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ELES DEIXAM O SAMBA MORRER "A tristeza é senhora.
Desde que o samba é samba é assim"
Jorge Luís Castanheira Alexandre, o Jorginho, é o novo
presidente da Liga Independente das Escolas de Samba. Ele foi
eleito por aclamação na sede da entidade, e vai cumprir um
mandato de dois anos. O vice-presidente é Nelson de Almeida, que
é também diretor jurídico da entidade. A chapa de Jorginho e
Nelson foi a única na eleição para susbtituir Aílton
Guimarães Jorge, o capitão Guimarães, que não pode concorrer
à reeleição, porque está preso devido investigação da
Operação Furação, da Polícia Federal.
Nelson agradece o apoio e confiança do ex-presidente da Liga, Aílton Guimarães Jorge, e do presidente de honra da Beija-Flor, Anísio Abraão David. "É um grande orgulho ter um posto deste. A lembrança do meu nome foi do presidente Guimarães e do Anísio. Não vou deixar eles em falta em hipótese nenhuma. O trabalho vai ser redobrado. Vou trabalhar com mesmo afinco, mas temos certeza que vamos chegar ao mesmo objetivo", afirma. Antes de qualquer análise dos fatos, cabe aqui uma pergunta: lhes parece transparente realizar uma eleição às escuras, num momento tão delicado na história da LIESA, e consequentemente, do carnaval carioca? O bom senso nos leva a responder que não, mas de uma entidade comandada por contraventores pode-se esperar de tudo. O que não se pode, nem se deve, é aceitar que nossa festa maior permaneça sob a chancela desses senhores, que manipulam os resultados dos desfiles de acordo com interesses espúrios, privilegiando escolas de outros municípios (principalmente Beija-Flor, Grande Rio e Viradouro), seus redutos eleitorais, e condenando ao rebaixamento um Império Serrano e uma Estácio de Sá, dois bastiões de resistência da cultura popular. Havia a esperança de que Nilo Mendes Figueiredo, presidente reeleito na Portela, encabeçasse uma chapa de oposição, mas ele preferiu continuar fazendo na sua escola o que poderia fazer na Liga, ou seja, ser uma alternativa a uma gestão autoritária e retrógrada. Enquanto isso, o samba não morre, mas agoniza... Cláudio Carvalho |
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