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Os sambas de 2011 pelo internauta Juninho Granzoto
Gravação do CD: Em 2011 optou-se por manter o padrão "ao vivo" destacando o coral e a voz dos intérpretes das escolas. A bateria e as cordas foram colocadas em tom mais baixo, o que prejudica sua clara audição, em algumas faixas sequer ouve-se as cordas. Em relação ao ano passado eles conseguiram piorar, o que eu entendo por samba "ao vivo" é aquele em que consigo ouvir com clareza todas as partes envolvidas no desenvolvimento do samba na avenida. Deixa muito a desejar. Nota: 7 Unidos da Tijuca: A campeã de 2010 optou por manter o estilo de samba que levou ano passado pra avenida. Esse samba é até melhor, mas a confusão do enredo prejudica boa parte do seu entendimento. Destaque para a interpração de Bruno Ribas. Nota: 8,5 Grande Rio: Esse samba me agrada e muito, se comparado com a marcha requentada de 2010 é clara a diferença de qualidade. Entretanto, novamente algumas coisas ficam soltas nesse samba, típico em sambas sobre cidades, como: "Eu também sou carijó!". Enfim, é um bom samba. Nota 8,9 Beija-Flor: A escola tentou mudar seu estilo escolhendo um samba mais leve. De fato, esse samba é mais leve que o do ano passado, mas a qualidade é também muito inferior. Os refrões são cheios de cliches e frases de efeito como: "De botar pra fora a felicidade" e "O beijo na flor é só pra dizer como é grande meu amor por você". Eu particularmente preferia que Laíla mantesse o estilo pesadão com qualidade. Nota 8,3 Vila Isabel: Depois de ter o melhor samba da década, de Martinho da Vila, a escola novamente emplaca uma composição de André Diniz e cia. Esse samba é de uma valentia admirável e eu considero um dos melhores do ano. Infelizmente ele possui tudo aquilo que caracteristica as composições de Diniz, como: "Modestiaaparteamigosouda Vi-la". Deve ser penalizado por esses erros, é uma pena a excessiva aceleração da Bateria de mestre Átila. Nota: 9,1 Salgueiro: A grande surpresa do ano. Eu já estava acostumado em ver boas obras disputarem no Salgueiro e perderem pra marchinhas safadas que tentavam imitar o Ita. Felizmente esse ano foi diferente. Esse samba tem um série de variações melódicas de extremo bom gosto e criatividade, além da criativa letra. Peca só no final no verso do "Bip-bop". Nota 9,5 Mangueira: Mais um bom samba escolhido pela escola. A dolência do samba é admiravel e o destaque fica por conta da parceria vencedora que é paulista (assim como eu!). A performance de Zé Paulo não me agrada, Ciganerey e Luzito mandam muito bem. Melhor do Ano. Nota: 9,6 Mocidade: Esse samba é aquilo: quando você esquenta uma comida novamente o gosto não é o mesmo de quando vc a preparou... Esse samba é isso! Tentativa mal sucedida de repetir a fórmula e o desempenho da harmonia da escola. Errou feio. Pior do ano disparado. Nota: 7,8 Imperatriz: O confuso e burocrático enredo sobre a medicina tinha tudo para gerar um samba dos mais trashs da história. Felizmente isso não aconteceu! A parceria de Me Leva e cia nos brindou com uma ótima obra, por acaso a minha preferida do CD. Destaque para os inconfudíveis pratos da escola! Dominguinhos em plena forma dá um show de interpretação. Nota: 9,4 Portela: A escola de Madureira resolveu deixar de escolher as obras assinadas por Diogo Nogueira. É uma opção! Infelizmente a obra escolhida segue o mesmo estilo das obras do compositor tricampeão. Esse samba é de um mau gosto incrível, não consigo encontrar nada de bom nele... A começar pelo refrão transplantado do Império da Casa Verde (com autorização). A seguir me deparo com o verso mais trash do ano: "A ambição do europeu se encantou", além do erro de métrica que faz parecer que em vez de "medo" Gilsinho canta 'negro', só ele mesmo pra salvar a faixa... Nota: 7,9 Porto da Pedra: Outro samba bom. Acompanha a safra nivelada por baixo... O conjunto da obra ficou muito agradável e gostoso de cantar. Destaque pro verso "vai, vai, vai, vai..." Não tem grandes variações nem inovações. Nota: 8,9 União da Ilha: Bem... esse samba é o típico "mexido da vovó", quando sua vó vai lá na geladeira e pega tudo que tem de comida velha, coloca na panela, mistura e esquenta... É o normal samba do século XXI, propondo contar a história de forma distanciada. O destaque negativo está no verso: "lindos animais na passarela" de gosto muito duvidoso. Ito arrebenta! Nota: 8 São Clemente: A escola da Zona Sul traz um samba também padrão, sem muitas inovações e variações, mas é agradável de ouvir e a fusão foi bem feita. É apenas um samba correto que é em muito melhorado pela espetacular interpração de Igor Sorriso, novo talento que tem futuro promissor pela frente. Nota: 8,2 |
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