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COLUNA DO CLÁUDIO PORTELA

GUIA DO COLECIONADOR

Muito se tem comentado a respeito de samba-enredo em nosso site, pioneiro no gênero. Desde o início, nossa equipe tem demonstrado a preocupação de levar ao internauta informação a respeito desse gênero musical. Até aqui, porém, a discografia como um todo não havia sido abordada. Como colecionador, sinto-me na obrigação de prestar um esclarecimento aos que, como eu, dedicam incontáveis horas de suas vidas na procura de LP's e CD's de samba enredo. Por esse motivo, resolvi usar o espaço que me é dedicado para informar aos amigos o que devem procurar a fim e completarem suas coleções. Esse Guia do Colecionador, portanto, destina-se a divulgar tudo que foi editado em termos de samba-enredo, em vinil, nos grupos especial e de acesso, com suas diversas denominações ao longo do tempo. Confiram:

1968 -  Esse foi o primeiro ano em que um LP com os sambas-enredo de um mesmo ano foram reunidos em uma única compilação. Até então, muitas escolas já tinham gravado sambas-enredo e de quadra em LP's, mas não dessa forma. O primeiro LP nesse estilo chama-se Festival do Samba - Gravado ao vivo e tem uma capa de cor bege, que traz o desenho de um malandro tocando pandeiro e uma melindrosa sambando a seu lado. São três gravuras idênticas, colocadas em paralelo. Esse disco contém os sambas de Salgueiro, Unidos de Lucas (Sublime Pergaminho), Mocidade Independente, Império Serrano, Portela, Mangueira ,Vila Isabel (Quatro Séculos de Modas e Costumes) e uma faixa com a bateria das escolas. Os sambas de Império da Tijuca, Independentes do Leblon e Unidos de São Carlos não foram incluídos. Conforme pude pesquisar, existe um disco gravado pelo Museu da Imagem e do Som - MIS, que os contém. Infelizmente, o prédio que abriga o acervo, na Lapa, Centro do Rio, está em obras, e não pude ter acesso a esta obra.

1969 - O LP de 69 chama-se Festival do Samba Vol. 2, e tem a capa branca, com o desenho da passarela em azul, no centro. Traz em seu conteúdo os sambas das mesmas escolas anteriores, exceto Salgueiro (Bahia de todos os Deuses), que foi gravado num compacto a parte (raríssimo, por sinal), numa iniciativa da própria escola. Além desses, tem os hinos de Imperatriz Leopoldinense, Em Cima da Hora e São Carlos. Os destaques são os sambas Heróis da Liberdade e Yayá do Cais Dourado, de Império e Vila, respectivamente.

1970 - Neste ano, a Associação das Escolas de Samba do Estado da Guanabara (AESEG), através do selo Caravelle, lançou seu primeiro LP, o disco oficial do carnaval carioca. Esse vinil é bege e tem várias fotos de desfiles. Uma delas, por sinal, foi utilizada na capa do primeiro LP do II Grupo, também lançado pela associação, pela mesma gravadora. A Discnews, no entanto, não perdeu a oportunidade de lançar seu seu Festival do Samba Vol III, um disco vermelho e amarelo com a mesma ilustração de 68. Particularmente, prefiro este disco, pois a qualidade do outro não é das melhores, uma vez que, nele, as faixas foram gravadas com o intérprete cantando a primeira passada sem nenhum acompanhamento, ficando nítidos os erros cometidos por eles. Há de se dizer, porém, que o disco oficial contém o samba da Mocidade (Meu pé de Laranja Lima), ao contrário do Festival, que o substituiu por uma faixa de ritmo. O melhores sambas desses discos são, na minha opinião, Lendas e Mistérios da Amazônia e O Fabuloso Mundo do Circo, de Portela e Jacarezinho, respectivamente.

1971 - Neste ano também saíram dois LP's: o oficial (amarelo), da Top Tape e o Festival (azul), da Relêvo. O samba do Salgueiro, Festa para um rei negro (campeão daquele ano), no entanto, só está no segundo. Dessa safra, gosto muito de Lapa em três tempos (Portela), Nordeste, seu povo, seu canto, sua glória (Império), Misticismo da África ao Brasil (Império da Tijuca) e Rapsódia da Saudade (Mocidade). O LP do II Grupo (branco), é o mais raro dentre todos os do Acesso. A Beija-Flor de Nilópolis debutou em gravações oficiais nesse disco com Carnaval, sublime ilusão.

1972  - O disco oficial é amarelo, foi gravado pela Top Tape e traz os 12 sambas das escolas que desfilaram no Grupo I naquele ano. Destaque para Ilu Ayê (Portela), Onde o Brasil aprendeu a liberdade (Vila) e Rio Grande do Sul na Festa de Preto Forro (São Carlos). O Festival foi lançado com o nome Enredo, Desfile de sambas e tem capa vermelha, com a famosa ilustração ao centro. O disco, no entanto, é uma mistura dos sambas de 72 com os do ano anterior. No Grupo II, tivemos um LP que traz na capa a foto de um desfile, ao lado de uma descrição das faixas.

1973 - Também foram gravados dois LP's. O oficial (preto, com uma foto belíssima do desfile na Av. Presidente Vargas na contra-capa), da Top Tape, e o último Festival (branco), com a já referida ilustração na capa. Ambos trazem os dez sambas cantados nos desfiles do Grupo I naquele ano. As melhores faixas, a meu ver, são Lendas do Abaeté e O saber poético da literatura de cordel, sambas de Mangueira (campeã) e Em Cima da Hora, respectivamente. No disco do Grupo II, que traz a foto da avenida, naquela que a meu ver é a mais bela capa de todos os tempos, destaque para Trá lá lá, um hino ao carnaval brasileiro, da Unidos de São Carlos.

1974 - Pela primeira vez, saiu apenas o disco oficial. A capa, dura, traz um ritmista girando um pandeiro, e ao ser aberta, traz no bojo a bandeira e um pouco da história de cada uma das escolas. Um capricho só. Destaque para os sambas de Portela (O mundo melhor de Pixinguinha), Salgueiro (O rei da França na Ilha da Assombração), e Mocidade (A Festa do Divino). No disco do Acesso, intitulado Sambas-de- enredo das escolas de samba (o que se repetiria em 76, 77 e 78), também encontra-se um ritmista na capa. Dois sambas se destacam: Essa Nega Fulô (Tupi de Brás de Pina) e Lendas e Festas das Yabás, que marcou a estréia da União da Ilha do Governador nos LP's.

 

1975 - Voltamos a ter dois discos: o oficial, da Top Tape, cuja capa é um pôster, e o da gravadora Tapecar, intitulado Escolas de samba - Enredos. Essa safra tem vários bons sambas, como os de Mocidade, Portela, Mangueira, Salgueiro e União da Ilha, mas nenhum que se compare a Festa do Círio de Nazaré, da Unidos de São Carlos. O LP do Grupo 2 traz o belo Magia Africana no Brasil e seus Mistérios, da Unidos da Tijuca, vencedor do Estandarte de Ouro de melhor samba do Acesso naquele ano.

1976 - Esse famoso disco, de capa azul, é, para mim, o melhor de todos. Não é qualquer um que contém sambas como Os sertões (Em Cima da Hora), Arte negra na legendária Bahia (São Carlos), Mar baiano em noite de gala (Lucas), A lenda das sereias (Império), No reino da mãe do ouro (Mangueira), Sonhar com rei dá leão (Beija-Flor) e Mãe Menininha do Gantois (Mocidade). No disco do Acesso, que traz um homem negro na capa e um menino de mesma tez na contracapa, destaque para Acalanto para Uiara, da União de Jacaperaguá. Nota: nos dois discos já se pode observar o logotipo da Associação das Escolas de Samba da Cidade do Rio de Janeiro (AESCRJ), entidade máxima até então.

 

1977 - O disco do Grupo I traz a foto de um destaque, com a arquibancada ao fundo. A safra não é das melhores, destacando-se Domingo, da Ilha. No disco do Acesso, de capa parecida, destaque para Logun, príncipe de Efan, do Arranco.

1978 - No disco do Grupo 1, que traz baianas da Beija-Flor na capa, destaque para Do Yorubá a luz, a aurora dos Deuses (Salgueiro), Brasiliana (Mocidade), O amanhã (Ilha) e A criação do mundo na tradição Nagô (Beija-Flor). No Acesso, destaque para duas festas: a de Olubajé (Ponte) e a da uva no Rio Grande do Sul (Caprichosos).

1979 - Aconteceu um fato inusitado neste ano. A queda de Vila Isabel e Império no ano anterior fez com que o Grupo I fosse dividido em dois (I-A e I-B) para que as duas escolas não se sentissem tão rebaixadas. O mesmo aconteceu com o Grupo II. O carnaval carioca foi dividido em quatro grupos, portanto. O disco de 79 traz os sambas das escolas do I-A e I-B. São 12 sambas no LP e 4 (Caprichosos, Arranco, Arrastão e Ponte) no compacto que faz parte do álbum. O melhor samba é Incrível, fantástico, extraordinário, da Portela, ao qual O que será, da Ilha, faz boa companhia. Ao contrário do que se pensa, também foi gravado um LP com sambas do 2º Grupo, uma junção de 12 escolas do 2-A e 2-B. A capa deste é um ritmista tocando surdo de marcação.

1980 - Os discos do ano em que nasci trazem fotos na capa. O do Grupo I (como aparece escrito), traz um destaque, e o do II Grupo traz ritmistas. Ambos conte, boas safras, onde se destacam os sambas das campeãs do ano, e os de Vila e Ilha.

1981 - Todos os grupos, do I-A ao 2-B, foram contemplados com LP's. Foram, portanto, lançados quatro discos neste ano. O do Grupo I-A traz a foto das três campeãs do ano anterior dentro de pandeiros. Destaque para os sambas de Portela e Imperatriz. O do Grupo I-B traz uma foto do desfile da Unidos da Tijuca no ano anterior. Os discos dos grupos II-A e II-B possuem a mesma capa: cinza, com uma foto de desfile.

1982 - O disco do Grupo I-A é branco e traz fotos de desfiles. Destaque para Bum Bum Paticumbum Prugurundum (Império) e É hoje (Ilha). No Grupo I-B foi lançado um disco com uma bela foto de desfile. Destaque para Moça Bonita não paga e Lua Viajante, de Caprichosos e Lucas, respectivamente. Pouquíssimas pessoas sabem, mas também foi lançado o LP do Grupo 2-A naquele ano. Um vinil que, por sinal, tem uma capa belíssima.

1983 - No Grupo I-A, cuja capa traz a comissão de frente e alegorias do desfile campeão do Império, no ano anterior. Uma bela safra, com destaque para a escola da Serrinha, Tijuca, Ponte (samba que será reeditado esse ano), Mangueira, Portela, Vila, Mocidade e Beija-Flor. No I-B, um disco de capa colorida, cujo destaque são os dois primeiros sambas: A visita do Oni de Ifé ao Obá de Oyó e Santos e Pecadores, de Cabuçu e Império da Tijuca, respectivamente.

1984 - A segunda melhor safra de sambas, na minha opinião. Para mim, todos os sambas, sem exceção, são bons. Esse disco traz na contracapa uma belíssima homenagem aos vultos sagrados da minha querida Portela: Natal, Clara Nunes e Paulo Benjamim de Oliveira, homenageados no enredo Contos de Areia, que deu origem a um dos mais belos sambas da história da escola. Esse carnaval foi o primeiro da história do Sambódromo e da Liga Independente das Escolas de Samba (LIESA), que passou a organizar os desfiles do 1º Grupo a partir de então. Foi também o primeiro carnaval da São Carlos com seu novo nome: GRES Estácio de Sá. Neste ano foi lançado um LP com os sambas-enredo ao vivo na avenida, iniciativa pioneira até então. Trata-se de um disco branco, que traz fotos de um desfile da Mangueira, supostamente desenhadas por um pincel. No 1-B tivemos um disco de capa vermelha com fotos de luminárias, cujo destaque é o 33, Destino D. Pedro I da Em Cima da Hora.

1985 - Foi o ano dos compactos. Lançaram o LP do Grupo I-A, que traz na capa uma porta-bandeira da Mangueira, e um compacto com os sambas de Cabuçu, São Clemente, Santa Cruz e Em Cima da Hora. No disco do I-B, o samba da Acadêmicos de Santa Cruz é cantado por Aroldo Melodia, diferentemente do que acontece no compacto. Esse disco, da Som Livre, não traz o samba Xingú, o pássaro guerreiro, que foi lançado num compacto da até então Portela Tradição, que traz também o hino da escola, onde seus componentes se dizem ser os portelenses de verdade. Para muitos,uma heresia.

1986 - Aí começou a confusão. Foi o seguinte: a RCA entrou na parada e tirou o monopólio da Top Tape, passando a produzir o LP do Grupo I-A. Algumas escolas, porém, não romperam com a Top Tape, casos de Caprichosos, Ilha, Estácio, Salgueiro e a recém promovida Unidos da Tijuca. Tivemos portanto dois discos. O da RCA, com as escolas que aderiram à nova proposta, e o da Top Tape, com as acima mencionadas, acrescidas de convidadas como: São Clemente, Lucas, Santa Cruz, Engenho da Rainha e Em Cima da Hora. Para quem não sabe, este disco é o que traz o casal de MS e PB da Caprichosos de Pilares, a ''campeã do povo''. Mesmo assim, lançaram o disco do Grupo I-B, com as escolas que restaram e convidadas, dentre as quais a União de Vaz Lobo, que contribuiu com um belíssimo samba, denominado A festa no castelo de Xangô.

 

1987 - Continuou a mumunha. Nesse ano, a Estácio debandou para o LP da RCA que, para ter o mesmo número de faixas nos dois lados, ganhou uma de bateria. Jacarezinho e São Clemente, recém-promovidas, fecharam com a Top-Tape, que preencheu seu LP com as escolas do I-B, exceto Santa Cruz e Em Cima da Hora, que foram excluídas. Ambos os discos trazem fotos de desfiles na capa. Nesse ano, não foi lançado disco dos Grupos de Acesso.

1988 - Neste ano, a Top-Tape saiu da parada e as dezesseis escolas gravaram num único LP, da RCA. No I-B lançaram um disco com os sambas das 10 escolas do grupo, e foram convidadas Cubango e Mocidade Unida de Jacarepaguá, campeãs do Grupo 4 no ano anterior. O samba da escola de Niterói, diga-se de passagem, é muito bom.

 

1989 - Outro disco imenso, com 18 sambas e elefantes na capa. No I-B, um disco que traz um pierrô chorando na capa, além do primeiro samba da Viradouro gravado no Rio: Mercadores e mascates.

1990 - Surge a denominação Grupo Especial, que naquele ano contou com 16 escolas, embora só 14 tenha feito parte do disco. Lins e Cabuçu, escolas do mesmo bairro, gravaram no disco do Grupo I (antigo I-B). Esse disco, aliás, é uma preciosidade, pois, além de conter o samba que deu à Viradouro o direito de conviver entre as grandes, traz um hino da Grande Rio cantado por Dominguinhos do Estácio e Wantuir, além de um dos mais belos sambas-enredo do Acesso: Dan, a serpente encantada do arco-íris, da Acadêmicos do Engenho da Rainha.

 

1991 - Outro disco com destaque da Mocidade na capa. Traz na íntegra as dezesseis escolas que desfilaram. No I Grupo, um disco de capa branca, e desenhos com motivos carnavalescos.

 

1992 - No disco do Especial, foto do desfile campeão da Mocidade, no ano anterior. Como o número de escolas a desfilar era ímpar, foi excluído o samba da emergente Leão de Nova Iguaçu, que pode ser encontrado num compacto, cuja capa é igual a do LP. No Grupo I, a capa do LP traz um casal de MS e PB, e o conteúdo, uma bela safra.

 

1993 - Dessa vez foi lançado outro compacto com a mesma capa do LP (desfile da Estácio 92), pois os sambas de Ponte e Grande Rio não foram incluídos no último. No disco do Grupo I, cinza, destaque para o samba Império Serrano, um ato de amor.

 

1994 - Começou aí a onda de se lançarem dois LP's. A partir daí, já é mais fácil encontrar CD's (pelo que sei, o primeiro foi lançado em 90). São os discos que trazem a foto do Ita. No Grupo I, foi lançado um LP com a foto de uma porta-bandeira carregando o estandarte da AESCRJ. Um belo disco, por sinal.

 

1995 - Mais dois LP's, com as fotos da CF da Imperatriz. Os sambas de São Clemente e Villa Rica não foram incluídos, e nem sequer gravados num compacto à parte. Já ouvi dizer que existem alguns discos que os contém (esses dois sambas são exclusividade do Sambario, pois estão presentes na seção Downloads). No Acesso, mais dois LP's, contendo 19 escolas sob o comando da LIESGA, que assumiu o controle no lugar da Associação, em 95.

 

1996 - Mais dois discos com fotos de desfile da Imperatriz. Na contracapa, a águia da Portela. Naquele ano, nenhuma escola ficou de fora. No Acesso, um LP gravado através de uma parceria entre a AESCRJ (que retomara o comando) e o DJ Marlboro.

 

1997 - Pela última vez o carioca desfrutava da oportunidade de usufruir da possibilidade de escolha do vinil para escutar samba-enredo. Foram mais dois discos, que por sinal são relativamente difíceis de se encontrar. No Acesso, um disco com a modelo Viviane Araújo na capa, que eu nem sei se foi gravado em vinil.  

Essa é, portanto, a discografia das escolas de samba disponíveis em LP's. Se você é rato de sebo, ao menos já tem uma luz, algo tão difícil de se encontrar quando o assunto é carnaval. Preferi me ater apenas aos vinis, porque daí em diante você consegue encontrar tudo com mais facilidade, até porque não houveram muitas novidades, a não ser em 98, quando foram lançados CD's com esquenta, bateria e ao vivo na avenida. Ocorreram também alguns problemas de gravação e sambas como São Clemente 98, Ponte 99 e Villa Rica e Renascer 2004 que não estão nos discos do Acesso A 98, 99 e Grupo B 2004, produzido pelo meu amigo Chico Frota, que colaborou bastante para que eu pudesse adquirir os discos citados aqui. No mais, me disponho a prestar qualquer outro esclarecimento, e caso algum de vocês tenha detectado algo errado, por favor não hesitem em me contatar.

Na próxima oportunidade, vou estar falando sobre o carnaval de Niterói, comentando inclusive a discografia que, para muitos, ainda é um mistério. Um grande abraço e até lá.

Cláudio Portela

claudioarnoldi@ig.com.br