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IMPÉRIO
DE CASA VERDE - 2023 Hoje vai ter ciranda O ventre da mãe encanta O filho que vai nascer No transe, nasce o fruto e no rito O batuque é infinito Acompanha o novo ser Mete a mão nesse tambor Meu guardião batuqueiro Salve as Griots e o Rei Tigre Guerreiro Cada pancada no couro É resistência e oração Esquece o banzo e o suor da escravidão Chama a senzala, firma a batucada Gira na umbigada, jongo e caxambu (bis) É som de preto, música do gueto Mística de Ketu, maracatu Povo entregue ao reggae lá do Maranhão Ao timbau que ferve São Salvador Madureira é charme em frente à estação São Paulo, o funk também abalou O laiá laiá do fim do mundo Soluçando a dor que ninguém ouviu Negra voz insiste, o axé resiste Enquanto a novela distrai o Brasil Quilombola é Kizomba Casa Verde o meu quilombo (bis) Nesse cortejo vem o canto africano No rufar do tambor imperiano |
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