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Os 10 mais importantes discos de samba-enredo da história - O site SAMBARIO está completando seis anos de existência no dia de hoje. E para celebrar nosso aniversário, eis que encaro mais um desafio junto aos estimados amantes de carnaval e samba-enredo. A exemplo do que fiz em outros editoriais, e inspirado no colunista Rixxa Jr, resolvi estabelecer um novo ranking, que certamente irá gerar críticas tanto em ausências quanto por presenças: dos 10 discos de sambas-enredo mais relevantes da história do carnaval carioca. Neste levantamento, não avalio os álbuns baseando especificamente na qualidade das respectivas safras de sambas, mas procuro destacar os que, de certa forma, revolucionaram o gênero (com relação aos discos oficiais) e proporcionaram resgates relevantes não só de obras mais antigas (através de regravações) como também contribuíram para o enriquecimento da cultura brasileira. Todos eles estão à disposição pra download na seção do nosso site. Eis a lista: 10º Desfile das Campeãs - Jamelão e Escolas de Samba (1961) - Provavelmente, esse álbum lançado por Jamelão depois do Carnaval de 1961 possua os primeiros registros fonográficos de sambas-enredo. Entre alguns sambas românticos entoados pelo saudoso José Bispo, se encontram verdadeiras preciosidades como os sambas campeões do carnaval daquele ano. Como a Estação Primeira de Mangueira foi a grande vencedora do desfile de 1961, o clássico "Reminiscências do Rio Antigo" não poderia faltar. Mas é evidente que, no LP, chamam mais a atenção as presenças dos hinos cantados pela campeã do Terceiro Grupo de 61 (Imperatriz com "Gigante Brasil"), mais os das duas melhores colocadas do segundo grupo daquele carnaval: Unidos do Cabuçu ("Rio, Ontem e Hoje") e Tupy de Brás de Pina ("Seca do Nordeste"). Este último é o pioneiro registro de uma das maiores obras-primas do gênero, numa emocionante e sentimental interpretação de Jamelão, juntamente com as pastoras. O disco também apresenta o samba salgueirense "O Aleijadinho" (vice-campeão do Primeiro Grupo em 1961), além de "Epopeia do Petróleo" e "Paisagens da Ilha", sambas-enredo da União da Ilha de 1956 e 59, respectivamente. O estilo das gravações é fiel ao que as escolas de samba imprimiam na época para o canto do samba de enredo. O álbum pode ser baixado neste link. 9º
Festival de Samba - Volume 2 (1968) - Por
iniciativa do produtor Ricardo Cravo Albin, a gravadora Discnews
lançou, às vésperas do carnaval de 1968, o
primeiro álbum voltado para os sambas-enredo das escolas de
samba do Rio de Janeiro: o "Festival de Samba". As
gravações mostram uma particularidade que marcaria os
primeiros discos do gênero: o destaque para a voz do
intérprete cantando o samba na primeira passada, acompanhado por
um tamborim. Na segunda, entra a bateria mais as pastoras. No carnaval
seguinte, um LP do mesmo padrão foi lançado, visando a
divulgação dos sambas-enredo para 1969. A safra primorosa
daquele ano, com obras-primas como "Heróis da Liberdade"
(Império Serrano), "Brasil, Flor Amorosa de Três
Raças" (Imperatriz), "Yayá do Cais Dourado" (Vila
Isabel), "Treze Naus" (Portela) e "Mercadores e suas
Tradições" (Mangueira), justificam a presença
deste álbum em nosso ranking. Apesar que o disco contém
uma baixa considerável: a ausência do samba do Salgueiro,
"Bahia de Todos os Deuses", lançado num compacto bancado pela
escola. O LP ainda apresenta pequenas apresentações das
baterias das agremiações.
8º
Esquenta na Sapucaí (1998) - Numa
iniciativa única da BMG/RCA, foram lançados, logo
após o Carnaval 1998, três CD's referentes aos sambas
cantados nos desfiles daquele ano: "Sambas de Enredo 98 Ao Vivo da
Sapucaí", "Bateria das Escolas" e "Esquenta na Sapucaí".
Ambos apresentam fielmente as reproduções dos sambas ao
vivo na avenida, além de disponibilizarem os shows das baterias
momentos antes de entrarem na avenida (com direito até a um
teste de som do intérprete Nêgo numa das faixas do CD
das baterias). Os discos, infelizmente, venderam pouco, o samba-enredo
passava por uma crise comercial (como podem acompanhar nesta
matéria da Veja na época dos desfiles de 98) e o
expediente
nunca mais foi repetido. Mas o CD com os esquentas das
agremiações ficou para a história, com
versões de clássicos dos sambas-enredo cantados em plena
Sapucaí, com toda a energia da bateria, para delírio
não só dos foliões do Setor 1, que acompanharam
todos aqueles momentos in loco, como também de quem possui este
maravilhoso álbum. Não tem como não se emocionar
com a Portela entoando "Foi um Rio que Passou em Minha Vida". Outro
momento antológico do CD é a cadência
da União da Ilha para seu esquenta, através de "A
Viagem da Pintada Encantada", samba de 1996 cantado brilhantemente por
Rixxa. Sem contar a arrepiante entrada da bateria mangueirense para
"Exaltação à Mangueira". Clássicos como
"Kizomba", "Liberdade, Liberdade" e "No Mundo da Lua" em ritmo de
avenida também abrilhantam o CD, sintetizando a
perfeição do registro de samba-enredo ao vivo na
Sapucaí. Os poréns são o fato de Beija-Flor,
Caprichosos, Mocidade e Viradouro terem utilizado como faixas seus
respectivos sambas de 1998, já que não esquentaram com
sambas famosos, além da Tradição ter apelado para
um pagode do grupo "Os Morenos". O Salgueiro, em litígio com a
gravadora, não teve direito a sambas nestes lançamentos,
assim como no CD oficial daquele carnaval. Como em 1969, a escola
lançou seu samba para 98 num álbum custeado pela
própria agremiação.
7º
Sambas de Enredo das Escolas de Samba do Grupo 1B (1982) - Na
época em que o registro dos sambas-enredo do Grupo de Acesso
eram fiéis ao padrão do LP do Grupo Especial (tanto no
estilo de gravação quanto pelo projeto gráfico), o
álbum do
Segundo Grupo do Carnaval 1983 apresenta uma assombrosa
produção, favorecida pela excelente safra dos
sambas-enredo daquele ano. Em registros inigualáveis, com uma
espetacular cadência das baterias aliada à
perfeição dos corais e das cordas, os 12 sambas receberam
gravações singulares, proporcionais à qualidade de
obras-primas como "Santos e Pecadores" (Império da Tijuca),
"Senta que o Leão é Manso" (Unidos de Lucas), "Obrigado
Brasil" (Unidos de Bangu, em irrepreensível
interpretação de Sobrinho) e "Orfeu do Carnaval" (Unidos
de São Carlos). Mas o destaque absoluto do álbum
é, sem dúvida, o avassalador "A Visita de Ony de
Ifé ao Obá de Oyó" (Unidos do Cabuçu). Para
ouvir de joelhos! '
6º
Sambas de Enredo das Escolas de Samba do Grupo 1A (1988) - O
samba-enredo alcançava o seu auge, de forma comercial. Eram
tempos de ampla divulgação dos hinos tanto em
rádio quanto em televisão, com esta exibindo vinhetas com
passagens completas de cada samba, mais
apresentações das escolas nos programas de grande
audiência, facilitando a familiarização do
público para com as obras. E a boa qualidade da safra,
impulsionada pelo excelente nível dos sambas no ano anterior,
proporcionou a estupenda vendagem do álbum duplo do Carnaval 89
com 18 sambas e duas faixas de bateria. Foram 1,3 milhão de
cópias vendidas, um recorde que nunca mais deverá ser
superado. Marca acentuada pela obra-prima "Liberdade, Liberdade! Abre
as Asas Sobre Nós" (Imperatriz) e clássicos como
"Festa Profana" (União da Ilha), "Templo Negro em Tempo de
Consciência Negra" (Salgueiro), "Ratos e Urubus... Larguem Minha
Fantasia" (Beija-Flor), "Direito é Direito" (Vila Isabel) e
"Rio, Samba, Amor e Tradição" (Tradição).
5º
História das Escolas de Samba (1976) - Nesta
coleção lançada em oito fascículos (cada um
com um disco incluso, produzidos pela Som Livre) pela Editora Rio
Gráfica (que depois seria
Editora Globo), o jornalista Sérgio Cabral era o
responsável pelos textos que incrementavam a
publicação, contando cronologicamente a história
das agremiações e dos desfiles, com cada página
ilustrada por inúmeras fotos. Quanto aos LP's, a
importância se dá pela aparição pioneira de
muitos sambas
dos tempos em que as escolas ainda engatinhavam, como a
gravação de Carlos Cachaça para a mangueirense
"Homenagem" (1933), que muitos consideram o primeiro samba-enredo da
história por citar personagens históricos. Um dos sambas
cantados pela Mangueira em 1936, "Não quero mais amar a
ninguém", também aparece na coleção. O
intérprete Abílio Martins é responsável
pelo registro de hinos que ajudaram a solidificar o gênero nos
anos 40, como "Paz Universal" (Prazer da Serrinha - 1946), "Vale do
São Francisco" (Mangueira - 1948) e "61 Anos de
República" (Império Serrano - 1950). Um dos fundadores do
Império, Mano Décio da Viola, coloca voz nos sambas
imperianos "Exaltação à Caxias" (1955) e
"Caçador de Esmeraldas" (1956). Outros clássicos dos anos
60 e 70 são interpretados por baluartes como Alvaiade, Djalma
Sabiá, Geraldo Babão, Dona Ivone Lara, Baianinho, Jorge
Goulart, Zé Katimba, Noel Rosa de Oliveira, Walter Rosa, entre
outros... Os LP's ainda apresentam depoimentos de Bide e Ismael Silva,
dois dos fundadores da Deixa Falar, a primeira escola de samba. O
SAMBARIO está disponibilizando esta coleção em sua
seção de downloads, com divulgação autorizada
por Vinícius Terror, responsável pelo blog Receita de Samba e dono da postagem original dos
discos. 4º
As Dez Grandes Escolas cantam para a Posteridade seus Sambas-Enredo de
1968 (1967) - No primeiro
ano em que os sambas-enredo das escolas foram comercializados em um LP,
para o Carnaval 1968 foram lançados dois de imediato. O
"Festival de Samba",
pela Discnews, não incluía os sambas de Império da
Tijuca, Independentes do Leblon e Unidos de São Carlos. Estes
três hinos, no entanto, constavam no LP "As Dez Grandes Escolas
cantam para a Posteridade..." produzido pelo Museu de Imagem e Som,
além dos demais cantados naquele desfile. Este LP é bem
superior ao "Festival" não só por ser completo, como
também pela qualidade das gravações. O belo samba
mangueirense "Samba, Festa de um Povo", campeão do desfile de
1968, é cantado por ninguém menos do que Cartola. A
obra-prima da Unidos de Lucas, "Sublime Pergaminho",
recebe registro
de Abílio Martins. Martinho da Vila canta "Quatro Séculos
de Modas e Costumes" nos dois discos. Naquela safra ainda despontam
"Dona Beija, Feiticeira de Araxá" (Salgueiro), "Pernambuco,
Leão do Norte" (Império Serrano) e "Viagem Pitoresca
Através do Nosso Brasil" (Mocidade, com um show da bateria de
Mestre André no álbum). Mas o maior destaque do LP
é o
samba do Império da Tijuca, "Exaltação a
Cândido Portinari", ausente no bolachão da Discnews e que
ganha uma antológica interpretação de Marinho da
Muda (talvez uma das melhores da história fonográfica do
samba de enredo).
3º
Sambas de Enredo das Escolas de Samba do Grupo 1A (1984) - Emoção!
Essa palavra sintetiza o que representa o álbum do Grupo
Especial de 1985. A Top Tape resolveu investir num estilo de
gravação distinto dos últimos carnavais,
privilegiando a força do canto. O encarte esclarece a real
intenção do
álbum: "Foram
dispensados todos os cuidados técnicos na gravação
desse disco, no sentido de aproximá-lo o mais finalmente
possível do desfile das Escolas na Passarela do Samba".
Por
mais que este procedimento acabe por dificultar a compreensão da
letra do samba (com o encarte sendo indispensável), a energia
proporcionada por cada uma das 12 faixas do LP (mais o compacto com as
quatro escolas restantes do Primeiro Grupo) aliada a uma bateria forte
e perfeitamente cadenciada (com arrancadas irresistíveis no
começo dos sambas), tornam sua audição um dos
momentos mais louváveis para o simpatizante de carnaval. Pela
primeira vez, os alusivos das escolas com sambas de quadra eram
valorizados no início das faixas. É
inevitável não se emocionar com o grito de guerra do
intérprete Ney Vianna na abertura do clássico samba da
Mocidade "Ziriguidum 2001: um Carnaval nas Estrelas". O que dizer da
bem humorada e inspirada atuação de Carlinhos de Pilares
para "E por falar em Saudade..." da Caprichosos? O ousado cavaquinho de
"Chora Chorões", samba da Estácio, também
impressiona. E 1985 apresenta uma safra equilibrada, sem
obras-primas, mas repleta de sambas eficientes. É um dos poucos
LP's sem um famigerado "boi-com-abóbora" no meio, já que
todos os
sambas-enredo são de boa qualidade. O modelo do disco de 1985
vem inspirando as produções dos CD's mais recentes de
carnaval, com o coral dos componentes se sobressaindo nos álbuns
do
Grupo A de 2009 e do Grupo Especial de 2010. 2º
História do Brasil Através dos Sambas de Enredo - O Negro
no Brasil (1976) - Lançado
em CD em 2006 pela Som Livre, exatamente 30 anos depois da
produção original, este disco é simplesmente um
primor. Não só pela excelente qualidade das
gravações de sambas-enredo clássicos, como
também pela ordem das faixas no álbum representar uma
cronologia na história do negro no Brasil. O CD é aberto
por "Navio Negreiro", samba salgueirense de 1957 que impulsiona a
narrativa das mazelas sofridas pelos negros oriundos da África.
A sequência das faixas é formada por "Leilão de
Escravos" e "Negro na Senzala", obras melancólicas apresentadas
pela Unidos da Tijuca nos anos de 1961 e 58 respectivamente. Seus
costumes e tradições aliadas à
luta são enfatizados em "Magia Africana no Brasil e seus
Mistérios" (Unidos da Tijuca-1975), "Palmares" (Salgueiro-1960),
"Ganga Zumba" (Canários das Laranjeiras-1970), "Valongo"
(Salgueiro-1976) e "A Festa dos Deuses Afro-Brasileiros" (Em Cima da
Hora-1974), exatamente nesta ordem. A libertação do negro
dos grilhões é, por fim, festejada nas quatro
últimas faixas: "Chico Rei" (Salgueiro-1964), "Chica da Silva"
(Salgueiro-1963), "Sublime Pergaminho" (Unidos de Lucas-1968) e
"Heróis da Liberdade" (Império Serrano-1969). Uma
autêntica aula de história brasileira regada a samba. A
obra inspirou um CD com particularidade
semelhante: o "Aula de Samba - A História do Brasil
Através do Samba de Enredo", lançado em 2008 pela
Biscoito Fino, com participação de grandes nomes da MPB.
1º
Escolas de Samba - Enredos - Sony Music (1994) - Encabeçando
a lista, a coleção de 10 discos lançados pela Sony
com regravações dos 10 melhores sambas-enredo de cada
escola. Conhecida popularmente como "Coletânea Sony", os
álbuns primam pela riqueza dos arranjos em
produções assinadas por Rildo Hora, além das
presenças dos maiores baluartes de cada agremiação
cantando sambas de suas respectivas escolas, como Neguinho da
Beija-Flor, Martinho da Vila e Dominguinhos do Estácio,
responsáveis pelos discos de Beija-Flor, Vila Isabel e
Estácio respectivamente. Entre outras
participações, temos Roberto Ribeiro, Dona Ivone Lara,
Jorginho do Império e João Bosco (Império
Serrano), Beth Carvalho, Leci Brandão, Jurandir e Ivo Meirelles
(Mangueira), Zezé
Motta, Quinho, Vaguinho, Sombrinha, Zé Di e Rico Medeiros
(Salgueiro), Aroldo Melodia e Quinho
(União da Ilha), Tôco, Paulinho Mocidade e Wander Pires
(Mocidade), Monarco, Dedé da Portela, David Corrêa e
Silvinho do Pandeiro (Portela) e Preto Jóia, Niltinho Tristeza,
Zé Katimba e Tuninho Professor (Imperatriz). Muitas
gravações são antológicas, como
"Exaltação a Tiradentes" por Roberto Ribeiro (num de seus
últimos trabalhos), "Os Cinco
Bailes da História do Rio" por Dona Ivone Lara, "Chico Rei"
por Zequinha do Salgueiro, "Onde o Brasil Aprendeu a Liberdade" por
Martinho da Vila e o pot-pourri "Quatro Séculos de Modas e
Costumes", "Yayá do Cais Dourado" e "Glórias
Gaúchas", em que Martinho divide os vocais com Jorge Tropical e
Marcos Moran. "Retrospectiva
Sambario", por João Marcos-
Nosso colunista, recentemente, lançou seu primeiro livro: uma
compilação dos melhores textos escritos por ele para o
nosso site entre
2006 e 2010. Editado pelo Clube dos Autores, a publicação
apresenta
comentários dos últimos sambas-enredo do Grupo Especial
do Rio e
reproduz as melhores colunas escritas para o SAMBARIO. João
Marcos tem
a fama de ser o mais polêmico colunista de carnaval do Brasil,
por ser
franco em suas palavras, relatar o que sente sem qualquer temor,
descompromissado em termos de agradar a terceiros e, acima de
tudo, sendo sempre
imparcial em suas avaliações. João deixa claro que
privilegia a
figura do sambista como o dono do espetáculo, o apontando como o
responsável pela salvação do gênero
samba-enredo. Saiba aqui como
adquirir o seu "Retrospectiva Sambario". Asseguro que vale a pena! "Samba de enredo - História e Arte" - O livro de Alberto Mussa e Luiz Antonio Simas publicado pela Editora Civilização Brasileira mostra passo a passo da evolução do gênero, porém não consegue ter uma posição definitiva sobre qual foi realmente o primeiro samba-enredo da história do carnaval, em virtude das escolas de samba utilizarem, nos primeiros tempos, músicas que pouco ou nada tinham a ver com o enredo apresentado no desfile. Os autores determinam que a época de ouro ocorreu entre 1969 e 1989 e não deixam de acenar para o empobrecimento do samba de enredo, apontando 1990 como o primeiro ano da derrocada. Mussa e Simas enfatizam que o sucesso do refrão "Explode Coração" para o samba salgueirense de 1993 provocaram a semelhança estrutural dos demais, praticamente obrigando a presença do refrão principal, além de indagar também sobre a famigerada "funcionalidade" que os hinos precisam ter hoje em dia para se enquadrar aos padrões atuais dos desfiles. Isso pode não parecer novidade, mas é sempre importante explicitar o problema com detalhes para os leigos, o que é muito bem feito pela dupla de escritores. O ponto forte do livro é a lembrança de inúmeros sambas, através da reprodução de trechos de muitos hinos raros, como "Tesouro Maldito" (Unidos de Manguinhos-1977) e "Porque Oxalá usa Ekodidê" (Cubango-1984), juntamente com a explicação dos significados dos respectivos enredos. Obra indispensável para os amantes do carnaval!
Sambas-enredo
da LIESV estão chegando
- Nos próximos dias, o SAMBARIO deverá divulgar, em
primeira mão, os
sambas da Liga Independente das Escolas de Samba Virtuais para 2010.
Gravados entre abril e maio nos estúdios de Leonardo Bessa no
Rio, os
hinos da folia virtual contarão com muitas vozes famosas no
carnaval
real. O mais novo integrante da família LIESViana é
Wantuir, que será o
intérprete da Tigres de Niterói. Outros
intérpretes que marcarão
presença no CD: Anderson Paz (Imperatriz Paulista),
Antônio Carlos
(Bambas Sambario e Ponte Aérea), Douglinhas (Princesa da Zona
Norte),
Igor Vianna (Estrela do Amanhã), Leonardo Bessa (Rainha Negra),
Nino do
Milênio (Barra Funda Estação Primeira), Nino Samba
Show (Acadêmicos do
Setor 1), Pixulé (Camarões dos Pampas), Tico do Gato
(Sereno de
Cachoeiro), entre outros grandes nomes do nosso samba. Aguardem! |
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