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Edição nº 15 - 13/6/2008 Os sambas da LIESV 2008 Como prometido, aqui vai a minha avaliação para os sambas-enredo da LIESV 2008, disponibilizados pelo SAMBARIO em primeira mão e já presentes também no site da LIESV. Pela primeira vez, todas as faixas dos dois álbuns (Especial e Acesso) foram produzidas em estúdio, com as gravações ocorrendo nos Estúdios Méier, de propriedade de Leonardo Bessa. A qualidade das faixas é excelente, do nível do CD duplo dos Grupos A e B. No Grupo Especial, destaque para os sambas da Imperiais do Samba, Cruzeiro do Sul, Imperatriz Paulista e Vizinha Fofoqueira. E no Acesso, Rainha Negra e Princesa da Zona Norte se sobressaem. Entre os intérpretes, além de novatos e de integrantes da Liga, os experientes Anderson Paz, Leonardo Bessa e Serginho do Porto participam de algumas faixas. DICA: No blog Passarela Virtual, você pode acompanhar as detalhadas opiniões do compositor Murilo Duarte, presidente da Falcões da Serra e autor de alguns sambas avaliados a seguir, sobre os sambas-enredo LIESVianos.
IMPERATRIZ PAULISTA - A atual campeã da LIESV abre o álbum do Grupo Especial em grande estilo, com um samba-enredo, embora quase todo em tom menor, bastante leve e de agradável audição. O samba de 2008 da Imperatriz segue o mesmo estilo da obra do ano anterior, porém com mais progressos. Os dois refrões são emocionantes, excelentes de ouvir e de cantar, e a letra, embora curta, esclarece bem o enredo sobre o corsário inglês que, após viagem ao Brasil, apresenta ao reino do seu país um nativo brasileiro, reconhecido como um autêntico rei pelos verdadeiros sentimentos de amor e riqueza que trouxe consigo. O intérprete da Rocinha, Anderson Paz, mais uma vez defende a Imperatriz Paulista (como ocorrera em 2007) com ótima interpretação para este excelente samba, resultado da fusão de três obras. NOTA DO SAMBA: 9,6 (Marco Maciel). ALTANEIROS DO SAMBA - Surpreendeu pela extensão da letra, já que a sinopse da agremiação era poética e diminuta. Mas a Altaneiros, para seu enredo em exaltação ao negro e ao nascimento do samba, traz uma excelente obra, de melodia pesada e valente como já era esperado, resultante da fusão de dois sambas. A primeira parte é praticamente toda em tom menor, com o refrão central seguindo a mesma linha. O tom sobe a partir da segunda parte, configurando uma estrutura já clara quanto a sambas com enredos afros. A bela obra da Altaneiros não foge à regra. A escola traz, em seu microfone principal, Leonardo Bessa, intérprete da São Clemente (e dono dos estúdios onde os sambas da LIESV são gravados desde 2007) e que confere ao samba uma interpretação correta. NOTA DO SAMBA: 9,4 (Marco Maciel). PAVÃO DE OSASCO - Este samba merece um esclarecimento especial ao internauta, e já sou suspeitíssimo em opinar a respeito de qualquer coisa sobre a obra da Pavão de Osasco, pois ela é simplesmente de minha autoria. Pra começar, a gravação oficial do jovem intérprete Leonardo Moreira evidencia uma modificação em praticamente 100% da melodia original que planejara para o samba. O samba-enredo que inscrevi nas eliminatórias da Pavão e que viria a ser o vencedor da disputa possuía um conjunto melódico classudo e lírico. Primeiramente compus a melodia, que tinha um estilo similar aos sambas dos anos 70, época em que as letras foram compactadas com relação à década anterior, com os refrões ganhando total destaque e prevalecendo nas obras. Depois inseri a letra, não tão rebuscada quanto às demais obras LIESVianas, porém mais de acordo com o conjunto melódico. Este formato convenceu a diretoria da Pavão, porém o estilo triste e classudo (então presente até no refrão "olê olê olê olá"), no CD, deu lugar a um samba alegre, todo pra cima e um tanto marcheado. Não foi apenas a interpretação de Leo Moreira quem concedeu este novo rótulo. A melodia foi totalmente alterada. Não fui muito favorável, mas garanto que a competente diretoria da Pavão saiba o que esteja fazendo, pois a agremiação provavelmente planeja um desfile mais leve e animado, ao contrário do que sugeria a sinopse poética que enfatizou o lamento ao atual patamar do índio no continente americano. Como a alteração da melodia foi um tanto forçada, ela apresenta alguns problemas, como a entrada da segunda parte em que Leo Moreira não consegue impor uma interpretação adequada para o trecho "Hoje são poucos/mas já foram milhões" (a palavra "poucos", para se adequar à nova melodia, substituiu "míseros", tirando um pouco a poesia da letra - o mesmo acontece na seqüência, em que "presos" entra no lugar do vocábulo "aprisionados"). Também planejara o refrão "Herói gravado em lindas poesias/esquecido em plena agonia" como um complemento melódico da primeira parte, o que não ocorre na gravação oficial. Outra coisa que não aprovei foi a mudança de lugar do verso "Bravo filho da América", que originalmente sucedia o trecho "colonizador dessa terra", o que prejudicou a rima no final da segunda parte. Já os dois últimos refrões se adequaram bem ao novo estilo do samba, com o estribilho do "olê olê olê olá" chamando o internauta bamba pra cantar. Agora estou me acostumando à nova melodia - marcheada - do samba-enredo da Pavão de Osasco, que vem sendo contestado por alguns bambas (porém amado por outros), mas que tem como tendência uma boa passagem na Passarela João Jorge Trinta. NOTA DO SAMBA: 9 (Marco Maciel). IMPÉRIO DO PROGRESSO - O enredo trazido pelo Progresso trata da expedição do navio Beagle em que o então jovem Charles Darwin presenciou as belezas naturais do Brasil e, ao mesmo tempo, os maltratos que os escravos sofriam dos fazendeiros, evidenciando um contraste com nossa bela paisagem. E o samba apresenta como ponto forte a sua letra de requintada poesia, marca do compositor Rodrigo Raposa, cujo auge é sintetizado no refrão central "A sutileza da flor não escondeu/A dor do negro cativo/Porquê, se a raça é uma só?/Porquê, se somos iguais/Escravizados tantos ideais?". Em termos melódicos, destaque para a segunda parte a partir do trecho "Ser maior que o sopro do Criador". Bom samba, com correta interpretação de James Bernardes (integrante do carro de som da Tradição) mas uma pena que o "fade out" (diminuição do volume do som ao final das faixas) se inicia faltando recém 40 segundos para o término da boa faixa do Império do Progresso. NOTA DO SAMBA: 9,3 (Marco Maciel). AMIGOS DO SAMBA - Um samba que cativa por sua pureza, de melodia envolvente, daquelas que grudam no ouvido. Essas são algumas das características do samba-enredo dos Amigos, cuja autoria é de Willian Tadeu (presidente da Ala de Compositores da escola Consulado, de Florianópolis), presente na LIESV desde seu primeiro ano, em 2003, e talvez o compositor que tenha mais obras assinadas na Liga. A obra (cujo enredo são os jogos em RPG) guarda algumas semelhanças com os atuais sambas da Viradouro. Destaque para o excelente refrão principal. Curiosa a interpretação do intérprete Pingo no trecho "A certeza de u...ma missão a cumprir", executando esta exagerada separação de sílaba no vocábulo "uma". NOTA DO SAMBA: 9,4 (Marco Maciel). IMPERIAIS DO SAMBA - Na minha opinião, o melhor samba-enredo do Grupo Especial. Fruto de uma fusão bem sucedida, alia muito bem valentia e lirismo em sua pesada melodia, além de apresentar uma letra bastante poética. Sua estrutura é semelhante aos sambas atuais da Beija-Flor. O trecho "Estrelas luzindo vermelho/Brilham para anunciar/O início de uma nova era/Da poeira um novo despertar" talvez resulte no mais belo momento melódico do ano na Liga. O enredo levado pela tradicional Imperiais fala do dom que cada ser tem de renascer das cinzas e ressurgir para reconstruir novos mundos, utilizando como principal personagem um pássaro como Fênix. Destaques para a marcante presença do banjo na faixa e pela excelente interpretação de Tico LV. NOTA DO SAMBA: 9,8 (Marco Maciel). ESTRELA DO AMANHÃ - Para falar sobre Câmara Cascudo e o folclore nacional, a Estrela optou por um samba-enredo (também fruto de uma fusão) cuja sensação despertada é de que algo semelhante já fora escutado anteriormente. Até porque o estilo é idêntico a sambas de grupos inferiores do carnaval carioca, mais precisamente de escolas da Intendente Magalhães. De atuação correta do intérprete Marcus Vinícius, passa despercebido no CD. NOTA DO SAMBA: 8,8 (Marco Maciel). UNIÃO DO SAMBA BRASILEIRO - Mais um samba-enredo fruto de uma fusão, inclusive integro a parceria vencedora, pois concorri junto com João Marcos, colunista do SAMBARIO. Inclusive João considerava nosso samba concorrente a melhor obra que já compôs na vida, tanto que, confirmada a fusão, pediu para retirar seu nome da parceria tamanho o seu descontentamento. Falando sobre o samba-enredo (cujo tema fala sobre uma mulher que recebeu o dom de realizar profecias), possui uma estrutura complexa. O refrão principal "Lá vem ela/cheio de rosa a perfumar a passarela" é de autoria do João e, modéstia a parte, considero a melhor parte da obra. A primeira parte é excelente, mas o samba tem uma pequena queda de qualidade a partir do discreto refrão central. E a segunda parte é comprometida pela sucessão de versos longos e entoados de forma rápida demais (lembrando Unidos da Tijuca 1997). Mas o resultado final agrada, sobretudo pela ótima interpretação de Milton Santos (cuja voz aparece com eco por ele ter gravado a voz em sua casa, após receber a base feita no estúdio). NOTA DO SAMBA: 9,2 (Marco Maciel). COLIBRIS - Em seu retorno ao Grupo Especial da LIESV, uma das mais tradicionais agremiações virtuais, para falar sobre a cultura portuguesa, traz um bom samba-enredo (mais uma fusão) - bem interpretado por Pedro Ferraz -, com dois excelentes refrões, porém com as duas demais partes apresentando melodias que me parecem genéricas. Inclusive a passagem dos trechos "Nos passos da notável pequenina/Baiana, portuguesa, imortal" causa uma sensação de estranheza, dando a impressão de quebra de melodia, comprometendo a parte que prometia ser a melhor do samba em termos melódicos (a partir do verso "Guitarras e sanfonas"). NOTA DO SAMBA: 9,1 (Marco Maciel). CRUZEIRO DO SUL - A formidável obra trazida pela agremiação estreante na LIESV (até 2007, se chamava Acadêmicos da Vila dos Cabanos, que subiu para o Especial com esta denominação) traz como virtude suas estupendas variações melódicas, numa ousadia que comprova que o gênero samba-enredo ainda não está perdido em matéria de criatividade e que uma busca por novos caminhos e estilos de composições pode muito bem ser iniciada. Pra começar, convém destacar a maravilhosa interpretação de Rodrigo Raposa, um jovem talento que, além de compor muito bem e ser um excelente cantor, é um dos principais responsáveis pelo reerguimento da LIESV, que chegou a ser ameaçada de extinção no começo de 2007 após o episódio do racha que resultou na fundação da Virtuafolia. O samba-enredo, cujo tema é a saudade, é lírico, poético e, além da força dos três refrões, as demais partes são bem sucedidas em termos de melodia. Pelo menos em termos de samba, o Cruzeiro estréia em grande estilo. Ah, e Rodrigo Raposa é também o presidente da escola, tanto que o símbolo da agremiação é... uma raposa. NOTA DO SAMBA: 9,7 (Marco Maciel). SOCIEDADE SOBERANA - Outra estreante no Grupo Especial, a Soberana homenageia Minas Gerais com um samba leve e agradável, de autoria de Wellington Kermeliene (o Imperial), compositor vencedor em escolas paulistanas como Mocidade Alegre e Mancha Verde. O refrão central lembra, em termos de melodia, o estribilho central de Tradição 1996. A interpretação é do nosso colunista João Marcos, cuja voz é uma espécie de mistura dos timbres de Leonardo Bessa e Edmilton Di Bem. NOTA DO SAMBA: 9,1 (Marco Maciel). VIZINHA FOFOQUEIRA - Após a cômica atuação do presidente da Vizinha, Felipe Damico, ao cantar o samba da escola no ano passado, a agremiação investiu pesado e contratou o experiente Serginho do Porto para defender a bela obra para 2008 (o intérprete também canta a faixa regravada do samba-enredo da Imperiais do Samba 2005, faixa de abertura do CD do Acesso). Com um enredo que mistura cinema mudo e crítica aos políticos, a Vizinha Fofoqueira apresenta um samba-enredo leve, simples, de uma pureza tão fantástica que permite a repetição da faixa por várias vezes sem cansar. E a categoria da voz de Serginho contribui e muito para a altíssima qualidade da faixa. Os dois refrões são formidáveis e as demais partes são envolventes, com destaque para o fantástico trecho "Chorei, ah! Mas eu chorei.../Me perdi ao ver o sol se pôr". Em termos de samba, a Vizinha estará muito bem servida em sua estréia no Primeiro Grupo. O samba também tem um charme "especial", e não apenas o amor pela Vizinha sugerido no refrão. Parabéns à dupla de compositores Leandro Kfé e Júnior Santana! NOTA DO SAMBA: 9,5 (Marco Maciel).
SERENO DE CACHOEIRO - A atual campeã do Grupo de Avaliação (CAESV) estréia na LIESV com um tema sobre a magia e um belo samba, de melodia bem variada e com dois bons refrões (principalmente o central, em que sobressai uma sonoplastia na gravação). O samba-enredo ganha também uma competente interpretação de Milton Santos, cuja voz novamente aparece com eco por ele ter gravado sua voz em sua casa. NOTA DO SAMBA: 9,3 (Marco Maciel). BARRA FUNDA ESTAÇÃO PRIMEIRA - A escola, provavelmente em seu último carnaval, segue seu tradicional padrão de enredos irreverentes. Após o tema de 2007 sobre o frio - que gerou um samba inacreditável -, a escola resolve ir de chegada da Família Real ao Brasil, mas contando a história de maneira irreverente, enfatizando uma crítica a Dom João ao tachá-lo de covarde por ter fugido de Napoleão e por esconder as denúncias realizadas pelo Correio Braziliense, jornal então clandestino. O samba-enredo de Rodrigo Raposa é fiel à característica do enredo e da própria agremiação, sendo recheado de bom-humor e contendo expressões como "tá bloqueado, corta a fita, tô de mau", "pediu penico, fez as malas e partiu" e "e pros ingleses, abriu-se as pernas" (com direito a um cômico caco "Que é isso, hein?" do intérprete Marcus Vinicius). Faixa boa de ouvir, em que o cavaco aparece com destaque. Infelizmente, um racha entre a diretoria da Barra Funda pode provocar sua extinção logo após o carnaval virtual em julho. NOTA DO SAMBA: 9,2 (Marco Maciel). PATRIMÔNIO DO FOLIÃO - A escola traz para a Passarela João Jorge Trinta um samba-enredo repleto de valentia para contar a história de Cleópatra. De autoria do jovem João Pinho, a obra, interpretada por João Marcos, se inspira no espírito guerreiro da rainha do Egito tamanha a força de sua melodia. Porém, como a obra está quase toda em tom menor, teme-se um arrastamento durante o desfile. Mas trata-se de um belo samba. NOTA DO SAMBA: 9,1 (Marco Maciel). TIGRES DA BARRA - A escola virtual da Barra da Tijuca traz um samba-enredo, interpretado por Júnior Santana, sobre a fé do homem em acreditar para alcançar os sonhos almejados. Porém, a obra me parece um pouco arrastada, pois investe, principalmente na segunda parte, em notas longas nos versos. Além disso, a melodia não apresenta variações relevantes. As únicas partes que me agradam são os refrões, sobretudo o central, de longe a melhor parte da obra. Mas a faixa é boa de ouvir, principalmente pelo gingado da bateria. NOTA DO SAMBA: 8,9 (Marco Maciel). PRINCESA DA ZONA NORTE - Outra escola que vem do Grupo de Avaliação, a Princesa estréia na LIESV apresentando um belíssimo samba, muito bem interpretado por Leonardo Bessa, que se destaca, como na obra do Cruzeiro do Sul, pelas bem sucedidas variações melódicas - alternando com sucesso tons maior e menor -, e na rica poesia para falar sobre os rios. Seus dois refrões também são diferenciados. Se fosse desfilar no carnaval real, seria seríssimo candidato a Estandarte de Ouro. NOTA DO SAMBA: 9,7 (Marco Maciel). RAINHA NEGRA - O melhor samba-enredo de todo o carnaval virtual em 2008. Tanto que a faixa recebeu um tratamento ao estilo CD oficial do carnaval real, com direito a forró no refrão principal, a mesma paradinha ouvida na faixa da São Clemente de 2006 durante o refrão central, mais a atuação fora-de-série de Anderson Paz (que deve explicações quanto à existência de um dito Mestre Chapatin, rs). Simplesmente não há palavras para elogiar este samba, cujo enredo procura explicar as razões que tornam Deus um brasileiro. Para não recorrer a clichês, apenas saliento que a Rainha Negra levará para a Jorge Trinta um samba de emocionar até bamba que ainda não conhece o carnaval virtual. E o que dizer do refrão central? Talvez um dos trechos mais bonitos ouvidos em um samba-enredo nos últimos tempos: "E quando o vento soprar, vou te coroar, Rainha/No balancê deste mar, eu vou seguindo o cantar... Divina". Muito obrigado, Guilherme Dourado e Luís Butti, por proporcionar esta obra-prima, um presente da mais alta qualidade, aos bambas! NOTA DO SAMBA: 10 (Marco Maciel). GAVIÕES IMPERIAIS - Mais uma escola vinda do Grupo de Avaliação, a Gaviões apresenta um samba de estrutura complexa com a primeira parte sobre a Amazônia praticamente toda em tom menor, pra baixo, e um refrão central bastante lírico (melhor parte do samba). Porém, a partir do excêntrico verso "Mas que campeão que nada" - que começa a descrever o Festival de Parintins -, o tom do samba sobe, passando a ganhar animação, ficando até muito próximo de um estilo marcheado. E o refrão principal, que não chama tanto a atenção, fecha este samba-enredo bastante diversificado e bem interpretado por Victor Nowosh. NOTA DO SAMBA: 9 (Marco Maciel). MOCIDADE LEOPOLDENSE - De autoria de um trio de peso na LIESV - João Marcos, Imperial e Rodrigo Raposa -, o samba-enredo que a Mocidade Leopoldense escolheu para falar das lendas gaúchas aposta em refrões de efeito, com a repetição do nome da escola (Mocidade) no refrão principal e da palavra "chora" no refrão central. A melhor parte em termos melódicos é o segundo refrão "Jaebé, João-de-Barro se tornou". No mais, as duas partes são um pouco arrastadas, de melodia retilínea, e a aposta em notas longas em alguns trechos acaba por comprometer ainda mais a obra. Ah, a escola tem sede em São Leopoldo, situada na região metropolitana de Porto Alegre. Daí a forçadíssima abreviação "São Léo" só para rimar com "céu". E curioso o intérprete mirim Dudu das Pimpolhos (da Grande Rio) cantando "NOVA encantada" quando era pra entoar "NOIVA encantada". NOTA DO SAMBA: 8,7 (Marco Maciel). FALCÕES DA SERRA - Outra estreante vinda da CAESV, a Falcões fecha muito bem o álbum com um samba envolvente, de melodia valente, com cada nota valorizada pela voz de Rodrigo Raposa. O enredo sobre o ciclo da borracha na Amazônia gerou um samba-enredo forte e encorpado, que deverá funcionar muito bem na Passarela Virtual. NOTA DO SAMBA: 9,4 (Marco Maciel). Pra finalizar, algumas curtinhas carnavalescas: Ensaios técnicos liberados para o Grupo A - O direito das agremiações do Grupo A também ensaiarem na Marquês de Sapucaí sem dúvida é um grande feito, daqueles em que todos saem ganhando. Só falta mesmo a LIESA voltar a permitir que a campeã do Acesso faça parte do Sábado das Campeãs. Até porque aquela escola italiana não acrescenta nada... Virtuafolia marqueteira - Incrivelmente, a liga virtual só está comercializando o CD com seus sambas, pelo menos por enquanto. A expectativa é que, mais cedo ou mais tarde, o pessoal da Virtua libere um linkzinho no 4shared ou Rapidshare para os mais alheios. Tudo bem que a liga pode visar algum lucro, tamanha é a complexidade do planejamento em colocar um carnaval virtual no ar. E o CD está sendo vendido no site da Virtuafolia por módicos R$ 5,00. Porém, o fato do comércio ser apenas pela Internet pode provocar um pouco de preguiça por parte dos bambas fora do Rio em ter que pagar frete junto e ainda esperar por um tempo indeterminado para receber o disco. E depois, o carnaval virtual não está ainda tão expansivo assim a ponto de tornar os sambas conhecidos apenas para quem compra o CD com sambas virtuais. Se até as faixas do carnaval real são disponibilizadas antes mesmo do CD ser lançado às lojas... Mais cedo ou mais tarde, a galera da Virtua vai ter de lançar um link pra download com as faixas, antes do desfile da liga, para divulgar de vez os sambas-enredo para a massa. Bem como a LIESV, que não comercializa seus sambas-enredo - liberando os links no ato, apenas prezando pelo prazer ao carnaval e ao samba. Momento ironia - Os sambas da Virtuafolia não podem ser baixados na Internet, único lugar em que pode ser visto um desfile de carnaval virtual. É o mesmo que você ir ao O Boticário e não encontrar nenhum perfume da marca O Boticário... Portal Turma CH - Essa é para os fãs do Chaves. No último dia 1º, foi inaugurado o novo Portal Turma CH, o Point do Chaves. O Turma CH, existente desde 2002 e mais especializado no conteúdo escrito, realizou uma fusão com o Point do Chaves, site bastante popular pelos vídeos de episódios em alta resolução presentes pra download. O site promete ser o melhor sobre as séries Chaves e Chapolin do Brasil. Dê uma prestigiada! Acesse www.portalchaves.com. Afinal, quem é bamba também é chavesmaníaco! Marco Maciel |
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