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CARNAVAL 2023 PELO BRASIL - GUARATINGUETÁ
Edição nº 96 - 02/02/2023

CARNAVAL 2023 PELO BRASIL - GUARATINGUETÁ

O desfile das escolas de samba de Guaratinguetá é bastante tradicional. As seis agremiações da cidade desfilarão na terça-feira de Carnaval, no próximo dia 21, na avenida Presidente Vargas. Em comemoração à volta da folia na cidade paulista depois de três anos, já que em 2022 ocorreu uma apresentação online das escolas, a OESG (Organização das Escolas de Samba de Guaratinguetá) organizou o CD com os sambas-enredo que serão apresentados em 2023. Intitulado "As Mais Belas Canções de Enredo - Carnaval 2023", nas palavras do presidente da OESG, Tiago Domingos, o disco é um documento histórico viabilizado com o Governo do Estado de São Paulo, através do PROAC (Programa de Ação Cultural).

Tive a felicidade de receber o CD físico do Carnaval de Guaratinguetá, enviado por Paulo dos Santos, que integra a Diretoria Executiva da OESG como Secretário. Vamos apresentar neste EDITORIAL SAMBARIO os seis sambas-enredo, gravados no Rio de Janeiro, com produção musical de Mauricio Fonseca e Victor Alves. Os registros fonográficos ocorreram no M&C Studio Produções. Ouça o CD abaixo, diretamente do canal do Bruno Rezende.



A ordem de desfiles será a seguinte:

1ª 
Beira Rio da Nova Guará
2ª – Mocidade Alegre do Pedregulho
3ª – Bonecos Cobiçados
4ª – Embaixada do Morro
5ª – Acadêmicos do Campo do Galvão
6ª – Unidos da Tamandaré

Confira o histórico das escolas, com as fichas técnicas, os resumos dos enredos e as letras dos sambas.


A.R.C.E.S. MOCIDADE ALEGRE DO PEDREGULHO

Fundação: 17 de novembro de 1974
Cores: Azul, Branco e Vermelho
Sede Social: Rua Professor Virgílio dos Santos, 300 - Pedregulho
Títulos: 03 (1992, 2019 e 2020)
Presidente: Gabriel Fellipe de Barros
Carnavalesco: Aílton Cunha


“GRANDES BATALHAS SÃO DADAS A GRANDES GUERREIROS”

Ser guerreiro é ultrapassar obstáculos, enfrentar as dificuldades e seguir em frente, sabendo que o esforço sempre valerá a pena. Um “guerreiro” inspira a todos com exemplos de força, garra e determinação. Alguns entram para história, outros procuram vencer a guerra em cada batalha de seu cotidiano, mas, conhecidos ou anônimos, buscam a sua vitória de cada dia, ao longo de uma vida.

Sabendo disso, com grande entusiasmo, a Mocidade Alegre do Pedregulho apresenta na avenida Presidente Vargas, os Guerreiros do Brasil, do Mundo e, principalmente, os “guerreiros da comunidade do Pedregulho”, exaltando todas as lutas e vitórias desses que não fogem à luta e nasceram para vencer.

A.R.C.E.S. MOCIDADE ALEGRE DO PEDREGULHO
Enredo: “Grandes Batalhas são dadas a Grandes Guerreiros”
Compositores: Mike Candido e Luizinho Ramos
Intérprete Oficial: Pixulé

De braços abertos
Um gigante despertou nesse lugar
Sob acordes de magia
Nasceu minha Escola numa noite de luar
Somos retratos de um povo
Que não desiste jamais
Lutando contra a intolerância
Alimento a esperança
Na força dos imortais

Oh, Negra Rainha, que tanto lutou
Exemplo de força, coragem e amor

Sou quilombola, tenho a luz dos ancestrais
Alma guerreira dos meus Orixás


Folheando a história
Encontro bravos guerreiros
De honras e glórias, liberdade, justiça e paz
Seguindo o caminho da fé
Lealdade reflete a verdade
Salve os grandes guerreiros
O nosso orgulho é de ser brasileiro

Ogunhê... Ogunhê
Firmo o ponto, sim, senhor
Salve São Jorge, meu santo protetor
Fiel padroeiro, emana bondade
Brilha, Mocidade!

A.R.C.E.S. EMBAIXADA DO MORRO
Fundação: 1 de janeiro de 1944
Cores: Vermelho e Branco
Sede Social: Rua Alfredo Antunes, 105 – Alto das Almas
Títulos: 18 (1966, 1968, 1970, 1971, 1972, 1973, 1975, 1981, 1984, 1986, 1995, 1996, 1999, 2004, 2006, 2008, 2009 e 2011)
Presidente: José Carlos Leite da Silva

Carnavalescos: Nicolas Gonçalves e Victor Santos



“TAMBOR: O SENHOR DA ALEGRIA”

Embalados por tambores, nós, o “Morro”, contamos em forma de cortejo, a história da criação do Mundo, na tradição angolo-congolesa, onde Zambiapungo, o Supremo Criador, não se contentava com a falta de alegria na vastidão do mundo e, então, decidiu interromper a criação.

Seus filhos, preocupados com a tristeza do pai, ofertaram-lhe presentes para agradá-lo, mas Zazi, o único que não lhe ofertara nada, recorreu ao oráculo e perguntou como acabaria com o banzô do pai. O oráculo ordenou que ele pegasse a primeira árvore do mundo e a deixasse oca com suas chamas e a cobrisse com o couro de um bode branco, cuja carne deveria ser servida a seus irmãos.

Depois de cumprir com as ordens do oráculo, Zazi percutiu o couro do tambor. Aluvaiá, que os yorubás conhecem como Exu, gingou numa dança que lembrava as ondas do mar. Desta forma, todos o acompanharam, iniciando, assim, a primeira festa da manhã do mundo.

Zambi sentiu a alegria que lhe faltava, e ordenou que todo aquele que transgredisse a tristeza, ouvisse o som de N’goma, o primeiro tambor, pois ele é a trilha da felicidade, o “Senhor da Alegria”.

E, desta forma, se deu a criação do mundo, ao som de tambores.

A.R.C.E.S. EMBAIXADA DO MORRO
Enredo: “Tambor: O Senhor da Alegria”
Compositores: Du Big Boca, Douglas Chocolate, Celsinho Mody,
Paulo Senna, André Ricardo, Guilherme do Tilica, Matheus Can
Can e Rafa do Cavaco
Intérprete Oficial: Igor Sorriso

A força do mais velho, o Criador
Um sopro, fez-se a luz de uma nação
Cada inkisse, um dom da natureza
Cada um com sua força e poder

Zambi carregava uma tristeza
Faltava vida em sua criação
Seus filhos lhe trouxeram oferendas
Mas nada acalentava o coração
Zazi, com sua sabedoria
Nos búzios, teve a iluminação

Aê aê... Trovejou... Relampeou
Aê aê... Trovejou... Relampeou!
Senhor do fogo, a justiça ele bradou...
Senhor do fogo, a justiça ele bradou!


Ô Zazi ê... Ô Zazi á...
Do sacrifício, fez do couro, a criação
Do Baobá, com sua chama construiu
Em seu louvor, toquem com as mãos
N’goma, o protetor dessa nação!

Ginga, Aluvaiá, no balanço do mar
Abre os caminhos, deixa girar

Viva a alegria do tambor, senhor tambor
Faz a Embaixada estremecer

Na alegria desse novo amanhecer
A nossa festa veio celebrar você

O Morro desce, poeira sobe...
Samba com fé, de pé no chão!
Ouça o clamor desse tambor ancestral
Que rufa no meu carnaval!


G.R.C.E.S. UNIDOS DA TAMANDARÉ
Fundação: 07 de julho de 1967 Cores: Azul e Branco
Sede Social: Rua Paissandu, 250 - Centro
Títulos: 10 (1976, 1977, 1978, 1980, 1988, 1990, 1994, 2000, 2012 e 2014)
Presidente: Mauro de Oliveira Galhardo
Carnavalesco: Sandro Rauly



"SOLLICITUS - QUEM NÃO VIVE PRA SERVIR, NÃO SERVE PARA VIVER
"

Nos primórdios da história da humanidade o homem já nutria o ato da solidariedade.

O nosso desfile será traduzido em momentos representando alguns feitos daqueles que servem ao próximo sem medir esforços, além de exaltarmos o povo mais solidário que existe, que é o povo brasileiro.

Um povo que se une, luta e sente na pele as emoções e sabe da necessidade em ajudar ao próximo.

A solidariedade é capaz de transformar a nossa sociedade, um simples ato solidário pode salvar muitas vidas!

Só quem passa pela escuridão sabe a grandeza da luz interior...
não deixe que tempos turbulentos tirem a tua paz.

O sol continua a brilhar! A luta contra o mal só será vencida com quem adere a luz sem julgar os outros. Apenas apoiar, amar, ajudar, unir e servir.

Como “nem só de pão vive o homem”, a Unidos da Tamandaré, com arte, criatividade, força e garra de sua comunidade, vem elevar momentos de solidariedade, bondade, caridade e de esperança na expressão do verdadeiro amor para um novo amanhã!

Hoje o nosso samba é solidário, é caridade e o verdadeiro sentido da palavra amor ao próximo!

G.R.C.E.S. UNIDOS DA TAMANDARÉ
Enredo: “Sollicitus – Quem não Vive pra Servir, não Serve para Viver”
Compositores: Dunga do Cavaco, Diego Nicolau, Kátia Leite, Flávio Macedo e Guilherme do Pél
Intérprete Oficial: Léh

Olhe em meus olhos irmão!
Só a compaixão vai fazer a diferença.
Nesse mundo às vezes tão cruel,
Nossa missão, independe de crença.
O momento é de união, em dedicação à solidariedade,
Como tantos um dia fizeram pela humanidade.
Exemplos de luta e candura,
Pra alguns o remédio, pra todos a cura.
A misericórdia, a remissão que afeta,
É o ensinamento do “Senhor dos profetas”

Santa dos desamparados,
Serva de Deus tem piedade.
No caminho já dizia “Chico”,
A chave é fazer a caridade.

O brasileiro é assim, solidário por natureza
Traz na alma o dom de se unir, mesmo que na incerteza.
Juntos contra a fome, assim todo mundo come

E combate a injustiça social.
Um gesto nobre e essencial.
“Favela”, que ensina a sociedade.
Projetos, campanhas, fraternidade,
Um mundo assim eu tenho fé.
O samba, também levanta essa bandeira.
Orgulho de gente guerreira que doa alegria e samba no pé.

Sou Tamandaré!
A quem precisa eu estendo a mão.
O meu abraço é de coração.
Só quem sabe servir, serve pra viver.
Juntos iremos vencer.

G.R.C.E.S. ACADÊMICOS DO CAMPO DO GALVÃO
Fundação: 31 de março de 1974
Cores: Azul, Vermelho e Branco
Sede Social: Rua Geraldo Baracho dos Santos, 79 – Campo do Galvão
Títulos: 16 (1979, 1982, 1985, 1987, 1989, 1991, 1992, 1998, 2001, 2002, 2003, 2005, 2006, 2007, 2011 e 2018)
Presidente: Pedro Henrique Antunes dos Santos Peixoto
Carnavalesco: Fran Sergio Oliveira


“CONGADA AO REI NEGRO SÃO BENEDITO... UMA HISTÓRIA DE FÉ, AMOR E DEVOÇÃO!"


Em um ato de fé, amor e devoção, a alvorada e as caixas de São Benedito, anunciam um folguedo popular que atravessa gerações.

No coração da nossa morada, São Benedito será coroado o Rei Negro do Campo do Galvão, exaltado pela cavalaria de fé, e pelas congadas com seus batuques, coreografias e emoção... em uma procissão emoldurada de histórias de graças alcançadas.

Ecoaremos milagres para uma vida doce e distribuiremos doces milagreiros do nosso santo amado.

Nessa congada, todos os santos negros se encontram e são exaltados pelos tambores da nossa bateria.

Nosso enredo entoará um samba-canto de igualdade entre irmãos, a paz entre as religiões e um festejo de amor, brandura e ancestralidade.

Bendito, bendito, mas será o Benedito? Sim, é e será! Amanheceu, a esperança voltou, no chão vamos erguer o mastro de São Benedito e com ele vamos elevar os pensamentos que residem em nossos corações: o sonho de ver a nossa Escola, novamente, campeã do carnaval!

Salve, São Benedito, Santo Negro Rei Coroado.

G.R.C.E.S. ACADÊMICOS DO CAMPO DO GALVÃO
Enredo: “Congada ao Rei Negro São Benedito... Uma História de Fé, Amor e Devoção!”
Compositores: Butuca, Mestre Pelé, Wilian Cavaquinho, Cururu, Totê, Betinho Santos BJN, Dandô e Nego
Intérprete Oficial: Emerson Dias

Luz radiante do Divino que ilumina
O ventre onde ainda há mordaça
Filho da África liberto
A inocente negritude... Axé
Seu coração clama por esperança
Alma bondosa eremita
De atitude, mouro Benedito
Reza um relicário de nobreza

No mosteiro de Maria celebrar
O Príncipe Negro da humanidade
Com Deus menino nos braços seu altar
Orações... profecias... caridades...

Um lindo arrebol vem anunciar
Da capela sinos ressoam
Fogos na alvorada, hoje é o grande dia
Segue a procissão em romaria

Doces da fé, devotos a bradar
E os cavaleiros em comunhão
No compasso da congada ao Rei Negro
Paz e amor, fraternidade pra louvar
A nossa tradição, São Benedito é a imagem
No Estandarte do Campo do Galvão

E na batucada de gente bamba
O santo cozinheiro é coroado
Levanta o mastro, povo do samba
Sou azul, vermelho e branco... sou morada

G.R.C.E.S. BONECOS COBIÇADOS
Fundação: 05 de fevereiro de 1957
Cores: Verde e Rosa
Sede Social: Rua São Roque, 111 - Campinho
Títulos: 03 (1967, 1969 e 1974)
Presidente: João Vítor Santos Costa
Carnavalesco: Comissão de Carnaval



“COM OS SANTOS DA DEVOÇÃO, O ARRAIÁ DE PEDRO, ANTÔNIO E JOÃO!”

O arrasta-pé de Bonecos Cobiçados! Junho... Mês de muita festa, fé e devoção!

Pedimos em procissão aos nossos padroeiros juninos que nos protejam e nos guardem...

Que Santo Antônio não nos deixe faltar o alimento e o amor tão desejado.

Que São João nos ajude a pagar nossas penitências, para que sejamos dignos do perdão divino.

Que São Pedro nos abra os caminhos da felicidade, da paz espiritual e do paraíso para a vida eterna.
Iremos todos juntos em procissão, rezando e louvando os santos de nossa devoção, abrindo os caminhos para celebrar e comemorar os festejos juninos.

Um viva aos santos juninos! Viva a cultura e a tradição! É tempo de festa!
O canto que a gente canta, a dança que a gente dança, a reza que a gente reza ao som dos batuques ancestrais... é a verdadeira história e contos que o nosso povo faz!

Embarcamos nesse mundo de cultura, crenças, cores, danças, musicalidade, gastronomia e fé!

G.R.C.E.S. BONECOS COBIÇADOS
Enredo: “Com os Santos da Devoção, o Arraiá de Pedro, Antônio e João!”
Compositores: Rômulo Antunes, Bruninho, Lucas Tupã, Mário Celso, Pedro Ferraz e Tonzinho Moreira
Intérprete Oficial: Darlan Alves

Pedro, abra os caminhos, que minha Escola vai passar (lá lá laiá)
João, acenda o braseiro, pra minha luz eternizar
Antônio, casamenteiro, une a festança e a fé
Junta cavaco e sanfona, é “cobiçado” esse arrasta-pé!

Da festa pagã, sagrada devoção
Vem singrando os mares com a colonização
Hoje, os santos padroeiros
Trazem junho à fevereiro
O samba se torna oração

Toca sanfoneiro, em poesia
Que é pr’ocê se encantar
Vem dançar nossa quadrilha
Pula fogueira... ioiô
Pula fogueira... iaiá

Tremulam bandeirinhas, vou brincar de pescaria
Delícias e sabores, milho e amendoim
Quentão deixa animado o casamento caipira
Misturam-se culturas...
Nordeste, tradição que não tem fim

No homem do campo ecoa a força do canto
Na dança, na reza, batuques ancestrais

Mostra que a verdadeira história é nosso povo quem faz
Arraiá, “vixe maria”, pra ficar na memória
Em busca de um sonho real
Levante as mãos com alegria, rumo à vitória
No Berço do meu Carnaval!


Olha a cobra... é mentira, olha a chuva... já passou
Na “barraca do beijo” encontrei o meu amor

Sou Bonecos Cobiçados, verde e rosa é a minha vida
E hoje canto o meu orgulho na avenida!


G.R.C.E.S. BEIRA RIO DA NOVA GUARÁ
Fundação: 08 de setembro de 1970
Cores: Vermelho, Azul e Branco
Sede Social: Avenida Vaz de Caminha, 101 – Nova Guará
Títulos: 02 (1983 e 1993)
Presidente: Marlon Willian dos Santos Silva
Carnavalesca: Monique Reis



“HERANÇA CANJERÊ”

Vindos de além-mar, na contundente diáspora africana, os negros escravizados trouxeram muito mais do que sua força de trabalho e servidão, impostas pelo domínio do opressor invasor. As mãos negras que eram obrigadas a servir, também batucavam. Ao passarem pelo ritual de circular um baobá na África, não houve esquecimento: nascia a resistência. A pele que era chicoteada, também era o couro do tambor que levava a transcendência da virtude e manifestação de seus orixás.

Na terra onde derramaram sangue e suor impostos pela escravidão, também foram derramadas a sua fé, crenças, manifestações e cultura. O negro resistiu e de sua resistência brotou a semente que semeou arte, e do batuque aos deuses proibidos, nascia o samba. Ora marginalizado, o samba, fruto reprimido das manifestações e rituais de nossos ancestrais africanos também resistiu, e resiste!

Em seus 50 anos de história, a Beira Rio da Nova Guará é resultado da resistência deste batuque ancestral, da negritude, da fé preta, é herança canjerê nas terras a margem do rio Paraíba do Sul, onde Oxum continua a proteger os seus filhos, que cantam e dançam em louvação.

G.R.C.E.S. BEIRA RIO DA NOVA GUARÁ
Enredo: “Herança Canjerê”
Compositores: Igor Vianna, Thiago Meiners e Vinicius Santana
Intérprete Oficial: Igor Vianna

Axé... Nova Guará revela a sua fé
Um grito para aquele que lutou
A força que resiste na senzala
Que não se cala ante a fome do opressor

Ganância que marca seus filhos nas ondas do mar
Que abraça a coragem dos seus Orixás
Correntes que entrelaçam a maldade

Serão quebradas no raiar de um novo dia
Batuque de candomblé... Feitiçaria
Aportam no Rio de São Sebastião
Respeita tua tradição


Dama da noite, malandragem, boemia
Terno de linho, chapéu panamá
A benção de Ciata

E pelo telefone... O samba mandou me chamar!

É verdadeira a cultura popular
Nos versos e acordes dessa melodia
Tem ginga na roda, pandeiro e tantã
A resistência da poesia

Samba de tanta inspiração dos geniais
Herança que pulsa dos meus ancestrais
No repicar do banjo e do tamborim
É a “Coruja”, o orgulho do meu povo
No seu “Jubileu de Ouro”, cantando assim...

Bate no tambor, ê canjerê
Na “Beira Rio”, a voz negra é essência
Firma na palma da mão, junta Orum e Ayê
A liberdade há de resplandecer!


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