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Tem Dream Team no Samba - Assim
que foi dada pelo COI a permissão para a
participação de atletas profissionais do basquete nos
Jogos Olímpicos a partir de Barcelona/1992, o mundo se viu
maravilhado ao presenciar, num
escrete só, astros
tão cintilantes quanto todas as constelações
existentes. Juntos, Michael Jordan, Magic Johnson, Larry Bird, Scottie
Pippen, Charles Barkley, Karl Malone, David Robinson e companhia
pulverizavam os oponentes compostos por reles mortais sem dó e
nem piedade. Só de imaginarmos esta equipe sair de
quadra derrotada é um dos acontecimentos mais ilógicos do
esporte. Foi naquele breve período a única ocasião
que aqueles craques se reuniram para eternizar a medalha de ouro no
peito em forma de espetáculo. Era uma autêntica equipe dos
sonhos. À seleção norte-americana de vinte anos
atrás, o mundo do samba parece se inspirar e trazer a magia de
ginásios catalães para as quadras... mais precisamente
pelos lados de Vila Isabel.
Ao folião que reagiu com espanto ao se deparar, no ano passado, com a inclusão do consagrado Arlindo Cruz ao grupo encabeçado pelo multicampeão André Diniz, para 2013 a dupla não só foi mantida como ganhou um terceiro integrante galáctico: Martinho da Vila. As 10 vitórias de Zé Ferreira se somam às 13 de Diniz e ao triunfo em 2012 de Arlindo, também vencedor em 12 oportunidades no Império Serrano. Sem contar as dez consagrações de Leonel (seis na Vila e quatro no Salgueiro), outro integrante da parceria. A eles soma-se Tunico da Vila, filho de Martinho. Como o mágico time de basquete referido, é inimaginável um grupo destes sair da quadra da Vila com o revés. Sobretudo em tempos em que nome conta infindos pontos... Ah, e o samba é muito bonito. Conversando com um compositor da escola de Noel também presente no concurso para o próximo ano, ele revelou preocupação com o futuro da ala de compositores da agremiação devido ao temido Dream Team do Samba travestido de herdeiros de Noel. Aliás, esta preocupação não seria apenas com os poetas da Vila. Imagina se a moda pega... Na Unidos da Tijuca, Júlio Alves poderia se unir a Josemar Manfredini. E por que não convocar também Sérgio Alan e Jorge Remédio? Pelos lados de Nilópolis, já imaginou J. Velloso, Cláudio Russo, Tom Tom, Samir Trindade e Amendoim do Samba unidos pela Beija-Flor? Dudu Botelho e Marcelo Motta já ganharam juntos pelo Salgueiro. Ambos poderiam retomar a parceria e de quebra chamar Moisés Santiago, David Corrêa, Xande de Pilares e Demá Chagas. Após "abrir a roda" em Madureira em grandioso estilo, não duvido se Wanderley Monteiro e Luiz Carlos Máximo requisitassem Júnior Scafura de volta e trouxessem para o time Diogo Nogueira, Mauro Diniz e Ciraninho. É como tivéssemos, na Imperatriz, Guga, Jéferson Lima, Tuninho Professor, Zé Katimba e Josimar. Ou Diego Nicolau, J. Giovanni, Jefinho, Dico da Viola e Marquinho Marino na Mocidade. Em tempos de "participações especiais" escancaradas na autoria dos sambas, este é um horizonte que não me admiraria se estivesse próximo. Parafraseando um ex-locutor de desfiles de escolas de samba: Barcelona é logo ali. FOTOS: Divulgação (Dream Team) e Raphael Azevedo/Agência O Dia (Martinho da Vila e Arlindo Cruz) Marco Maciel
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