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Prêmio Sambario 2010 - Mais uma vez, o site SAMBARIO tem a honra de divulgar a lista com os melhores do carnaval carioca, como aconteceu no ano passado. A novidade é que acrescentamos também três itens referentes ao Carnaval de São Paulo, em que os melhores no quesitos "Escola", "Samba-Enredo" e "Intérprete" no Anhembi foram contemplados com a premiação simbólica do site dos sambas-enredo. Votaram no Prêmio Sambario os seguintes colunistas: Bruno Guedes, Cláudio Carvalho, Denise, Ewerton Fintelman, João Marcos, Luiz Carlos Rosa, Marcelo Guireli, Rodrigo Raposa e Weinny Eirado, além do webmaster Marco Maciel. A seguir, a lista dos vencedores do Prêmio Sambario 2010. Escola - Unidos da Tijuca Paola Oliveira é eleita a melhor Rainha de Bateria pelo site SAMBARIO
Escola (Grupo A) - Renascer de Jacarepaguá
Escola (São Paulo) - Mocidade Alegre A vitória da criatividade -
Enfim, chegou a vez de Paulo Barros (E). Com um desfile que aliou
não só a sua genialidade como também riquezas em
alegorias
(algo que vinha faltando nos últimos carnavais em que assinou
sozinho), a Unidos da Tijuca despontou de forma unânime como
destaque absoluta do carnaval, foi aclamada como favorita por
todos os veículos de imprensa e reconhecida pelo júri
da LIESA, que concedeu a graça ao Pavão depois de 74 anos
sem
conquistar o título principal do carnaval carioca. Lembro-me dos
dias que antecederam o carnaval 2004, quando muitos desdenharam o
refrão
principal do samba tijucano daquele ano ("Sonhei amor e vou
lutar, para meu sonho ser real, é a Tijuca campeã do carnaval"),
apontando o dito sonho como uma utopia até então. Parafraseando
o título do enredo de 1936, se até há algum tempo falar em
campeonato pelos arredores do morro do Borel parecia um
"sonho delirante", em 2010 esse sonho torna-se
realidade. Ah, e naquele mesmo 2004, um certo Paulo Barros
estreava na escola e arrepiaria o mundo com sua inesquecível
alegoria do DNA. O mesmo Paulo Barros que, logo após a
confirmação do título tijucano, bradaria resignado aos
repórteres: "Depois dizem que eu não faço carnaval".
Claro que faz, Paulo! E um carnaval que todos aprenderam a
apreciar! Até os mais conservadores quanto à
questão das alas coreografadas. Como no samba de 2004, a
Unidos da Tijuca tornou o seu sonho real. E Paulo Barros é
tão
genial que até calou a boca daqueles que não acreditaram
no que
o refrão do hino de seis anos atrás profetizava, ainda de
forma
indireta. Afinal, se aqueles críticos achavam que aquilo era
ilusão... eis que o dito ilusionismo proporcionou uma das
melhores comissões de frente de todos os tempos, que ainda
proporcionarão elogios durante muitos carnavais. Agora é
aguardar 2011
para saber o que mais Paulo Barros aprontará!
Resumo dos desfiles -
Fora o encanto da Unidos da
Tijuca capitaneado por sua antológica comissão de frente
(D), tivemos a competência da Grande Rio e o fim do
gigantismo que tanto a incomodou; o luxo de sempre da
Beija-Flor, mas com tropeços em enredo decisivos para deixar a
escola longe do campeonato; a falha no carro de som que
cessou boa parte da "energia da Vila Isabel", de cuja
plástica esperava-se mais; um Salgueiro mais pragmático,
muito
aquém do sacode de 2009; a emoção contagiante da
Mangueira e
sua bateria enclausurada pelos censores, num momento ímpar de
criatividade; a alegria da Mocidade e a famosa identidade de
Padre Miguel ressurgindo, para o alívio de todos; o
mar de fiéis da Imperatriz ainda precisando lidar com problemas
de harmonia e evolução; a decepção da
Portela, apresentando
à Sapucaí um dos piores enredos que o carnaval já
presenciou;
a Porto da Pedra mostrando simpatia com a história da moda e seu
tigre repleto de piercings; a União da Ilha abrindo os desfiles
em grande estilo e assegurando a permanência na elite do
carnaval; e, por fim, a Viradouro... bem, a Viradouro foi aquilo que a
gente viu...
A propósito... - Há quem diga que Júlia Lira, a jovem rainha de bateria de apenas sete anos e filha do presidente da Viradouro Marco Lira, tenha chorado no colo da mãe não em virtude do susto com os holofotes em cima dela... e sim de tristeza após observar a feiúra da escola. Cadê os esquentas, titia Globo? - O anúncio de mudanças no estilo de transmissão dos desfiles pela Vênus Platinada causou expectativa junto aos amantes de carnaval. Um dos pontos noticiados era o retorno da cobertura integral dos esquentas das escolas, com o momento da arrancada do samba-enredo de cada escola sendo apresentado. E o que se viu? Apenas os esquentas de Viradouro com Wander Pires e do Salgueiro com Quinho. E os demais? Foram preteridos ou pelas tradicionais entrevistas inúteis na concentração e no Setor 1... ou pelo blá-blá-blá prolixo da turma da Esquina do Samba. Ah, e quando que a Globo vai perder a mania de começar a mostrar o desfile só a partir da comissão de frente na parte central da pista? E se a emissora não deixou o cacau ser show na Rosas de Ouro, também não permitiu que a Grande Rio explodisse o camarote número 1... Pelo menos Glenda Koslowski evoluiu muito com relação ao ano passado e Luís Roberto, com seu jeito mais manso e discreto, agradou muito mais do que o sempre falante e filosófico Cléber Machado, o bambambam das discussões pontuais e estruturais. Assim, deu pra curtir melhor os sambas do que em outros anos. Outro destaque da cobertura foi o repórter Flávio Fachel, que sempre de forma didática, informava o telespectador das curiosidades dos desfiles no meio da pista. Nota 10 para ele! O desfile da Lesga na Band - Já a transmissão do Acesso foi bastante agradável. O samba, certamente, foi bem valorizado e a equipe montada pela Bandeirantes também aprovou, sendo formada pelo âncora Sérgio Costa (discretíssimo, o que é bom para desfile de escolas de samba) e pelos comentaristas Ivo Meirelles, Miro Ribeiro (antes de receber objetos na cuca na polêmica apuração da Lesga) e Adriane Galisteu (que até fez umas análises pertinentes, embora reparasse mais nas passistas "sem meia"...). Sobre o resultado do Grupo de Acesso, o que posso dizer a respeito da oitava colocação para o belíssimo desfile da Renascer de Jacarepaguá, por exemplo? Ou da décima posição da Rocinha? Por essas e outras que a Lesga está próxima do fim... A São Clemente (E) levou a melhor, ainda que sua apresentação não fosse digna de ganhar a apuração de ponta a ponta, conforme salientou na transmissão da Band o nosso ex-colunista Fábio Fabato, que também observou um nível parelho entre várias agremiações na luta pelo título. E, nesse sábado, o clima de enterro dos ossos se acentuará de vez... José Luiz Datena irá narrar o Desfile das Campeãs na Sapucaí. Será que Fabato conseguirá falar alguma coisa? Veremos... Últimas carnavalescas - Lamentamos o terceiro rebaixamento consecutivo da Unidos de Lucas, que até 2008 desfilava na Marquês de Sapucaí. Em 2011, amargará o último grupo (Grupo E ou RJ4). Em compensação, a Em Cima da Hora foi a campeã do Grupo E (RJ3) e segue a sua luta para voltar ao status de escola grande que nunca deveria ter perdido. Parabenizamos também a Independente de São João de Meriti e Difícil é o Nome pelo retorno à Passarela do Samba e à Alegria da Zona Sul, campeã do Grupo B (RJ1) que fará parte do Grupo A em 2011. Ah, e um recado ao Alex de Oliveira: como carnavalesco, és um ótimo Rei Momo... Que o digam Portela e Jacarezinho! Olha a peroba aí, gente! - Para encerrar, ao acompanhar o meu editorial anterior em que listei os 10 merchandisings mais caras-de-pau do carnaval, os internautas Daniel Sales e Valdo Parente, ambos de Manaus, trouxeram o registro do samba-enredo da escola manauara Balaku Blaku, que em 2010 trouxe um enredo sobre a evolução da escrita à Internet. Confira um trecho da "brilhante" letra do samba: Graham Bell fez o telefone e claro revolucionou Não existem fronteiras e nem barreiras pra falar de amor Mande e-mail ou scrap, me dê um oi... Vivo pensando em você, quero te ver depois Depois dessa, dizer o quê? Marco Maciel |
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