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A Evolução dos Desfiles Década de 50 1952: Com o Partido Comunista na ilegalidade, as escolas deixam de ser palco de disputas políticas. O grande evento do carnaval era o tira-teima entre Portela e Mangueira, de um lado, e Império Serrano do outro. Foi montado um tablado para o desfile e pela primeira vez havia arquibancada e palanque de autoridades. A Portela e a Mangueira empolgaram o público. Durante o desfile do Império caiu uma chuva muito forte que afugentou o juri. Por isso, a pedido dos imerianos, os envelopes nem chegaram a ser abertos. É criada a regra do acesso e descenso. As principais desfilaram na Presidente Vargas e as menores no local onde foi a Praça Onze. Depois do carnaval de 1953: Houve a fusão das entidades, nascendo daí a Asscociação das Escolas de Samba do Brasil. Fevereiro de 1953: Com o juri abrigado em uma coberta para se proteger da chuva o desfile foi realizado. A Portela se apresentou com muita gana e venceu o confronto, obtendo nota 10 em todos os quesitos, fato inédito até então na história das escolas. Março de 1953: No dia 15 é nomeada a primeira diretoria da escola de samba Acadêmicos do Salgueiro, fusão da Azul e Branco e Depois eu Digo. Fevereiro de 1954: Beneficiada pela posição de uma das escolas que o formaram o Salgueiro desfila pela primeira vez no grupo principal e acaba em terceiro lugar na frente da Portela. 1955: "Tiradentes", tema do Império Serrano em 1949 torna-se o primeiro samba-enredo a ser gravado por um artista da música popular, pelo cantor Roberto Silva. Fevereiro de 1957: O desfile é transferido para a avenida Rio Branco, onde desfilavam os ranchos, em virtude do excesso de público que se interessava pela apresentação, àquela altura o principal evento do carnaval carioca. Abandonou-se a idéia do tablado. A imprensa estimou que o público presente ao desfile chegava 700 mil pessoas. Fevereiro de 1959: O Salgueiro contrata uma dupla de artistas plásticos para fazer o carnaval, Dirceu Neri e Marie Louise. Ambos resolvem abanonar os desengonçados carros alegóricos e criam os adereços de mãos, causando grande impacto visual. Abril de 1959: O Salgueiro faz uma apresentação em Cuba, pouco depois da vitória de Fidel Castro. Era a primeira vez que uma escola de samba ia ao exterior. 1960: Fernando Pamplona, cenógrafo do Teatro Muinicipal, é convidado para fazer o carnaval do Salgueiro. Mantém os artistas que fizeram o carnaval anterior e ainda convida seu colega de trabalho Arlindo Rodrigues. Eles montam um enredo sobre Zumbi dos Palmares. Era aprimeira vez que uma escola ia homenagear um personagem da história não-oficial. Foi difícil convencer a escola que precisava haver alas vestidas de escravos. Carnaval de 1960: Os favoritos para vencer o desfile eram Portela e Salgueiro. Na apuração deu Portela em primeiro, Mangueira em segundo e Salgueiro em terceiro. Naquele ano foi introduzido o quesito cronometragem para as escolas que ultrapassassem. As duas primeiras foram penalizadas em 15 pontos. O título ficaria com o Salgueiro. Os dirigentes de outras escolas se revoltaram com a mudança do resultado. O tumulto foi aumentado com a ação da polícia que partiu para cima dos sambistas batendo com cassetetes. No dia seguinte houve uma reunião para decidir o impasse. Ficou decidido que as cinco primeiras colocadas (Portela, Mangueira, Salgueiro, Império e Unidos da Capela) seriam declaradas campeãs. No domingo seguinte foi realizado em Madureira, bairro da Portela, um desfile com todas as campeãs. Mal sabiam elas que estavam participando da comemoração pelo tetracampeonato dos portelenses. |
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