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A Evolução dos Desfiles - Década de 80

A Evolução dos Desfiles

Década de 80

Fevereiro de 1981: No bicampeonato da Imperatriz que se incorporou ao grupo das grandes, a surpresa foi a colocação do Império Serrano e da Vila Isabel, nas duas últimas posições. Mas a confusão da pista havia sido tão grande que as escolas resolveram não rebaixar ninguém.

Fevereiro de 1982: O Império Serrano sai do último para o primeiro lugar, com o enredo "Bum, bum, paticumbum, prugurundum", que criticava as "Escolas de Samba S.A.". Naquele ano foi proibida a presença de destaques nos carros alegóricos. Beija-flor e Imperatriz desrespeitam a regra e perderam pontos.

Fevereiro de 1983: A Beija-flor consegue mais um título num enredo sobre negros ilustres como Pelé e Clementina de Jesus. Naquele ano a luz apagou durante o desfile da Caprichosos de Pilares. Assim, ficou decidido que ninguém desceria.

Julho de 1983: Os sambistas sugerem a divisão do desfile em dois dias, cada um com 7 escolas.

Setembro de 1983: O governador Leonel Brizola resolve erguer um local definitivo para acabar com o monta e desmonta de arquibancads metálicas. O projeto de Oscar Niemeyer foi erguido em apenas 4 meses.

Final de 1983: A escola de samba Unidos de São Carlos, fundada em 1955, resolve mudar de nome para Estácio de Sá, para levar o nome que é conhecido no Rio de Janeiro como o berço do samba. Coincidência ou não, depois da mudança, a escola que era considerada um "ioiô" (aquela agremiação que alterna com freqüência desfiles no primeiro grupo e no segundo grupo) nunca mais caiu, só caindo em 1997.

Março de 1984: Este carnaval teria duas campeãs. Uma para cada dia. Para dar haver uma campeã inventaram que no sábado seguinte haveria um supercampeonato com as três melhores de cada dia. As escolas estreiaram o "Sambódromo", como ficou popularmente conhecido em dois dias de desfile. O desafio enfrentado pelas escolas foi a praça da Apoteose, um local muito amplo que faziam as escolas se desmontarem todas. A Portela foi a campeã do domingo. A Mangueira venceu a segunda e resolveu ignorar a praça da Apoteose. Quando a escola toda havia entrado nela, livre do julgamento, a escola deu meia volta e voltou pela avenida, levando o povo ao delírio.

Julho de 1984: As escolas fundam a Liga Independente das Escolas de Samba com o objetivo de cada vez mais assumir a organização dos desfiles.

1985: A Liga cria um selo próprio para fazer o disco dos sambas-enredo e passa a negociar a transmissão de TV. Estava acabada a "fase romântica das escolas de samba", segundo os especialstas.

Fevereiro de 1988: A Vila Isabel surpreende com um desfile sem brilho e materiais brilhantes, mas inegavelmente bonitos e mutia garra. A escola conseguiu seu primeiro título com o enredo "Kizomba, a Festa da Raça".

Fevereiro de 1989: Os especialistas se animaram. Os sambas-enredo sem jeito de marchinha foram os vencedores neste ano assim como no anterior. Mas a grande surpresa não foi da campeã, a Impeartriz. O maior impacto foi pela Beija-flor. A Cúria Metropolitana da Rio de Janeiro soube que a escola traria o Cristo Redentor de abre-alas no enredo "Ratos e Urubus, larguem minha fantasia". O arcebispo conseguiu que a justiça proibisse a alegoria de ser mostrada. No dia do desfile, Joãosinho Trinta apresentou o Cristo coberto em plástico e com uma faixa: "Mesmo proibido, olhai por nós". Embaixo dele uma gigantesca ala de mendigos num tema que abordava o lixo e o luxo da vida brasileira.

1990: A Mocidade Independente conta um enredo sobre membros ilustres da sua história como o Mestre André, diretor que fez a fama da bateria da escola, o puxador Ney Vianna e o carnavalesco Fernando Pinto. A escola vence o carnaval.

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