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EMBAIXADORES DO SAMBA
O
GRESV Embaixadores do Samba foi fundada após dissidência
na GRESV Sampario, onde Vinícius abdicou do cargo de
vice-presidente para criar ao lado de Wendel Henrique e Caio Souza a
Embaixadores do Samba. Em seus dois desfiles, ambos na CAESV, mostrou
ser uma escola promissora, organizada e experiente. Em seu primeiro ano
obteve o décimo segundo lugar com um enredo que homenageava
Tarsila do Amaral. Mantendo a formula, em 2015 foi vice-campeã a
dois décimos do título homegeando Carmen Miranda. Para
2016 cantaria a noite paulistana inspirado no clássico
desfile “Boa Noite São Paulo” do A.C.E.S.M Camisa
Verde e Branco, mas acabou não desfilando. Voltou em 2017,
conseguindo mais um acesso com o vice-campeonato do Grupo B.
Desfilará no A em 2018.
SINOPSE
ENREDO 2018
É Raiz, É Herança – 130 Anos do fim da escravidão sob a luz dos Orixás
Hoje, passados mais de 130 anos de abolição da escravatura no Brasil, a Embaixadores do samba pede licença a Exu e a todos os orixás para contar a história de libertação desse povo africano que aqui chegou, e exaltar as riquezas, belezas e heranças deixadas por esse povo em nosso posso pais I – Kawó Kabiesilé! Que se faça a Justiça do rei de Oyo Um raio cortando o céu anuncia, em pleno 13 de maio: o Oxé de Xango faz quebrar as correntes, e ordena, o rei da justiça, que se conceda aos filhos da pele escura a tão sonhada e merecida liberdade. Seguindo as palavras do rei de Oyo, no papel de mensageiros, levam guiados por exu, os ventos de Iansã, por todo Brasil a alforria a todos os negros escravos, que tiveram pelas mãos do homem branco ceifadas sua liberdade e dignidade, tirando de si toda sua negritude, deixando apenas a cor da pele e a lembrança de toda uma vida deixada para trás no continente africano. II -Aos quatro cantos de um Brasil negro E assim se fez, livres das amarras e correntes, espalham-se pelos quatro cantos do brasil os filhos da mãe preta. Negros, filhos da própria africanidade bantu-Yoruba, da terra de Omolu e da lama de nanã. Filhos do continente africano, que uma vez aqui esquecidos após cruzarem os mares de Yemanja, fizeram morada e tornaram-se brasileiros, de pele negra e idioma português/africano. Negros Brasileiros que levaram aos quatro cantos do Brasil a essência e DNA africano, dando então origem a um pais plural, cada vez mais miscigenado III -Reencontro de suas raízes Mas fora nos quilombos que o negro reencontrou sua negritude, muito além da cor de sua pele, e pode enfim ser livre, e pode com toda sua liberdade viver a negritude em sua essência e recriar com pequenos hábitos um pouco da terra mãe e os pôs no mundo. Pode de fato, em sua independência, colher da sua colheita, cantar seus orixás e expressar em sua totalidade toda sua negra essência. IV – A negra pele de seus ancestrais E a negritude ancestral se fez presente em qualquer “pequena África” ou “cafundó”, onde o negro de fato se fez livre. Livre como o vento e forte como a mata, liberdade abençoada pela fé, fé abençoada pelo sagrado que se une ao profano, do católico e do candomblé. E do toque de fé do tambor ancestral africano é que consolidou a mistura Brasil e África, originado assim a negritude brasileira, com sua força, cultura e identidade. Mistura que rendeu grandes frutos para a cultura nacional, e transformou o Semba em samba, o Candomblé em afoxé, o ogã em batuqueiro, entre outras marcas até hoje presentes da cultura Afro-brasileira. Mas fora de fato do tempo do negro escravo que nasceu um dos maiores pilares de resistência ancestral africana, a umbanda e sua fé! A umbanda, dos pretos velhos e encruzilhadas, dos caboclos e marinheiros, dos exus e pombas gira, dos santos católicos e orixás, filha do próprio sincretismo brasileiro. -A paz e o axé E a fé, seja nos orixás ou santos católicos, que por muitas vezes fora o único refúgio do negro nas senzalas, que com sua crença buscou vencer, sempre acreditando na justiça de xango, com a força das matas de oxossi e a perseverança de vencer batalhas como ogum, sem jamais desacreditar na liberdade dos ventos de Iansã e na proteção da negra mãe Yemanja, e a sempre lembrar da pureza das aguas de oxum e na paz de oxalá E é sob as mensagens de amor da religião que o axé cruza a ponte do arco íris entre o orun e aye para abençoar todos os filhos de mãe África, de pele ou de alma, para garantir que perpetue a semente do respeito, da dignidade e da diversidade da negritude desse pais! Autor: Wendel Henrique |
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