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A ASSOCIAÇÃO MOSTRA A SUA FORÇA 24 de novembro de 2009, nº 28, ano II O antigo Grupo B, hoje Rio de Janeiro I, a elite das
escolas da Associação das Escolas de Samba do Rio de Janeiro, promete muitas
emoções para o encerramento do carnaval. A virada de mesa no grupo da Lesga propiciou que o Grupo
RJ – I ficasse mais enxuto para 2010, contando com 12 escolas. Um ponto
positivo, pois 14 escolas em um único dia, ainda mais em se tratando de o
último dia de carnaval, é demasiado até para aqueles foliões mais apaixonados
por desfiles. Por outro lado, as duas entidades (Lesga e Associação)
chegaram a um consenso e apenas uma escola do Grupo RJ- I vai subir para o
grupo da Lesga. Esse é o ponto negativo. Os acessos entre os grupos do carnaval
carioca precisam urgentemente ser revistos. Cada vez mais os grupos vêm se
fechando e quem perde é o carnaval carioca. É inadmissível a ascensão de apenas uma escola, seja em
que grupo for. Isso só vem a provar que o objetivo das ligas é monopolizar os
desfiles, não permitindo a concorrência. O carnaval precisa de oxigenação, caso
contrário, fica parecendo um jogo de cartas pra lá de marcadas. Ainda poderíamos gastar algumas linhas falando sobre a
polêmica do dia de desfile. Mudança todo ano anunciada para a sexta-feira e que
fica apenas no discurso. Mas vamos falar sobre sambas. As reedições de Lins
Imperial e Tradição valorizam o CD. Ótimos sambas, que, espera-se, farão com
que as respectivas escolas façam belos desfiles. Especialmente a Tradição, que
anda nos devendo uma boa apresentação há alguns anos. Aliás, em relação à
“atualização” do samba da Tradição, entendo totalmente desnecessária, mas, em
última analise, apesar de esdrúxula, não compromete a obra. O samba da Lins Imperial tem uma melodia gostosa de
cantar. Apesar da aceleração indevida na gravação oficial, percebe-se que o
samba continua atual e que a escolha da escola foi muito feliz. Dos sambas inéditos, meu destaque é para as escolas que
optaram pela simplicidade: Mocidade Vicentina, Arranco e Sereno de Campo Grande.
Mais uma vez, minha decepção, em termos de samba, ficou com a Unidos do
Jacarezinho. Esperava ainda muito mais da União de Jacarepaguá. VICENTE DE CARVALHO
No
universo infantil, a pandora era nobre A Mocidade Vicentina que vem oscilando entre a Sapucaí e a
Intendente de Magalhães, se depender do samba, tem tudo para se firmar na
Sapucaí, apesar da incomoda posição no desfile. Abrir a terça-feira de carnaval
não é coisa fácil. O tema é um achado. Inédito, com muita competência, virou um
enredo muito apropriado. O samba não fica nada a dever. Melodia e letra
encaixadas com perfeição. A gravação oficial, aliás, deu um charme especial
para o samba. Impossível não se apaixonar. Nota 10. Bendita baderna, magia eterna Mexe com a imaginação... Confete e serpentina pelo ar Num mar azul e branco vou me banhar O povo unido, numa emoção! Brilha em noite de alegria, sedução... A simpática escola do Engenho de Dentro tem um enredo
simples, objetivo e de fácil assimilação, como tem de ser nesse grupo, diga-se
de passagem. Com a elitização do Grupo A, o carnaval do RJ-I passou a ser o
carnaval do povão. O Arranco foi muito feliz na escolha do samba, pois ele
reflete toda essa simplicidade do enredo de uma forma bem competente. A
letra é curta, é verdade, mas passa o seu recado. A melodia tente à aceleração
e pode se confundir com marcha, mas tem um swing
muito bom. Os dois refrões falam por si. Refletem a bendita baderna que
toma conta das ruas do Rio nos dias de carnaval. Diria até que a escola do
Engenho de Dentro tenha se inspirado em suas origens para levar esse excelente
enredo e samba. Descontração total, para uma festa que está ficando chatíssima
em meio a tantas regras enfadonhas. Folião que se preze, vai deixar, com
certeza, o Arranco lhe levar... Nota 9,9. SERENO O
espetáculo insiste em continuar O Sereno de Campo Grande é aquela escola que a cada ano
nos conquista um pouco mais. A escola é muito bem organizada e, ao contrário de
outras ascendentes, não quer mostrar mais do que ela é. E essa simplicidade
conquista. Seus desfiles estão na medida exata. O samba, apesar da recorrência
do enredo (sobre o circo), tem uma melodia muito interessante e uma letra bem
encadeada. A história do circo está toda ali. O samba não teve o compromisso
de ser didático, apenas contar o enredo, que está muito bem descrito. Muito
bom. Não tenho dúvida de que, com todo o respeito, a palhaçada do Sereno vai
encantar nossos corações. Nota 9,8. CURICICA
A União do Parque de Curicica traz um enredo interessante
para 2010. Falar sobre magias, lendas e mistérios proporciona boas referências
em termos plásticos. O samba é certinho, mas não ousou muito. Tem melodia e
letra previsíveis, mas deverá cumprir o seu papel no desfile. Como tema,
entretanto, tem a dificuldade de encadear os assuntos assemelhados para
torná-lo um enredo coeso. Fica claro que o samba não é o ponto forte do próximo
desfile, tendo a escola optado pelo lado visual, o que não deixa de ser válido.
No mais, é aguardar o caldeirão de novidades que a escola pretende realizar. Nota
9,5
BOI DA ILHA
UNIÃO DE JACAREPAGUÁ Vejam! Brilham
os olhos do artista Para falar da União de Jacarepaguá sempre se espera um
grande samba, que é uma constante na trajetória dessa maravilhosa escola. Não é
o que aconteceu em 2010. O samba da escola é mediano e não se destaca na safra.
O tema, a despeito de ser recorrente nos grupos de
acesso, poderia ter gerado um samba mais poético, já que o enredo
vai falar de artistas, que podem se retirar do cenário, sem deixar que a luz se
apague da memória daqueles que um dia se encantaram com suas artes. Devido à
expectativa gerada, ficou uma ponta de decepção. Nada que não possa ser
revertido por ocasião do desfile, quando a ribalta da Sapucaí se iluminar para
a escola passar. Nota: 8,7
O samba da escola de Pendotiba não é ruim,
apesar de achá-lo um pouco cansativo e repetitivo. A gravação oficial está
muito acelerada, o que prejudicou a estrutura melódica da obra. A letra não
reproduz com exatidão a sinopse que foi apresentada. Aliás, qual é o objetivo
do enredo? Falar da escola? Falar de Niterói? Falar do carnaval? Em princípio,
parece-nos incompreensível. Em A Flor
da Mina vem balançar O samba da escola revela que o tema escolhido não dá bom
samba. A tática usada, pegar uma palavra e ir dissecando todos os seus
sentidos, não é algo novo no carnaval. Mas a maioria das escolas que enveredam
por esse caminho, mostra um enredo frágil, pois é de difícil junção tais
sentidos. Repleto de partes soltas e desconexas, o samba, como consequência, ficou
de difícil entendimento. Em tempos de apagões, espera-se que a vela do Andaraí
a ilumine e a chama não se apague. Nota: 8,0 JACAREZINHO Eu vou entrar no seu orkut Tenho um carinho muito grande pela escola do
Jacarezinho, mas isso não me impede de pelo segundo ano consecutivo colocar em
xeque o samba da escola. O samba não me convenceu. Na minha opinião, é o mais
fraco do grupo. “Eu vou entrar no seu orkut” ????? Que coisa mais trash!!!! Se parasse só por aí, mas a
letra do samba, apelativa com o informatiquês, já demonstra o quanto o
Jacarezinho foi infeliz em escolher o seu samba. A culpa é do tema, que não
ajuda. De bom, fica a expectativa para a excelente bateria da escola. No mais,
é torcer para que o chão da escola faça mais uma vez a diferença na avenida e
compense o enredo e o samba. Em relação ao acesso, inclusão ou desconexão,
somente os jurados para dar a resposta esperada pela rosa e branco. Nota: 7,5 |
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