de poeta invade o coração
Divino é o poder da criação
Eu pergunto a você
Será que existe?
Limite entre a loucura e a razão
Eu quero ver
O amor florescer
Ser diferente é normal (bis)
E o Império taí
Pra levantar seu astral
Se liga no meu carnaval
2008
Enredo: Taí,
eu fiz tudo pra você gostar de mim
Compositores: Marcão, Marcelo Ramos, Vando Diniz,
Chupeta, Henrique Hoffmann, William Black, Nato e Zé Paulo
Luz
divina luz
Eu quero ouvir o seu cantar
Império Serrano é samba
É Carmem Miranda, é popular
Pequena notável, de ti eu sou fã
Oh! Deusa do balangandã
Na imensidão de um sonho
Viajei na fantasia
No rádio, no cinema, nos cassinos deu um show
A fina flor da boemia
No
tabuleiro da baiana tem!
Tem requebrado, tem quitute, tem amor (bis)
E nesta festa vou sambar também
Com pandeiros, tamborins e agogôs
Sua
voz ecoa pelo ar
Ao som de lindas marchinhas
Seu nome atravessou fronteiras
Um buquê de poesias
Se internacionalizou, samba ioiô
Fez o Tio Sam sambar samba iaiá
Estrela que brilha, tu és maravilha
Num lindo céu azul anil
A portuguesinha que virou rainha
Orgulho deste meu Brasil
Meu
Império outra vez
Vem no balanço do seu coração (bis)
Eu sou verde-e-branco com muito orgulho
Sou emoção
2009
ENREDO: Lendas
das Sereias, Mistérios do Mar
AUTOR(ES): Vicente Mattos, Dinoel e Arlindo Velloso
O mar,
misterioso
mar
Que vem do horizonte
É o berço das sereias
Lendário e fascinante
Olha o canto da sereia
Ialaô, Okê, laloá
Em noite de Lua cheia
Ouço a sereia cantar
E o luar sorrindo
Então se encanta
Com a doce melodia
Os madrigais vão despertar
Ela mora no mar
Ela brinca na areia (bis)
No balanço das ondas
A paz ela semeia
Toda a corte engalanada
Transformando o mar em flor
Vê o Império enamorado
Chegar à morada do amor
Oguntê, Marabô
Caiala e Sobá (bis)
Oloxum, Inaê
Janaína, Iemanjá
(Sou Rainha do Mar...)
2010
Enredo: João
das Ruas do Rio
Autores: Marcelo Ramos, Henrique Hoffmann, Paulinho Valença,
Willian Black e Popeye
Vou levar meu samba
por aí
Passando pelas ruas
Feliz da vida
Saindo da Misericórdia onde tudo começou
Mistura de raças, a diversidade
No Largo do paço, a primeira cidade
Um encontro com a riqueza de culturas
Julieta na janela esperando seu amor
Pelas ruas do João do Rio
Chegando ao cais a força do estivador
Vem que o Império te leva
Vem recitar poesias em canções (bis)
E nos boulevares e vielas
Vem ouvir o canto das favelas
Tem santo pra tudo
É a fé como escudo
Me amparo na lança do Santo Guerreiro
Livros e jornais, pintores geniais
Revistas, cantores e artistas
Ah! E nas ruas do Centro o Carnaval
Cordões, mais um show de alegria
Hoje flanelinhas, ambulantes camelôs
Cenário natural do dia a dia
Numa explosão de emoção
É verde-e-branco essa paixão
É um caso sério (bis)
E na Serrinha ecoa a voz de uma nação que diz:
Sou Império!
2011
Enredo: A
Benção, Vinícius
Autores: Aluisio Machado, Henrique Hoffmann, Paulinho
Valença, Popeye, Victor Silva e Zé Paulo
E por falar em saudade
onde anda você? (poeta!)
Hoje o império é seu (desperta!)
“Templários, prisioneiros da lua
Cavaleiros que servem à grande princesa”
Poema que é ponto de partida
Pra Serrinha entrar em cena
Com Vinicius nessa avenida
Em “Garota de Ipanema”, Tom Jobim
com Toquinho viajou em Itapoã
“Gente humilde” que encanta
Bossa nova de sucessos
Que o mundo inteiro canta
Caô... Meu pai Xangô
Se o canto é de Ossanha (bis)
Vou bater o meu tambor
“Lamento de Exu” que o poetinha cantou
“Cores de abril” no “rancho das flores”
“Aquarela” mais pintada do Brasil
Inspiração que nasce no sorriso de criança
No “arrastão” de esperanças eu vou
Só pra ver como é que é
Numa arca de Noé
Revelar minha maior paixão
Como Orfeu numa manhã de carnaval
“Um amor em cada coração”
Cantar! É preciso cantar!
Aplausos no seu despertar (bis)
Com a benção de pai Oxalá
Vininha... Velho, saravá!
2012
Enredo:
Dona Ivone Lara, o Enredo do meu Samba
Autores: Arlindo Cruz, Tico do Império e Arlindo Neto
Serra dos anos
dourados da nossa história
Desperta e vem cantar feliz
O jongo e o samba de raiz
No enredo desse carnaval
Que não é sonho meu, pois ela é real
Ivone Lara Iá
Quero ver quem não vai se embalar
No encanto do Tiê Oia Lá Oxá
Desfilando em verde e branco
E a sinfônica demonstra o seu amor
Batendo forte no balanço do agogô
A rainha da casa, mãe esposa de fé
Diz que o dom de compor é coisa de mulher (bis)
Com o mestre venceu o desafio ôôô
Nos cinco bailes da história do meu Rio
Dona Dama Diva...
Estrela do samba de luz radiante
Show no Opinião
Parceira de bambas, carreira brilhante
Com a liberdade num lindo alvorecer
Sonha, nossa terna mãe baiana
Seu sorriso negro não dá pra esquecer
E hoje nosso Império aclama
Dona Yvone
Lara Ia Laia (bis)
Lara Laia
Lara Laia
2013
Enredo:
Caxambu - O Milagre das Águas na Fonte do Samba
Compositores: Paulinho Valença, Henrique Hoffmann, Marcelo
Ramos,
Filipe Araújo, Popeye, Beto do Império e Airinho
Caxambu
Mata essa sede de vitória
Em tuas águas o povo da minha Serrinha
Hoje vem se banhar
Passa a pura energia
E a força que te leva para o mar
Contou a mitologia... Foi Poseidon
Que batendo seu tridente
Fez a serra borbulhar
E brotaram doze fontes de inspiração
Entre rios e cascatas
Nasceu esse lugar
Vai meu canto vai
E marca o passo da procissão (bis)
“Jonga” negro no compasso
Do congado em devoção
Glória e glamour na Era Vargas
O brilho dourado
A sorte no cassino
Paraíso abençoado
Pela fé de Nhá Chica no divino
Da milagrosa mina
A cura da princesa
O sonho da família imperial
Na fazenda da roseta a beleza
Que brota no meu Carnaval
E vem de lá o povo a cantar
Pode acreditar (bis)
A cada ano renasce na fonte do samba
Um novo Império Serrano
2014
Enredo:
Angra com os Reis
Compositores: Paulinho Valença, Henrique Hoffmann, Popeye,
Victor Alves, Filipe Araújo, Tião Pinheiro, Juliano
Centeno e
Beto do Império
Odoyá, Iemanjá!
Abençoe a nossa corte do samba (bis)
Angra é o
cenário do encontro do Reisado
Como o maior Império de bambas!
A grande festa de amor e fé vai começar
As cores cintilantes da bandeira a boa nova vem anunciar
Palhaços, Cantadores, Dançarinos, Reis Magos da Folia
A beleza das flores colorindo o chão pro Rei menino
Ofertando alegria, entoando louvores
Seguindo o cortejo, posso ouvir o toque do agogô
Emoção em verde e branco
O reizinho de Madureira chegou
Abre a roda do terreiro
Tem a batuque na festança (bis)
É o Jongo da
Serrinha
Povo “nego” e sua dança
A mão que cortava cana bate o tambor, ooo
Mãe preta benze essa “peça” aí
É filho quilombola, é negro guerreiro de Bracuí
Pela trilha do ouro, viajar
Mergulhar no paraíso da essência
A harmonia da montanha com o mar
Energia despertar, a consciência
2015
Enredo:
Poema aos Peregrinos da Fé
Compositores: Arlindo Cruz, Arlindo Neto, Lucas Donato, Alex Ribeiro,
Rogê,
Carlos Senna, Beto BR, Andinho Samara, Zé Glória, Wagner
Rogério, Chico Matos, Ronaldo Nunes e Léo Guimarães
Andar com fé eu vou
Na minha peregrinação
Vai ter muita festa, muita emoção
Além dos limites da religião
Imperiano
Sambista devoto do santo guerreiro
Passo na avenida em romaria
Buscando a vitória, levando alegria
Lá vou eu...
Vou no pau de arara, de chapéu de palha
Barriga vazia... purificação (bis)
Cheio de esperança, sai pra lá pecado
Tô de corpo e alma nesta procissão
Por todos os cantos, com todos os santos
Valei-me padim Ciço, Oxalá Nossa Senhora
Tá na hora, adorando a minha escola
Peço a Deus pra abençoar
Hoje a fantasia é o manto
Nossa sinfonia um encanto
Meu samba nunca vai morrer
E a Serrinha vem dizer
O branco é a paz e o verde é esperança
De ver o mundo só fazer o bem
Senhor rogai por nós amém
No toque do agogô
Eu vou com fé e amor (bis)
E pode acreditar
Que a fé não costuma "faiá"
2016
Enredo:
Silas Canta Serrinha
Compositores: Arlindo Cruz, Aloísio Machado, Arlindo Neto, Zé
Gloria, Andinho Samara, Ronaldo Nunes e Lucas Donato
Hoje num relicário vivo na memória
Serrinha é um encanto a tua história
Talvez a mais bela de uma favela
Pois foi assim que meus avós contaram
No meio do mato
Passava noite vinha dia...
O negro fez do morro moradia
Pedindo ao rei banto proteção, saúde...
Como nos bons tempos de além mar
Com água na cachoeira e ouvindo pássaros cantar
Quando o jongo me chamou eu louvei Maria
E no toque do tambor tem magia (bis)
Veio gente da estiva, da resistência também
Todo mundo chegou no balanço do trem
Ôô tinha samba na rua
Veio o bloco da lua
Era Carnaval!
Foi com prazer que eu desci a Serrinha
Numa noite dourada, num sonho real
Estava nascendo o Império Serrano
Reizinho do meu lugar...
Pro santo guerreiro abençoar...
Quando parti... de longe eu vi mudar
Tudo se modernizar...
É a evolução... a brisa que afaga a juventude
Com charme e negritude
Mas a arte se eternizou
Nos baluartes que mostraram o seu valor!
Meu centenário vou comemorar
Esse é o povo que me consagrou (bis)
Imperiano volte ao seu lugar: vencedor!
2017
Enredo: Meu Quintal é Maior do que o Mundo
Compositores: Lucas Donato, Tico do Gato, Andinho Samara, Victor
Rangel, Jefferson Oliveira, Ronaldo Nunes, André do Posto 7,
Vagner Silva, Vinicius Ferreira, Rafael Gigante e Totonho
Abre a janela vem ver ôô
Poesia brotar no quintal
O carnaval florescer
Menino Bernardo em meu ser
Reinvento o meu Pantanal
O som do apito a tocar anuncia a cor
Um canto verde do índio enfeitiçou
Guardando o segredo das águas
Regando o mar de Xarayés
O eldorado reina aos meus pés
O som que salta do brejo
Empresto a viola
A paz do meu lugar "aflora"
É feito um Império em procissão
Enfeito meu coração morada do meu viver
Tem casa que anda por esse chão
Bandarra é meu coração que voa no entardecer
Menino do mato o nosso verde fez o céu emocionar
E o branco então floriu meu chão
Atento a um feroz olhar
Luar... Que me traz a lembrança
Nossa Senhora é fé, esperança
De um pantaneiro a lutar
Reizinho... de tantas vitórias
Cantando eu declamo esse amor por você
Eu sou Império
Abra o meu livro pois tu sabes ler
A minha história já fala por mim
Sou resistência, orgulho sem fim (bis)
Tem poesia no ar, você já sabe quem sou
Pelo toque do agogô
2018
Enredo: O Império do Samba na Rota da China
Compositores: Tico do Gato, Chupeta, Henrique Hoffmann, Lucas Donato,
Arlindinho, Andinho Samara, Victor Rangel, Jefferson Oliveira, Ronaldo
Nunes e André do Posto 7
Nossa coroa a brilhar
A China vem festejar
E anunciar o “novo ano”
Deixa o povo cantar (bis)
Matar a saudade do Império Serrano
“Confio” no meu verde e branco a seguir
“Conceda” o caminho onde eu possa reinar
Império de tradições imponentes
Nos “oriente” a desvendar
O sábio contou, eu guardei na memória
A lenda do chá que marcou a história
Numa cidade majestosa e proibida
Ganha vida uma aquarela imperial
A dinastia registrada nos metais
Salve os ancestrais
Um legado imortal
Quando soar o gongo
Toca esse agogô (bis)
Roda a baiana, é festa, um ritual de amor
A tradição milenar aprendendo a sambar
Com o melhor professor
A sabedoria tão perfeita
Feito um oásis de invenções
O “vento” sopra ao mundo uma “colheita”
Dos “frutos” que mudaram gerações
Sua “fortaleza” é o que me faz seguir
Sou mais um guerreiro a lutar por ti
“Não desfazendo de ninguém”
Voltei ao “meu lugar”
“Serrinha custa mas vem”
Pra ficar
2019
Enredo: O que é, o que é?
Compositor: Gonzaguinha
E a vida?
E a vida o que é, diga lá meu irmão?
Ela é a batida de um coração?
Ela é uma doce ilusão? (êo)
Mas e a vida?
Ela é maravilha ou é sofrimento?
Ela é alegria ou lamento?
O que é, o que é meu irmão?
Há quem fale que a vida da gente
É um nada no mundo
É uma gota, é um tempo
Que nem dá um segundo
Há quem fale que é um divino
Mistério profundo
É o sopro do criador
Numa atitude repleta de amor
Você diz que é luta e prazer
Ele diz que a vida é viver
Ela diz que melhor é morrer
Pois amada não é
E o verbo é sofrer
Eu só sei que confio na moça
E na moça eu ponho a força da fé
Somos nós que fazemos a vida
Como der, ou puder, ou quiser
Sempre desejada
Por mais que esteja errada
Ninguém quer a morte
Só saúde e sorte
E a pergunta roda
E a cabeça agita
Fico com a pureza das respostas das crianças:
É a vida, é bonita e é bonita
Viver e não ter a vergonha de ser feliz
Cantar (e cantar, e cantar) a beleza de ser um um eterno aprendiz
(Ah meu Deus!)
Eu sei que a vida devia ser bem melhor e será (bis)
Mas isso não impede que eu repita
É bonita, é bonita e é bonita
2020
Enredo: Lugar de Mulher é onde ela Quiser!
Compositor: Aluísio Machado, Thiago Bahiano, Matheus Machado,
Rafael Prates, Luiz Henrique, Beto BR, Renan Diniz, Lucas Donato, Dudu
Senna, Carlos Sena, Deodonio Neto, Marcelo Nunes e Arlindinho
Sou a guardiã de nossa história
Sou eu, a tia, dona da memória
A negra realeza da Serrinha
Mãe preta, do jongo, rainha!
De pé descalço piso forte no terreiro
Abro a roda pra mironga de jongueiro
Evoco em versos marias guerreiras
A heroica resistência nas trincheiras!
Canto a bravura e a valentia
De mulheres que lutaram dia a dia!
Vim mostrar o meu valor!
Vovó ensinou, vovó contou
Tenho sangue de Dandara (bis)
A nobreza de Benguela!
Sou alteza da favela!
A luta não pode parar
Insistem, não vou me curvar!
"Eu quero, a bem da verdade," a tal igualdade...
"Sonho meu" que o mundo tenha mais respeito!
"Sonho meu" fazer valer nossos direitos...
Livres da mão do algoz
Ninguém vai calar nossa voz!
Quem diz que mulher não é valente?
Imperiana, presente!
Eu sou raiz, filha desse chão (bis)
Resisto a qualquer opressão!