Dono de uma voz potente
e de uma grande animação, Daniel Collete sempre
empolga os desfiles nos quais ele está no carro de som. Consegue
fazer cacos e conduzir o samba com perfeição.
Irreverente, costuma ir fantasiado para o Anhembi. O seu
“maraviiiiiilha” é uma marca, podendo até
mesmo ser considerado um patrimônio do carnaval paulistano. Sem
contar o seu grande carisma, e atenção aos fãs.
Daniel é um monstro, no melhor sentido da palavra.
Nasceu no Rio de
Janeiro, e começou desfilando na Beija-Flor de Nilópolis,
em 1977 (no meio do tri-campeonato da escola). Passou por vários
“setores” até se tornar ritmista na bateria de
Odilon. Permaneceu assim até 1992, quando passou a ser diretor
de bateria, cargo que ocupou até 1995.
Daniel ficou fora do
carnaval durante os dois anos seguintes, enquanto fazia shows pelo
mundo, em sua carreira paralela de cantor. Voltou aos desfiles em 1997,
na X-9 Paulistana como diretor da bateria de Mestre Adamastor. Em 1998,
ingressou na equipe de canto de Royce do Cavaco. Foi muito bem nas suas
primeiras experiências num carro de som, tanto que, em 2000, foi
contratado pela Mocidade Alegre para compor um super carro de som da
agremiação, que contava com a Clovis Pê,
André Pantera, Ricardo e o próprio Daniel. Nesse desfile,
Daniel animou a galera, a convite de Clovis Pê, após o
esquenta. Daniel fez o seu “Quero ouvir o grito da galera...!
Ieeeeeeo... Ieeeoooooo!”, e o Anhembi veio a baixo. A empolgação continuou quando o
samba começou, com os interpretes fazendo uma animada
coreografia no refrão central do samba, rendendo
comentários de César Tralli, repórter da Globo,
que acompanhava os puxadores na concentração:
“é a turma mais animada que a gente já viu dos
puxadores aqui no Anhembi!”, afirmou. Em 2001, passou a ser o
interprete oficial, apesar de ainda dividir o microfone com Clovis na
gravação oficial.
Em
2003, teve a sua
primeira aparição marcante para o publico, quando veio
caracterizado para o Anhembi, em trajes africanos, condizentes ao
enredo da Morada, que tinha um sambaço. Em 2004, foi pela
primeira vez campeão, quebrando um jejum de 24 anos sem vencer
da Mocidade. No mesmo período, teve sua primeira passagem pela
Dragões da Real, quando esta ainda desfilava nos grupos
inferiores.
Em 2007, Daniel
emocionou todos com um grito de guerra que empurrou a escola, levando
ela a mais um campeonato. Quando o samba ia começar, ele pediu
silencio, e levantou os integrantes da escola com belíssimas
frases motivacionais. Sem contar que novamente vinha caracterizado,
dessa vez de palhaço, no enredo sobre o “riso”. A
escola entrou no Anhembi com 4 minutos no cronômetro, mas valeu a
pena. O grande desfile de Collête rendeu ao interprete o seu
primeiro Troféu Nota 10 (o estandarte de ouro de São
Paulo).
Tal
atuação, tirou Daniel da Mocidade, depois de sete anos de
“casamento” com a escola do Limão. Foi contratado
pela X-9 Paulistana, escola que tinha dado a sua primeira chance de
puxador no passado. Mais uma vez, Daniel fez um belo desfile,
fantasiado de Urso Polar, no enredo sobre o aquecimento global. Em
2009, mesmo com um samba criticado, a X-9 fez um bom desfile
graças, segundo muita gente, ao grande interprete, que levantou
o Anhembi. Voltou à Dragões da Real, já afirmada
na elite do carnaval paulistano, onde esteve de 2011 a 2016. Em 2017,
cantou na Leandro de Itaquera a reedição do
clássico "Babalotim", de 1989. De 2018 a 2023, defendeu a
Pérola Negra. Em 2019, estreou como titular na
Sapucaí compondo o carro de som da Unidos de Bangu ao lado dos
jovens Tem Tem Jr e Luís Oliveira. Para 2021, chegou a ser
contratado pela Unidos da Ponte pra ser o intérprete oficial. No
entanto, após representar a escola em lives e eventos, foi
dispensado antes mesmo de desfilar, no fim de 2020. Em 2024,
retornou à X-9 Paulistana, fazendo parceria com Helber
Medeiros. A partir de 2025, cantará também com Royce do Cavaco na agremiação.
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INÍCIO: Beija-Flor, no final
dos anos 70, ainda criança. Foi ritmista até 1992. Em
1993, virou diretor da bateria de Odilon. Veio para São Paulo em
1997. Em 1998, ingressou na carreira de interprete, entrando para a
equipe da canto da X-9 Paulistana.
1998 a 1999 – X-9
Paulistana - SP (Apoio de Royce do Cavaco)
2000
– Mocidade Alegre – SP (Apoio de Clovis Pê) e Flor de
Vila Dalila - SP (Grupo 1)
2001 - Flor de
Vila Dalila - SP
De 2001 a 2007 –
Mocidade Alegre (intérprete oficial)
2003 a 2005 - Dragões da Real
2005 - Camisa Vermelha e Branca (São Bernardo do Campo-SP)
2007 a 2009 - União das Vilas (São Bernardo do Campo-SP)
2007
a 2009 – Apoteose do Samba (Uruguaiana)
2008 a 2010
– X-9 Paulistana
2008 - Bonecos Cobiçados (Guaratinguetá-SP)
2010 - Tradição de Ouro (Santo André-SP)
2011 - Apito de Ouro (Tapes-RS)
2011 - Mocidade Alegre do Pedregulho (Guaratinguetá-SP)
2011 a 2016 - Dragões
da Real
2012 a 2016 - Samuca (Rio Claro-SP, com exceção de 2014)
2017 - Leandro de Itaquera
2018 a 2023 - Pérola Negra
2019 - Unidos de Bangu (ao lado de Tem Tem Jr e Luís Oliveira, sem gravar no CD)
2023 - Apoteose do Samba (Uruguaiana-SP)
Desde 2024 - X-9 Paulistana (ao lado de Helber Medeiros e a partir de 2025, junto com Royce do Cavaco)
GRITO DE
GUERRA:
Maraviiiiiilhaaaa!
Alô você, bate no peito e diz... Eu sou (nome da escola)!
Cinco, quatro, três, dois, um!
GRITOS DE
EMPOLGAÇÃO: “Alô
minhas baianas... gira, gira, vamos giraaaaaaaar”,
“maravilhaaaa!”, “Obrigado meu pai”,
“esquenta o couro bateria”, “hahaha”,
“oooooobaa!”, “uou, uou, uou”, “vem,
vem... é agoooooora!”; e geralmente, adapta muito bem
cacos, baseados no próprio samba que interpreta.
SAMBA DE SUA AUTORIA: Bela! Rica! África! (Apoteose do Samba/2017 com Diego Nascimento)
Troféu Nota 10:
1 (2007); Também venceu em 2006, o premio de “Melhor
Interprete” da Radio ‘BandFM’.
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MAIS
FOTOS DE DANIEL COLLETE
No
histórico desfile do “riso” da Mocidade Alegre, em
2007.
Pela X-9
Paulistana em 2008.
Com Royce
do Cavaco, pela X-9, em 2009.
Mais no
inicio da sua carreira, pela Mocidade Alegre.
Brincando
no camarim da gravação da vinheta do carnaval 2009.
Ao lado de
Leci Brandão e René Sobral (de chapéu, na direita)
Com grandes
interpretes do samba: Fredy Viana, Royce, Ernesto e Douglinhas.
Com alguns
nomes do Rio, como Tinga e Gilsinho
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