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EM 1996, MOCIDADE QUASE FOI A TERCEIRA DE DOMINGO
Que
Criador e Criatura é um dos desfiles mais marcantes da Mocidade
Independente de Padre Miguel e do carnaval carioca - sobretudo os dos
anos 90 - todo mundo sabe. A verde e branco explodiu a bomba, levantou
o astral e o seu quinto título. Agora, o que quase
ninguém faz ideia é que se não fosse uma
estratégica troca, a posição de desfile poderia
ter sido outra.
' O
dia era 28 de junho de 1995. Ocasião em que a Liga Independente
das Escolas de Samba do Rio de Janeiro sorteava a ordem dos desfiles
para o inchado Grupo Especial de 1996 - para o ano, dezoito escolas
desfilariam na elite, repetindo o número de 1989 e 1995.
Diferente dos últimos tempos, muito longe de ser aquelas festas
pomposas na Cidade do Samba e/ou em alguma casa de show e/ou na quadra
da campeã vigente - este formato, aliás, passaria a ser
adotado apenas para o sorteio de 1998. Um parêntese importante:
um mês antes do sorteio, a Liga elegeu um jovem Jorge Castanheira
para seu primeiro mandato a frente da instituição
responsável pelos desfiles das principais escolas da Cidade
Maravilhosa.
Pelo regulamento da época, quatro escolas já conheciam o dia e a posição de desfile: o domingo, 19 de fevereiro, seria aberto por Império da Tijuca (vice do Acesso A) e Grande Rio (16° colocado em 95). A segunda-feira, 20 de fevereiro, teria Porto da Pedra (campeã do Acesso) e Império Serrano (15º colocado) abrindo a festa. As outras 14 foram para o sorteio, com a Imperatriz Leopoldinense - então bicampeã - podendo escolher em qual dia e qual posição se apresentaria. E assim foi se desenhando a ordem das apresentações. No domingo, além do Império da Tijuca e da Grande Rio, vinham Mocidade, Salgueiro, União da Ilha do Governador, Portela, Viradouro, Caprichosos e Unidos da Ponte. Na segunda, sequencialmente a Porto da Pedra e Império Serrano, vinham Estácio de Sá, Mangueira, Beija-Flor, Imperatriz Leopoldinense, Vila Isabel, Tradição e Unidos da Tijuca. Essa era a ordem sorteada e definitiva. Bom, era. Nos tão tradicionais (e tensos) 10 minutos reservados para possíveis trocas, a Mocidade fechou com a Caprichosos de Pilares a inversão de suas respectivas posições, livrando-se assim da responsabilidade de ser a primeira grande escola a pisar na Marquês de Sapucaí em 96. Registra-se que ainda ocorreram mais duas trocas no desfile de segunda-feira: Mangueira com Tijuca e Beija-Flor com Vila Isabel. Com as três mudanças, a ordem definitiva dos desfiles ficou desse jeito: Domingo, 19/2/1996: Império da Tijuca, Grande Rio, Caprichosos de Pilares, Salgueiro, União da Ilha do Governador, Portela, Viradouro, Mocidade e Unidos da Ponte Segunda, 20/2/1996: Porto da Pedra, Império Serrano, Estácio de Sá, Unidos da Tijuca, Vila Isabel, Imperatriz, Beija-Flor, Tradição e Mangueira
' No
fim das contas, a Mocidade foi a oitava do domingo, 19 de fevereiro de
1996, apesar do desfile já ter sido na manhã de
segunda-feira devido ao colossal atraso provocado pela avalanche de
alegorias engarrafadas na dispersão - prevista para desfilar por
volta de 4 da manhã, a escola só pisou na Sapucaí
às 5h55. O resto da história todos nós, em
especial o torcedor independente, já sabem de cor.
Agora, façam aquele exercício de imaginação: e se a Mocidade não faz aquela troca e o domingo é encerrado por Caprichosos e Ponte com enredos que futuramente se mostrariam problemáticos? O que o capricho dos deuses do carnaval não fazem...
Carlos Fonseca |
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