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BAKANINHA

BAKANINHA

            

          

  Nome completo: Gilson Carlos da Conceição Júnior

   

  Ano de nascimento: 
1991


 

  Ano de falecimento: 2022


                                                     

             


Bakaninha começou sua trajetória no carnaval ainda criança, com apenas cinco anos de idade, na bateria mirim da Beija-Flor. Cria de Nilópolis, o rapaz é filho de Gílson Bacana, que além de intérprete, também já fez de tudo um pouco na azul e branco, e neto de Vicente, um dos primeiros mestres de bateria da Deusa da Passarela.

O jovem passou a compor em 2009 a equipe de cantores de apoio da Beija-Flor que dava suporte para Neguinho na avenida. Logo em seguida passou a ser o segundo cantor, sendo dele a voz que conduzia os ensaios nas eventuais ausências do titular. Na escola, Bakaninha conquistava cada vez mais espaço para um dia um dia assumir o posto de intérprete principal da escola de samba.

Bakaninha era considerado pelo próprio Neguinho da Beija-Flor como seu sucessor. O próprio veterano intérprete sempre elogiava as qualidades do jovem cantor, por ser nascido e criado na Beija-Flor, ser dedicado, ter bom comportamento, não beber nem fumar, enfim, reunindo todos os predicados para, um dia, substituir Neguinho.

Em 2012, foi o cantor oficial do Arame de Ricardo, agremiação que desfilou, naquele ano, na Série E (sexta divisão) do carnaval carioca. Retornou ao microfone principal da escola em 2016, com a agremiação já na Série B (terceira divisão). Gravou o samba de 2017, mas saiu da escola devido aos seus compromissos com a Beija-Flor.

Bakaninha não escondia de ninguém sua grande referência no mundo do samba: Neguinho da Beija-Flor. “É meu padrinho, meu grande ídolo e quem eu procuro me espelhar. A primeira vez que subi no carro de som com ele, me tremi todo quando deu o grito de guerra. Ele é o melhor de todos”, afirmava.

Em fevereiro de 2019, no ensaio técnico da Beija-Flor no Sambódromo, Neguinho não pôde comparecer e Bakaninha assumiu a responsabilidade de substituir uma das lendas do carnaval brasileiro, e fez seu papel com brilhantismo. Bastante identificado com a agremiação, o rapaz não conteve a emoção e foi às lágrimas ao fim do ensaio, orgulhoso da primeira vez que defendeu a Beija-Flor como principal voz na Sapucaí.

Bakaninha faleceu na madrugada do dia 28 de janeiro de 2022, em um acidente de carro, voltando do ensaio na quadra da Beija-Flor. O músico perdeu o controle do veículo e colidiu em um muro, na Estrada Dr. Rufino Gonçalves Ferreira, em Nilópolis, na Baixada Fluminense. O artista completaria 31 anos, no mesmo dia em que morreu.

Seu jeito de cantar lembrava um pouco o estilo de Jackson Martins, outro nome que marcou uma leva de intérpretes. Bakaninha participava do Grupo Mente Certa e também cantava na banda de Neguinho da Beija-Flor. Para o carnaval de 2022, havia sido contratado para cantar no Leão de Nova Iguaçu, na Série Prata (terceira divisão), no Desfile da Intendente Magalhães, um samba-enredo que homenageia outro grande intérprete, Dedé da Portela.

Início: aos cinco anos de idade, na bateria da Beija-Flor. Na condição de intérprete, começou a cantar em 2009.
De 2009 a 2020 – Beija-Flor (apoio de Neguinho da Beija-Flor)
2012 e 2016 – Arame de Ricardo
2017 – Arame de Ricardo (apenas gravou o samba, mas não cantou na avenida)
2022 – Leão de Nova Iguaçu (gravou o samba meses antes de falecer)

GRITO DE GUERRA: "Agora sim... meu (fala o nome da escola), papai! Olha a Beija-Flor aí gente. Chora cavaco!" – nas apresentações da Beija-Flor de Nilópolis.

CACOS DE EMPOLGAÇÃO: “vambora gente”; “é agora minha comunidade”; “vaaaaaaiii”; “repete”; “em cima gente”; “vambora papai”; “que lindo, que lindo”; “ah moleque”; “alô meus poetas... (menciona os compositores do samba)”.

MAIS FOTOS DE BAKANINHA


Bakaninha e seu padrinho Neguinho da Beija-Flor, que o escolhera para seu sucessor no comando do carro de som da escola


Bakaninha comandando o ensaio técnico da Beija-Flor na Sapucaí em 2019


Bakaninha substituiu Neguinho da Beija-Flor com brilhantismo no ensaio técnico da Deusa da Passarela na Sapucaí em 2019


Em entrevista ao site Samba e Paixão, o pai Gilson Bacana (à esquerda) e o filho Bakaninha sendo entrevistado pela a repórter Patricia Cota (ao centro)


Com seu pai Gilson Bacana (à esq) - Foto: Diego Mendes


 
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