Axé, axé!
Conduz o destino em terra sagrada
De santos, encantos, de fé
Bahia, onde a voz não se cala
Vai e mareja o olhar dessa dor
É negra a raça na cor pra vencer o oceano
Semente africana em Salvador
Tristeza em grilhões de esperança
A luta que o sonho venceu, a esperança combateu
Fez valer sua herança 

É CANDEAL, É CANDEAL
ENFRENTA OS MUROS QUE COBREM A TERRA
É CANDEAL, É CANDEAL
VEM DA FORÇA DE OGUM SUA ARMA PRA GUERRA
É CANDEAL, É CANDEAL
ERGUENDO COROAS CONVOCA A NAÇÃO
CONSTRUINDO A HUMANIDADE, PROMOVENDO REDENÇÃO 

Salve essa negritude, no quilombo a resistir
A nação a reluzir e tambores a tocar 

É CULTURA PRA PODER SE LIBERTAR 

Pracatum, batida que enche o Pelô de energia
É Olodum, o mais belo dos belos exalta seus guias 

CLAREIA A NOITE, DESENHA O DIA 

E vem do gueto a nação imperial
Ashansu... Rock-Timbau
Ê, timbaleiro! Timbaleiro, ê!
Faz terra tremer... Cacique Browm chegou
Saravá, Motumbá, Kolofé!
Saravá, Motumbá, Axé! 

ÔÔÔÔ ÔÔÔ
CANTA GAVIÕES IMPERIAIS
NO BATUQUE DA BAHIA, VOU BATER O MEU TAMBOR