Ao
chegar à Portela, em 1968, o paulista Edson Fagundes se
integrou com facilidade junto aos bambas de Madureira e
de Oswaldo Cruz. Logo em seguida, entrou para a ala de
compositores da escola, ganhou o apelido de Dedé e o
respeito como sambista. Teve músicas gravadas por
Alcione, Beth Carvalho, Clara Nunes, Grupo Fundo de
Quintal, Jorge Aragão, Leci Brandão, Nadinho da Ilha,
Roberto Ribeiro e Sônia Santos.
Dono de uma voz grave e
esbanjando simpatia, Dedé da Portela ganhou dois sambas
em sua escola do coração: em 1977, com "A festa da
Aclamação", e em 1984, com o já clássico
"Contos de Areia", reeditado 20 anos depois
pela Tradição. Após a saída de Silvinho do Pandeiro,
Dedé assumiu como puxador oficial da águia azul e
branco entre os carnavais de 1987 e 1994. Também tinha
uma simpatia pela Leão de Nova Iguaçu, onde chegou a
defender alguns sambas nos grupos de acesso. Depois do
desfile de 94, o sambista adoeceu e teve que se afastar
dos desfiles. Um infarto calou a voz de Dedé da Portela,
aos 65 anos, às vésperas do carnaval de 2003.
Em 2021, será enredo da
Leão de Nova Iguaçu. O título é
"Dedé da Portela - Fez da Vida Poesia e Cantou sua Alegria em
Tempo de Carnaval".
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INÍCIO: ingressou na Portela no final
dos anos 60.
De 1984 a 1986 – apoio de Silvinho
do Pandeiro
Primeiro ano como intérprete oficial:
1987
1987 a 1994 – Portela
1988 e 1989 – Leão de Nova Iguaçu
(Grupo A - em 1989, apenas gravou o samba no LP)
GRITO DE GUERRA: Dá-lhe Portela!
GRITOS DE EMPOLGAÇÃO: não tinha cacos
característicos
Sambas-enredo
de sua autoria:
"Danças Folclóricas Brasileiras" (bloco Leão de
Iguaçu/1973), "Petrópolis Ontem e Hoje" (bloco
Leão de Iguaçu/1976), “Festa de
Aclamação” (1977, com Catoni, Jabolô e
Waltenir) e “Contos de Areia” (1984/Portela e
2004/Tradição, com Norival Reis).
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