ESTÁCIO DE SÁ
ESTÁCIO
DE SÁ
FUNDAÇÃO |
27/02/55 (Com o nome Unidos
de São Carlos até 1983) |
CORES |
Vermelho e Branco |
QUADRA |
Av. Salvador de Sá, 206
Cidade Nova
20211-260
Telefone: 2215-6935
Fax: 2590-0078 |
BARRACÃO |
Rua Rivadávia Correa, 60
Barracão 09
Cidade do Samba - Gamboa
20220-290 |
SÍMBOLO |
Leão |
RESULTADOS - SAMBAS-ENREDO
HISTÓRICO
A
Estácio de Sá tem hoje um contingente de aproximadamente
4 mil
pessoas e uma excelente bateria, onde sobressaem os tamborins. A
Estácio de Sá nasceu da fusão das mais
tradicionais escolas de
samba existentes no morro de São Carlos: Paraíso das
Morenas,
Recreio de São Carlos e Cada Ano Sai Melhor. Os componentes da
Estácio de Sá são, em sua maioria, da Cidade Nova,
Saúde,
Morro da Favela, Gamboa, Catumbi, Morro da Providência,
Estácio
e Morro de São Carlos.
Fundadores:
Miro (primeiro presidente), Caldez, Cândido Canário,
Sidney
Conceição, Zacharias do Estácio, José
Botelho, Maurício
Gomes da Silva, Walter Herrice, Manuel Bagulho entre outros. Suas
cores primitivas eram azul e branco, passando a vermelho e branco
a partir de 1965. E a troca de cores deu
sorte: a escola levou o
título do Grupo 3 com o enredo História do Teatro
Municipal.
Antes
do campeonato, a Estácio de Sá obteve sua melhor
classificação em 1987, quando conquistou o 4° lugar
com o
enredo Ti-ti-ti do Sapoti. Dando continuidade a um tipo
de enredo satírico, descontraído, mas conseqüente, a
Estácio
apresentou, em 1988, O boi dá bode e em 1989, Um,
dois, feijão com arroz. Os três de autoria de Rosa
Magalhães.
Desfilando
no Grupo Especial, obteve o campeonato em 1992, com o enredo Paulicéia
Desvairada - 70 anos de Modernismo, desenvolvido por Mário
Monteiro e Chico Spinoza. Em 1997, no entanto, a escola tira o
13º lugar com o enredo Através da fumaça, o
mágico cheiro
do Carnaval, descendo para o Grupo de Acesso. Desde o
descenso, a escola passou a enfrentar muitos problemas,
acarretando inclusive um inédito rebaixamento para o Grupo B, o
Terceiro Grupo, em 2004.
Mas, a partir daí, a escola mostrou
poder de superação e, além do mais, passou a ser
melhor
dirigida e estruturada. Isso provocou uma ascensão
meteórica,
protagonizada pelas reedições de enredos clássicos
da
agremiação. Em 2005, com a reedição de seu
tema de 1976, Arte
Negra na Legendária Bahia, a Estácio conquistou o
título
do Grupo B. E, em 2006, a escola, assumida pelo já consagrado
carnavalesco Paulo Barros, venceu o Grupo A com a
reedição do
enredo Quem é Você, de 1984. Depois de dez anos,
a
Estácio voltou ao Grupo Especial em 2007 e desfilou com o enredo
de 1987 O Tititi do Sapoti, sua terceira
reedição
consecutiva. Porém, tirou último lugar e regressou ao
Segundo
Grupo. O retorno à elite do Carnaval ocorreria somente em 2015,
com a conquista da Série A cantando o enredo De braços abertos, de janeiro
à janeiro. Sorrio, sou Rio, sou Estácio de Sá! Mas
um novo rebaixamento no Especial-2016, apesar do valente desfile em
homenagem a São Jorge, fez a Estácio retornar ao Acesso,
onde ficaria até 2019, quando venceu mais uma vez a Série
A, com o tema A Fé que Emerge das Águas. No
entanto, a permanência na elite em 2020 não foi
possível, mesmo com o reforço da carnavalesca Rosa
Magalhães. O enredo Pedra
não foi suficiente para segurar o Leão no Grupo Especial,
onde pelo menos ficou em penúltimo lugar, na frente da lanterna
União da Ilha.
Outro
fato caracteriza a história da escola: até 1983, seu nome
era
Unidos de São Carlos. Nesse ano, a agremiação
conseguiu a
vitória no Grupo 1B com o enredo Orfeu no Carnaval,
passando a integrar o time das grandes escolas do Rio.
A
Estácio de Sá realiza seus ensaios no mesmo local onde
funciona
seu barracão. A antiga sede da agremiação ficava
na Rua Miguel
de Frias, na Cidade Nova, de onde foi despejada pela Prefeitura
para a construção do Teleporto.
ESTÁCIO
- O BERÇO DO SAMBA
O
bairro do Estácio de Sá é indiscutivelmente o
berço do samba
carioca. Centro da grande "malandragem" do príncipio
do século, vizinha da Praça Onze e do Mangue (Zona), foi
passagem de todos os grandes sambistas que, na época, surgiram
no Rio - da Mangueira à Portela, passando pelos compositores e
cantores do rádio que, em pleno desenrolar da "década de
ouro do samba", lá iam garimpar a base de seu repertório,
sambas maravilhosamente eternos. Francisco Alves e Mário Reis
são exemplos.
O
início resume-se nas destacadas figuras de Mano Edgar, Bucy
Moreira, Alcebíades Barcelos (Bide), e seu irmão Rubens,
Armando Marçal, Heitor dos Prazeres, Ismael Silva, Baiaco,
Brancura e Juvenal Lopes ("Nonel do Estácio ou "Juju
das Candongas"), que mais tarde se mandou para a Mangueira,
onde chegou à presidência.
Foi
ali que surgiu a "Deixa Falar", considerada a Primeira
Escola de Samba. Criada no dia 12 de agosto de 1928, a sede
improvisada ficava no porão da casa número 27 da rua do
Estácio, onde morava o fundador, Ismael Silva, líder dos
sambistas do bairro. Como nas imediações funcionava uma
Escola
Normal, que formava professores para a rede escolar, Ismael Silva
resolveu batizar seu grupo de Escola de Samba, já que formaria
professores de samba. A Deixa Falar durou pouco tempo, desfilando
na Praça Onze nos carnavais de 1929, 1930 e 1931, e nem chegou a
participar do primeiro concurso das Escolas de Samba do Rio,
organizado em 1932 pelo Jornal Mundo Sportivo pois preferiu
passar para a categoria de rancho carnavalesco. No entanto, foi
uma referência para o surgimento das outras Escolas.
"A
maioria era 'almofadinha' e não se misturava muito". Quem
saía dentro da corda mesmo eram o baliza Gaguinho, a
porta-estandarte Caboquinha, o Chico Macaú que encourava
barricas de mate ou de vinho para a bateria reforçada do Bloco
da Carestia, em cuja casa havia Umbanda, Congo e Caxambu e a
gente que vinha dos trabalhadores do cais, operários,
artesãos,
gráficos e ambulantes aos quais se juntavam malandros,
cafetões
e boêmios em geral, .
Entre
as cabrochas: Tiana do Nabo, Anastácia do Nino, Celeste,
Rosália, Odetinha, Agripina, Julieta, senhoras de respeito que
faziam o coro de canto ou a fila de baianas. Entre os malandros
batuqueiros, Bujú Velho, Gaguinho, Paulo Grande, o Chorro,
Dadá
Mulato, Alemãozinho, Neca Bonito e o maior malandro de todos os
tempos do Estácio, Nino da Anastácia. Tinha ainda os mais
esquecidos, os importantíssimos homens da corda como Jorge
Burundú (da "Cada Ano Sai Melhor"), João Pimentão
(da "Paraíso das Morenas"), e o Milú (da
"Recreio de São Carlos"), gente que fazia questão de
se expor, brigar, sofrer e carregar aquela estiva toda, ida e
volta.
Após
a "Deixa Falar" surgiram várias agremiações no
bairro do Estácio como "Cada Ano Sai Melhor",
"Sem Você Eu Vivo", "Vê Se Pode" que se
transformou na "Recreio de São Carlos", "Paraíso
do Grotão" e "Boi Azul". Em 27 de fevereiro de
1955 surgiu a "Unidos de São Carlos", criada a partir
da fusão das escolas "Cada Ano Sai Melhor",
"Paraíso das Morenas" e "Recreio de São
Carlos". Em 1983, a "Unidos de São Carlos" passou
a se chamar Estácio de Sá.
RESULTADOS
DA ESCOLA
1956 - 5ª no Grupo
2
Glória aos Imortais do Samba
1958 - 4ª no Grupo 2
Homenagem a Alberto Santos Dumont
1959 - 11ª no Grupo 2
Marechal Rondon
1960 - 19ª no Grupo 2
Enredo não disponível
1961 - 8ª no Grupo 3
Música, Poesia e Arte
1962 - 5ª no Grupo 3
História da música brasileira
José Coelho
1963 - 9ª no Grupo 3
Quatro Séculos de Glórias da Bahia
José Coelho
1964 - 8ª no Grupo
3
História da Música Brasileira
José Coelho
1965 - 1ª no Grupo 3
História do Teatro Municipal
José Coelho
1966 - 3ª no Grupo 2
História da Escola Nacional de Belas Artes
José Coelho
1967 - 1ª no Grupo 2
Lendas e Costumes do Brasil
José Coelho
1968 - 7ª no Grupo 1
Visita ao Museu Imperial
José Coelho e Francisco Henrique
1969 - 6ª no Grupo 1
Gabriela, Cravo e Canela
1970 - 7ª no Grupo 1
Terra de Caruaru
1971 - 6ª no Grupo 1
Brasil Turístico
1972 - 9ª no Grupo 1
Rio Grande do Sul na Festa do Preto Forro
1973 - 1ª no Grupo 2
Trá, Lá, Lá, um Hino ao Carnaval Brasileiro de
Lamartine
Babo
1974 - 9ª no Grupo 1
Heroínas dos Romances Brasileiros
1975 - 10ª no Grupo 1
A Festa do Círio de Nazaré
1976 - 10ª no Grupo 1
Arte Negra na Legendária Bahia
Aelson Nova Trindade
1977 - 10ª no Grupo 1
Alô, Alô, Brasil, 40 anos de Rádio Nacional
Geraldo Sobreiro
1978 - 1ª no Grupo 2
Céu de Orestes no chão de estrelas
Comissão de Carnaval
1979 - 8ª no Grupo 1A
Das Trevas ao Sol, uma Odisséia dos Karajás
Roberto Nascimento, Célia Oliveira, Elizabeth Filipecki e Paulo
Luís
1980 - 6ª no Grupo 1A
Deixa Falar
Francisco Fabian
1981 - 1ª no Grupo 1B
Quem Diria, da Monarquia à Boemia ao Esplendor da Praça
Tiradentes
1982 - 12ª no Grupo 1A
Onde há Rede há Renda
Edílson Ferreira
1983 - 1ª no Grupo 1B
Orfeu do Carnaval
Sílvio Cunha
1984 - 6ª no Grupo
1A
Quem é Você?
Sílvio Cunha
1985 - 10ª no Grupo 1A
Chora Chorões
Fernando Álvarez
1986 - 10ª no Grupo 1A
Prata da Noite - Grande Otelo
Oswaldo Jardim
1987 - 4ª no Grupo 1
O Ti-Ti-Ti do Sapoti
Rosa Magalhães e Lícia Lacerda
1988 - 9ª no Grupo 1
O Boi Dá Bode
Rosa Magalhães
1989 - 9ª no Grupo 1
Um, Dois, Feijão com Arroz
Rosa Magalhães
1990 - 5ª no Grupo Especial
Langsdorff, Delírio na Sapucaí
Mário Monteiro
1991 - 5ª no Grupo Especial
Brasil, Brega e Kitsch
Mário Monteiro
1992 - 1ª no Grupo Especial
Paulicéia Desvairada, 70 anos de Modernismo no Brasil
Mário Monteiro e Chiquinho Spinoza
1993 - 6ª no Grupo Especial
A Dança da Lua
Chiquinho Spinoza
1994 - 13ª no Grupo Especial
Saara... A Estácio chegou no Iê Iê Iê de
Alalaô
Alexandre Louzada
1995 - 5ª no Grupo Especial
Uma Vez Flamengo...
Mário Borriello
1996 - 10ª no Grupo Especial
De um Novo Mundo eu sou e uma Nova Cidade Será
Sílvio Cunha
1997 - 13ª no Grupo Especial
Através da Fumaça, O Mágico Cheiro do
Carnaval
Max Lopes
1998 - 8ª no Grupo A
Cem Anos de Cultura - Academia Brasileira de Letras
Sílvio Cunha
1999 - 3ª no Grupo A
No passo do Compasso, a Estácio no Sapatinho
Lilian Rabelo
2000 - 8ª no Grupo A
Envergo, Mas Não Quebro
Jorge Cunha e Paulo Trabachini
2001 - 7ª no Grupo A
E aí Tem Patrocínio ? Tenho, José
Jorge Cunha e Paulo Trabachini
2002 - 8ª no Grupo A
Nos Braços do Povo, na Passarela do Samba... Cinqüenta Anos
de
O Dia
Roberto Szaniecki
2003 - 5ª no Grupo A
Um Banho da Natureza. Cachoeiras de Macacu
Roberto Szaniecki
2004 - 9ª no Grupo A
A Estácio é Dez, o Brasil é Mil e a Fome é
Zero
Sílvio Cunha
2005 - 1ª no Grupo B
Arte Negra na Legendária
Bahia
Sílvio Cunha
2006 - 1ª no Grupo A
Quem é Você?
Paulo Barros
2007 - 13ª no Grupo
Especial
O Tititi do Sapoti
Paulo Menezes
2008 - 7ª no Grupo A
A História do Futuro
Cid Carvalho
2009 - 5ª no Grupo A
Que Chita Bacana
Cid Carvalho
.
2010 - 3ª no Grupo A
Deixa falar. A Estácio é isso ai! Eu visto esse manto e
vou por ai...
Chico Spinoza e Gebran Smera
.
2011 - 3ª no Grupo A
Rosas
Marcus Ferreira
.
2012 - 7ª no Grupo A
Luma de Oliveira: coração de um país em festa!
Marcus Ferreira
.
2013 - 4ª no Grupo A
Rildo Hora: A Ópera de um menino... O toque do realejo rege o
seu destino!
Jack Vasconcelos
.
2014 - 2ª no Grupo A
Um Rio à beira-mar: ventos do passado em direção
ao futuro!
Jack Vasconcelos
.
2015 - 1ª no Grupo A
De braços abertos, de janeiro à janeiro. Sorrio, sou Rio,
sou Estácio de Sá!
Amauri Santos e Tarcísio Zanon
.
2016 - 12ª no Grupo Especial
Salve Jorge! O guerreiro na fé
Chico Spinoza, Amauri Santos e Tarcísio Zanon
.
2017 - 3ª na Série A
É! O moleque desceu o São Carlos, pegou um sonho e partiu com a Estácio!
Chico Spinoza e Tarcísio Zanon
.
2018 - 6ª na Série A
No Pregão da Folia sou Comerciante da Alegria e com a Estácio Boto Banca na Avenida
Tarcísio Zanon
.
2019 - 1ª na Série A
A Fé que Emerge das Águas
Tarcísio Zanon
.
2020 - 12ª no Grupo Especial
Pedra
Rosa Magalhães
SAMBAS-ENREDO
1968
Enredo: Visita
ao Museu Imperial
Compositores:
Wanderlei e Jorge Canário
Lá vem a mais
bela recordação
Promovida à
inspiração
Ao ver uma obra
monumental
E neste samba, meu
mensageiro feliz
Lembra a visita que
fiz
Ao museu imperial
E no conviver de
tanta beleza
No requinte, a
riqueza
Do majestoso
cenário
Encerra passagem
da nossa história
Todo o passado de
glória (bis)
Deste exuberante
relicário
Então ergue sua
voz o trovador
Pra exaltar com
muito amor
O rico manancial
Revive na singela
melodia
O fardo da
monarquia
Da mania imperial
Relembro as jóias
maravilhosas
Carruagens
majestosas
O manto e a coroa
do imperador
O leque sem
semblante de pilar
Sapatilhas de
cristais
Figuras e
esculturas de real valor
Assim enfeitiçando
a imensidão
Implorando na
canção
Vai o feliz
trovador
Lalalalarará...
1969
Enredo: Gabriela,
cravo e canela
Autor(es): Sidney da
Conceição, Velha e Geninho
Foi na Bahia
Na cidade de Ilhéus
Que surgiu um grupo de sertanejos
Fugindo da seca do sertão
Junto estava Gabriela
Maltrapilha com uma trouxa na mão
E a poeira escondendo
Todo o seu encanto e sedução
Nacib ao contratá-la não esperava
Que ela fosse tão bela
E a retirante sertaneja
Tivesse as mãos tão divinas e habilidosas
Nos saborosos quitutes da Bahia
Nacib exclamou com tanta beleza que via
Tão bela, ô tão
bela (bis)
O cheiro de cravo e a cor de canela
Ele
se apaixonou
E com ela se casou
Gabriela, moça pobre do sertão
Gostava de cantiga de roda
E de dançar com os pé no chão
Festejava o ano novo
No salão mais rico de Ilhéus
Quando passou a "Pastorinha"
Festejando reisado a cantar
Gabriela abandonou luxo e riqueza
Saiu correndo, pegou o estandarte e foi pular
Toda aquela gente importante
Foi para a rua com ela festejar
Mais uma vez a mulata
Demonstrando seu valor
Uniu pobres e ricos
Com a força do amor
Toda a cidade de Ilhéus
Comentava o idílio de Gabriela
Mas Nacib compreendeu
Que ela era uma flor
Nasceu para enfeitar a vida
De prazeres e de amor
1970
Enredo: Terra
de Caruaru
Compositores: Sidney da
Conceição e Geninho
Em
Pernambuco, na terra de Caruaru
Berço de tantas tradições
Do frevo e maracatu
Os violeiros, cancioneiros
Zabumbas, tantãs e pandeiros
Uma canção e sanfoneiros
Pregoeiros na feira
Viajantes caixeiros
Negros trabalhavam
Na colheita do algodão
Filhos de pioneiros estudavam
Para o progresso da nação
Na casa grande da fazenda
Igreja da Conceição
O requinte deste tema
O passado de glória
Na cidade moderna de Caruaru
Enriquecem nosso poema
A festa junina, o ciclo do natal
E o maracatu no carnaval
Oi,
maracatu, maracatu
cantarei (bis)
Oi, maracatu, maracatu gingarei
1971
Enredo: Brasil
Turístico
Compositores: Darci
do
Nascimento, Olivieli Oliveira e Nilo Mendes
Brilha
sob este céu azul
O que me faz sentir
Orgulho e sedução
Exaltando os bravos bandeirantes
Seus lindos campos floridos
Suas flores verdejantes
As cataratas do Iguaçu
Gruta de Maquiné
Terra do Batuquejê de Aruanda
E do famoso candomblé
Do frevo e maracatu
Salve Iracema
Oh, lugar (bis)
Beleza suprema, poema
Boi bumba oi
Turismo tem
Em todos os recantos
Tem no norte, tem no leste
Tem no centro, oeste, sul
Quem parte leva saudade de alguém
Do clima tropical
Quem fica pela cidade
Desse país majestade
Vai ficar lembrando o carnaval
Vaquejada, o mestre Aleijadinho
São riquezas que enobrecem
Novos caminhos
Pelos lindos cantos e recantos
É que eu canto:
Venham ver o meu Brasil Tri-Campeão
La la la ia la
La ia la ia la ia la...
1972
Enredo: Rio
Grande do Sul, na festa do preto forro
Compositores: Nilo
Mendes
e Dario Marciano
O
negro na senzala cruciante
Olhando o céu pedia a todo instante
Em
seu canto e lamentos de saudade (bis)
Apenas uma coisa, liberdade
Na
região denominada Preto Forro
Lá na Serra do Mateus
Na Boca do Mato
Todo negro dono de sua liberdade
Na maior felicidade
Se dirigia para lá
Reunidos davam inicio à festança
Com pandeiros, tamborins, xexeréis e ganzás
Oeô, oea
Saravá meu povo (bis)
E salve todos os Orixás
Sob
o clarão da lua
E o fosco do lampião
A capoeira era jogada
Sempre ao som de um refrão
"Você me
chamou de moleque (bis)
Moleque é tu"
Rio
Grande do Sul
Seu folclore sua gente
Também participaram
Desta festa diferente
Oeô, oea
Saravá meu povo (bis)
E salve todos os Orixás
1973
Enredo: Trá,
la, la, la, um hino ao carnaval brasileiro de Lamartine Babo
Compositores: Oliviel
e
Darcy do Nascimento
Os
clarins anunciando a
festa
Em louvor de um gênio imortal
Desde os treze anos já mostrava
Que seria um mito nacional
Ele prosperou e se consagrou no carnaval
Cibele, Viva o
Amor e Lola
São obras desse mestre criador (bis)
Tempo bom que não volta mais
Só deixou lembranças desses carnavais
Quem
não se lembra da
marcha Linda Morena
Ride Palhaço quando os cordões entravam em cena
Luzes coloridas, chuvas de confete e serpentina
A nossa bela escola vai passar
Com arlequins, pierrots, colombinas
Entrei na ginga, moringa
pinga prá cá
Quem não tem ginga, moringa pinga prá lá (bis)
Entrei na hora e agora, vou me acabar
Lamartinando no hino Trá, Lá, Lá, Lá
1974
Enredo: Heroínas
do Romance Brasileiro
Compositores: Djalma
das
Mercês e Maneca
Na
festa que Rei Momo
anuncia
Com suprema alegria, carnaval
São Carlos nas asas da poesia
Cantará com galhardia
Um enredo original
Com arte, grandes mestres escritores
Perpetuaram amores imortais
Fixando na posteridade (bis)
Damas da sociedade nacional
Na suntuosidade
dos salões
Ou nos agrestes, sertões e saraus
Um clima de romance se fazia
Quando uma delas surgia
Com seu porte escultural
E com seus requintes e maneiras
Projetando a mulher brasileira
No cenário mundial
Músicos, poetas e pintores
Inspirados em seus amores
As fizeram imortais
São conhecidas pelo mundo inteiro
As heroínas do romance brasileiro
Ô ô ô vamos cantar
Com as heroínas neste tema singular
Ô ô ô vamos sambar
Com as heroínas que viemos exaltar
1975
Enredo: Festa
do Círio de Nazaré
Compositores: Aderbal
Moreira, Dario Marciano e Nilo Esmera Mendes
No
mês de outubro
Em Belém do Pará
São dias de alegria e muita fé
Começa
com intensa romaria matinal (bis)
O Círio de Nazaré
Que
maravilha a procissão
E como é linda a Santa em sua berlinda
E o romeiro a implorar
Pedindo a Dona em oração
Para lhe ajudar
Oh!
Virgem Santa
Olhai por nós
Olhai por nós (bis)
Oh! Virgem Santa
Pois precisamos de paz
Em
torno da Matriz
As barraquinhas com seus pregoeiros
Moças e senhoras do lugar
Três vestidos fazem pra se apresentar
Tem o circo dos horrores
Berro-Boi, Roda Gigante
As crianças se divertem
Em seu mundo fascinante
E o vendeiro de iguarias a pronunciar
Comidas típicas do Estado do Pará
Tem pato no tucupi
Muçuã e
tacacá (bis)
Maniçoba e tucumã
Açaí e aluá
1976
Enredo: Arte
negra na legendária Bahia
Compositores: Caruso,
Caramba e Dominguinhos do Estácio
Abram
alas meus tumbeiros
Aos sete portais da Bahia
É a arte negra que desfila
Com seus encantos e magia
Da sua terra, trouxeram a saudade
A capoeira, o berimbau
Os enfeites coloridos
O pilão, colher de pau
Iorubá, Bantos,
Gegês
No terreiro dançavam (bis)
Samba e batuquegê
Falavam
a língua nagô
Rezavam forte com fé
Talhando arte deixaram
Imagens do candomblé
Pro
mau olhado, figa de
guiné (bis)
Ricas
mucamas de branco
Com flores num só canto
Vão a igreja do Bonfim ofertar
Água no pote ao Pai Oxalá
Saravá, Atotô
Obaluaiê
(bis)
Yemanjá, Ogum, Oxumarê
1977
Enredo: Alô!
Alô! Brasil, quarenta anos de Rádio Nacional
Compositores: Dominguinhos
do Estácio
A
Rádio Nacional
Está presente neste carnaval
E vem contar a sua história
Quatro décadas de glória
Descrita de maneira genial
Divino é recordar
Seu auditório cheio de alegria
Animado por Cezar
de Alencar (bis)
Outrora campeão da simpatia
Locutores
e cantores
Que lhe deram aquela dimensão
Sobrevive ainda Jorge Cúri
Dos tempos de Cordeiro e de Frasão
Fazem parte da sua aquarela
Roberto e Floriano Faissal
Cauê Filho, Henriqueta Brieba
Ísis de Oliveira e Elza Gomes
Filho de Maria
homem nasceu
Serro bravo foi seu berço natal (bis)
O Detetive Anjo e o Metralha
São partes da parte policial
O
Primo Pobre procurava o
Primo Rico
Sempre que se via em aflição
O Peladinho dava o pulo da vitória
Depois de cada jogo do Mengão
Balança,
balança,
balança, mas não cai (bis)
1978
Enredo: Céu
de Orestes no chão de estrelas
Compositores: Augusto
Nunes, Oswaldo Guedes e Darci Branco
É
a vez de um poeta
E os seus versos despertam
Uma grande atenção
E as noites eram suas
As estrelas e a lua
Eram temas pra canção
Jornalista de conceito
Escrevia a respeito
Do Rio onde nasceu
Além de ser
patriota
Era um bom carioca (bis)
Seu nome o Rio jamais esqueceu
Ele disse que o
samba não é branco
Não é preto, é brasileiro (bis)
Ele é verde e amarelo
É marcado com pandeiro
O
poeta seresteiro
Que São Carlos vem mostrar
Era grande cancioneiro
Quando o samba de terreiro
Era no Estácio de Sá
Saudades da luz de
lampião
Da flauta, cavaquinho e violão (bis)
Do poema e da prosa
Jamais vamos esquecer Orestes Barbosa
1979
Enredo: Das
trevas a luz do Sol, Uma odisséia Karajá
Compositores: Elinto
Pires e Leleco
Olê, olê
Olê lá (bis)
Se avida tem segredo
Urubu-Rei podew contar
Conta a lenda
Que os Karajás
Vieram do furo das pedras
Tal e qual os Javaés
E os Xambioás
No seu mundo encantado
Só na velhice que a morte acontecia
E a siriema despertou ô ô
A curiosidade que havia
Kaboi o Avoengo reuniu
Guerreiros para explorar a terra
E ficou desiludido
Resolveu contar tudo a seu povo
Que dividido partiu para um mundo novo
Kanaxivue
Bravo guerreiro casou com Mareicó
E foi procurar a luz
Para tornar o seu mundo bem melhor
Morreu numa imensa odisséia
Quando Urubu-Rei apareceu
Lhe deu a vida, o Sol, as estrelas
E o luar
E assim surgiu a lenda dos Karajás
1980
Enredo: Deixa
Falar
Compositores: Elinto
Pires e Sidney da
Conceição
Vai
levantar poeira
Oi deixa o couro comer (Lêo Lelê)
O Estácio virou tema
Seu passado é um poema
Agora é que eu quero ver
É
o samba, iaiá
É o samba, ioiô
Mostrando pro mundo inteiro (bis)
O seu berço verdadeiro
Onde nasceu e se criou
É
samba de roda
Batucada e candomblé (bis)
Tem capoeira e gafieira dando olé
Foi
Ismael
O criador da primeira escola
Ao som do surdo e da viola
Fez o nosso povo cantar
Poesia e fantasia
Num carrossel de ilusão
Viemos mostrar agora
O velho Estácio de outrora -
Revivendo a tradição
Deixa Falar, ô ô
Deixa Falar (bis)
Relembrando aquele tempo
Que não pode mais voltar
1981
Enredo: Quem
diria, da monarquia à Boemia, ao esplendor da Praça
Tiradentes
Compositores: Caruso e
Oliviel
Nesta
avenida iluminada
Vem o artista louvar
O esplendor da velha praça
Relíquia da cultura popular
Destacando nosso imperador
A liberdade, a monarquia
Saudando o namorador
Sua corte e a boemia
Quem diria, quem diria (bis)
Que o passado ao presente viria
(Na Praça...)
Na Praça Tiradentes
Quando a noite chegava
Havia uma explosão de cores
Ao som da gafieira, boêmios pelas calçadas
Iam conquistando seus amores
E os artistas nos teatros engalanados
Desempenhavam seus papéis (seus papéis)
Jornais e as revistas publicavam as notícias
Que tiravam os chapéus
Tornei-me um ébrio na bebida para esquecer
Pois não sabia que o passado eu ia reviver
E até hoje continua animado
O baile dos enxutos que não pára de crescer
Vira mexe, mexe
vira
Vestido de homem e de mulher (bis)
Vem o bonde vinte e quatro
Todos sabem que ele é
1982
Enredo: Onde
há rede há renda
Compositores: Caruso e
Djalma Branco
Me
preparei
Para o desfile principal
Já mandei fazer a fantasia
De renda bordada
Lá da ilha da Madeira
Já estou pronto
Para entrar na brincadeira
Ô ô ô ô ô ô
No rendar, rendou (bis)
A lenda diz que a moça índia foi primeira
Tecelã e que a renda é brasileira
Vem de Portugal, eu sei
Quem joga a rede
Pega o peixe e faz a renda
Sá Maria, artesã e bordadeira imperial
Fazia renda no tear do casarão colonial
E a rendeira do sertão
Virou poema, cantiga de Lampião
Tudo isto vem mostrar
Que há rede e renda
Tanto aqui quanto além-mar
Vou deitar na rede
Vou sonhar os sonhos dela (bis)
E trazer muié rendeira
Pra rendá na passarela
1983
Enredo: Orfeu
do Carnaval
Compositores: Caruso e
Djalma Branco
No
verso apaixonado de Orfeu
Reina uma mulher somente sua
Por este amor maior que o envolveu
Enlouqueceu e vagou pela rua
No amor ferido de Aristeu
E o feitiço de Mira
A amante abandonada
A dama negra a ele apareceu
Levando para sempre a sua amada
O morro emudeceu
Explode a dor no peito de Orfeu
E o poeta apaixonado
Canta ao céu desesperado
O grande amor que perdeu
(Oh lua)
Lua, oh lua
Musa amada, branca e nua (bis)
Quero lhe beijar e lhe dizer, sou seu
E você dizer sou toda sua
Desceu
do morro
Enfeitou sua tristeza
Fez seu reino de beleza
Das mágoas do seu coração
E este menestrel moderno
Procura até no inferno
A voz de sua razão
(e vai)
Vai aos orixás do
Candomblé (bis)
Demonstrando sua fé
Cai
na orgia
Porém nada mas fascina
Ao Pierrô sem Colombina
Na sua alucinação
Morreu Orfeu
Vencido pelo mal (bis)
Mas há sempre
Um Orfeu no carnaval
1984
Enredo: Quem
é você (Vem de lá)
Compositores: Darcy
do
Nascimento, Jangada e Dominguinhos do Estácio
Chegou
a hora
A hora da cobra fumar
É o velho Estácio na avenida
Que feliz da vida
Vem se apresentar
Que idéia feliz
Teve o artista
Num repente genial
Quem é você (bis)
Que brilha neste Carnaval
Posso
ser colombina
Ou talvez pierrô
Quem sabe arlequim
Ou um grande amor
Vem de lá, vem de
lá, vem de lá
Ô ô ô (bis)
Vem de lá, vem de
lá, vem de lá
Um abraço forte dado com
amor
Neste
enredo esfuziante
Importante como quê
Maravilhas que se mostram
Coisas tão bonitas de se ver
Roda gira, gira roda
Gira o meu coração
Gira a arte e a folia
O show, a cenografia
Gira ilusão
Vou cair na gandaia
Vou me acabar (bis)
Nos braços da lira
Eu quero é rosetá
1985
Enredo: Chora,
Chorões
Compositores: Djalma
Branco, Caruso, Jangada e Djalma das Mercês
Embalados
neste som dolente
Vamos nessa minha gente
Unir os corações
Anda, meu amor, a hora é esta
Os chorões estão em festa
Gemem primas e bordões nos salões
Soluça bem alto um cavaquinho
Chorando acordes, um pinho
Diz que é tempo de sonhar e recordar
E lá vou eu
Meu bem, também (bis)
Choramingar
E
nesta festa
Sou chorão e vou chorar
Sou carinhoso desde bem pequenininho
Tico-tico sai do ninho
Pra comer o meu fubá
(E em noite alta...)
Em noite alta
Murmura a flauta
Apanhei-te cavaquinho
André de sapato novo
Pede ao povo
Pra chorar também brasileirinho
Urubu malandro
É dengoso e quer
dançar (bis)
Agarradinho
Nas cadeiras de iaiá
1986
Enredo: Prata
da Noite
Compositores: Darcy do
Nascimento e Dominguinhos do Estácio
Deixa
o samba correr, chuê, chuê
Deixa a água rolar,
chuá, chuá, oi (bis)
Que hoje tem chuva de prata
A fina flor, a nata e a raiz
Fez
do palco uma bandeira
E da carreira uma religião
Guarda banca no cinema
No rádio e na televisão
Seu nome criou
fama
Seu talento corre chão
Construindo seu castelo (bis)
Vem surgindo Grande Otelo
O rei da ilusão
No
tabuleiro da baiana
tem
Amor e fantasia
No tabuleiro da baiana também tem
Quindins de alegria
Fez Chacrinha na Lapa
Briga de tapa nunca rejeitou
Teve atrito com Satã
E Madame Satã acreditou
Morou no berço do samba
Foi bamba compositor
Onde deu volta por cima (bis)
Fez rima de amor e dor
1987
Enredo: O
Tititi do Sapoti
Compositores: Darcy
do
Nascimento, Djalma Branco e Dominguinhos do Estácio
Que
tititi é esse
Que vem da Sapucaí (bis)
Tá que tá danado
Tá cheirando a sapoti
Baila
no céu a
esperança
O cheiro doce e perfume
Vêm no ar
Olê, olê, olê
Vem de terra mexicana
Mandei buscar prá você
Sacode prá colher
Do pé que eu quero ver (bis)
Até o dia amanhecer
Dom
João achou bom
Depois que o sapoti saboreou
Deu pra Dona Leopoldina
A Corte se empapuçou
E mandou rapidamente
Espalhar no continente
Até o Oriente conheceu
E hoje no quintal da vida sou
criança
Me dá que o sapoti é meu
Isso virou tutti-fruti
Tutti-multinacional
Virou goma de mascar (bis)
Roda prá lá e prá cá
Na boca do pessoal
1988
Enredo: O
boi dá bode
Compositores: Djalma
Branco e Caruso
A
onda que me levou
Me embalou
De lá pra cá numa legal
E o vento que soprou
Me avisou que tinha boi no Carnaval
Procurei
E achei o boi "Ápis", o boi dourado
A minha fantasia
E também o "Minotauro"
O boi grego da mitologia
Lá no Norte
dancei
O "boi bumbá" (bis)
Bumba-meu-boi
Lá pras bandas do
Ceará
Em
Pernambuco
Ouvi contar que "Maurício de Nassau"
Por uma ponte fez o boi voar
Foi 171 que enganou o pessoal
No compasso
Oi, joguei o laço pra pegar o boi (que fracasso...)
Que fracasso
Não sei pra onde o mandingueiro foi
Se matar esse boi
O mocotó é meu (bis)
Pra pagar a corrida
Que esse boi me deu
Tem
boi no pasto e de
presépio
Boicote em qualquer lugar
E o boi da cara preta
Que fez careta pra me assustar
O boi de corte virou vaca
A carne é fraca, é
isso aí (bis)
O boi dá bode na
Sapucaí
1989
Enredo: Um,
dois, feijão com arroz
Compositores: Djalma
das
Mercês, Déo, Gustavo, Bajão, Marinho e Pereira
Parece
que o arroz, ô ô ô ô
Veio da China pra cá
Até seu imperador, botou banca na corte
Era o primeiro a plantar
Nessa história
Árabe não leva
fé (bis)
O arroz nasceu
De uma gota de suor de
Maomé
Saboreia
o estrangeiro
Esse arroz que vai e vem (e vem, e vem)
E o povo brasileiro
Quando pode come também
Dívida externa, prato antigo
Nilo Peçanha já teve que comer, oi
Foi na Maria Fumaça que "vendeu" capim
Com arroz pra inglês ver
Vem, meu amor
Linda noivinha, vem comigo pro altar
Eu quero um bom banho de arroz
Para nos fertilizar
Axé, Axé, pai
Oxalá
Na sua ceia (bis)
Tem arroz de Haussá
E
no Sul
O gira, gira, gira mundo do feijão (vejam só)
Vejam só, comemos arroz doce
E o feijão é docinho no Japão
Ê mulata
Ê Brasil trigueiro
(laiá, laiá...)
Põe o preto no branco (bis)
É feijão com arroz
Viva o povo brasileiro
O
feijão e o arroz
Num tempero especial
É a Estácio
Sacudindo o Carnaval
1990
Enredo: Langsdorff,
Delírio na Sapucaí
Compositores: Jorge
Magalhães, Adalto Magalha, Adilson Gavião e Maneco
Num
desfile fascinante
A Estácio vem mostrar e contar
A viagem deslumbrante
Que Langsdorff fez a mando do Tzar
(Foi em Minas Gerais)
Minas Gerais
Onde a odisséia começou
Flora, fauna, minerais
Catalogando tudo aquilo que encontrou
Empalhando os animais
E revelando seus achados a Moscou
(Com muito amor)
Em Cuiabá, margeando um igarapé
Viu a tribo Apiacá
Povoação ribeirinha ao Guaporé
Alucinado com a
febre do sertão
Viu a Rússia na
Amazônia (bis)
Num delírio de
ilusão
(Fascinação...)
Fascinação
O palácio do Tzar estava ali
Por incrível que pareça
Viu a mula-sem-cabeça
Galopando com Saci
E os colibris
Num bailar tão sutil
Borboletas revoando entre as flores
Matizando em muitas cores
A aquarela do Brasil
Que maravilha
Coisa igual não vi (bis)
A Estácio é
delírio
Na Sapucaí
1991
Enredo: Brasil
Brega e Kitsch
Compositores: Maneco,
Orlando e Jangada
Veja,
tanta beleza e poesia
Traz o o circo Brasil, Brasil, Brasil
A Estácio em melodia
Ironiza o dia-a-dia
"Hello my baby", sente o toque
O dólar é nosso dinheiro
O meu samba dança rock
Tudo falso-verdadeiro
Gira baiana, girou
Carmem Miranda virou
Americana, rumbeira (bis)
Olha o que o malandro fez
Voltou falando inglês
O "Brazil" marcou bobeira
(Televisão)
Televisão, deusa da fascinação
Balcão de fantasia
De produto sempre nobre
Cega rico, cega pobre
É consumo, hipocrisia
Quanta saudade
De nossos valores culturais
Pixinguinha e Noel
O fundador Ismael
E outros imortais
Oh. meu Brasil
É kitsch, é brega (bis)
Se pagar o bicho come
Se dever o bicho pega
1992
Enredo: Paulicéia
Desvairada - 70 anos de modernismo
Compositores: Djalma
Branco, Déo, Maneco, Caruso
Eu
vi (ai meu Deus eu vi)
O arco-íris clarear
O céu da minha fantasia
No brilho da Estácio a desfilar
A brisa espalha no ar
Um buquê de poesia
Na Paulicéia desvairada lá vou eu
Fazer poemas, e cantar minha emoção
Quero a arte pro meu povo
Ser feliz de novo
E flutuar nas asas da ilusão
Me dê, me dá, me
dá, me dê (bis)
Onde você for eu vou com
você
Lá
vem o trem do caipira
Prum dia novo encontrar
Pela terra, corta o mar
Na passarela a girar
Músicos, atores, escultores
Pintores, poetas e compositores
Expoentes de um grande país
Mostraram ao mundo o perfil do brasileiro
Malandro, bonito, sagaz e maneiro
Que canta e dança, pinta e borda e é feliz
E assim transformaram os conceitos sociais
E resgataram pra nossa cultura
A beleza do folclore
E a riqueza do barroco nacional
Modernismo movimento
cultural
No país da
Tropicália (bis)
Tudo acaba em carnaval
1993
Enredo: A
Dança da Lua
Compositores: Wilsinho
Paz e Luciano Primo
Clareou,
clareou, clareou (clareou)
A dança já vai começar (obá, obá)
Clareou, clareou, clareou
A
Estácio tem a Lua como
par (bis)
Ouvi
contar, os índios
Carajás
Que nada existia, até Kananciuê criar
Na frágil luz da "Lua Nova"
Faz a Terra e a flora, a fauna, o rio e o mar
O verdadeiro paraíso, Jardim do Éden
Ou quem sabe Shangrilah
E assim a lua dançou e se faz crescente
E revelou (e revelou) o reino das pedras verdes
Os Guaquaris e os Sacis, Cancão e a Mãe da Mata
Que protegiam as amazonas
Bravas guerreiras da nação Icamiabas
Bota fogo na
fogueira, pra clarear
Caipora flamejante, não
quer parar (bis)
Se vaga-lume mau ilumina, manda
soltar
Aprisiona o urubu-rei, pra "Lua
Cheia" libertar
Dragão lunar me
conceda, o prazer de contemplar
Estas deusas que estão sob sua proteção
Que a "Lua Minguante" não tarda a chegar
Quando vier, reduzirá a claridade
Trará consigo a maldade, o zodíaco dançará
As bruxas negras casarão com Satanás
Muita orgia e algo mais, um verdadeiro sabá
A deusa Lua partiu
A "Lua Negra" chegou
Na busca do amor
O preto e branco é colorido
Tudo é mais lindo no nosso interior
1994
Enredo: S.A.A.R.A.
... A Estácio chegou no lê lê lê de
alalaô
Compositores: Fininho,
Pereira, Edmilson e Marinho
Tem
balangandã
E jóia rara (bis)
Nesse canaã
Que é o Saara
Paraíso
que um dia
encontrei
No coração desta cidade
Vim, venci, fiquei
São cem anos de idade
Hoje a Estácio de Sá
Tem história pra contar
Bem pra lá de Bagdá
É leilão, é leiloeiro
É pregão, é pregoeiro
A promoção vai começar
Carrega, vamos
moço
Quem paga um leva três (bis)
Eu perco tudo
Mas não preço o
freguês
Babel
Do comércio de sonhos
Um pedaço do céu
Pedi a São Jorge guerreiro
Pra nos ajudar
Achei nesse canto
Um recanto, para descansar
Sonhei, acordei
Na minha visão (bis)
Na cabeça dá
leão
1995
Enredo: Uma
vez Flamengo...
Compositores: David
Correa, Adilson Torres, Déo e Caruso
O
céu rasgou
Na noite que reluzia
Um show de estrelas
Brilhou nos olhos
De um novo dia
A poesia
Enfeitada de luar
Encantou o Estácio (a paixão)
Paixão que arde sem parar
É tengo tengo
No meu quengo é só
Flamengo (bis)
Uh, tererê
Sou Flamengo até morrer
Seis
jovens remadores
Fundam o grupo de regatas
Campeão o seu destino (ô)
É ganhar em terra e mar
Fazendo sol
Pode queimar, pode chover
Vou ver Fla-Flu
Fla-Vas vou ver
Diamante Negro, Fio Maravilha
Domingos da Guia, Zizinho, Pavão
Gazela negra
Corre o tempo no olhar
Será que você lembra
Como eu lembro o mundial
Que o Zico foi buscar
Só amor
Na alegria e na dor (ô ô)
Parabéns dessa galera
Cem anos de primavera
Cobra coral
Papagaio vintém (bis)
Vesti rubro-negro
Não tem pra ninguém
1996
Enredo: De
um novo mundo eu sou e uma nova cidade será
Compositores: Adilson
Gavião, Déo, Orlando Landão e Caruso
Em
águas claras naveguei
Aqui cheguei
Vim em busca de riqueza, que beleza
Me encantei
Bravo Estácio foi à luta
Um herói nesta disputa
Tudo que ele fez valeu
Assim o Rio passa a ser a capital
Da relação entre Brasil e Portugal
Balança, balança
quero ver pesar (bis)
Os portos se abrem, vamos exportar
Ciclo
do pau-brasil, ouro
e café
Na industrialização entrei com fé
Sou capital, eu sou, das artes no país
Minha beleza natural deixa você feliz
É o artista pintando a sua
emoção
Entrando em cena o seu coração
Do peito brotando uma linda canção
Enfim, uma nova cidade no Estácio fluiu
É o mundo mais perto do nosso Brasil
A notícia, o fato, a informação
Então a evolução vai pedindo passagem
O samba fazendo a sua homenagem
À telecomunicação
O teleporto está no ar
É nessa que eu vou me
ligar (bis)
Na era da modernidade
Uma nova cidade será
1997
Enredo: Através
da fumaça, o mágico cheiro do carnaval
Compositores: Basílio,
Zé Luiz, Gabrielzinho do Pandeiro e Baby
Canta,
meu povo
Mê dê o seu calor
Sou fumaça
perfumando a passarela (bis)
Sou a Estácio, na magia do
amor
Minha
vida é história
Noé no Ararat me usou
Em agradecimento
Ao criador
Na minha epopéia de glória
Andei na Babilônia, do Deus Baal
Em Jerusalém, a Rainha de Sabá
Jogava seu perfume
Pra seu amor conquistar
No Olimpo, minha fragrância aconteceu
Em Roma, ganhei meu apogeu
Na Judéia, Salomão caiu nas malhas da
sedução
Dos Reis Magos, meu poder, meu coração
Das cruzadas, passei à Europa medieval
De rei, rainha e Imperatriz
Sou oriundo do vegetal
E também do animal
Nos índios e negros
Simbolizei a fé de um país
Com a lança-perfume embriaguei
Arlequim, Colombina e o Pierrô
No carnaval sou o sonho
de esplendor (bis)
Sou a rosa a exalar o perfume da flor
1998
Enredo: Academia
Brasileira de Letras, Cem anos de Cultura
Compositores: Elcy,
Marcelinho, Roberto e Eduardo Martins
Vamos
exaltar com euforia
O centenário da academia
Guardiã da Língua Portuguesa
Tem a sua existência
Na influência francesa
Glória da cultura brasileira
Foi Machado de Assis
Seu presidente imortal
Consagrado na história do Brasil
Romancista universal
Deixe a sua magia
me contagiar
Moreninha, romantismo (bis)
Que me faz sonhar
Ah,
que sedução
A literatura consagrou
Dona Flor um grande amor
No cinema encantou
E a linda Gabriela na televisão
Morte e vida Severina no teatro
Que fascinação
E num céu de poesias
De escritores geniais
Brilha a mulher, estrela guia
Na constelação dos imortais
No gingado da mulata vou
sambar
Academia no samba vai passar (bis)
E na Estácio e vou me
acabar
A bateria me faz delirar
1999
Enredo: No
Passo do Compasso... A Estácio no Sapatinho!
Compositores: Roberto
Eloy, Wagner Cristal e Cacá
Vou
delirar
Curtindo a minha Estácio de Sá
No compasso desse passo eu vou que vou
Dançar no sapatinho meu amor
Surge um ser iluminado
Abrindo o meu caminho que alegria
Vem fazer feliz
Meu povo quer cantar, sambar
(Olha a Estácio de Sá)
Brilhar, dizer no pé
Com o pisante que vier
Nem que suba nas
tamancas
Vou brincar o carnaval (bis)
Sem salto alto, no maior astral
Veio
evoluindo passo a
passo
De couro, sola e cadarço
Até a era industrial
Tem a plataforma, o botinão
Coturno e cromo alemão
E o sapatinho de cristal
Se apertar então eu calço
um chinelo
Ou aquele tênis velho
E dou um bico na tristeza
Que beleza, vamos nessa meu Leão
Sapatilha, sapatão
Pisa forte nesse chão
A mão no couro faz bum
Estácio ziriguidum
Meu samba é "Franca"
paixão que dá no pé (bis)
Vem ver o céu clarear
Pra ser feliz e sonhar
Vem brincar
2000
Enredo: Envergo,
mas não quebro
Compositores: Gílio,
Ricardo, Russo, Carlinhos Tizil, J. Araújo e Dominguinhos do
Estácio
Lá
vou eu
Com a Estácio de Sá na avenida
De vermelho-e-branco colorir seu carnaval
Balançar a Sapucaí
Sou a planta mais formosa
Que a natureza cultivou, com amor
Diferente, tão bela
E a mão do homem modelou
Sou a lança do
índio pra caçar
A pipa está no alto, vem brincar (bis)
No arraial pra alegrar eu vou
Vou enfeitar
E
no Japão
Na cerimônia do chá estou
Trazendo paz ao seu interior
Equilíbrio e harmonia
No Taj-Mahal o templo do amor
Irmão do homem eu sou
Na alegria ou na tristeza
Oyá, oyá ôôô me fiz palco de suas
oferendas
Oh, quanto esplendor
Na decoração dei um toque sutil
Na culinária o sabor seduziu
O meu som vai ecoar, ecoar
Eu balancei mas não
caí
Envergo, mas não quebro, que legal (bis)
Virei enredo, minha vida é história
E poesia neste carnaval
2001
Enredo: E aí, têm
patrocínio? Temos: "José"
Compositores: Edyr
Carvalho, Zé Pezão e Zé Carlos
Vem
comigo conhecer
A história de um homem que nasceu pra vencer
Sofreu com preconceito racial
Muito jovem, viu na corte imperial
Os escravos que sofriam
Mas foi em frente e conquistou
Amizades verdadeiras
Na Gazeta de Notícias
O romancista se inspirou
Na abolição
abraçou um ideal e deixou
Uma lição (bis)
Mas o milagre surgiu quando a princesa assinou
O final da escravidão
Aclamou
nossa república
Foi no Amazonas exilado
Viu o futuro dos transportes
E Patrocínio ficou deslumbrado
Com uma coisa impossível
Era o sonho do balão (balão)
Depois do canto do cisne
Veio a dor de uma partida
Essa figura imortal
Sempre estará em nossas vidas
E aí, tem
Patrocínio,
temos José
Estácio, quanta sedução
Esse grande brasileiro (bis)
Que mostrou ao mundo inteiro
O sonho da libertação
2002
Enredo: Nos braços
do Povo , na passarela do Samba ...... 50 anos de O Dia
Compositores: Edyr
Carvalho, Zé Pezão, Zé Carlos e Fabinho Paz
Sou Estácio, meu
samba é raiz
Vou nos braços do povo feliz (bis)
Sou internet, jornal,
rádio da alegria
Com cinqüenta anos de "O Dia"
Hoje,
sou a luz que te
ilumina
Trago informação pra enriquecer, teu ser
A voz e o anseio deste povo
Meu samba é alerta pra você
Basta de tanta impunidade
Mostro a realidade
Pintando a cara, meu protesto te conduz
Eu quero postura de honestidade
De braços dados com a verdade
Na economia, indicar a direção
Na luta contra a inflação
Meu ataque é
defesa, tênis e futebol
E o vôlei, a pelada, num dia de
sol (bis)
Tem surfista e ciclista em
velocidade
Com esporte e lazer, boto banca
na cidade
Eu sou "O Dia
D", estou na moda
O meu estilo se renova
Com teatro, cinema e televisão
Sou carioca antenado, roqueiro sarado e funkeiro de opinião
Vou curtindo dança de salão
Vai meu leão, com garra exaltar tua bandeira
Tão bela, na história pioneira
E faz nossa gente sonhar
Informação é arma pra se defender na vida
"O Dia" irreverente na avenida
É bom de samba e bom de briga
2003
Enredo: Um
banho da Natureza. Cachoeiras de Macacu
Compositores: Reginaldo,
Tião Larrieu, Magrão, Arthur 104, Ge de Ogun e Batista
Coqueiral
Sou
Estácio, chuê,
chuá
Vou dar um banho de alegria
Sapucaí vai balançar
Oh mãe natureza, abençoada pelo criador
Até o malfeitor se encantou com tanta beleza
Cadê meu pau-brasil
Ciclo da cana e ouro, ninguém viu
O comércio alavancou
As riquezas do país
Os índios
guerreiros, os donos da terra
Foram escravizados (bis)
Perderam a crença,
perderam a guerra
Perderam o seu Eldorado
O progresso aqui chegou
Com a corte e a realeza
A Leopoldina inaugurou
Sigam o "Caminho do Imperador"
Quem cultivou o café
A fauna e a flora de belezas naturais
Agora alguém me viu
Sou jóia rara
Da coroa do Brasil
Samba, suor e cerveja
Um batuque na mesa,
"Schindô" (bis)
Onde o céu é mais
azul
Em Cachoeiras de Macacu
2004
Enredo: A
Estácio é dez, o Brasil é mil e a fome é
zero
Compositores: Marquinhos,
Da Latinha, Pedrinho, Julinho e Pinto
Vem
vamos mudar
Acreditar, ser brasileiro
O nosso país tem mais Brasis
Que o mundo inteiro
Fome nunca mais
Lá no Egito um faraó sonhou
Pão e circo em Roma
Pro povo a ilusão
Na França, a revolução
Maria Antonieta a cabeça perdeu
A própria sorte dela se esqueceu
Oh, Deus Pai faz
meu sol brilhar
A miséria corrói, faz chorar (bis)
Pobre olha pro céu, por caridade
Pede saúde e felicidade
Vida
severina
Meu Nordeste, meu sertão
Migalhas de sonhos
São deixadas pelo chão
Vamos dar as mãos
Cidadania prá valer
Brasil, teu povo clama igualdade
Praticando a fraternidade
A fome vai ter fim
Gerando emprego, trabalho e amor
Rico estou
Vermelho e branco é
sedução
Pra ser sincero (bis)
Estácio é dez
Brasil é mil e a fome é zero
2005
Enredo: Arte
negra na legendária Bahia
Compositores: Caruso,
Caramba e Dominguinhos do Estácio
Abram
alas meus tumbeiros
Aos sete portais da Bahia
É a arte negra que desfila
Com seus encantos e magia
Da sua terra, trouxeram a saudade
A capoeira, o berimbau
Os enfeites coloridos
O pilão, colher de pau
Iorubá, Bantos,
Gegês
No terreiro dançavam (bis)
Samba e batuquegê
Falavam
a língua nagô
Rezavam forte com fé
Talhando arte deixaram
Imagens do candomblé
Pro
mau olhado, figa de
guiné (bis)
Ricas
mucamas de branco
Com flores num só canto
Vão a igreja do Bonfim ofertar
Água no pote ao Pai Oxalá
Saravá, Atotô
Obaluaiê
(bis)
Yemanjá, Ogum, Oxumarê
2006
Enredo: Quem
é você (Vem de lá)
Compositores: Darcy
do
Nascimento, Jangada e Dominguinhos do Estácio
Chegou
a hora
A hora da cobra fumar
É o velho Estácio na avenida
Que feliz da vida
Vem se apresentar
Que idéia feliz
Teve o artista
Num repente genial
Quem é você (bis)
Que brilha neste Carnaval
Posso
ser colombina
Ou talvez pierrô
Quem sabe arlequim
Ou um grande amor
Vem de lá, vem de
lá, vem de lá
Ô ô ô (bis)
Vem de lá, vem de
lá, vem de lá
Um abraço forte dado com
amor
Neste
enredo esfuziante
Importante como quê
Maravilhas que se mostram
Coisas tão bonitas de se ver
Roda gira, gira roda
Gira o meu coração
Gira a arte e a folia
O show, a cenografia
Gira ilusão
Vou cair na gandaia
Vou me acabar (bis)
Nos braços da lira
Eu quero é rosetá
2007
Enredo: O
Tititi do Sapoti
Compositores: Darcy
do
Nascimento, Djalma Branco e Dominguinhos do Estácio
Que
tititi é esse
Que vem da Sapucaí (bis)
Tá que tá danado
Tá cheirando a sapoti
Baila
no céu a
esperança
O cheiro doce e perfume
Vêm no ar
Olê, olê, olê
Vem de terra mexicana
Mandei buscar prá você
Sacode prá colher
Do pé que eu quero ver (bis)
Até o dia amanhecer
Dom
João achou bom
Depois que o sapoti saboreou
Deu pra Dona Leopoldina
A Corte se empapuçou
E mandou rapidamente
Espalhar no continente
Até o Oriente conheceu
E hoje no quintal da vida sou
criança
Me dá que o sapoti é meu
Isso virou tutti-fruti
Tutti-multinacional
Virou goma de mascar (bis)
Roda prá lá e
prá cá
Na boca do pessoal
2008
Enredo: A
História do Futuro
Compositores: Edson Marinho, Alexandre D'Mendes,
Marechal, Luizinho do Goró e Zé Luiz
Reluzente meu
Leão
A história do futuro vem mostrar
Que a lua tem encanto, tem segredos
No infinito universo estrelar
E os "Senhores das Estrelas" vão contar
Vai Orfeu, pai de todos os mistérios
Fim do Milênio, o Juízo Final
São João e a Corte Celestial
Tem bruxaria, feitiçaria
Na fogueira da Inquisição
Virava cinzas, quem fazia previsão
Profecia pelo ar... pelo ar
E nessas águas um perfume a exalar
Com a nobreza dos salões, infestando os corações (bis)
Um novo mundo assim renascerá
Enfim, o recomeço da bondade
Da justiça e da verdade
O mago em poesia revelou
Brasil, mistura de raça e fé
Tempero da alma de um povo
Baralho Cigano, Búzios e Tarô
A bela cigana, com o brilho do olhar
Na magia de um encanto me envolveu
Estava escrito, a previsão aconteceu
Pisa forte na avenida, meu Leão
Vermelho e Branco, num desfile triunfal (bis)
O futuro a moça leu, escreveu
Estácio vai brilhar no carnaval
2009
Enredo: Que
Chita Bacana
Compositores: Osmar, Antonio da Conceição, Magu, Marcelo
Buda,
Neneu, Hugo Bruno e Lucio Moraes
Sou bonita e faceira nasci na Índia
Para o mundo conquistar
Deserto atravessei
Cruzei as ondas da mar
Na epopéia uma viagem fascinante
Na Europa deslumbrante então cheguei
No Chá das cinco porcelanas decorei
Através dos portugueses
No Brasil desembarquei
Desbravando esta terra na imensidão
Me pintei com o colorido deste chão (bis)
Com a fauna e a flora ergui sua bandeira
Sou a Chita Brasileira
Com fé cultivei a esperança
Num sorriso de criança
O palhaço colori
Vesti cortejo do Maracatu
Dancei em quadrilhas de São João
Na Festa do Divino minha devoção
O movimento Hippie representei
Com o Velho Guerreiro buzinei
Na Tropicália fui a sensação
Conquistei de vez esta nação
Sou a Chita Bacana a brilhar
No batuque da Estácio de Sá (bis)
Sou o samba raiz felicidade
Na força da Comunidade
2010
Enredo: Deixa
falar. A Estácio é isso ai! Eu visto esse manto e vou por
ai...
Autores: Gusttavo Clarão, Thiago Daniel, Da Latinha, Igor e
Claudinho Vagareza
Ê, favela!
Da batucada, do meu grande amor
Eu sou malandro e faço história
Na zona do mangue onde tudo começou
Nascia em forma de oração
Nas mesas do café, uma canção
Bambas que o berço do samba um dia embalou
Versos de Ismael, "se você jurar"
Te dou em poesia, "a dona do lugar"
Vai minha inspiração... Deixa Falar
Eu vou, "bem junto ao passo"
Bem no compasso da marcação (bis)
Eu sou do "velho Estácio"
E se morrer é de emoção
A "cada ano", "vê se pode"
Meu "paraíso" é mais feliz
Fez da arte negra romaria
Se vestiu de fantasia e criou sua raiz
Do terreiro grande, a doce voz
Que emociona a todos nós
"Teu menino desceu o São Carlos"
Brota "melodia" desse chão
"Eu vi, ai meu deus eu vi"
A minha escola levantar a multidão
E "quero a arte pro meu povo
Ser feliz de novo", meu leão
Estácio é o meu amor
E esse amor tem seu lugar (bis)
Um coração vermelho e branco
Que bate forte sem parar
2011
Enredo: Rosas
Compositores: Luiz Sapatinho, Paulinho Pintor, Regina, Fábio
Bomba e Cesar Nascimento
Vou exalando em poesia
O aroma se espalha no ar
Pelas ruas da cidade, colorindo o carnaval
A rosa nasceu quando Afrodite chorou
Por gratidão, o rei semeou
Enfeitando os salões, num cortejo de amor
Na Índia, cultuada em louvor
Consagrada na religião
Ornando a santa em devoção (bis)
Desenhada em catedrais
Oferenda aos Orixás
Rosas encantam, dão cores à minha emoção
Na arte, retratadas por inteiro
Presentes no folclore brasileiro
Rosa da paz e impiedosa
Das cantigas de roda
De Caymmi a Cartola
De todas, a mais bela
É minha escola na passarela
Vejam a beleza
Que a natureza criou (bis)
Simbolizando o amor
Estácio é o perfume da flor
2012
Enredo:
Luma de Oliveira: Coração de um país em festa!
Autores: Wilsinho Paz, Alexandre Moraes, Osmar, Hugo Bruno,
Comendador Elói e Zé Luiz
Cai o sol, surge a lua a brilhar
O morro desce pra desfilar
Nobreza mistura de raças
Num estado de graça
É a força do meu samba a me guiar
E nessa onda eu vou
A Rio Branco é emoção
Dos brasis aquele abraço
No compasso dos seus passos
A eterna criação
Descendo a ladeira na quebradeira... no rufar do tambor
Filhos de Gandhi, povo de Ketu... Timbaleiro chegou (bis)
Lapa tá quente é Orunmilá... ao som do Ijexá
Todos pra te ver sambar
No Cordão da Bola Preta a fantasia
Cinelândia, onde tudo acotecia
Arlequins, pierrôs e colombinas
Chuva de confete e serpentina
E num imenso cortejo a desfilar
Com o apito do mestre a ecoar
Luma, és a luz que nos conduz
Iluminando a minha Estácio de paixão
Neste mundo de ilusão
É carnaval, muito prazer sou alegria
Medalha de ouro é minha bateria (bis)
Meu samba me diz que a inspiração é você
Luma eu vim aqui só pra te ver
2013
Enredo:
Rildo Hora: a ópera de um menino... no toque do realejo rege seu
destino!
Compositores: Igor Ferreira, Claudinho MS, J. L. Escafura,
Júnior Escafura, Tinga, Adriano Ganso, Tião P., Fadico e
Bira
da Globo
Vai meu Leão... do norte a poesia da coroação
Divino Dom, o som do realejo a tocar
Cifrando o grande destino de um sonhador
E vai o menino mostrar seu valor
“Inté Asa Branca”, partiu pra brilhar
Navega por um mar de inspiração
Aporta nessa doce ilusão
E no terreiro
Se apaixona pelo Rio de Janeiro
Lá vem o trem do samba
Saudade que não se desfaz (bis)
E traz do céu essa gente bamba
Poetas imortais
A musicalidade em sua vida fez brotar
Acordes, que nos fazem viajar
Num sonho especial
“Chorar pra que”? “Eu deixo a vida me levar”
“Os teus meninos” hoje vão te eternizar
Teu anjo negro a nos guiar
Maestro...
Venha reger o meu tesouro
Faz reluzir na Avenida
A minha orquestra medalha de ouro
Tem melodia no ar... Estácio de Sá
É emoção! (bis)
É Rildo Hora o gênio da canção
Bem no compasso do meu coração
2014
Enredo:
Um Rio a Beira-Mar, Vento do Passado em Direção ao Futuro
Compositores: China do Estácio, Thiago Daniel, Jorge Lopa,
Guto Smuk, Filipe Medrado, Renato Pinto, Eduardo Moreira e
Ricardo Basile
Ah, a cada história que essa brisa conta
Busquei no fundo dos meus sentimentos
Tesouros mergulhados na memória
Marejando em ondas, cruza a Guanabara
Vem aportar em nosso chão
Comércio se instalou, o negro aqui chegou
Com fé venceu a escravidão
Desembarcou a família real
São novos ares, jardim tropical
E a semente do samba
Ressoa na pedra do sal
Firma a gira no batuque, babalorixá (bis)
Incorpora a negritude no terreiro de Alabá
O vento a soprar
Entre becos e vielas, favela!
Meu povo mais perto do céu
Livre da chibata, orgulho da raça
Afirmando o seu papel
E bota-abaixo, vai levantar poeira
É de Pereira, "Passos" da criação
E bota-abaixo, já levantou poeira
"Bem no compasso" e na garra do meu leão
Cai a noite, a boemia namora o luar
Nos braços da vida, se entrega ao prazer
"É terna" Praça Mauá!
O vento soprou no mar
Trazendo esperança... Estácio de Sá! (bis)
Berço do samba em
poesia
Que maravilha é um porto de alegria
2015
Enredo:
De braços abertos, de janeiro à janeiro. Sorrio, sou Rio,
sou
Estácio de Sá!
Compositores: Dominguinhos do Estácio, Tinga, Merica,
Adriano Ganso, Dani Maroneze e Eduardo Martins
Eu sei que você me conhece
Meu nome é Estácio de Sá
Reconquistei com orgulho esse chão
Muito mais que inspiração
Escolhi pra ser meu lugar
O por do sol mais dourado
Deita-se na Guanabara
Dorme entre o mar e a montanha
Nos braços do criador
Que abençoa a todos com o nosso jeito
De ser carioca, alegre, festeiro
Levando o Rio pra sempre no peito
Quando a pomba anunciou, a festa começou
Chovem confetes pela cidade (bis)
Na fé do negro, ê povo batuqueiro
Ecoa aqui o grito de liberdade
No Rio, a poesia e os violões
Passeiam nas canções e o samba fez escola
A emoção de um gol se espalha no ar
Aros do esporte se entrelaçam
E o mar de esperança encontra Iemanjá
Se você quer matar-me de amor que seja aqui
Olha meu povo chegando
Medalha de ouro na Sapucaí
Pra cantar, e cantar, e cantar
Não dá mais pra segurar
A saudade apertou e agora eu vou voltar
Deixa Falar, aqui é Estácio
Bem no compasso, o berço do samba eu sou (bis)
Parabéns meu Rio continua lindo
Continua sendo meu amor
2016
Enredo:
Salve Jorge! O Guerreiro na Fé
Compositores: Júlio Alves, Edson Marinho, Adilson Alves, Jorge Xavier, André
Félix, Jorge Babu e Salviano
A pé eu vou
Empunhando a lança
Do santo guerreiro
Sou eu mais um filho de Jorge nesta legião
Herdeiro fiel, vou seguir na missão
Na Capadócia nasceu, o menino lutou
Enfrentou desatino do imperador
O ser amado admirado
Invencível defensor
Estou vestido com as armas de Jorge
Meus inimigos não vão me alcançar (bis)
Tu és bondade pelo mundo inteiro
Santo padroeiro igual não há
Rogar seus milagres em devoção
Fazer a criança virar um leão
Em proteção, orai ao glorioso pai
Mesmo da lua por nós olhai
Amanheceu a alvorada anuncia
Divina alteza senhor da cavalaria
Prepare o feijão, ê baiana, põe tempero
Dá no couro batuqueiro
Pra minha Estácio de Sá
Fazer da avenida seu altar
Sou teu fiel seguidor, meu cavaleiro
Por dia mato um dragão, sou brasileiro (bis)
Estácio veste seu manto carregado de axé
Salve Jorge, guerreiro na fé
2017
Enredo: É! O moleque desceu o São Carlos, pegou um sonho e partiu com a Estácio!
Compositores: Daniel Gonzaga, Edson Marinho, Claudio Russo, Lequinho,
Igor Ferreira, Jorge Xavier, Salviano, Júlio Alves, Alexandre
Moraes, Marquinhos, Hugo Bruno, Tinga e Gabriel Martins
Acreditava na vida…
E na alegria de ser feliz
Andava no São Carlos
Pensava em ser guerreiro
Com terras e gentes a conquistar
Ô Dina… seu guri foi em busca de um sonho
Espalhar todo amor que componho
Pus a perna no mundo e parti
Ô Dina… seu moleque voltou novamente
Pra fazer mais feliz essa gente
Chega de chorar, vamos sorrir
Eu vou mostrar pra vocês
Como se dança o baião
Acender a fogueira
Louvar São João (bis)
Herança que vem de pai
Lembranças do seu lugar
Saudade meu remédio é cantar!
Quando eu soltar a minha voz entenda
Que palavra por palavra
Eis aqui a minha escola
Se entregando
Diga lá meu coração
Na moçada ponho fé
Peito aberto lá vou eu
Porque nada foi em vão
É… a esperança continua
Quero sentir a dor dessa manhã
Olha o meu povo cantando nas ruas
Viver e não ter a vergonha de ser feliz
Cantar… a emoção de um aprendiz
A vida é um grito de alerta
Um ponto de interrogação
É bonita! O que é, diga lá meu Leão
Eô eô eá… berço do samba! Estácio de Sá!
Eô eô eá… a nossa festa vai recomeçar!
2018
Enredo: No Pregão da Folia sou Comerciante da Alegria e com a Estácio Boto Banca na Avenida
Compositores: Alexandre Naval, Filipe Medrado, Luiz Sapatinho,
Pelé, Thiago Sousa, Willian do Salão e Diego Tavares
Raiou o esplendor de um novo dia
A melhor mercadoria tenho aqui pra ofertar
Eu sei, tudo tem o seu preço
Ganhei o teu apreço, vim de além-mar
Do escambo nasce a união
E o nativo é protetor do nosso chão
Vi nesta cidade a negra força que lutou por liberdade
Nas aquarelas de Debret, ser vendedor é uma arte
Quem vai querer? Quem quer comprar?
Tem alegria, amor, pode chegar (bis)
De porta em porta levo o meu tesouro
Sou o povo! Sou Estácio de Sá!
O imigrante com esperança aportou
Trabalhador, braço forte da nação
E no “me dê me dá”, comércio popular
Na feira livre tem desconto pra você
E no “me dá me dê”, no “toma lá, dá cá”
Bom e barato, tem de tudo pra vender
Eu sou mercador dessa folia
Sambista de “berço”, de corpo e alma
Na era da modernidade
Sou tradição, uma escola de verdade
Bota banca na avenida… meu Leão
Bate no peito, desce o São Carlos (bis)
É meu orgulho maior… “Deixa Falar”
Pra sempre vou te amar!
2019
Enredo: A Fé que Emerge das Águas
Compositores: Julio Alves, Tinga, Alexandre Naval, Álvaro
Roberto, Cláudio Russo, Edson Marinho, Alexandre Moraes, Jorge
Xavier, Hugo Bruno e Luiz Sapatinho
Bendito seja, sou o fruto do senhor
Santificado, Nazareno do amor
Oh pai, oh Virgem Maria
Abençoai seu peregrino em romaria
De joelhos no altar lhe oferto
Meu poderoso eu peço
Sua graça em comunhão
Procuro estar em sua companhia
Pra curar minhas feridas
Confortar meu coração
No fogo, reluz ave sagrada
Meu Deus de tantas moradas
Um fiel em devoção
Senhor, senhor, é divino, é encanto
O canal de amor pra unir dois oceanos (bis)
Um panamenho, estaciano, filho seu
À imagem e semelhança, sou eu
Pai nosso da negra tez
Sagrado rei dos reis
Obatalá, rege o palenque em procissão
Devotos clamam em oração
Pra vitória conquistar
Amém, os tambores vão rufar pra louvar
E levar à minha Estácio de Sá
Sua gloria alcançar
A fé que embala a alma
Emerge das águas trazendo esperança (bis)
O Cristo negro salvador na cruz
Protetor da humanidade, caminho de luz
2020
Enredo: Pedra
Compositores: Edson Marinho, Jorge Xavier, Júlio Alves,
Jailton Russo, Ivan Ribeiro, Dudu Miller, Alexandre Moraes e Hugo Bruno
O poder que emana do alto da pedreira
Tem alma justiceira, tem garra de leão (bis)
Senhor não deixa um filho seu sozinho
Tirando pedras do meu caminho
Vai, São Carlos
À força dos ancestrais
Pedra fundamental do Samba
Batalhas e rituais
Paredes que contam histórias
Na sede pela vitória
Sagrada, talhada, encravada no chão
Conduz meu pavilhão
Ê, roda pra lá; ê, roda pra cá
Brilha na estrada seguindo o caminho do mar (bis)
Diamantes e amores, sedução e fantasia
A riqueza dos senhores dos escravos, alforria
No verso duro a inspiração
Da serra do meu pai e meu avô
O trem que leva a produção
Das minas à tinta do grande escritor
Vem peneirar, peneirar
O garimpo traz o ouro, a cobiça dos mortais
Peneirar, peneirar
Devastando a natureza no Pará dos carajás
Da lua, de Jorge, eu vejo o Planeta Azul chorar
Atire a pedra quem não tem espelho
Quero meu rubi vermelho
Pra minha Estácio de Sá