IMPERATRIZ LEOPOLDINENSE
IMPERATRIZ
LEOPOLDINENSE
FUNDAÇÃO |
06/03/59 |
CORES |
Verde, Ouro e
Branco |
QUADRA |
Rua
Professor Lacê, 235
Ramos
21060-120
Telefones: 2560-8037 e 3593-6582 |
BARRACÃO |
Rua
Rivadávia Correa, 60
Barracão 14
Cidade do Samba - Gamboa
20220-290
Telefone: 2516-5620 |
RESULTADOS - SAMBAS-ENREDO
HISTÓRICO
Nascida no bairro de
Ramos,
subúrbio da Leopoldina, a Imperatriz Leopoldinense surgiu com o
término do Recreio de Ramos, agremiação que tinha
entre seus
componentes ninguém menos que Armando Marçal,
Pixinguinha,
Villa Lobos, Heitor dos Prazeres, Alcebides Barcelos, o Bide,
Amaury Jorio e Mano Décio da Viola. Fundada em 6 de março
de
1959 pelo farmacêutico Amaury Jorio, logo as cores verde e
branca foram escolhidas para simbolizar a escola. Seu
nome é uma
homenagem a todos os subúrbios servidos pelos trens da linha da
Leopoldina: seus fundadores, ao criarem a bandeira, fizeram
figurar nela 11 estrelas, simbolizando aqueles logradouros, sendo
que uma se destacava por representar Ramos (berço da escola).
Na época, várias propostas para a bandeira da
Imperatriz foram apresentadas. A escolhida está aí
até hoje:
uma faixa verde, outra branca e uma coroa dourada circundada por
11 estrelas, que representam os bairros do subúrbio da
Leopoldina. Na parte superior da bandeira há uma estrela maior
que representa o bairro de Ramos, local da fundação e
sede da
escola.
Seus formidáveis
sambistas inovaram, fundando o primeiro
departamento cultural em escola de samba, tirando da literatura e
arte modernas os temas para os enredos.
As
cores de sua bandeira - verde e branco - remetem àquelas
de sua madrinha, o Império Serrano, naturalmente de nobre
estirpe. Seu nome nobiliárquico parece ter sido curiosamente
inspirado no da loja de tecidos - Imperatriz das Sedas -
existente próximo à estação de Ramos.
Aliás, a quadra de
ensaios da Imperatriz é especialmente bem localizada no que diz
despeito à vizinhança essencialmente residencial e de
muito
fácil acesso, a dois quarteirões da estação
de Ramos e pouco
mais de 15Km do centro da cidade. Hoje, em seus desfiles
denota-se a performance da comissão de frente, do casal de
mestre-sala e parta-bandeira, da ala de baianas e da bateria. As
baianas são tetra-campeãs do Estandarte de Ouro.
No
que se refere à comissão de frente, a Imperatriz sempre
sobressaiu-se: nos anos 70 por perfilar mulatas esculturais,
vestidas de acordo com o enredo; nos anos 80 por ser composta,
com garbo e elegância, por bambas do samba e do futebol e, na
década atual, pela coreografia dramatizando o enredo executada
por jovem de sua comunidade. Resultado: Há praticamente
três
décadas recebe pontuação máxima e aplausos
calorosos do
público e da crítica.
Mas
nada emociona mais que a dança harmoniosa, sincronizada e
efervescente do par que conduz a bandeira da escola - Maria
Helena e Chiquinho, mãe e filho, atualmente os mais famosos e
respeitados, especialmente por sua fidelidade à Imperatriz,
coisa extinta em nossos dias, exceção à regra.
No segundo ano em que desfilou, em 1961, a
Imperatriz conseguiu o título do Grupo 3, subindo para o Grupo
2. Um fato
inusitado aconteceu com a agremiação no desfile do
carnaval de 1965. Apesar de se exibir sem o mestre-sala e a
porta-bandeira, e sem alegorias, os jurados deram notas ao casal,
respectivamente: mestre-sala, 6 e porta-bandeira, 8. O fato
causou grande confusão durante a apuração.
Durante vários anos a Imperatriz oscilou entre
os Grupos 1 e 2, sem grande destaque, até que, em 1980,
conquistou seu primeiro campeonato no grupo especial, empatada
com Portela e Beija-Flor, com o enredo "O que é que a Bahia
tem?". Nesta época, a escola já contava com o apoio
financeiro do bicheiro Luizinho Drummond, patrono da escola, que
contratou o carnavalesco Arlindo Rodrigues, responsável pelo
primeiro título e pela inserção da Imperatriz
entre as grandes
do carnaval carioca.
No
ano seguinte veio o bicampeonato, com o
enredo "O teu cabelo não nega". Outro campeonato
importante foi o de 1989, quando o samba "Liberdade,
liberdade, abre as asas sobre nós", de Niltinho Tristeza,
Preto Jóia, Vicentinho e Jurandir, conquistou um lugar entre os
clássicos do gênero, sendo lembrado até hoje. Mas
foi na
década de 90 e nos primeiros carnavais do século 21 que a
Imperatriz se tornou o grande bicho-papão do carnaval carioca.
Nas mãos da carnavalesca Rosa Magalhães, ela conquistou
os
campeonatos de 94, 95, 99, 2000 e 2001 (neste último, ganhando notas 10 de todos os jurados), e ainda dois
vice-campeonatos, em 93 e 96. A sequência de títulos
incomodou
muita gente, e angariou antipatias ao estilo extremamente
técnico da escola em suas apresentações, que
ganharam a
injusta fama de frios. As duas nonas colocações seguidas
em
2006 e 2007 chegaram a colocar em xeque a reputação de
Rosa
Magalhães e da própria escola, mas a Imperatriz retornou
ao
Sábado das Campeãs com a sexta posição de
2008.
Em
2009, a escola se auto-homenageou com os 50 anos da
agremiação, mas não passou de uma sétima
colocação. Rosa Magalhães deixou a Imperatriz
após 17 anos consecutivos no comando do barracão da
escola. No carnaval 2010, nem o belíssimo samba e os retornos de
Max Lopes e Dominguinhos do Estácio foram suficientes para
evitar a modesta oitava posição. Em 2011, a Imperatriz
retornou ao Desfile das Campeãs com o sexto lugar. No entanto,
os gresilenses amargaram em 2012 sua pior colocação desde
1988: um modestíssimo décimo lugar. De 2013 a 2016 a
agremiação se classificou para o desfile de
sábado, não obtendo o mesmo êxito em 2017 e 2018.
Uma sucessão de erros e acomodação fariam com que
a Imperatriz Leopoldinense sofresse seu primeiro rebaixamento em 42
anos no Carnaval de 2019. O enredo "Me Dá um Dinheiro
aí". proporcionou um fraco desfile, que fez a escola encerrar a
apuração em penúltimo lugar. Uma polêmica
plenária na LIESA meses depois chegou a aceitar a virada de
mesa, mas a ameaça de renúncia do presidente da Liga
Jorge Castanheira, além das críticas da opinião
pública e as mudanças de posições de
algumas coirmãs em nova reunião na sede da LIESA,
homologaram o descenso gresilense.
Para
a disputa da Série A, a Imperatriz acertou a
contratação do badalado carnavalesco mangueirense Leandro
Vieira, que desenvolveu a reedição do samba-enredo de
1981 "Só dá Lálá". No Grupo de Acesso, os
leopoldinenses sobraram com relação às demais
escolas do grupo e receberam notas 10 de todos os julgadores (repetindo
2001), vencendo a Série A 2020 com folga. Para o regresso ao
Grupo Especial em 2021, a Imperatriz contará com a volta de Rosa
Magalhães, símbolo das vitórias e da melhor fase
da escola.
RESULTADOS DOS DESFILES
1960 - 6ª no Grupo 3
Homenagem à Academia Brasileira de
Letras
Amaury Jório, Oswaldo Gomes Pereira e
Leonam Martins
1961 - 1ª no Grupo 3
Riquezas e Maravilhas do Brasil
Amaury Jório
1962 - 5ª no Grupo 2
Rio no século XVIII, Apoteose a Carlos
Gomes de Andrade, o Conde de Bobadela
Amaury Jório
1963 - 3ª no Grupo 2
As Três Capitais
Amaury Jório e Maurílio Silva
1964 - 2ª no Grupo 2
A Favorita do Imperador, Marquesa de
Santos
Armando Iglesias, Antônio Carbonelli e
Paulo dos Santos Freitas
1965 - 10ª no Grupo 1
Homenagem ao Brasil no IV Centenário do
Rio de Janeiro
Armando Iglesias, Antônio Carbonelli e
Paulo dos Santos Freitas
1966 - 2ª no Grupo 2
Monarquia e Esplendor da História
Armando Iglesias, Antônio Carbonelli,
Paulo Freitas e Walter Pinto da Silva
1967 - 9ª no Grupo 1
A Vida Poética de Olavo Bilac
Júlio Matos e Ary Reis
1968 - 2ª no Grupo 2
Bahia em Festa
Departamento Cultural e de Carnaval
1969 - 8ª no Grupo 1
Brasil, Flor Amorosa de Três Raças
Departamento Cultural e de Carnaval
1970 - 6ª no Grupo 1
Oropa, França e Bahia
Departamento Cultural e de Carnaval
1971 - 7ª no Grupo 1
Barra de Ouro, Barra de Rio, Barra de
Saia
Departamento Cultural e de Carnaval
1972 - 4ª no Grupo 1
Martim Cererê
Departamento Cultural e de Carnaval
1973 - 5ª no Grupo 1
ABC do Carnaval à Maneira da Literatura
de Cordel
Departamento Cultural e de Carnaval
1974 - 6ª no Grupo 1
Réquiem por um Sambista, Silas de
Oliveira
Departamento Cultural e de Carnaval
1975 - 8ª no Grupo 1
A Morte da Porta-Estandarte
Departamento Cultural e de Carnaval
1976 - 8ª no Grupo 1
Por Mares Nunca Dantes Navegados
Edson Machado
1977 - 9ª no Grupo 1
Viagens Fantásticas às Terras de
Ibirapiranga
Max Lopes
1978 - 2ª no Grupo 2
Vamos Brincar de ser Criança
Max Lopes
1979 - 7ª no Grupo 1A
Oxumaré, A Lenda do Arco-íris
Mário Barcellos
1980 - 1ª no Grupo 1A
O Que é Que a Bahia Tem
Arlindo Rodrigues
1981 - 1ª no Grupo 1A
O Teu Cabelo não Nega (Só dá Lálá)
Arlindo Rodrigues
1982 - 3ª no Grupo 1A
Onde canta o Sabiá
Arlindo Rodrigues
1983 - 4ª no Grupo 1A
O Rei da Costa do Marfim visita Chica da
Silva em Diamantina
Arlindo Rodrigues
1984 - 4ª no Grupo 1A
Alô Mamãe
Rosa Magalhães e Lícia Lacerda
1985 - 8ª no Grupo 1A
Adolã, a Cidade Mistério
João Felício dos Santos e
José Félix
1986 - 8ª no Grupo 1A
Um Jeito pra Ninguém Botar Defeito -
Agüenta Coração
Fernando Alvarez
1987 - 6ª no Grupo 1
Estrela Dalva - Homenagem a Dalva de
Oliveira
Arlindo Rodrigues
1988 - 14ª no Grupo 1
Conta Outra que Essa foi Boa
Luiz Fernando Reis
1989 - 1ª no Grupo 1
Liberdade, Liberdade, Abre as Asas sobre
Nós
Max Lopes
1990 - 4ª no Grupo Especial
Terra Brasilis, O Que Se Plantou Deu
Max Lopes
1991 - 3ª no Grupo Especial
O que é Que a Banana Tem ?
Viriato Ferreira
1992 - 3ª no Grupo Especial
Não existe pecado do lado de baixo do
Equador
Rosa Magalhães
1993 - 2ª no Grupo Especial
Marquês que é Marquês do
Sassarico é
Freguês
Rosa Magalhães
1994 - 1ª no Grupo Especial
Catarina de Médicis na Corte dos
Tupinambôs e Tabajeres
Rosa Magalhães
1995 - 1ª no Grupo Especial
Mais Vale um Jegue que me Carregue, que
um Camelo que me Derrube lá no Ceará
Rosa Magalhães
1996 - 2ª no Grupo Especial
Imperatriz Leopoldinense Honrosamente
Apresenta "Leopoldina, a Imperatriz do Brasil"
Rosa Magalhães
1997 - 6ª no Grupo Especial
Eu Sou da Lira, não Posso Negar
Rosa Magalhães
1998 - 3ª no Grupo Especial
Quase no Ano 2000...
Rosa Magalhães
1999 - 1ª no Grupo Especial
Brasil Mostra a sua Cara em... Theatrum
Rerum Naturalium Brasiliae
Rosa Magalhães
2000 - 1ª no Grupo Especial
Quem descobriu o Brasil, foi Seu Cabral,
no dia 22 de Abril, Dois Meses depois do Carnaval
Rosa Magalhães
2001 - 1ª no Grupo Especial
Cana-Caiana, Cana Roxa, Cana Fita, Cana
Preta, Amarela, Pernambuco... Quero vê Descê o Suco, na
Pancada
do Ganzá
Rosa Magalhães
2002 - 3ª no Grupo Especial
Goitacazes... Tupi or not Tupi in a South
American Way
Rosa Magalhães
2003 - 4ª no Grupo Especial
Nem Todo Pirata tem Perna de Pau, o Olho
de Vidro e a Cara de Mau
Rosa Magalhães
2004 - 5ª no Grupo Especial
Breazail
Rosa Magalhães
2005 - 4ª no Grupo Especial
Uma Delirante Confusão
Fabulística
Rosa Magalhães
2006 - 9ª no Grupo Especial
Um Por Todos e Todos Por Um...
Rosa Magalhães
2007 - 9ª no Grupo Especial
Teresinha, uhuuuu! Vocês querem Bacalhau?
Rosa Magalhães
2008 - 6ª no Grupo Especial
João e Marias
Rosa Magalhães
2
2009 - 7ª no Grupo Especial
Imperatriz... Só quer Mostrar que faz Samba Também
Rosa Magalhães
.
2010 - 8ª no Grupo Especial
Brasil de Todos os Deuses
Max Lopes
.
2011 - 6ª no Grupo
Especial
Imperatriz Adverte: Sambar faz bem à Saúde!
Max Lopes
.
2012 - 10ª no Grupo
Especial
Jorge, Amado Jorge
Max Lopes
.
2013 - 4ª no Grupo
Especial
Pará - O Muiraquitã do Brasil - Sob a nudez forte da
verdade, o manto diáfano da fantasia
Cahê Rodrigues, Mário Monteiro e Kaká Monteiro
.
2014 - 5ª no Grupo
Especial
Arthur X - O reino do Galinho de Ouro na corte da Imperatriz
Cahê Rodrigues
.
2015 - 6ª no Grupo
Especial
Axé Nkenda – Um ritual de liberdade – E que voz da
liberdade seja sempre a nossa voz
Cahê Rodrigues
.
2016 - 6ª no Grupo
Especial
"É o amor, que mexe com a minha cabeça e me deixa assim". Do sonho de um caipira, nascem os filhos do Brasil
Cahê Rodrigues
.
2017 - 7ª no Grupo
Especial
Xingu, o clamor que vem da floresta!
Cahê Rodrigues
.
2018 - 8ª no Grupo
Especial
Uma Noite Real no Museu Nacional
Cahê Rodrigues
.
2019 - 13ª no Grupo
Especial
Me dá um Dinheiro aí
Kaká Monteiro e Mário Monteiro
.
2020 - 1ª na Série A
Só dá Lá Lá
Leandro Vieira
SAMBAS-ENREDO
1960
ENREDO: Homenagem à
Academia Brasileira de Letras
AUTOR(ES): Raymundo dos Santos Martins
Folheando o livro da nossa história
Encontramos glórias e mais glórias
Na vida dos expoentes da literatura da nossa nação
Que deixaram suas belas obras culturais
Para o orgulho da nossa geração
Não
esquecemos
jamais
Elevando nossas vozes neste samba aos imortais (bis)
Jornalistas,
juristas e cientistas
Consagraram o notável estilista
Ao fundarem a Academia num momento feliz
Para presidente elegeram Machado de Assis
Suas penas foram armas que tiveram glórias mil
Elevando no cenário do mundo o nome Brasil
1961
ENREDO: Riquezas
e maravilhas do Brasil
AUTOR(ES): Raymundo dos Santos Martins
Brasil
É impossível calcular as tuas riquezas
Teu clima é sem igual
A tua agricultura a todos causam espanto e exaltação
Borracha, cacau, café, cana de açúcar e
algodão
Em teu subsolo preciosos metais
Tens em grande quantidades
Ouro em abundância, manganês e carvão
Petróleo
que jorra
por todos os recantos
Vitalizando o teu coração (bis)
Tens imensas
reservas florestais
As tuas quedas de água
São mesmo colossais
É tua a maior flor do universo
A linda Vitória-Régia
Que é um grande sucesso
E os heróicos garimpeiros
Que retiraram do fundo dos rios
As preciosidades
E a tua imponente arquitetura
Que hoje o mundo inteiro
Rende grandes homenagens
Gigante Brasil
Gigante Brasil (bis)
Laiá la, la, laiá
Oh! meu Brasil
1962
ENREDO: Rio
no século XVIII
AUTOR(ES): Raymundo dos Santos Martins
Quando o povo
é
agradecido
Não esquecendo os grandes vultos da nossa história
No século XVIII nós tivemos
Um extraordinário governador
Que ampliou a civilização do nosso país
Quando a capitania do Rio de Janeiro governou
Seus feitos foram tão agigantados
Que relendo o seu passado ficamos emocionados
Por isso
prestamos
nossa homenagens
A quem tanto realizou, ficando na posteridade (bis)
Nos tempos do
Brasil
colonial
Na Antigüidade de duzentos anos atrás
Veio dirigir esta beldade
O magistral remodelador da nossa formosa cidade
O eminente Gomes Freire de Andrada
Foi excelente sua administração
Logo pôs em evidência o plano de urbanização
E a primeira tipografia existente no Brasil
Arcos da Carioca, Chafariz do Largo do Paço
Convento de Santa Teresa e a Fortaleza da Conceição
E a Casa dos Governadores, maravilhoso palácio real e imperial
Hoje Correios e Telégrafos Praça XV
Servindo a coletividade
Lá ao
Conde de
Bobadela viemos homenagear (bis)
1963
ENREDO: Três
capitais
AUTOR(ES): Maurílio da Penha Aparecida e Silva [Bidi]
Lá,
laiá, lá.
laiá... Brasil (bis)
Brasil
Meu Brasil retumbante
Um passado brilhante
Resplandece em teus anais
Tomé de Souza foi o fundador
Da cidade de São Salvador
A primeira das três capitais
214 anos então se passaram
E pouco favoreceram
Ao sistema econômico nacional
Sabiamente Dom
José
I
Ordenou ao Marquês de Pombal (bis)
Que transferisse
Para o Rio de Janeiro a capital
Continuando o
ciclo
do vice-reinado
O nobre Conde da Cunha foi nomeado
Verdadeira epopéia de fatos a história registrou
Até que o presidente Juscelino Kubitschek inaugurou
Brasília no planalto de Goiás
Suprema capital das capitais
Monumento
sublime da
arquitetura universal
Lá, laiá, lá, laiá (bis)
Colossal
1964
ENREDO: Favorita
do Imperador
AUTOR(ES): Maurílio da Penha Aparecida e Silva [Bidi]
Nos
salões (em
plenos salões)
Imperiais (imperiais)
Domitila de Castro Canto e Melo
Consolidou seus ideais
Em São Paulo numa festa exuberante
Conheceu o triunfante Imperador
Dom Pedro I, que a fez favorita do seu nobre amor
E como se não bastasse
Para fazê-la feliz
Nomeou-a primeira dama da Imperatriz
E, logo
após,
Viscondessa de Santos (bis)
Engalanando a corte com os seus encantos
Domitila
alcançou o
pedestal da nobreza
Recebendo o pergaminho
Que a tornava marquesa
Fez vibrar a corte com um baile colossal
Valsando radiante
Com sua majestade Imperial
Lá,
laíá,
laiá...
A bela Titila
foi
glorificada
Num suntuoso beija-mão
Onde esteve sentada
Ao lado do
soberano
Que solenemente quis (bis)
Dar-lhe a glória de alguns momentos
Como Imperatriz
1965
ENREDO: Homenagem
ao Brasil no IV Centenário do Rio de Janeiro
AUTOR(ES): Mathias de Freitas
O Brasil inteiro
Vem homenagear
O Rio de Janeiro
Nessa passagem
secular
Na qual exaltamos o teu aniversário (bis)
Desde a sua
fundação
Tens um predomínio de raro esplendor
Rio, gigantesco palco pátrio
Filho pródigo deste Brasil sedutor
Estácio de Sá foi o seu fundador
E demonstrando o progresso
Brasil colonial se transformou
Brasil reino de Portugal, Brasil Imperial
Brasil República
Rio, Cidade-Estado da Guanabara
Privilegiado ao magnetizar
Esta que engalana
De um modo varonil
Rio de Janeiro, coração do Brasil
Rio de belezas naturais
A data que comemoras
Da qual és soberano e legendário
Rio de Janeiro no teu quarto centenário
La, laiá
la, ia
La, ra, ra, ra, la, la, Ia
Laiá la, Ia...
1966
ENREDO: Monarquia
e esplendor da História
AUTOR(ES): Mathias de Freitas
Vamos mostrar em
fantasia
O esplendor da monarquia neste carnaval
Onde exaltamos a sua história
Seu passado de gloria
Deslumbrante e tradicional
Na vinda de Lisboa para o Brasil
Da Família Real
Dom João, o príncipe regente
Trazia consigo a semente
Do progresso cultural
Influenciado pela virgem terra
Promoveu o desenvolvimento excepcional
Brasil reino se transformava
Dom João se coroava rei de Portugal
Lá,
lá, lá,
lá...
Lá, lá, lá, lá...
Dom Pedro II
Governante de rara cultura
Verdadeiro amante da arte
Protetor da literatura
Seus feitos foram de glórias
Enaltecendo as páginas da nossa história
E não podemos deixar de exaltar
A redentora Princesa Isabel
Com o seu gesto nobre e varonil
Aboliu a escravidão
do nosso querido Brasil
Lá,
lá, lá, lá,
laiá
Lá, lá, lá, lá, laiá
1967
ENREDO: Vida
poética de Olavo Bilac
AUTOR(ES): Maurílio da Penha Aparecida e Silva [Bidi]
Olavo Bilac
Orgulho do Rio de Janeiro
Tem seu nome escrito com destaque
No plantel literário brasileiro
Sua vida gloriosa cheia de inspirações
Deu-lhe a possibilidade airosa
Ao escrever Villa-Rica as Quatro Estações
O Crepúsculo dos Deuses
Delenga Cartago
Caçador de Esmeraldas
São páginas divinais
Que os tempos não apagarão jamais
Em Poética obsessão
O grande sonhador
Inspirado nas estrelas
Compôs para elas com sublimidade
Seus versos de amor
Quem não se lembra da história de ouvir estrelas
Ora (direis), ouvir estrelas
Monumental é sua obra altaneira
Que é sempre lembrada em supremo louvor
À Bandeira Brasileira
1968
ENREDO: Bahia
em festa
AUTOR(ES): Maurílio da Penha Aparecida e Silva [Bidi]
Bahia,
relicário do
folclore nacional
Bahia, foste privilegiada
Recebeste engalanada
O príncipe Dom João, com a corte real
No seio desta nobreza
Pontilhada de beleza
Ornada de flores e cetim
Surgiu a reguingada romaria
Em louvor ao Senhor do Bonfim
Bahia, que embalou
O sono de um Brasil infante
Da senzala ao
salão
mais elegante
Vibrando de alegria, sinto-me orgulhoso (bis)
Em te exaltar Bahia
Nas tuas feiras
os
famosos capoeiras
Ao som do pandeiro e do berimbau
Demonstram dançando e cantando
Que és de fato original
Beribá
é pau,
beribá é pau
Beribá é pau, de fazer berimbau (bis)
O ritual em
homenagem a Iemanjá
Tem Iaô, tem Alabé, tem Ijexá
E pescadores que acompanham a procissão
Ornamentada com um grande arrastão
Agradecem as dádivas do céu
E proteção para a puxada do xaréu
Iemanjá
Sobá, mora
no Aiê-o
Iemanjá Camarô, mora no Aiê-o (bis)
1969
ENREDO: Brasil,
flor amorosa de três raças
AUTOR(ES): Mathias de Freitas e Carlinhos Sideral
Vejam de um
poema
deslumbrante
Germinam fatos marcantes
Deste maravilhoso Brasil
Que a lusa prece descobria
Botão em flor crescendo um dia
Nesta mistura tão sutil
E assim, na corte os nossos ancestrais
Trescalam doces madrigais
De um verde ninho na floresta
Ouçam na voz de um pássaro cantor
Um canto índio de amor
Em bodas perfumando a festa
Venham ver o sol
dourar de novo esta flor
Sonora tradição de um povo (bis)
Samba de raro esplendor
Vejam o luxo que
tem
a mulata
Pisando brilhante, ouro e prata, a domingar
Ouçam o trio guerreiro das matas
Ecoando nas cascatas a desafiar
Ó meu Brasil, berço de uma nova era
Onde o pescador espera
Proteção de Iemanjá, rainha do mar
E na cadência febril das moendas
Batuque que vem das fazendas
Eis a lição
Dos garimpos aos canaviais
Somos todos sempre iguais
Nesta miscigenação
Ó meu
Brasil
Flor amorosa de três raças (bis)
És tão sublime quando passas
Na mais perfeita integração
1970
ENREDO: 1922,
Oropa, França e Bahia
AUTOR(ES): Mathias de Freitas e Carlinhos Sideral
Na alvorada de
glória
Da literatura brasileira
Quando um marco transformou a velha história
Da arte numa nova fronteira
Dentro da Semana Modernista
Criou a Independência Cultural
Deu plena liberdade ao artista
Desprezando a tradição
Neste verso original
O rei mandou me
chamar
Pra casar com sua fia (bis)
O dote que ele me dava
Oropa, França e Bahia
Vibrante, surgiu
da
lenda um bandeirante
Sob a luz dos pirilampos
Perdidos nos campos
A procura do mar
Sem saber voltar, sem saber voltar
Macunaíma, negro sonso, feiticeiro
Cobra Norato e a rainha Luzia
São personagens do cenário brasileiro
Como a mulata, o café e o vatapá
No Carnaval, o Arlequim e a Colombina
Linda menina, amada pelo Pierrô
Parece o lamento
da
prece
A voz derradeira da porta-bandeira (bis)
Morrendo de amor
É tempo
de amar o
que se amou
Ô ô ô ô ô ô ô ô
ô...
1971
ENREDO: Barra
de ouro, barra de rio, barra de saia
AUTOR(ES): Niltinho e Zé Catimba
É tempo de barra de ouro
Barra de rio, sim, senhor (bis)
E tempo de barra de saia
União de três raças por amor
(Vamos cantar...)
A Imperatriz se engalana
Por destino soberana
E traz pra este carnaval
Fatos de uma era tão marcante
Em que o ouro era constante
Despertando a cobiça universal
Quando aventureiros vindos de além-mar
Com o ouro encontrado procuravam conquistar
Os amores das nossas negras, mulatas e sinhás
E nas barras de suas saias, entoavam madrigais
Sem saber amar
Inaê que vem do tempo
Que traz o vento (bis)
Que faz o ouro rolar no rio
Que faz o rio rolar pro mar, rolar pro mar
Olha a saia dela, Inaê
Como o vento leva no ar (bis)
Lá, laiá, laiá
Ôôô
Lá, laiá, laiá
Ouro, rio, amor
1972
ENREDO: Martim
Cererê
AUTOR(ES): Zé Catimba e Gibi
Vem cá, Brasil
Deixa eu ler a sua mão, menino
Que grande destino
Reservaram pra você
Lá lá lá lá lauê
Fala Martim Cererê (bis)
Tudo era dia
O índio deu a terra grande
O negro trouxe a noite na cor
O branco a galhardia
E todos traziam amor
Tinham encontro marcado
Pra fazer uma nação
E o Brasil cresceu tanto
Que virou interjeição
Lá lá lá lá lauê
Fala Martim Cererê (bis)
Gigante pra frente a evoluir (laiá laiá)
Milhões de gigantes a construir (laiá laiá
laiá) (bis)
1973
ENREDO: ABC
do Carnaval à maneira da literatura de cordel
AUTOR(ES): Nelson Lima e Gilson Russo da Silva (Caxambú)
Carnaval
Festa tradicional
Alegria do povo
Euforia geral
Zé Pereira boi bumbá
O abre ala que eu quero passar (bis)
Cantarolando na feira
Assim dizia
O cantador
Seus versos eram tão lindos
Cheios de poesia e esplendor
O folclore brasileiro
Com a sua história original
Deu um belo colorido
Ao cenário cultural
Serra velha
Serra serrador (bis)
Esta velha deu na neta
Por ter falado em amor Carnaval
1974
ENREDO: Requiém
por um sambista - Silas de Oliveira
AUTOR(ES): Cosme, Damião e Guga
Recordar é viver
Imperatriz não podia esquecer
Senhor, iluminai a minha mente
Prestando esta homenagem (bis)
Ao mestre Silas ausente
Quando o dia raiava
Alegremente cantava
Oh, minha romântica
Senhora tentação
Carnaval, doce ilusão
Oh, como é tão sublime
Exaltar o poeta criador
Vou pegar na viola
Vou cantar o samba (bis)
Rendendo esta homenagem
Ao mestre Silas bamba
Salve o Carnaval
Viva a brincadeira
Nosso enredo este ano
É sobre Silas de Oliveira
Ô lê lê ... ô lá lá
Até hoje temos saudade (bis)
Do sambista popular
1975
ENREDO: A
morte da porta-estandarte
AUTOR(ES): Walter da Imperatriz, Nelson Lima, Caxambu e Denir
Para que chorar
É tempo de samba com empolgação
Vamos recordar Rosinha
Encantando a multidão
Mulata brejeira
Seu nome uma flor
Empunhava o estandarte
Do bloco Lira do Amor
Era Carnaval (era Carnaval)
A Praça Onze estava em festa
Cantos e toques de clarins
Pandeiros, surdos e tamborins
Lá vem o bloco
E o povo a gritar (bis)
Abram alas minha gente
Deixem a Rosinha passar
No auge da folia
Uma alma em alucinação
"A morte da porta-estandarte"
E o negro sambista pedindo perdão
Ôô ôô
Ao longe um cantar dolente (bis)
Levanta Rosinha, vem sambar
Ela já não está presente
1976
ENREDO: Por
mares nunca dantes navegados
AUTOR(ES): Gigi, Sereno e Guga
Eu vi mundos
Nunca vistos nem sonhados (bis)
Andei mares
Nunca dantes navegados
A historia traz
Feitos singulares
Do heroísmo e da fé
De outros mares
De outras terras
Iluminaram poemas (bis)
E a nossa historia encerra
Ao sabor das ondas vêm as naus
A branca espuma cortando
E chego afinal
À ilha verde sem fim
Onde num belo dia
A saudade se fez bonança
Ao chegar na terra da esperança (bis)
Fundaram cidades
Cruzaram raças
Tornaram sonhos em realidades
Tantos heróis
Tanta grandeza
A nossa historia
Oh, que beleza
Nasceste grande, oh meu país
És soberano de um povo feliz (bis)
1977
ENREDO: Viagem
fantástica às terras da Ibirapitanga
AUTOR(ES): Walter da Imperatriz, Carlinhos Madrugada e Nelson
Lima
Partiram caravelas de Portugal
Em busca de riquezas
Das terras descobertas por Cabral
Seguindo, por caminhos verdejantes
Chegam às terras dos Incas
Uma paisagem colossal
"Guaynapac" era seu rei
Filho do Sol Coroado
Era só de ouro e prata
Seu palácio encantado
Iludida e expedição
De um tesouro tão sonhado
Alcança a montanha de vidro
E surge o país namorado
Ibirapitanga que esplendor
Mulheres guerreiras em orgia
Borboletas em cores e a Iara
Deusa de encantos e magia
Descem o rio Amazonas
Despontam no Eldorado
Que tinha um rei todo em ouro
Poderoso, estimado
Chegam à foz os navegantes
A pororoca, beleza sem igual
Vibram com tanta riqueza
De um fato marcante
"O desbravamento nacional"
1978
ENREDO:
Vamos brincar de ser criança
AUTOR(ES): Guga, Tuninho, Aranha, Zé Catimba e Sereno
Sinto um cheiro
de
doce no ar
Tia preta na cozinha (bis)
Faz a festa começar
Pegue sua
bonequinha
Vou pegar o meu pião
O compasso desta roda
Bate no meu coração
Rema, rema, remador
Ê, ê, ô (bis)
Bambolê, bamboleou
Vejo o mundo em fantasia
Passo horas de alegria
Solto esperança no ar
Meus amigos encantados
Um sorriso apaixonado
Minha vida em cada olhar
Lá,
laiá
Lá, laiá (bis)
Sou criança, sou folia
Sou vontade de brincar
(Eu sinto...)
1979
ENREDO: Oxumaré
- A lenda do arco-íris
AUTOR(ES): Gibi, Darcy do Nascimento e Dominguinhos do Estácio
O arco-íris
Colorindo a passarela
Para Oxumaré passar
Os orixás estão em festa
Oi deixa a gira girar
Bata palma mãe pequena
Batam palmas Iaôs (bis)
Firma ponto meu Ogan
No rufar do seu tambor
Olha lá o arco-íris
Fazendo a natureza chorar
Menino vira menina
Quando por baixo passar
Diz a crendice popular
O rei ficou ciente
De tudo que aconteceu
Porque foi que os rios secaram
E o céu escureceu
E os negros africanos
Com a sua tradição
Quando vêem o arco-íris
Fazem esta louvação
Arrobóboia, oxumarê
Arrobóboia, oxumarê
Arrobóboia, oxumarê, oxumarê
1980
ENREDO: O
que que a Bahia tem
AUTOR(ES): Darcy do Nascimento e Dominguinhos do Estácio
Reluzente como a luz do dia
Bela e formosa como as ondas do mar
Encantadora e feliz
Chega a Imperatriz
Fazendo o povo vibrar
Ê Bahia
Vou cantá-la nos meus versos (vou cantar)
Teu passado glorioso
Teu presente já famoso
E o futuro Deus dirá
Pega na barra da saia
Vamos rodar
Lá, laiá, lá, laiá, lá, laiá
Lá, laiá, lá, laiá, laiá
(Ê Bahia...)
Bahia terra da magia
Da feitiçaria e do candomblé
Caô, meu pai Caô
Caô, meu pai Xangô (bis)
Que coisa linda ver
O ritual do lava-pés
A lavagem do átrio e as catedrais
E o pregoeiro a dizer
Quem vai querer
Quem vai querer (bis)
Fubá de castanha
Pé-de-moleque, dendê
1981
ENREDO: O
teu cabelo não nega (Só dá Lalá)
AUTOR(ES): Gibi, Serjão e Zé Catimba
Neste palco iluminado
Só dá lalá
És presente imortal
Só dá lalá (bis)
Nossa escola se encanta
O povão se agiganta
É dono do carnaval
Lá lá lalá Lamartine
Lá lá lalá Lamartine
Em teu cabelo não nega
Um grande amor se apega
Musa divinal
Eu vou embora
Vou no trem da alegria (bis)
Ser feliz um dia
Todo dia é dia
Linda morena
Com serpentinas enrolando foliões
Dominós e colombinas
Envolvendo corações
Quem dera
Que a vida fosse assim
Sonhar, sorrir
Cantar, sambar
E nunca mais ter fim
1982
ENREDO: Onde
canta o sabiá
AUTOR(ES): Tuninho, Dominguinhos e Darcy
Caminhando
Um canto se ouve no ar
Vem da terra
Vem do meu cantar
Dança quem dança
Dança quem não dançou (bis)
Neste samba envolvente
Nossa gente chegou
O show da natureza
Esculturando a razão
Um toque de beleza
Batendo forte em meu coração
Do céu, à Terra, a lua
Iluminando a imensidão
Dos nossos rios e matas
Chuês de cascata
Riquezas do chão
Chove chuva
Chove sem parar
Assim canta o sertanejo (bis)
Nessa terra onde ecoa
O som do sabiá
No povo, a busca incessante
De um momento feliz
A Imperatriz em festa
Hoje aqui se manifesta
No palco da raiz
1983
ENREDO: O
rei da Costa do Marfim visita Xica da Silva em Diamantina
AUTOR(ES): Matias de Freitas, Carlinhos Boemia e Nelson Lima
As festas "da Chica que manda"
Deslumbravam a sociedade do local
Diamantina era uma flor
De amor sem preconceito ou ritual
No castelo da palha
Dava gosto de se ver
Aquela que já foi escrava
Demonstrava o valor do poder
O amor lhe deu tesouros
Que vivia pra gastar (bis)
Dos gemidos da senzala
Nem queria recordar
Esta negra caprichosa
Convidou o rei da Costa do Marfim
E o recebeu de forma suntuosa
Que a festa parecia não ter fim
A nobreza esqueceu os preconceitos
Irmanada com o povo festejou
Parecia que a liberdade sonhada
Se fez convidada e se apresentou
Só Minas Gerais, só Minas Gerais
Poderia ser o palco desta história
Que gravei na memória (bis)
E o tempo não desfaz
1984
ENREDO: Alô,
mamãe
AUTOR(ES): Velha, Guga, Tuninho e Alvinho
Nem pensar
Que hoje vai ser o dia
De cantar, sorrir
Alô mamãe, como eu queria
Tentar mais uma vez
Mostrar o Carnaval ao povo
Ir pra avenida
A Imperatriz de novo
Lá vou eu
Vou pulando sem parar
Na esperança
De um dia melhorar
Vendi, juntei
Pedi, lutei (bis)
E o que rendeu
Pacotão comeu
O resto que se
exploda
A verdade dói
Toda noite um vampiro
Leva a grana e me destrói
Onde a coisa vai parar
Que abacaxi
Já tô de tanga
Coisa igual eu nunca vi
Alô, mamãe
Assim não agüento (bis)
Almoçar pirão de areia
E jantar sopa de vento
1985
ENREDO: Adolã
- A cidade mistério
AUTOR(ES): C. Sideral, Doutor, Amaurizão e Guga
Diz a lenda que outrora
Na aurora das manhãs
Floresceu na Ilha-Sedução
A tradição dos Adolãs
Império do bem e da paz
Onde o amor não é fugaz
Iklena semeou fertilidade
Quando o deus-Sol abençoou, ô ô
E hoje tudo é saudade
Da Cidade-Mistério que restou
Venha ver, mas venha só
Há um mistério na Ilha de Marajó (bis)
(E a arte...)
Berço de arte e fantasia, ô
Sua riqueza seduzia
Aos colonizadores de além-mar (de além-mar)
De repente a natureza
Pelas palmas de princesa
Cheia de fogo no olhar
Se fez, na visão de pássaros no céu
Iluminada sob um véu
Deixou a ilha-tradição do Boi-Bumbá
Bumba, ê, meu boi
Olha o Boi-Bumbá (bis)
A Imperatriz do céu
Num "gaiola" vai voltar
1986
ENREDO: Um
jeito pra ninguém botar defeito (Agüenta,
coração)
AUTOR(ES): Niltinho Tristeza, Guga, Jurandir e Tuninho
Despontou, ô ô ô
E faz ouvir ao longe o seu cantar (bis)
Ser feliz
É sempre amar, amor, Imperatriz
Um grito emana do povo
Os direitos são iguais
Brancos, negros, índios
Agitam a bandeira da paz
Desperta esperança
A vida acende, é luz, é cor
Surge nova era
O que passou, passou, ô ô
O que passou, passou
Vem brincar, amor
De um jeito tá (bis)
Que eu também tô
Vou cair na brincadeira
Rasgar de Norte a Sul
Vou pegar minha bandeira
Dançar o frevo e o maracatu
Quero ver, clarear
Agüenta, coração
Há verde e branco em minha vida (bis)
Meu futebol, meu carnaval
Minhas bandeiras na avenida
1987
ENREDO: Estrela
Dalva
AUTOR(ES): Zé Catimba, Guga, Niltinho Tristeza e Bil Amizade
Zum, zum, zum, zum, zum, zum
A bateria
Zum, zum, zum, zum, zum, zum (bis)
É harmonia
Hoje é dia de festa
Hoje é dia de folia
Oh! Saudade, ô
Hoje você é Carnaval
No palco do amor
O teu papel é o esplendor, ô ô
A Estrela Dalva brilha
E ilumina o meu cantar
É a luz, é a poesia
É a vontade de cantar (vamos lá)
Lá, lá, lá, lauê
É carnaval, vou me perder
Lá, lá, lá, lauê
Vem, meu amor, quero você
Bandeira Branca
Meu amor, eu peço paz (bis)
Vamos sambar
Viver feliz e nada mais
1988
ENREDO: Conta
outra, que essa foi boa
AUTOR(ES): Zé Catimba, Gabi, David Corrêa e Guga
Eu voto pra não esquecer
A vida tem que melhorar
O povo na constituinte
Vai ter mesa farta, sorrir
E até cantar
Quá, quá, quá
Você caiu, caiu (bis)
É brincadeira
É primeiro de abril
Eu
quero é poder
ser marajá (bis)
Gozar
a vida pra
vida não vir me gozar
Disse me disse
Na História do Brasil
Fui criança, fui palhaço
E ninguém me assumiu (ô seu Cabral)
Cabral, ô Cabral
O esquema é de lograr (de lograr)
De 71 com a realeza (bis)
Me mandou uma princesa
Que fingiu me libertar, me libertar
Ô ô ô piuí
Piuí lá vem o trem (bis)
A ferrovia é brincadeira de neném
1989
ENREDO:
Liberdade, liberdade! Abra as asas sobre nós
AUTOR(ES): Niltinho Tristeza, Preto Jóia, Vicentinho e Jurandir
Vem ver, vem reviver comigo amor
O centenário em poesia
Nesta pátria, mãe querida
O império decadente, muito rico, incoerente
Era fidalguia (e por isso que surgem)
Surgem os tamborins, vem emoção
A bateria vem no pique da canção
E a nobreza enfeita o luxo do salão
Vem viver o sonho que sonhei
Ao longe faz-se ouvir
Tem verde e branco por aí
Brilhando na Sapucaí
Da guerra nunca mais
Esqueceremos do patrono, o duque imortal
A imigração floriu de cultura o Brasil
A música encanta e o povo canta assim
Pra Isabel, a heroína
Que assinou a lei divina
Negro, dançou, comemorou o fim da sina
Na noite quinze reluzente
Com a bravura, finalmente
O marechal que proclamou
Foi presidente
Liberdade, liberdade
Abra as asas sobre nós (bis)
E que a voz da igualdade
Seja sempre a nossa voz
1990
ENREDO: Terra
Brasilis, o que se plantou deu
AUTOR(ES): Zé Catimba, Preto Jóia, Tuninho
Petróleo, Baianinho
e Jorginho da Barreira
Ôôôô
Tropicália é pra viver (bis)
É o Sol, é o infinito
É um mundo de prazer
Vejam
A verde e branco colorindo o chão
No meu país há poesia
Venho te exaltar, no verso e na canção
O que se plantou deu, amor
Neste solo cobiçado, maravilhoso Brasil
O índio, dono desta terra linda
Caça, pesca e dança e quer ser feliz
O branco veio com reisado
Pau-de-fita bem trançado
A quadrilha e o boi-bumbá
A cultura popular
O negro aqui chegou
O que plantou floriu (bis)
Por força do destino
A raça coloriu
Capoeira, abará (vem baianas)
Origem negra vindos de além-mar (bis)
Alegria do salão e do asfalto
O carnaval, festa tradicional
A rainha Imperatriz, país mulato
Hoje é cena do teatro
1991
ENREDO: O
que é que a banana tem?
AUTOR(ES): Preto Jóia, Niltinho Tristeza, Tuninho, Guga,
Guará
da Empresa e Flavinho
Vem, meu amor
Vem se perder no bananal em flor
Vem de lá do sul da Ásia
A fruta, Deus criou (índio dança)
Índio dança
Ao receber dos espanhóis (o que, o que)
A banana
É ouro, é festa em cada um de nós (Ê,
baianas)
Na exportação (Fala Brasil)
Oh meu Brasil menino, a força é teu chão
Lá vai São Thomé, sabor de prazer
Banana engorda e faz crescer
O facão bateu embaixo
Pra bananeira cair
Ai, ai, que maldade
Não tire esse verde daí (bis)
(Tem de prata)
Tem prata, leva d'água e da terra
"Se ligue, amor", na voz do cantador (vem beijar)
A nossa bandeira com ela despontou
A lua já surgiu também (pra ver)
Pra ver o que a banana tem
O meu sonho de ser feliz
Vem de lá, sou Imperatriz
Na poesia e na canção
Carmem Miranda, um turbilhão de paixão
Na "musa-flor" o sábio se inspirou
A Tropicália em nós brilhou
Hoje eu quero é paz no meu coração
Extravasar minha emoção (bis)
1992
ENREDO: Não
existe pecado abaixo do Equador
AUTOR(ES): Tuninho Professor, Jurandir, Edinho e Nilson Melodia
Vai (vai, vai, vai)
Singrando os mares
Fazer o teu Rei feliz
Em busca de novos ares
Navega a Imperatriz
E, dessa viagem bela
Uma aquarela
Vai desfilar
Éden, visão do paraíso
Emoção, sorriso
É o fruto da paixão
O clima tempera a água, os rios
O verde, a fauna
Fascínio de um imenso amor
Beleza divina, fonte que irradia
Abaixo do Equador
O canto do índio ecoou (ê ô, ê ô)
Vem do ar, vem do ar (bis)
E livre a floresta se encantou
Eh! Mirá!
Para proteger a vida
Vêm os seres te abraçar
Sereia, mãe-d'água, saci, boitatá
Guerreiras a cavalgar
Papagaio vira anjo
Para o mundo perceber
E eis a chama
Que vai fazer (bis)
Toda a paz na terra renascer
(E um dia hei de ver...)
1993
ENREDO: Marquês
que é Marquês do sassarico é freguês
AUTOR(ES): Márcio André, Alvinho, Aranha e Alexandre da
Imperatriz
Vou passar mais uma vez
Na avenida da ilusão
Carnaval, alegria geral no meu coração
Vem de lá, da Corte Imperial (lá vem Marquês)
O Marquês iluminado
Bicentenário
Palco do meu carnaval (e assim)
Assim na Serração da Velha
Nasceu a semente que embalou a multidão
Baila, baila comigo, meu amor mascarado
No jogo da sedução
Oh joga água, amor, limão de cera
Oh vale tudo nesta brincadeira (bis)
O luxo das Grandes Sociedades
Coloriu felicidade nos olhos do Imperador
E hoje essa folia
Tem na Apoteose seu esplendor
E como será, além do infinito
O sonho desse povo tão bonito
De verde e branco sambando vem o Marquês (ê ê)
Sassaricando, mostrando que é freguês
O samba é raça, é paixão, viver feliz
Desfilando na Imperatriz (eu vou)
Eu vou no sassarico, eu vou
Nessa que eu quero ir (bis)
Balança Sapucaí
1994
ENREDO: Catarina
de Médicis na Corte dos Tupinambôs e Tabajeres
AUTOR(ES): Márcio André, Alvinho, Aranha e Alexandre da
Imperatriz
Hoje vou colorir toda a cidade
De alma pintada eu vou
Sou da Corte a fantasia
Trago o "novo mundo" de esplendor
A magia da floresta levei
Enfeitando esta festa cheguei
Puro na emoção, simples na paixão
Sonho e poesia em Ruão
Mon amour c'est si beau
Esse jogo, essa dança (bis)
Tabajer, Tupnambôs
E lá nas margens do Sena
O Brasil a imagem
De nudez e coragem
Índios marujos, enfim
Misturavam-se assim
Na mais linda paisagem
E a platéia no bis
Com a Imperatriz a delirar
Na França o bom selvagem
Deu o tom de igualdade
Fraternité, liberté
Sou índio, sou forte
Sou filho da sorte, sou natural (bis)
Sou guerreiro
Sou a luz da liberdade, carnaval
1995
ENREDO: Mais
vale um jegue que me carregue, que um camelo que me derrube...
Lá no Ceará
AUTOR(ES): Eduardo Medrado, João Estevam, Waltinho Honorato e
César Som Livre
Ecoam pelo ar
Estórias de tesouros escondidos
Sou poeta da canção
E embarco nesse sonho encantado
Vou com destino ao Ceará
Em busca de um novo Eldorado
(Eu levo)
Levo comigo a ciência
Do país a sapiência
Tudo eu quero relatar
Nessa expedição bem brasileira
Chegam mouros e camelos
Não precisa se assustar
Balançou, não deu certo não
Pois não passou de ilusão
Eles trouxeram o balanço do deserto (bis)
Mas não é o gingado certo
Pra cruzar o nosso chão
O jegue escondido na história
Ajuda o sertanejo a tocar seu dia-a-dia
Trabalha, ara a terra sob o sol
E leva o fardo pesado
De um povo sofredor (bis)
Mais vale a simplicidade
A buscar mil novidades
E criar complicação
Esquecendo o bom e o útil
Renegar o que é nosso
Gera insatisfação
O sertão não é só lamento
Meu momento é aqui (bis)
Faço a festa e lavo a alma
Hoje na Sapucaí
1996
ENREDO: Imperatriz
Leopoldinense honrosamente apresenta: "Leopoldina, a
Imperatriz do Brasil"
AUTOR(ES): Jurandir, Dominguinhos do Estácio, Demarco e
Carlinhos China
Atravessou o mar
Temendo a invasão a Portugal
Desembarcando aqui, toda a Família Real
O tempo passou
Dom Pedro precisava se casar
E foi da Áustria, a escolhida,
Carolina Josefa Leopoldina
Clareia, Viena
Num raro espetáculo de cor
Pela vontade do rei
Marialva, o Marquês
A Europa deslumbrou
Viena, clareia
O noivado se realizou
Diamantes são presentes
Junto a um rico medalhão
Que fascina Leopoldina
Que casa por procuração (de lá pra cá)
E de lá pra cá
Só céu e mar, e esperança (bis)
Do Eldorado encontrar
O paraíso e bonança
E ao chegar, o seu olhar se encantou
Linda aurora, fauna e flora
Revela o amor por esse chão
E a Pedro, impele em carta
Independência da nossa nação (lá vem raiz)
Ô ô ô lá vem raiz
A Leopoldina é Imperatriz (bis)
É carnaval, é samba verdadeiro
Eu me orgulho de ser brasileiro
1997
ENREDO: Eu
sou da lira, não posso negar...
AUTOR(ES): Zé Katimba, Chopinho, Amaurizão e Tuninho
Professor
Eu sou (ai meu Deus, eu sou)
Da lira, não posso negar
Preparei o ano inteiro
Versos para ofertar
Ah, esse enredo delirante
Um momento emocionante
Lindamente popular
Eu quero cantar
O Rio de tempos atrás
Chiquinha escreveu
Em notas musicais
Vem liberar, vem amar
Fazer a festa
É a magia do teatro e dos salões
Piano me diz quem é
A pioneira?
Piano me diz quem é (bis)
A maxixeira?
"Rosa de ouro"
Nunca foi de brincadeira
Ah mulher guerreira
Solta os grilhões
"Corta Jaca", que eu quero ver
Repenica pra remexer
Tem cavaco e violão
E a minha escola
Vai cantando esse refrão (bis)
Lalaiá,
lalauê
Imperatriz fazendo um baile (bis)
Pra você
1998
ENREDO: Quase
no ano 2000...
AUTOR(ES): Preto Jóia, Flavinho, Darcy do Nascimento e Guga
Vou viajar nas previsões
Do homem sonhador
Que pensou voar, cruzar o mar
Nas asas da imaginação
Fez o tempo avançar no tempo
Através da criação
De máquinas sem sentimento
Que funcionam quando ele põe a mão
Mas o homem que previa ôôô
Esqueceu a ecologia ôôô
A natureza, o ar
A terra azul e o mar
Fez o universo acordar
Robô, roubou a festa
O cinema deu visão (bis)
Imaginando o que seria
A nova civilização (foi ilusão)
Lá se vai mais um milênio, amor
A devastação dói demais
Proteção para os mananciais
Pras matas e os animais
E o futuro então
Virá com mais vigor
Se a nossa terra
For tratada com amor
É novo tempo, é bom pensar
É tempo, amor, de libertar (bis)
O sentimento e a terra preservar
1999
ENREDO: Brasil,
mostra a tua cara em... Theatrum Rerum Naturalium Brasiliae
AUTOR(ES): Cesar Som Livre, Waltinho Honorato, João Estevam e
Eduardo Medrado
Ela, a Imperatriz na passarela
É samba, é arte, é linda tela
Vem colorindo o carnaval
Sonhava Nassau
Com uma Holanda tropical (Nassau)
E nesse sonho ele então pediu
Quero te ver, Brasil (quero te ver, Brasil)
Brasil, mostra a sua cara
Sua beleza em forma rara (bis)
Esse seu jeito de viver
Artistas pintando flores, florestas
Retratam paisagens em festa e animais
Homens felizes vivendo nas matas
Imagens do meu país
As obras são imortais
O tempo não apagou
E a mão do destino traz
Envolvidas em jóias musicais
Nobreza, beleza
Tem arte nesse teu cantar
Quem ouve logo diz
Meu sonho é ser feliz
Pra sempre e sempre mais
O samba é raiz
Se raiz é história (bis)
Bate forte bateria
No balanço e na alegria
Da Imperatriz
2000
ENREDO: Quem
descobriu o Brasil, foi Seu Cabral, no dia 22 de abril, dois
meses depois do Carnaval...
AUTOR(ES): Marquinhos Lessa, Amaurizão, Guga, Chopinho e Tuninho
Professor
Terra à vista
O grito de conquista do descobridor
A ordem do rei é navegar
E monopolizar riquezas de além-mar
Partiram caravelas de Lisboa
Com o desejo de comercializar
As especiarias da Índia
E o ouro da África
Mas, depois, o rumo se modificou
Olhos no horizonte, um sinal surgiu
Em 22 de abril, quando ele avistou
Se encantou
Tão linda, tão bela
Paraíso tropical (bis)
Foi seu Cabral quem descobriu o Brasil
Dois meses depois do carnaval
Terra, abençoada de encantos mil
De Vera Cruz, de Santa Cruz, Brasil
Iluminada é a nossa terra
O branco, o negro e o índio
No encontro, a origem da nação
E hoje, a minha escola é toda raça
Convida a "massa" e canta a nossa história
São 500 anos vivos na memória
De luta, esperança, amor e paz
Eu quero é mais
Viver feliz, oi (bis)
Sambando com a Imperatriz
2001
ENREDO: Cana-caiana,
cana-roxa, cana fita, cana preta, amarela, pernambuco... Quero
vê descê o suco, na pancada do ganzá!
AUTOR(ES): Marquinhos Lessa, Guga e Tuninho Professor
Cana-caiana
A cultura que o árabe propagou
Apesar dos cruzados plantarem
A cana na Europa não vingou
Mas conta a história que em Veneza
O açúcar foi pra mesa da nobreza
Virou negócio no Brasil, trazida de além-mar
E, nesta terra, o que se planta dá
Gira o engenho pra sinhô, Bahia faz girar
E, em Pernambuco, o escravo vai cantar (quero vê)
Quero vê descê o suco até melá
Na pancada doce do ganzá (bis)
Pinga
Olha a cana virando aguardente
No mercado do ouro atraente
Paraty espalhou a bebida
Pra garimpar, birita tem
Na Inconfidência foi preferida
Pra festejar, o que é que tem
Tem Carlos Cachaça, não leve a mal
Taí verde-e-rosa em meu Carnaval
(Vem provar minha cachaça)
Vem provar minha cachaça, amor, ôôôô
O sabor é verde-e-branco (bis)
Passa a régua e dá pro santo
Que a Imperatriz chegou
2002
ENREDO:
Goytacazes... Tupi or not Tupi in a Shouth American Way!
AUTOR(ES): Marquinho Lessa, Guga e Tuninho Professor
Campos, terra dos índios Goytacazes
São ferozes, são vorazes
Vida de antropofagia
Na Europa, a notícia rolava
Homem branco se assustava
Índio come gente, quem diria
Um dia, com fome de amor, ô, ô, ô, ô
Nosso herói se apaixonou
Um momento de magia
Peri beijou Ceci, ao som do Guarani
Um gesto de brasilidade
Com o tempo, um novo índio se vestiu de ousadia
Num ritual de liberdade
(E deu...)
E deu tupy, or not tupy
Eis a visão do artista (bis)
Nessa nação tupiniquim
Índio virou um anarquista
(Qual é)
Macunaíma com Zé Pereira,
É índio, é negro, é imperador
Mais tarde, essa mistura brasileira
A Tropicália originou
Tem Iracema em Ipanema, alegria geral
Eu sou também Carmem Miranda no meu Carnaval
(Hoje o couro vai comer...)
Hoje o couro vai comer
Auê, Imperatriz, auê, auê (bis)
Nossa tribo canta meu país
Pra valer
2003
ENREDO:
Nem todo pirata tem a perna de pau, o olho de vidro e a cara de
mau ...
AUTOR(ES): Darcy do Nascimento, Brandãozinho, Rubens
Napoleão e
Jorge Rita
Cobiça de ouro
Madeira, pedra e animais
São fases do primórdio da história
Que a Imperatriz se refaz
Foi-se o tempo, longe está
Pirataria de além-mar
Vejam só a covardia
Parte dessa tirania
Era destinada aos reis (aos reis, aos reis)
Por corsários portugueses
Holandeses, franceses e ingleses
Tudo era saqueado
Protegido era levado
Ao domínio da nação
Nem todo pirata
tem
perna de pau
O olho de vidro e a cara de mau (bis)
Hoje a coisa
ficou
preta
Muito preta e com razão
Pirata se queixando de pirata
De terno e gravata na televisão
Pirateando CD, até a fé
O comércio e a nação
Mas hoje quero ser
Pirata do prazer
Dançando um baile com você
Vem meu amor,
vem me
beijar
Hoje eu tô que tô e você tá que tá
Vem meu amor, vem me beijar (bis)
Beijo escondido pra ninguém clonar
2004
ENREDO:
Breazail
AUTOR(ES): Jeferson, Veneza, Carlos de Olaria, Me Leva e Guga
Vermelho é vida
É sangue, é coração
Coloriu a história
De paixão, de vitória, de vibração
Pintou o manto dos reis
E o encanto chinês
O poder e a religião
Das minas o celta extraía
O corante breazail
Porém era o fenício quem fazia
A tinta que o mundo seduziu
Da Ásia
à madeira
Deu o tom pra Europa inteira (bis)
Mas o Brasil do bom
Só em terra brasileira
Viagem ao Novo
Mundo
Deu a Vespúcio a primazia
De erguer em Cabo Frio
Fortaleza e feitoria
Depois partiu com o nosso pau-brasil
Deixando aos marinheiros poesia
Visão do infinito, lugar mais bonito
Era o chão da utopia
Quem dera a paz e a harmonia
Ver meu país cantar feliz
Na sombra de um pau-brasil
Um samba da Imperatriz
Hoje eu quero ver
Caldeirão ferver nessa magia (bis)
O Brasil deu a cor
Pra tingir de amor nossa folia
2005
Enredo: Uma
Delirante Confusão Fabulística
Compositores: Josimar,
Evaldo Ruy, Jorge Artur, Jorginho e PC
Era uma vez
E um sorriso de criança faz a gente acreditar
Era uma vez
Em um mundo encantado, se prepare pra sonhar
Contos de fadas, rainhas e reis
Roupas que o povo não pode enxergar
Os sapatinhos dançando sozinhos
Um rouxinol a cantar
Sereia menina, a bailarina
Universo criado por um sonhador
E o menino venceu a pobreza
E fez da arte a linda princesa
Com quem viveu grande amor
Pega a viola o repentista
Conta em versos que o grande artista
Da Dinamarca voou, foi além (bis)
Como um cisne altaneiro
Hans Christian Andersen
Foi Monteiro Lobato
Um mestre de fato da literatura infantil
Histórias escritas com arte
E de todas as partes contou no Brasil
O Sítio não tem fronteiras
Abrindo as porteiras pra imaginação
Dona Benta recebe encantada
O povo dos contos de fadas
Numa delirante confusão
A turma do Sítio apronta
A Imperatriz faz de conta
Emília cantando assim (bis)
Vem viajar nessa história
É só dizer pirlimpimpim
2006
Enredo: Um
por Todos e Todos por Um
Compositores: Niltinho Tristeza, Amaurizão, Maninho do Ponto e
Tuninho Professor
Meu amor
A Imperatriz chegou agora
É Carnaval! O lema é
Um por todos e todos por um
Garibaldi, o nosso herói, viveu
Uma história de luta e paixão
Que Alexandre Dumas
Assim, descreveu (e pelo mundo)
Pelo mundo navegou
Nas batalhas que travou
Liberdade foi seu ideal (de lá pra cá)
No Brasil, quanta riqueza
Abraçando a natureza
Ele se encantou (E foi por aí)
Foi por aí assim
No balanço da expedição (bis)
A Santa e bela Catarina
Virou seu chão
Vê, que momento lindo, amor, amor
Quando viu Anita, ele se apaixonou
Amada, valente, guerreira
Com ele, na paz e na dor
Com os rebeldes lutou
Românticas
De tantas aventuras, mundo afora
Viraram mitos na história
Popular
A alegria tomou conta da cidade
Vou me acabar (bis)
De verde e branco, cheio de felicidade
Até o sol raiar
2007
Enredo: Teresinhaaa,
uhuhuuu!!! Vocês querem bacalhau?
Autores: Merrenga, Xande Sobrinho, Lula Inspiração, Bill
Amizade e Aliomar
Taca fogo nas
cinzas, não deixa apagar
Eu vou de samba afrevado no chamego arretado
Pra lá e pra cá
Já rasgou a fantasia homem da noite, mulher do dia
E o Bacalhau do
Batata
Na bandeja pra massa (bis)
Até o dia clarear
Ó Teresinha!!!
Que maravilha o Chacrinha imaginou
No fom fom da sua buzina
Uma geração emocionou
Vocês querem bacalhau?
Vibrava a platéia de emoção
E a saudade tem lugar
No banquete da ilusão
Lá se foi o bacalhau
Pelo mares da paixão navegou (bis)
Nessa história quando tudo começou
E foi assim, tim tim por tim tim
De uma explosão a luz
O choque do gelo do norte
Com o fogo ardente do sul
Imir sonhou, suou e surge a vida
E a Noruega, amanheceu em flor
Monstros gigantes, raios, vulcões
Vikings dos mares
Nos ventos da dominação
De Asgard o reino de Odin
Um arco-íris multicor une essas terras
A imensidão e ao coração da Imperatriz
Quando a água do mar secou
Despertou o paladar, o sabor (bis)
E o Basco conservou no sal
Essa riqueza que Odin abençoou
2008
Enredo: João
e Marias
Compositores:
Josimar, Di Andrade, Carlos Kind, Valtenci e Jorge Arthur
Maria uma
princesa
Também sonhava
Um dia um príncipe encontrar
E ouviu do rei de França
Em meio ao luxo e a bonança
Maria Antonieta tu serás
Em Portugal, outra rainha, Dona Maria
A louca não podia governar
Delirava temendo a revolução
E entrega o reino à João
Regente assim se fez, e o imperador francês
Ordena a invasão
Ou ficam todos
Ou todos se vão (bis)
Embarcar nessa aventura
E "Au revoir Napoleão"
Cruzaram mares
Chegaram ao Brasil
São novos ares, progresso e a transformação
Vieram as Marias, toda fidalguia, dom João
O tempo passou, irão se casar
Duas Marias da mesma raiz
Luisa com Napoleão
E Leopoldina será nossa Imperatriz
Será também nome de trem
Que passa em Ramos a nossa estação
Onde imperam Marias e Joãos
Vem brincar nesse trem, amor
Que vai parar na estação do coração (bis)
Faz brilhar no céu Imperatriz
As onze estrelas do teu pavilhão
2009
Enredo: Imperatriz....
só quer mostrar que faz samba também!
Autore(s): Josimar, Jorge Arthur, Valtenci, Di Andrade e Carlos
Kind
Vem curtir bom samba,
pode chegar
Tem batuque de tan tan
Um cavaquinho a chorar
Quem é do bairro nasceu com o dom de versar...
Ramos! Numa fazenda foi que tudo começou
E sobre trilhos o destino aqui parou
Fez o progresso então chegar
Ruas, casarões, mariangú banhos de mar
Nos carnavais ranchos e blocos vão mostrar
Que em nossas veias correm notas musicais
Trazendo paz e harmonia, paixão e razão de viver
Maestro e menestréis vem conhecer
Vão se encontrar
Vila-Lobos, Pixinguinha e outros bambas
A semente germinou (bis)
Do recreio então brotou
Nossa escola de samba
Vai virar cenário de novela
Vem comigo reviver, fala Martim Cererê...
O grito de campeão vem
Arlindo, o que é que a Bahia tem
Com Lamartine és a mais bela
Liberdade, liberdade na Passarela
E pra cantar o nosso orgulho a nossa emoção
Mais cinco vezes o "é campeão"
Na Leopoldina ecoou
Imperatriz, traz o Fundo de Quintal
Com o Cacique eu vou, eu vou
Cinquenta anos de carnaval
A festa vai começar, eu vou mostrar
Que faço samba também, vem ver meu bem (bis)
Se você fala de mim, não sabe o que diz
Muito prazer! Eu sou a Imperatriz!
2010
Enredo: Brasil
de Todos os Deuses
Autores: Jeferson Lima, Flavinho, Gil Branco, Me Leva e Guga
Terra abençoada!
Morada divinal
Brilha a coroa sagrada
Reina Tupã, no carnaval...
Viu nascer a devoção em cada amanhecer
Viu brilhar a imensidão de cada olhar
Num país da cor da miscigenação
De tanto deus, tanta religião
Pro povo, feliz, cultuar
O índio dançou, em adoração
O branco rezou na cruz do cristão (bis)
O negro louvou os seus orixás
A luz de deus é a chama da paz
E sob as bênçãos do céu
E o véu do luar
Navegaram imigrantes
De tão distante, pra semear
Traços de tradições, laços das
religiões
Oh, deus pai! Iluminai o novo dia
Guiai ao divino destino
Seus peregrinos em harmonia
A fé enche a vida de esperança
Na infinita aliança
Traz confiança ao caminhar
E a gente romeira, valente e festeira
Segue a acreditar...
A Imperatriz é um mar de fiéis
No altar do samba, em oração (bis)
É o Brasil de todos os deuses!
De paz, amor e união...
2011
Enredo: Imperatriz
adverte: sambar faz bem à saúde!
Autores: Flavinho, Me Leva, Gil Branco, Tião Pinheiro e Drummond
Um ritual de magia...
Oh! Mãe África
Do teu ventre nascia o poder de curar!
Despertam as antigas civilizações
A cura pela fé das orações!
Mistérios da vida, o homem a desvendar...
A mão da ciência ensina
O mundo não pode parar!
Uma viagem no tempo... a me levar!
O valor do pensamento a me guiar! (bis)
O toque do artista no Renascimento
Surge um novo jeito de pensar!
Luz... semeando a ciência,
A razão na essência, o dever de cuidar!
Luz... a medida que avança,
Uma nova esperança que nos leva a sonhar!
Segredo... a "Chave da Vida"
Perfeição esculpida, iludindo o olhar...
Onde a medicina vai chegar?
No Carnaval, uma injeção de alegria
Dividida em doses de amor
É a minha Escola a me chamar, Doutor!
Posso ouvir no som da bateria
O remédio pra curar a minha dor!
Eu quero é Sambar!
A cura do corpo e da alma no samba está!
Sou Imperatriz, sou raiz e não posso negar (bis)
Se alguém me decifrar
É verde e branco meu DNA!
2012
Enredo: Jorge,
Amado Jorge
Autores: Jeferson Lima, Ribamar, Alexandre D'Mendes, Cristovão
Luiz e Tuninho Professor
Ave, Bahia sagrada!
Abençoada por Oxalá!
O mar, beijando a esperança
Descansa nos braços de Iemanjá
Menino amado…
Destino bordado de inspiração
Iluminado…
Vestiu palavras de fascinação
Olha o acarajé! Quem vai querer?
Temperado no axé e dendê (bis)
Quem tem fé vai a pé… Vai, sim!
Abrir caminhos na Lavagem do Bonfim
(No Rio...) O vento soprou
As letras em liberdade
Joga a rede, pescador!
O povo tem sede de felicidade
A brisa a embalar
Histórias que falam de amor
Memórias sob o lume do luar
O doce perfume da flor
Ê Bahia! Ê Bahia!
Dos santos, encantos, magia
Kaô Kabesilê! Ora Iê Iê Oxum!
Tem festa no Pelô
Na ladeira, capoeira mata um
Sou Imperatriz! Sou emoção!
Meu coração quer festejar! (bis)
Ao mestre escritor, um canto de amor
Jorge Amado, Saravá!
2013
Enredo: Pará,
o Muiraquitã do Brasil
Autores: Me Leva, Gil Branco, Tião Pinheiro, Drummond e Maninho
do Ponto
Raiou Cuara!
Oby aos olhos de quem vê!
Eu bato o pé no chão, é minha
saudação
Livre na pureza de viver!
Sopra no caminho das águas
O vento da ambição!
O índio, então...
Não se curvou diante a força da invasão
E da cobiça fez-se a guerra
Sangrando as riquezas dessa terra!
Cicatrizou, deixou herança
E o que ficou está em cartaz...
Na passarela, “estado” de amor e paz!
Siriá... Carimbó... Marujada eu dancei!
No balanço da morena... Me apaixonei! (bis)
O bom tempero pro meu paladar...
De verde e branco “treme” o povo do Pará!
A arte que brota das mãos
Dom da criação, vem da natureza...
Da juta trançada em meus versos
Se faz poesia de rara beleza!
Oh! Mãe... Senhora, sou teu romeiro
A ti declamo em oração
Oh! Mãe... Mesmo se um dia a força me faltar
A luz que emana desse teu olhar
Vai me abençoar!
No Norte a estrela que vai me guiar
Exemplo pro mundo: Pará! (bis)
O talismã do meu país
A sorte da Imperatriz!
2014
Enredo: Arthur
X - O Reino do Galinho de Ouro na Corte da Imperatriz
Autores: Elymar Santos, Guga, Tião Pinheiro, Gil Branco e Me
Leva
O dia chegou!
Em meus olhos, a felicidade
Te fiz poesia, pra matar a saudade...
Imperatriz vai me levar
A um reino encantado
Um menino a sonhar...
Cresceu driblando o destino
Venceu as barreiras da vida...
Fardado nas cores da nação
Armado de raça e paixão
Nos pés, o poder!
Vencer, vencer, vencer!
“Oô”, o povo cantava...
Domingo, um show no gramado! (bis)
Com seus cavaleiros, Arthur se tornava
O “Rei do Templo Sagrado”!
Caminhando mundo afora...
O seu passaporte, a bola!
Da Europa ao Oriente
Grande “Deus do Sol Nascente”
Outros reinos conquistou...
À sua pátria amada, então, voltou
Hoje, mais do que nunca é o seu dia
Vamos brindar com alegria
Trazer de volta a emoção
Com toda humildade, vem ser coroado
Vestir o meu manto verde, branco e dourado!
Quem dera te ver por mais um minuto
Na arquibancada, todo mundo canta junto:
Da-lhe, Da-lhe, Da-lhe Ô
O show começou!
Da-lhe, Da-lhe, Da-lhe Ô (bis)
Um canto de amor!
Imperatriz me faz reviver...
Zico faz mais um pra gente ver!
2015
Enredo: Axé
Nkenda - Um Ritual de Liberdade - E que voz da igualdade
seja sempre a nossa voz
Compositores: Marquinho Lessa, Zé Katimba, Adriano Ganso, Jorge
do Finge e Aldir Senna
Foi um grito que ecoou, Axé-Nkenda!
A luz dentro de você... Acenda!
Nada é maior que o amor, entenda
A voz do vento vem pra nos contar
Que na Mãe África nasceu a vida
Pura magia, "baobá" abençoado...
Tanta riqueza no triângulo sagrado...
Mistérios! Grandeza! O homem em comunhão com a natureza!
Tristeza e dor, na violência pelas mãos do invasor
E o mar levou... Nossa cultura um novo mundo encontrou
Põe pimenta pra arder, arder, arder!
Sente o gosto do dendê, o iaiá, oyá
Tem acarajé no canjerê, tem caruru e vatapá
(é divino o
paladar)
Capoeira vai ferver! Vem ver! Vem ver!
Abre a roda que ioiô quer dançar.. Sambar..
Traz maracatu, maculelê.. É festa até o sol raiar
Liberdade! Sagrada busca por justiça e igualdade
E com a arte eu semeio a verdade
O despertar para um novo amanhecer
Faço brotar a força da esperança
Deixo de herança um novo jeito de viver!
Vamos louvar o canto da massa
Unindo as raças pelo respeito
Vamos à luta pelos direitos
Uma "banana" para o preconceito
"Mandela"! "Mandela"!
Num ritual de liberdade (bis)
Lá vem a Imperatriz! Eu vou com ela
Eu sou "Madiba"! Sou a voz da igualdade
2016
Enredo: "É o amor, que mexe com a minha cabeça e me deixa assim". Do sonho de um caipira, nascem os filhos do Brasil
Compositores: Zé Katimba, Adriano Ganso, Jorge do Finge, Moisés Santiago e Aldir Senna
Chora cavaco, ponteia viola
Pega a sanfona, meu irmão, chegou a hora (bis)
Sou brasileiro, caipira pirapora
Sagrada lida, vida sertaneja
Guardo as lembranças lá do meu torrão
O galo canta anuncia o novo dia
Abre a porteira do meu coração
Minhas andanças marejadas de saudade
Semeiam sonhos... felicidade
Ouvir a orquestra espantar, vibrar numa só voz
Dançar ao vento... os girassóis
No amanhã hei de colher, o que hoje for plantar
Visão que o tempo não desfaz
Dourada serra que reluz no meu Goiás
Minha terra...
Sou o som do serrado brejeiro
Onde a lua inocente vagueia
Berrante, peão, vaquejada
Tocando a boiada
A estrela que clareia
Sou matuta, ribeira, caipira
Não desgoste de mim quem não viu... Ô
Paixão derramada na rima
O encanto da menina
Um pedaço feliz do Brasil
Festa... tem cavalhada e romaria
Risos... os mascarados vêm brincar
Na fé que une e faz o povo acreditar
Que um grande sonho pode se alcançar
A esperança do pai... brilhou
Nos filhos que o Brasil... consagrou
Talento e arte, vitória e superação
Que um anjo caipira abençoou
Se toda história tem início, meio e fim
A nossa começou assim
É o amor...
A receita da alegria
Sentimento e magia
A razão do meu cantar
É o amor...
Minha escola na avenida
A paixão da minha vida
Verde é minha raiz
Imperatriz
2017
Enredo: Xingu - O Clamor que vem da Floresta
Compositores: Moisés Santiago, Adriano Ganso, Jorge do Finge e Aldir Senna
Salve o verde do Xingu, a esperança
A semente do amanhã… herança (bis)
O clamor da natureza a nossa voz vai ecoar… preservar
Brilhou… a coroa na luz do luar!
Nos troncos a eternidade… a reza e a magia do pajé!
Na aldeia com flautas e maracás
Kuarup é festa, louvor em rituais
Na floresta... Harmonia, a vida a brotar
Sinfonia de cores e cantos no ar
O paraíso fez aqui o seu lugar
Jardim sagrado, o caraíba descobriu
Sangra o coração do meu Brasil
O belo monstro rouba as terras dos seus filhos
Devora as matas e seca os rios
Tanta riqueza que a cobiça destruiu!
Sou o filho esquecido do mundo
Minha cor é vermelha de dor
O meu canto é bravo e forte
Mas é hino de paz e amor!
Sou guerreiro imortal derradeiro
Deste chão o senhor verdadeiro
Semente eu sou a primeira
Da pura alma brasileira!
Jamais se curvar, lutar e aprender
Escuta menino, Raoni ensinou
Liberdade é o nosso destino
Memória sagrada… razão de viver
“Andar onde ninguém andou”
“Chegar aonde ninguém chegou”
Lembrar a coragem e o amor dos irmãos
E outros heróis guardiões
Aventuras de fé e paixão
O sonho de integrar uma nação
Kararaô… kararaô… o índio luta por sua terra
Da Imperatriz vem o seu grito de guerra!
2018
Enredo: Uma Noite Real no Museu Nacional
Compositores: Jorge Arthur, Julio Alves, Maninho do Ponto, Marcio Pessi e Piu das Casinhas
Onde a musa inspira a poesia
A cultura irradia o cantar da Imperatriz
É um palácio, emoldura a beleza
Abrigou a realeza, patrimônio é raiz
Que germinou e floresceu lá na colina
A obra-prima viu o meu Brasil nascer
No anoitecer dizem que tudo ganha vida
Paisagem colorida, deslumbrante de viver
Bailam meteoros e planetas
Dinossauros, borboletas
Brilham os cristais
O canto da cigarra em sinfonia
Relembrou aqueles dias que não voltarão jamais
Voa tiê, tucano, arara
Quero-quero ver onça pintada (bis)
Os tambores ressoaram, era um ritual de fé
Para o rei de Daomé, para o rei de Daomé
A brisa me levou para o Egito
Onde um solfejo lindo da cantora de Amon
Ecoa sob a lua e o sereno
Perfumando a deusa Vênus sem jamais sair do tom
Marajó, carajá, bororó
Em cada canto um herdeiro de Luzia
Flautas de chimus e incas
Sopram pela grimpas linda melodia
À luz dourada do amanhecer
As princesas deixam o jardim
Os portões se abrem pro lazer
Pipas ganham ares
Encontros populares
Decretam que a Quinta é pra você
Gira a coroa da majestade
Samba de verdade, identidade cultural (bis)
Imperatriz é o relicário
No bicentenário do Museu Nacional
2019
Enredo: Me Dá um Dinheiro aí
Compositores: Elymar Santos, Maninho do Ponto, Júlio Alves, Dudu Miler, Márcio Pessi e Jorge Arthur
A tentação seduziu a poesia
Da volta todo dia é oferta e demanda
Pecado capital da humanidade
Senhor da desigualdade
Sempre diz quem é que manda
O arqueiro ergueu, aquela gente oprimida e sem paz
Perdeu meu bem, pobre fortuna, nobres ideais
Midas com o seu dedo de ouro
Condenou a própria filha a viver numa prisão
Prata, pixulé, papel moeda e o homem escorrega
Mete o pé na ambição
Troca-troca ê na beira da praia
Troca-troca ê na beira da praia (bis)
Um espelho por cocar, o negócio é um pecado
Ouro no mercado negro, negro é ouro no mercado
Tempos modernos, onde vidas valem menos
Boas ações não representam dividendos
A roda gira pro mais forte, poucos têm a sorte
De virar o jogo que o destino fez
Tem pato mergulhado no dinheiro
E o povo brasileiro nada por migalhas outra vez
Se é pra poupar
O porquinho pode até ser virtual
Hashtag no infinito, com cascalho, eu tô bonito
No espaço sideral
Imperatriz, sentimento não tem preço, tem valor
Eu não vendo e não empresto, o meu eterno amor
Me dá, me dá, me dá, me dá um dinheiro aí
Gostei da comissão, me dá meu faz-me rir (bis)
Pra investir no sonho e vestir a fantasia
Quero renda na baiana e nota 10 na bateria
2020
Enredo: O
teu cabelo não nega (Só dá Lalá)
Compositores: Gibi, Serjão e Zé Katimba
Neste palco iluminado
Só dá lalá
És presente imortal
Só dá lalá (bis)
Nossa escola se encanta
O povão se agiganta
É dono do carnaval
Lá lá lalá Lamartine
Lá lá lalá Lamartine
Em teu cabelo não nega
Um grande amor se apega
Musa divinal
Eu vou embora
Vou no trem da alegria (bis)
Ser feliz um dia
Todo dia é dia
Linda morena
Com serpentinas enrolando foliões
Dominós e colombinas
Envolvendo corações
Quem dera
Que a vida fosse assim
Sonhar, sorrir
Cantar, sambar
E nunca mais ter fim