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ACADÊMICOS DO ENGENHO DA RAINHA

ACADÊMICOS DO ENGENHO DA RAINHA

FUNDAÇÃO  21/06/49
CORES  Vermelho e Branco
QUADRA  Rua Mário Ferreira, 257
Engenho da Rainha
20761-260
Telefone: 2407-8626
BARRACÃO Praça Marechal Hermes, 63
Santo Cristo

 

RESULTADOS - SAMBAS-ENREDO

 

HISTÓRICO

 

Tendo o grosso de seus componentes residindo nas localidades do Engenho da Rainha, Inhaúma, Pilares e adjacências, a escola de samba verde, rosa e branco luta (como muitas agremiações) contra a falta de recursos, já que a comunidade de onde provém é carente. Mas vem fazendo boas apresentações, tendo em sua história três títulos de campeã, fazendo carnavais de alto nível, Mas nem sempre bem entendidos pelos jurados. Tanto que nunca desfilou no Grupo Especial. É uma escola que possui uma excelente ala de compositores, pois eles já deram à escola três estandartes de melhor samba do Grupo de Acesso em 1985, 1986 e 1990. No carnaval de 2007, foi rebaixada para o Grupo D, grupo pelo qual se sagrou campeão em 2009. Em 2010 e 2011, desfilou no Grupo C. Em 2012, retorna ao Grupo D. Obteve o acesso ao Terceiro Grupo em 2013, onde se mantém até hoje, no Grupo Especial da Intendente.

 

RESULTADOS DA ESCOLA

 

1951 - 15ª no Grupo 1 
Enredo não disponível 

1953 - 1ª no Grupo 2 
Enredo não disponível 

1954 - 17ª no Grupo 1 
Gigante pela própria natureza 

1955 - 5ª no Grupo 2 
Enredo não disponível 

1956 - 4ª no Grupo 2 
Glória a Carlos Gomes 

1957 - 7ª no Grupo 2 
Devaneios de um Pescador 

1958 - 14ª no Grupo 2 
Relicário Histórico 

1959 - 17ª no Grupo 2 
Enredo não disponível 

1960 - 9ª no Grupo 3 
Enredo não disponível 

1961 - 15ª no Grupo 3 
Metamorfose Carioca 

1962 - 3ª no Grupo 3 
Enredo não disponível 

1963 - 13ª no Grupo 3 
Enredo não disponível 

1965 - 19ª no Grupo 3 
Enredo não disponível 

1966 - 8ª no Grupo 3 
O Negro na Civilização Brasileira 

1967 - 11ª no Grupo 3 
Enredo não disponível 

1968 - 20ª no Grupo 3 
Noite de Sonho 

1969 - 18ª no Grupo 3 
Exaltação a Machado de Assis 

1970 - 10ª no Grupo 3 
Exaltação à Bahia 

1971 - 14ª no Grupo 3 
Enredo não disponível 

1972 - 7ª no Grupo 3 
Festas da Bahia 

1973 - 11ª no Grupo 3 
Brasil, 150 anos de independência 

1974 - 4ª no Grupo 3 
Origem, Vida e Glória de um Sambista 

1975 - 16ª no Grupo 2 
O Folclore Carioca 

1976 - 15ª no Grupo 2 
Mar em Tempo de Carnaval 

1977 - 1ª no Grupo 3 
Do Milagre da Miscigenação ao Folguedo do Maracatu 
Hércules


1978 - 14ª no Grupo 2 
Criação do Mundo, Segundo os Carajás 
Laerte Bastos Miranda

1979 - 13ª no Grupo 2A 
O Carioca 

1980 - 3ª no Grupo 2A 
O Garimpo 

1981 - 4ª no Grupo 2A 
O Curioso Mercado de Ver o Peso 

1982 - 5ª no Grupo 2A 
Terra de Toda Gente 

1983 - 1ª no Grupo 2A 
Os Alegres Pregões do Paço Imperial 

1984 - 5ª no Grupo 1B 
O Tucá Juê 

1985 - 4ª no Grupo 1B 
Não Existe Pecado do Lado de Baixo do Equador 

1986 - 4ª no Grupo 1B 
Ganga Zumba, Raiz da Liberdade 

1987 - 6ª no Grupo 2 
E o Rio Amanheceu Cantando 
Elson Mendes e Ricardo Ayres


1988 - 8ª no Grupo 2 
De Sete em Sete, Pintando o Sete 

1989 - 4ª no Grupo 2 
Canta Brasil 

1990 - 6ª no Grupo A 
Dan, a Serpente Encantada do Arco-Íris 

1991 - 6ª no Grupo A 
Meu Padrinho Padre Cícero do Juazeiro do Norte, Olhai pelo Cariri 
Carlinhos de Andrade e Arthur Alegria


1992 - 12ª no Grupo A 
Mãe Terra, e o Homem Refez a Criação 
Luis Carlos Almeida

1993 - 10ª no Grupo A 
Ciranda, Cirandinha, Vamos Todos Sonhar 
Jaime Cesário e Luis Carlos Almeida


1994 - 10ª no Grupo A 
Entre Festas e Fitas 
Jaime Cesário

1995 - 9ª no Grupo A 
Yolhesman Crisbeles, a República de Ipanema é um Desbunde 
Jaime Cesário e Luis Fernando Abreu


1996 - 8ª no Grupo A 
Anjo Azul 
Luis Fernando Abreu

1997 - 5ª no Grupo B 
De Bufalo Bill ao Cowboy Brasileiro, Viva o Peão Boiadeiro 
Luis Fernando Abreu


1998 - 5ª no Grupo B 
Memórias de um Brasil Holandês 
Paulo Menezes

1999 - 9ª no Grupo B 
De Cabral a Zito, Salve Caxias 
Arialdo Vilaça Russo

 

2000 - 11ª no Grupo B 
Nos 500 anos, o Engenho engrossa o Caldo e mostra a Cana 
Marcello Portela

2001 - 7ª no Grupo C 
Engenho da Rainha, 51 Anos : uma Boa Idéia 
Jorge Caribé


2002 - 4ª no Grupo C 
Sonho de Criança, um Mundo Colorido do Faz-de-conta 
Luís Cavalcanti

2003 - 4ª no Grupo C 
Das Trevas para a Luz, a Eterna Luta do Bem contra o Mal 
Marinaldo Bezerra


2004 - 3ª no Grupo C 
São Amados os Jorges Brasileiros 

 

2005 - 4ª no Grupo C 
Rosa Vermelha, Rosa Amarela, Rosa Branca, Rosa Chá... Até Rosa Barroca o Carnaval dá
Ricardo Machado

 

2006 - 10ª no Grupo C
A Sucata no Engenho é Luxo na Terra do Samba
Sílvio Nascimento

 

2007 - 12ª no Grupo C
Ganga-Zumba, Raiz da Liberdade
Denis

 

2008 - 6ª no Grupo D
De Braços Abertos, o Engenho Embala a África em Berço Esplêndido
Valdo Rocha

 

2009 - 1ª no Grupo D
Doces Lembranças
Comissão de Carnaval

.

2010 - 11ª no Grupo C
Na Calada da Noite
Comissão de Carnaval

.

2011 - 13ª no Grupo C
De Paulo da Portela à Nilo Figueiredo... Essa é a história da escola de samba mais brasileira, fazendo o voo com a Águia Altaneira!
Wenderson Silva

.

2012 - 5ª no Grupo D
Minha alma canta... O Engenho da Rainha mostra. O orgulho de ser carioca!
Dellauhá Cammpos

.

2013 - 3ª no Grupo C
Do rei do black music, a rainha da massa funkeira. Verônica Costa, sofrida mas guerreira
Diangelo Fernandes

.

2014 - 4ª no Grupo B
Do velho brejo, a Cidade do Amor... Belford Roxo, rumo a um futuro promissor!
Leandro Mourão e Diangelo Fernandes

.

2015 - 10ª no Grupo B
Ojuobá: O vencedor se ergue além da dor!
Diangelo Fernandes

.

2016 - 12ª no Grupo B
Salve, Rainha!
Diangelo Fernandes

.

2017 - 6ª no Grupo B
Zé Keti, a voz do morro sou eu mesmo sim senhor
Diangelo Fernandes

.

2018 - 5ª no Grupo B
Deixa Falar: o que é que há? - Academia do Samba, Hoje, sou Estácio de Sá!
Guilherme Diniz e Rodrigo Marques

.

2019 - 7ª no Grupo B
Matamba, o sonho de uma rainha
Léo Jesus

.

2020 - 5ª no Grupo Especial da Intendente
De Roliúde ao Sertão - Luz, Câmera, Ação!
Léo Jesus

 

SAMBAS-ENREDO

 

1978 
Enredo: Criação do Mundo, segundo os Carajás 
Compositores: Hercules Correa, China, Betinho e Luiz do Engenho 

Foram os carajás
Que através de um menino
Surgiu uma lenda genial
A criação do mundo
O Engenho tras pra este carnaval 
Os carajás
Viviam num mundo feliz
Sob as águas do rio
Só morriam cansados de muito viver
Mas o grande sonho
Era a terra conhecer
E foi então (e foi então)
Com esperança e emoção
Saíram do furo das pedras
Percorreram a terra que era só escuridão
Encontraram galhos, frutos e animais
O menino entrou pra lenda dos carajas

Quando o urubu-rei aprisionou (bis)
A paisagem por encanto mudou 

Em troca da liberdade do velho rei
O menino ditou a sua lei
Quero enfeites, e o coração em alegria

O rei trouxe a lua e as estrelas (bis)
Ao trazer o sol, raiou o dia 

'

1980
Enredo: O Garimpo
Compositores: Alvaro Sobrinho e Mineiro Mar de Espanha

'

Como aventureiros                                 
Desbravando os sertões (bis)
Foram os bandeirantes procurar os filões

E os garimpos surgiram
No interior do Brasil
Pelos portugueses
Com a febre que na época surgiu
Aguçados pela ambição
Pois dizia-se que em pleno sertão
Existiam coisas maravilhosas
Onde havia ouro, prata e pedras preciosas

Fernão Dias sete anos garimpou (bis)
Mas o seu sonho não se realizou

E a lenda diz
De um valente guerreiro
Que ao defender a sua tribo
Morreu na guerra a lutar
Índia Potira, seu grande amor
Chorou de mais
Porque ele não voltou

Braço-Forte e Flor que amor
Foi sonho da índia foi choro (bis)
Que diamante virou 

 

1981 
Enredo: O Curioso Mercado Ver-o-Peso
Compositores: Alvaro Sobrinho, Vanil do Violão, Carambola e Porranca

 

Chegando "Palhas-Botes" e "Veleiros"
"Montarias", Canoeiros
Iguarias e coisas mais
Com um vozerio alucinante
Muita gente, fervilhante
De manhã desperta o cais
"Vamos ver o peso verdadeiro"
Dizia o nativo canoeiro
Indo pra "Repartição Fiscal"
Pra ver o peso no Brasil Colonial

Guajará era ancoradouro
E desde o tempo do colono e do ouro (bis)
O belo vale do "Igapó-de-Açaí"
Virou mercado junto a Foz de Pirí

Hoje, o Engenho o enaltece
E a Belém agradece
As suas vendas capitais
Levando pra pessoa rica e pobre
Do plebeu até o nobre
E todas classes sociais
Um mercado variado de alimentos
Frutas frescas ornamentos
Utensílios e animais

(E vem chegando..)


1984 
Enredo: Ô Tuca Juê 
Compositores: Hércules, Balinha, De Minas, Parrô e Fernando Black 

Vou mostrar (vou mostrar)
Costumes que vieram de além-mar (de além-mar)
Num colorido tão sutil
Tradições da África
Para o meu Brasil (meu Brasil)
"O reino do Congo"
"Matamba, o poderio português"
"As congadas em terras brasileiras"
"E a coroação dos reis"

 

Saruê muene
Dunga tará sinherê
Ocun saruê (bis)
Olorum modupê
Dunga lá obá

Cô si obá cã afi, olorum
Nada é mais poderoso que o senhor (que o senhor)
Fica nu zimbado ô muleque pequenino
Deixa o nosso rei passá (rei passá)
Os atabaques anunciam
A festa já vai começar
Meu coração explode de alegria
E com os negros vou cantar

Uê uá uê ô Didê
Matangira ô lê lê (bis)
Ô Tucá Juê

1985 
Enredo: Não existe pecado do lado de baixo do Equador 
Compositores: Guará, De Minas e Marco de Lima 

Vejam nesse lindo visual
A pureza do nativo (bis)
Do nosso torrão natal 

 

Beleza desse imenso paraíso tropical
No auge da maior festa nacional
A alegria é constante em todo semblante
A paz e o amor
Pois não existe pecado
No lado de baixo do Equador
Que os anjos digam amém
Aqui tem tudo, amor
E nada tem
Vem o Engenho querido mostrar
Que triste doutrina trouxeram pra cá

Doce terra hoje canta em seu louvor
Bato palmas para o seu governador
Parabéns ao bom salário (bis)
À boa vida do operário
E ao meu sonho de pierrot

Mais uma vez é carnaval
Ah, minha doce quimera
É inflação no final

Dona de casa, sacode a poeira (bis)
Mostre a raça brasileira 

 

1986 
Enredo: Ganga-Zumba - raiz de liberdade 
Compositores: Guará, De Minas, Bizil e Jacy Inspiração 

Quando o leiloeiro apregoou
Vai haver uma princesa no leilão
Não sabia que vendia
Quem daria a luz um dia
A raiz da libertação
Liberdade, palavra com sabor de mel
No cativeiro tão cruel
Negros fugiam e se reuniam
Entre vastos palmeirais
Eis que a nação quilombola surgiu
Evoluiu muito mais 


O rufar dos atabaques
Ecoava pelos ares (bis)
No grito de liberdade
Do Quilombo de Palmares

É festa na aldeia
É canto, é dança, é batucada
A lua no céu clareia
É o sangue, o suor, a raça
É Ganga Zumba que chegou pra desbravar
Aquele povo bravamente despertou
Existe a luta para quem quiser lutar
E este exemplo pelo tempo se espalhou
Liberdade, um direito
E nos versos da canção


É a brisa que me embala (bis)
É a força da razão

1987 
Enredo: E o Rio amanheceu cantando 
Compositores: Hércules Corrêa e De Minas 

Oh, meu Rio
Sala de visitas do Brasil (oh, meu Rio)
Oh, meu Rio
De encantos e belezas mil (e no meu canto)
No meu canto verde e rosa
Em verso e prosa vou recordar
Os cabarés, a grande Lapa
A malandragem, serenatas ao luar 

 

O girar da roleta
A gandaia no mar (bis)
Praça Onze, a Ciata
A mulata a sambar

(Oh, vem morena)
Vem morena
Teu bronzeado vem do mar
Risca esse chão de poesias
Vista a fantasia, vem brincar
Desperta cidade formosa, maravilhosa
Hoje é o seu dia
Canto, com o coração minha alegria
Dou parabéns a você
De braços dados à folia

O meu Rio tem, vem que tem, oi (bis)
Samba, futebol e muito amor também

1988 
Enredo: De sete em sete pintando um sete 
Compositores: Balinha, Orlando Barros, Bizil, Marquinho da Dona Geralda, Evaldo e Chico Responsa 

 

De sete em sete eu vou por aí
Pintando uns setes na Sapucaí

 

Não é mentira o que eu conto aqui (bis)
Dó ré mi fá sol lá si

 

É tudo sete
Quem tem sete se diverte
Nesses dias de folia
Vamos falar
Do sete em nosso dia-a-dia
Eu danço a dança dos véus
Eu tenho as chaves do céu
A minha esperança é demais
Sem os pecados capitais 

 

Seu Sete da Lira
Os dias da semana (bis)
As maravilhas do mundo
Que o Engenho engalana

Vou brilhar com arco-íris
Brincar de roda com os sete anões
Vou beijar Branca de Neve
Cobrar a quem me deve
Tocar os sinos e ouvir canções
Eu tenho a força
A hidra vou vencer (vou vencer)
Aceite um conselho
Não quebre espelho
Para não se arrepender

1989 
Enredo: Canta Brasil 
Compositores: Vanil do Violão, Dilson e João Henrique 

Hoje minha voz vem entoar
O coração alegre extravasar
Minha escola unida num só canto
Vestida em vermelho e branco
Rememora o cancioneiro popular (popular)
Negros e brancos em harmonia
Na mais sutil poesia
Belas canções vem legar 

 

Um samba de roda
Batido na palma da mão (bis)
Cavaquinho e viola
Batucada e samba canção

Cenário de beleza sem igual (canta Brasil)
Brasil (meu Brasil), meu Brasil brasileiro
Choro um chorinho musical
Brasileirinho, meu mulato faceiro
Caminhando por um chão de estrelas
Brilham musas das canções
Amélia, uma mulher verdadeira

 

Terezinha, Terezinha
Vibrava com o Chacrinha a multidão
No grito do Velho Guerreiro (bis)
O rei da comunicação

E nessa festa o Engenho enaltece
E em versos agradece

 

Aqueles que cantaram o Brasil (bis)

1990 
Enredo: Dan, a serpente encantada do Arco-íris 
Compositores: Paulinho Poesia, Da Silva, Evaldo, Peneirinha, Marcos da Dona Geralda e Luiz Bady 

Vindo de mãe África distante
Como serpente ou arco-íris
Orixá Oxumaré
Com a dualidade entre o bem e o mal
A noite, o dia, a lua e o sol
(Conta a lenda)
Que nos seis meses de arco-íris
Leva as águas de Oxum
Para o castelo no céu de Xangô
E assim lhe saúda a nação nagô 


Aroboboi, Aroboboi
Aieieu mamãe Oxum (bis)
Aieieu Oxumaré

Babalaô, era explorado
Por Olofin, o rei de fé
Que consultava a sorte
Quatro em quatro dias
E na pobreza ele vivia
Mas felizmente chamado por Ologum
Que agredecendo a cura
Do seu filho então lhe deu
Uma vestimenta no mais belo azul
E assim Oxumaré enriqueceu
Olodumaré, o deus supremo estando cego
Oxumaré mandou chamar
E depois de seus olhos curados
Impede Oxumaré a terra retornar
No Brasil
Os iaôs cantam e dançam para exaltar
Dan-Oxumaré, dou-lhe oferendas
E peço axé à Oxalá
Vem da África
Originária do país de Daomé
Vem da África
Um canto forte em louvor a Oxumaré

Sete cores no arco-íris
E a serpente a rastejar (bis)
Ele é Dan-Oxumaré
Na quibanda, quibanda

1991 
Enredo: Meu padrinho Padre Cícero do Juazeiro do Norte, olhai pelo Cariri 
Compositores: Haroldo Cesar Franja, Marão, Zé Antônio e Zé Luiz 

Vem do céu
A luz que irradia o calor
O Nordeste chora a seca
É o sol ardente sem temor
Os vaqueiros perdem o gado
As cangaceiras só têm dor
Meu cariri deserta
Minha caatinga não tem flor
As beatas chamam a chuva em oração
Os nordestinos clamam
Vamos semear o chão
A igreja contestando o milagre
Que a crença de um povo superou 


Canta, canta meu cordel
Sertanejo já rimou (bis)
Entre versos e provérbios
Esperança não faltou

É festa na praça
Colheita farta no Juazeiro
São iguarias, bandeirinhas e barracas
Todo o povo se abraça
Dando graça ao padroeiro
Padre Cícero no céu
Eu também tiro o chapéu
Sou Engenho exaltando o milagreiro

A fé removeu montanha
Numa ação fenomenal (bis)
Hoje de vermelho e branco
Sou sertão no Carnaval

1992 
Enredo: Mãe Terra e o homem refez a criação 
Compositores: Jorge Branco, De Minas e Edson da Conceição 

Oh, luz divina
Meu corpo vibra nos acordes da canção (bis)
O artista afirma
Que a vida nasce de um surdo de marcação 


E a mãe baiana gera o mundo aos seus pés
Todas as nações cantaram samba, aiê baiana
Dos ornamentos os elementos naturais
Na solidão a bem da paz
A vida emana
(E eu falei vejam só)
A velha baiana criou o mar
O céu, a terra, o ar
Conta a lenda que do ventre
Um arco-íris fez brotar
Fez do samba oração, cantado em coro
Deu ao homem o maior dentre os tesouros
Viver e amar, a fantasia
É a ilusão de desvendar o dia-a-dia

 

Mariei, eu me alimentei
Do que você gerou (bis)
Do néctar do ventre concebido
Me ressaquiei, no samba me inspirei

Do morro, um afã vai pro asfalto
Linda mensagem que o mago criador
Deixou ao homem, para ser perpetuado
E o poeta sutilmente musicou

1993 
Enredo: Ciranda, cirandinha, vamos todos cirandar 
Compositores: Elmo Borges, Sirley, Oswaldo Barba e Mario Foca 

Viajei (ô eu viajei)
Me vi criança e sonhei (e sonhei)
Com meu mundo encantado
Despertei o meu passado
E me fiz menino rei
Comandei meu palácio imaginário
Sendo parte do cenário
Sobre nuvens de algodão 

 

Sorri das brincadeiras do palhaço
Bailam pipas no espaço (bis)
Roda, gira meu pião

Cantei cantigas e chupei balas de mel
Vi ciranda cirandinha (bis)
Nas voltas do carrossel

E no luar ouvi
Estórias de bruxaria
Quando o medo me invadia (ô surgia quem)
Surgia meu pai herói
Ganhei presente do velhinho camarada
Dentro da vida agitada
Sonhar, sonhar, sonhei

Eu sou criança, eu sou canção
Uma voz nessa folia (bis)
Explode esse coração
Meu Engenho da Rainha

1994 
Enredo: Entre festas e fitas 
Compositores: Di Minas, JB, Hércules Corrêa e Carlinhos de Pilares 

Canto
O meu canto é poesia
É folguedo, é magia
É dança, é tradição
Canto
De norte a sul do meu Brasil
Pau-de-fita, pastoril
Bumba-meu-boi no Maranhão
Canto
O meu samba, minha fé ô
No Senhor do Bonfim da Bahia
Divino e a Romaria do Círio de Nazaré 

 

Tem maracatu, cavalhada
Tem Natal, marujada
Tem o frevo e a congada (bis)
Festa junina e balão
Reisado e caboclinho no sertão

Gira, gira, gira ô
Na força da rainha Iemanjá
É com fé que eu chego lá
Desfilando tão bonita
Entre festas e fitas
No folclore popular
A serpentina eu vou jogar
Minha escola é o show
Feliz eu sou, festeiro musical
Arrebenta bateria
Guerreiros da folia
Nota dez no carnaval

Pintou o Engenho
Galera agita (bis)
Levanta os braços
Balance a sua fita

1995 
Enredo: Yolhesman Crisbeles - A república de Ipanema é um desbunde 
Compositores: Haroldo César Franja, Marão e Jorge Jordão 

Com arte decantando a beleza
O amor e a natureza
Que ao poeta inspirou
Muita irreverência e alegria
Ipanema derretia a solidez dos generais
Avançada a mente na política
Artistas, sonhos intelectuais
A "ipanemia" transbordava
Pelos bares e nas praças
Na embriaguês dos imortais 

 

Viajei no pier
E na praia constatei (bis)
O que por entre
A mini-saia admirei

Hoje ainda vou com meu amor
Namorar no Arpoador
Relembrar o que vivi
Lá nas dunas liam o Pasquim
A turma do Patropi
Proibia o proibir
A menina muito saliente encantou
A bossa que a garota etenizou
Foi berço da cultura em talento
Que o mestre com alento
Lá do alto abençoou

Oi, deixa a banda passar
Que a banda vai sacudir (bis
Yolhesman Crisbeles
É um desbunde na Sapucai

1996 
Enredo: Anjo Azul 
Compositores: JB, Bulla, Helio Musquito, Wallace, Edson da Conceição, Klebinho, Dinho e De Minas 

Foi nos anos 50
Cidade Alta em Salvador
O Anjo Azul surgiu
Na Rua do Cabeça
Num sobradão secular (secular)
Ponto de encontro
Dos artistas do lugar
O luxo e a riqueza
Misturavam-se com a simplicidade
Tudo se tornava natural
Sou Deus do Olimpo
Do barroco tropical 

 

Canta, meu Engenho
Pisa forte nesse chão (bis)
A nossa bateria
Vem no pique da canção

Vem de lá, emoção
Com suas crenças e seus costumes exaltados
E Alorixá deu a receita, o drinque certo
Para ser feliz e ter sucesso
Na modernização (oi)
E na florescência cultural
Mário Cravo, Carlos Bastos e Caribé
Incentivo em cartão-postal
Venham pra ver
A realidade
Obras de arte
Decorando a cidade

Na Bahia tem, meu bem, magia
Anjo azul, xixi de anjo (bis)
Muito axé e poesia

1997 
Enredo: De Bufalo Bill ao cowboy, viva o peão brasileiro 
Compositores: ??? 

O peão boiadeiro
Rei do laço genial
O sertanejo ou caipira
Eis o cowboy nacional
Taí o nosso carnaval, ôô
Taí o nosso carnaval
Vem, vem, vem de lá
Da terra do Tio Sam
Buffalo Bill realizou
O rodeio que virou grande atração
Atravessou mar e fronteiras
Aqui chegou para brilhar
O Engenho vem com força e muita raça
Um novo show vai começar
O berrante, a anunciar
Queima do alho é cerimônia e tradição
Essa gente tão festeira
Os vaqueiros de Barretos
Lindos prêmios conquistar 
Abre a porteira
Êta cavalo brabo
Em seu dorso
Um ginéte empolgado
É emocionante
Ao passado retornar
Na planície em meio Oeste
Os índios as caravanas atacar
A cavalaria do exército vem aí
Protegendo os colonos
Na batalha triunfal
E o artista faz o tempo não existir
Tem faroeste
Hoje na Sapucaí

1998 
Enredo: Memórias de um Brasil Holandês 
Compositores: Bulla, Marcos Balão, Hércules Corrêa, De Minas, Edson e William 

Nessa terra tão linda chamada Brasil
Abençoada pelo clima tropical
Os holandeses com um toque sutil
Enriqueceram nosso canavial
Sob as ordens de "Nassau"
Sonho, realidade, ilusão
Fascinação, de Sergipe a São Luís do Maranhão
A fauna, a flora, paraíso de beleza
E a doce cobiçada riqueza 
Não foi ouro, não foi prata
Foi açúcar sim senhor
Um tesouro adocicado
Que ao mundo adoçou
A arte, a ciência implantaram
Festejaram, o progresso chegou
Vinte e quatro anos se passaram
E a cidade maurícia despontou
Hoje meu Engenho é holandês na avenida
Num desfile triunfal
Irmanados numa despedida
Numa noite de carnaval
O boi voou
Vai voar outra vez
Em memórias de um Brasil holandês

1999 
Enredo: De Cabral a Zito, Salve Caxias 
Compositores: Hércules Correa, Bulla, Mery Lima, Miranda, JB e Marco Balão 

A realeza chegou, chegou, chegou
Coroando a folia
A Engenho traz o show
De Cabral à Zito, salve Caxias
E a cananéia deu história
Martim Afonso vitórias
Indio a união
Conquistaram glórias
O passado e o presente a consagração
Salve Tenório, salve Duque e seu Brazão
Dignidade e trabalho, Zito é capaz
O petróleo é nosso, é Reduc, é Petrobrás
E o seu folclore crença e fé
Na ciranda palhaços e folias-de-reis
Grande Joãozinho da Goméia o Rei do Candomblé
E Antônio Cabeça Branca por tudo que fez
Novidades na feira popular
Homenagem ao Nordeste do país
O negócio é vender, quem que comprar
Domingo em Caxias, é domingo feliz
A Grande Rio é sambão, é raíz
Riscando o chão de poesias
Amor
Irmanados com Caxias, eu vou
Nessa avenida com emoção
Hoje e sempre
A Engenho no meu coração

2001 
Enredo: 51 anos, uma boa idéia 
Compositores: Fabinho da Raça, Miolinho, Pica Pau, Mário Gordo e Gilberto Fita 

Raiou uma nova era
Em vermelho e branco vou cantar
Isso sim é boa idéia
51 anos de história pra contar
Meu berço é o Engenho da Rainha
Um doce abrigo pra Carlota Joaquina
Fiquei por estas terras verde e rosa pavilhão
Coroa onde impera a tradição

Fui Ganga-Zumba
Sou grito de liberdade
Ecoando pela cidade (bis)
Com tanta alegria até mudei de cor
Encarno a raiz de um povo sonhador

Ao ver
Pelo que passamos dá pra emocionar
Através dos anos à consolidar
Samba é a cultura popular
Também sou Carlos Cachaça, berço da poesia
Outra vez vou cantar nessa folia
Te amo, meu Engenho da Rainha

E essa festa, todo povo contagia
São tantos anos nesse amor, nessa magia (bis)
Um show de samba, alegria e emoção
Que boa idéia vou gritar é campeão 

2003 
Enredo: Das trevas para a luz, a eterna luta entre o bem e o mal 
Compositores: João do Peixe, Walter do Engenho, Miranda, Walter da Oficina e Ciganerey 

No universo
Uma explosão cósmica, tão bela
Fez brilhar um clarão
Da treva, se fez luz
E o divino
Que o firmamento conduz
Água, terra, fogo e ar
Se misturam gerando vida
Para no planeta, imperar

E a pureza, reinava no ser, no ser
Era belo o nosso mundo (bis)
Como o tempo se corrompeu
O homem, puro se perdeu

Hoje busco a felicidade
Paz, amor e fraternidade
Deuses do bem que fazem
Renascer o paraíso
Do meu viver
Vamos semear, colher e dividir
Ao criador agradecer
Para a natureza sorrir

É o Engenho que chega
É o Engenho que passa 
Irmanando as massas (bis)
Num desfile genial
Afinal, é carnaval 

2004 
Enredo: São amados os Jorges brasileiros 
Compositores: Bula, JB, Pedrinho e Fábio 

A força da fé, encanta o índio o Brasil menino
Na força da fé, da África até, cumprir seu destino
Hoje ele é Jorge, é guerreiro, grego padroeiro
Ogum Orixá, chegou a hora
De quem chorou gargalhar
Jorge Babú
Com sua luta, o feria fez valer
Perseguindo o seu destino
Ganhou da vida o que fez por merecer
Hoje o samba te exalta, na luz da ribalta
Seu nome a brilhar, anseia um mundo de paz
Ele é filho de Ogum, filho de Ogum não cai

Já coloquei nesta estrada, cerveja branca
E mel de abelha e Ajeum (bis)
Axé, deixa o povo cantar
Hoje eu vou Saravá meu pai Ogum

Jorge Amado 
Abençoado pelo Dom da poesia
"Tieta faz graça", "Compadre Ogum", "La vem Gabriela" 
Ele é filho de Oxum
Cadê Teresa, por onde andas meu amor
Foi Maravilha, a galera delirou
Jorge Benjor, o teu swing me encantou
Chegou a hora, pra que chorar
Vamos cantar, vamos sorrir
Levante a bandeira do samba
Quem é do santo, devagar pra não cair

A lua no céu brilhou, clareou
Vem chegando a madrugada, amor, amor (bis)
Início de um novo dia, o Engenho
Vem no toque da alvorada

 

2005 
Enredo: Rosa Vermelha, Rosa Amarela, Rosa Branca, Rosa Chá... Até Rosa Barroca o Carnaval dá
Compositores: ????

 

De norte a sul, de leste a oeste
Meu Engenho é multicor 
Já raiou o dia 
Com as rosas de afrodite, a deusa do amor 
No jardim das maravilhas 
Floresce a mais bela flor 
Que faz chorar de alegria 
De saudade e dor 
A lua, o mar clareia 
As oferendas aos orixás 
No templo da fé das orações e devoções 
As rosas não falam, mas seduzem o poeta 
A ter inspirações 

A chuva rega a flor 
A flor do amor 
Que inundou e contagia (girou, furou) (bis
Teu perfume envolvente 
Tem a fragância da magia 

Na primavera
Seu colorido é um colírio no olhar 
Dádiva do Criador 
Lá no Egito a Rosa Cruz se eternizou 
Um bem me quer, pra flor mulher 
A flor criança esperança (laiá, laiá) 
Nesse mundo de emoções 
Florir de paz os corações 

Temos rosa na cultura, na saúde e no lazer 
Rosa Fernandes, a guerreira é você (bis)
Rosa Magalhães 
No mundo do samba faz acontecer

2006
Enredo: Na terra do samba o Engenho da Rainha faz a sucata virar luxo
Compositores: Haroldo Cesar, Calixto do Cavaco, Vinicius Rangel, JB, Joacy do Nascimento e Miranda

Ouçam essa voz
Que os ventos sopram pelos cantos do planeta
É a voz da natureza, pedindo preservação
É hora de mudar, despertar a consciência
Usar a nossa inteligência, reciclar é a ciência
Nossos rios e mares estão morrendo com tanta poluição
Se o sistema não mudar, água pode nos faltar
E a Terra lixo vai virar

Vidro, borracha, papel, plástico e metal
O vai-e-vem dos produtos (bis)
Tá no nosso carnaval

É fonte de renda quem não se lembra
Garrafeiro ferro-velho
Em busca de um qualquer
Troca alumínio e casco
Por brinquedo ou picolé
Quantos garimpando o lixo
Dão sustento para o lar
A sucata com capricho
É um luxo a desfilar

E dessa forma minha escola vai passar (bis)

No Engenho da Rainha a vida tem valor
Conservar a natureza para sempre eu vou (bis)
Meu manifesto é gesto de amor

2007 
Enredo: Ganga-Zumba - raiz de liberdade 
Compositores: Guará, De Minas, Bizil e Jacy Inspiração 

Quando o leiloeiro apregoou
Vai haver uma princesa no leilão
Não sabia que vendia
Quem daria a luz um dia
A raiz da libertação
Liberdade, palavra com sabor de mel
No cativeiro tão cruel
Negros fugiam e se reuniam
Entre vastos palmeirais
Eis que a nação quilombola surgiu
Evoluiu muito mais 


O rufar dos atabaques
Ecoava pelos ares (bis)
No grito de liberdade
Do Quilombo de Palmares

É festa na aldeia
É canto, é dança, é batucada
A lua no céu clareia
É o sangue, o suor, a raça
É Ganga Zumba que chegou pra desbravar
Aquele povo bravamente despertou
Existe a luta para quem quiser lutar
E este exemplo pelo tempo se espalhou
Liberdade, um direito
E nos versos da canção


É a brisa que me embala (bis)
É a força da razão

2008
Enredo: De Braços Abertos, o Engenho Embala a África em Berço Esplêndido
Compositores: ???

De braços abertos, meu Engenho
Vem reverenciar
A África "mãe brasileira"
Nesta festa popular
Seu canto de lamento, é liberdade
Entre as senzalas o grito ecoou
Com sua fé, sua magia
Trabalhando noite e dia, ele se libertou
Sua força então lhe deu a fama
O negro é sensacional
Tu és muito mais querido neste carnaval

Sou afro-Engenho da Rainha
Peço licença pra chegar (bis)
Trazendo boas novas da Bahia
Terra de tanta magia, terra de sinhá

Majestosamente, viva o axé dos orixas
Dom Obá ou Ganga Zumba
Liberdade eu peço paz
Ave Bahia, berço de cultura triunfal
Onde tem maculelê, jongo e maracatu
Vou fazer meu carnaval
E no reisado quanta alegria
Festeja o povo
Como é linda a alforria

Salve a África, salve o afro e o terreiro
Sou miscigenação (bis)
Sou cultura milenar, sou brasileiro

2010
Enredo: Na Calada da Noite
Compositores: Jorge Branco, Roney e Célio Cebolinha

Hoje a noite é nossa meu amor
Deixa rolar que eu "tô que tô"
Vou encher de alegria o seu coração
Amor quando a noite desponta
É ai que se encontram personagens reais
Realidade se confunde a fantasia
No afã da alegria aos meus ideais
Tem gente que a noite é só prazer
Tem gente que a noite é pra correr atrás

Vem vamos cantar, vamos sambar, meu amor
Eu vou me acabar, acadêmia chegou
(bis)
Hoje eu quero ser feliz de novo
Tai o Engenho da Rainha, canta meu povo

Saudade ôô
Das noites que o tempo distanciou
Da malandragem alinhada
Em noites enluaradas serenatas de amor
Nos bares, cassino o luxo e o glamour
Medos de menino que o tempo criou
Senhor abençoai os pequeninos
Que na noite vagam sem destino
Sem alegria, alento no coração
Aqueles que trabalham por prazer
Trocam o dia pela noite pra poder sobreviver

Em devaneios no meu sonho delirei
E enxerguei um mundo irreal
(bis)
Eu vi o sol beijando a lua
Sambando na rua era carnaval

2011
Enredo: De Paulo da Portela à Nilo Figueiredo... Essa é a história da escola de samba mais brasileira, fazendo o voo com a Águia Altaneira!
Compositores: Binho Sá, Pedro Binho e João do Peixe

Oh! Majestade do samba
Historia religião
No tempo da escravidão
Em Osvaldo Cruz e Madureira
Portela, foi numa quarta feira
Que se fez verdadeira a sua fundação
Paulo Benjamim de Oliveira
Levantou a bandeira
E fez esse mundo crescer
Com os blocos que marcaram sua vida
E os amigos que ganharam o seu coração
Mamãe oxum eu peço a sua proteção

Com o som dos atabaques, pra Oxossi
E o canto dos escravos contra a dor
(bis)
Inspiração que a Portela foi buscar
Pro canto forte e o rufar de seu tambor

Que magia
Meu Engenho da Rainha a exaltar
Falar da águia altaneira
Que fez Madureira, 21 vezes triunfar
És pioneira em samba, alegorias e muito mais
Que emoção
Portela você na avenida é o perfume da flor
Sublime é o seu pavilhão

Nilo presidente, vem apresentar
A azul e branco pro mundo sambar (bis)
Ô Clara guerreira, Candeia e Natal
Salve a eterna campeã do carnaval

2012
Enredo: Minha alma canta... O Engenho da Rainha mostra. O orgulho de ser carioca!
Compositores: Xandinho Nocera, André Filosofia, Marquinhos do Engenho, Abacaxi, Nando do Cavaco, Serginho Jabaquara, Diley Machado e Walter Jr

Minha alma canta por você
Oh!meu Rio, meu viver (bis)
Com muito orgulho carioca eu sou 
Engenho da Rainha é meu amor

Rio de Janeiro é poesia que embala o meu cantar
Traz em tua história
Um grande guerreiro: Estácio de Sá!
É obra prima emoldurada pelo Criador
Teu “povo maneiro”
Recebe o mundo inteiro
De braços abertos como o Redentor
No Municipal a arte entra em cena
Dos teus jardins bela infância em poema

É praia, é sol, clima tropical
Cenário de beleza sem igual 
(bis)
Na Lapa o reduto da boêmia
Até raiar o dia!

Rio de tantos janeiros
Quando chega fevereiro vira palco da ilusão
Num grito de gol a magia
Explode a alegria na multidão
A fé conduz o teu povo
Que desce o morro em busca da felicidade
“Raçudo” supera adversidades
Nas telas ao som das canções
No Rock in Rio a nostalgia
No esporte acolhe nações em plena harmonia
E hoje a nossa escola cheia de encantos mil
Exalta a Cidade Maravilhosa do Brasil!

2015
Enredo: Ojuobá: O vencedor se ergue além da dor!
Compositores: Sidney de Pilares, Jorginho Moreira, João do Peixe, Piu das Casinhas e André do Queijeiro

África,
Majestosa e soberana
Num ventre que emana sementes da vida
África, no poder da natureza
Da realeza dos meus ancestrais
Que um dia levaram a paz
Foram irmãos nos braços de Iemanjá
Presa aos grilhões na escravidão d'além mar
Mas a fé no rei de ioió com a força de oxê
A corrente se quebrou

Kaô cabecile agô
Justiça e igualdade (bis)
Kaô cabecile Xangô
Liberdade

Adotei o paraíso palmares
Formei tantos pares com a missigenação
Entre o sagrado e o profano adorando santos e orixás
Molde a cultura negra popular
Na ginga, da dança, nos quitutes de Iaiá
Sou negro, afrobrasileiro
Verdadeiro  vencedor
Nobre artista, atleta, juiz: orgulho do meu pais
Que venha a profecia de fá
A luta não pode parar
Láojúobá

Hoje tem xirê no Yllê da emoção
Engenho da Rainha, minha paixão
(bis)
Na força da raça negra de amor
No rufar do meu tambor

2016

Enredo: Salve Rainha!
Autores: Jorginho Moreira, Sidney de Pilares, Piu das Casinhas, Joaci e Marcelo Valença

A nossa rainha veio de além-mar
Dando o requinte de nobreza
Nesse meu doce lugar
Canto em forma de oração
Às santas rainhas, louvação!
Do outeiro uruçumirim... bendita a vitória
Dos lusos súditos do rei herdei o amor
A "Nossa Senhora da Glória"
As tias baianas vão girar com a bênção de "iabá"

Tem congado e reisado em comunhão
Na festança, marujada... a procissão (bis)
O preto forro pede a Santa do Rosário... proteção!

No Cais do Valongo o negro aportou
Surgia a Pequena África e a "Conceição Imaculada" abençoou
"Senhora da Penha" minha senha é a fé
Obrigado pelas graças
Aos pés da escadaria vou comemorar
Na festa da cultura popular
Sou... a primeira academia do samba
Que encanta com o meu povo a desfilar
"Salve Rainha" a corte do Engenho tem que respeitar
Tem que respeitar!

Chegou meu Engenho, trazendo alegria
Os baluartes e nossas Marias (bis)
Nesse cortejo de fascinação
Brilham as cores do meu pavilhão

2017

Enredo: Zé Keti, a voz do morro sou eu mesmo sim senhor
Autores: Jr. Fionda, Lequinho, Igor Pitta, Igor Leal, Lucas Donato, Gabriel Martins, Girão, Neyzinho do Cavaco, Miranda do Engenho

O rei do terreiro sou eu sim senhor
A voz do morro vem mostrar o seu valor (bis)
Orgulho do samba – cultura de um país
Razão de um Brasil feliz

Eu sou o samba
A chama viva dos meus ancestrais
No toque adoração aos rituais
Herança e força em louvor
Ecoei… Por liberdade nas senzalas
No canto a fé de uma raça
Na batucada o pulsar do coração
O som emana energia
Kilombo Engenho da Rainha

Sou samba de roda em verso imortal
Cheguei da Bahia na Pedra do Sal
(bis)
No Cais do Valongo com a força da fé
Na Praça XI evocado com Axé

“Pois Zé” A Voz de todo orgulho negro
Natural do Rio de Janeiro
Poeta, portelense, popular
Fez da nossa humildade opinião
Zicartola herança da nação
No acender das velas em versos encontrei a paz
Mas não me calei jamais
ou poesia de um povo guerreiro
Inspiração de um nobre partideiro
Quanto riso quanta alegria
Para milhões de corações brasileiros

2018
Enredo: Deixa Falar: o que é que há? - Academia do Samba, Hoje, sou Estácio de Sá!
Autores: Leandro Canavarro, Rodrigo Moreno, Helio Oliveira e Gabriel Sorriso

Salve a primeira academia
Estende o manto vermelho e branco na avenida
E ao desfilar conta a história de um povo
Que desce o morro pra cantar!
Contra o preconceito
Lutou pelo direito de sambar (Deixa Falar)
Seguem os passos de Ismael
O Menestrel que consagrou
A escola de samba, celeiro de bambas
Já fui perseguido, hoje sou professor

Chegou a hora, vou me acabar
Berço do samba, Estácio de Sá (bis)
Veja a baiana girar, tão lindo nossos casais
Doce lembrança dos antigos carnavais

Oh Virgem Santa, olhai por nós
O samba da Unidos de São Carlos
Eternizado em uma só voz
E o Tititi, a Paulicéia Desvairada a conquistar
Eu fui pra rua, tendo a lua como par
Te fiz morada dentro do meu coração
É tão bonito ver a luz do amanhecer
A alvorada iluminando o teu pavilhão
“Bem no compasso, bem junto ao passo” oh meu Leão

“Quando eu soltar a minha voz… entenda”
Sou Engenho da Rainha, amor
(bis)
É… a esperança continua
Hoje o samba vai à luta pra mostrar o seu valor