FOLIÕES DE BOTAFOGO
Letras da Foliões de Botafogo
1975
Enredo: Glórias em
Pedra-Sabão
Autor(es): Adélcio de
Carvalho e Paulo Gaspar
(Olha quanta grandeza)
Quanta grandeza
Em Vila Rica no tempo colonial
O talento do artista
Os cortejos das procissões
A fidalguia
Com sua nobreza
As lindas noites de seresta
O ouro lavrado nos ribeirões
Louvor
Ao artista e escultor (bis)
A arte barroca deitou sua devoção
Glória em pedra sabão
Antônio Francisco Lisboa
O Aleijadinho
Vive ainda em suas obras imortais
Ouvindo em suas igrejas
Em coro os anjos a rezar
No chafariz da fonte
Admirando Marília e Dirceu a amar
Nas estátuas dos profetas que parecem
Bradar a palavra de Deus
Glória
A quem da arte fez a vida (bis)
E eternamente viverá
Nos seus jardins de Minas
1977
Enredo: O Cortiço
Autor(es): Antoniquim,
Cabeleira, Lourenço e Paixão
Novamente na avenida
Desfila o amor de uma negra
Do tempo do Brasil imperial
Da escravidão, da injustiça social
Aluísio de Azevedo
Escreveu sem medo
Um livro original
O Cortiço se transformou
Em tema para este carnaval
Zum zum zum
Este barulho se ouvia (bis)
Na estalagem
Quando raiava o dia
E o barão
Invejava as riquezas do vendeiro
João Romão
Tudo fazia por dinheiro
Rita Baiana, mulata sestrosa
Era cantada em versos e prosas
Surge então
Uma tremenda confusão ô ô
Carapicus e cabeças de gato
Disputando a briga de fato
O progresso e a ambição
Se dão as mãos
E a Bertoleza
Com grande paixão (bis)
Desperta da vida
A voz da traição
1981
Enredo: O Sonho das
Esmeraldas
Autor(es): ???
No esplendor do Brasil
Busquei ouro e prata
Esmeralda, surgiu
O homem entrou pela mata
Trocando amores
Por pedras de cores
A serra verde
Com a lagoa encantada
Minha pedra sonhada
Foi o índio quem falou
Grandes heróis
Que na lenda acreditaram
Travaram longas caminhadas
No sertão encantador
Tão belo as caravanas na partida (bis)
O povo acenava numa triste despedida
Mangueiras coloriam
As florestas, o vento
As faziam tremular
As cachoeiras e cascatas
Ao som de festa
Em homenagem
Ao que iam procurar
Esmeralda
Riqueza da nobreza
Quantos morreram
Até mesmo sem tocar
E nesse badalar de pedras
Que no sonho
Foi um belo despertar
Garimpar, garimpei, depois de tanta luta (bis)
Ouro e pedras encontrei
2001
Enredo: Quando
3001 Chegar
Autor(es): Arilson, Jorge Telé e Max
Me transformei
Num viajante futurista
Em 3001 cheguei
E na Sapucaí aterrizei
Arlequim vermelho e branco
Com as cores do seu manto
A Foliões vai desfilar
Recordando os carnavais antigos
Fazendo a galera delirar
Carnaval de rua e as grandes sociedades (bis)
Baile de máscaras, que saudade
Piratas e ciganos
Melindrosas e malandrinhos
Índios e havaianos
São personagens desta festa milenar
E na era virtual
Num desfile magistral
A minha escola encanta e seduz
E seu pavilhão é pura emoção
Bate forte coração
Hoje o futuro é aqui
Na Sapucaí
Com tecnologia (bis)
A nossa bateria
Vem pra sacudir
2002
Enredo: Deus
Ajuda quem Cedo Madruga
Autor(es): Tuninho Azevedo, China, Cláudio do Cavaco e Marcella
Brilhou no
horizonte a liberdade
Desperta trabalhador
Com as bençãos do criador
Agradeço pelo novo dia
Anjos iluminai o meu caminho
Vou seguir o meu destino
Para poder trabalhar
Índios com sua miscigenação
Vivendo com a natureza
Não se deixou escravizar
É pau-brasil, ouro, canaviais
Peço a benção do senhor Xangô (bis)
Não me diexa sofrer demais
Culturas para o progresso da nação
Os imigrantes trouxeram de além-mar
Cabra-da-peste, sou do Nordeste
No ciclo da borracha e do cacau
Sou bóia-fria na colheita tropical
Na era da industrialização
Oportunidades foram poucas, podem crer
E nos morros e favelas, surgia a malandragem
Com a repressão da utoridade
O samba pediu passagem
Foliões vem aí pra sacudir
Com a explosão da bateria (bis)
Vamos aplaudir
2004
Enredo: Um Conto
Tapajó-Madeira, Foliões enfeitando a Fauna Brasileira
Autores: George G.V., Geraldão, Erick Souza, Betinho do Cavaco e
Tiago Fernandes
Ouvi contar
Estórias lá do seio da
floresta
Os animais eram sem
cores, sem amor
Num lampejo divinal
O grande espírito
plantou
Árvore encantada
Magia se espalhando pelo
céu
Presentes nos galhos e o
toque de beleza
Fez reluzir a natureza
Índio guerreiro, é
filho da terra
Com felicidade, vem
dançar (bis)
É Cinta Larga, é pele
dourada
Por toda cidade, vai
cantar
Vem ver, aves bailam no
ar
Papagaio a cantar, lindo
show multicor
Vêm os macacos,
sedução
Das águas vêm,
fascinação
Tem onças pintadas,
mistérios da mata
Tucano e beija-flor
Vejo a vida em formas
brotar
E o sonho se realizar
O conto brasileiro é
energia
Foliões traz pra avenida
Transformando em fantasia
O arlequim põe um cocar
É carnaval, vem
balançar
Minha "tribo"
traz lição (bis)
Que o Criador deixou
Culturas que ele
abençoou
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