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Os sambas de 2010 por Marco Maciel
COMUNICADO: Já
vou alertando os xiitas (malas sem alça) disfarçados de
torcedores em diversos fóruns carnavalescos espalhados pela
Internet: essa avaliação e todas as que aparecerem no SAMBARIO
para os sambas-enredo do carnaval são apenas posições
pessoais, com as notas dadas (e diferentes de cada julgador, em
virtude da diversidade de opiniões) em nada influindo na nota
oficial dos jurados da LIESA, cujo critério de avaliação é
completamente diferente do nosso. Somos mais rigorosos e, acima
de tudo, imparciais! Todos sabem disso... Portanto, não venham
nos torrar a paciência se suas respectivas opiniões não
baterem com as nossas (isso sempre acontecerá, evidentemente),
tampouco alegar que nosso veículo prejudica ou favorece essa ou
aquela escola e outras asneiras mais. Principalmente evitem, logo
após o carnaval, de nos encher se algum samba que levou por aqui
nota abaixo de oito ganhar os quatro 10 na apuração. É óbvio
que isso irá ocorrer, pois a LIESA hoje em dia não avalia a
beleza do samba-enredo (que é o que nós fazemos), e sim apenas
a sua mera funcionalidade no desfile. Por isso que aberrações
como “Vem no tambor da Academia” e “Banho
de gato amor, relaxa e dá calor de verdade” adquirem os
40 pontos, forçando-nos a amargar uma pá de sambas medianos nos
carnavais de hoje A GRAVAÇÃO DO
CD – Nossas preces e súplicas pela volta de um CD ao vivo,
com mais cara de avenida, em contrapartida às gélidas
produções dos últimos carnavais começaram a tomar forma a
partir de 2010, quando os mestres de bateria, que também pediam
para mostrar suas bossas no álbum, ganharam essa possibilidade
através da estrutura da Cidade do Samba, onde as bases e o coral
foram gravados. Pela primeira vez, desde 1998, o bamba terá à
disposição um CD com bateria genuína, sem nada sintetizado.
Que este seja o início de um ciclo duradouro de seguidas
gravações ao vivo, remetendo aos bons tempos de Teatro de Lona
e seus registros antológicos dos anos 90. Até porque muita
coisa ainda terá para ser melhorada nos próximos anos. Pra
começar, a bateria no disco tem o seu som abafado pelo forte
coral, cujo volume é bastante elevado a partir da segunda
passada de cada samba. Os instrumentos de corda estão
praticamente ausentes na audição. Recomendo para os próximos
anos mais destaque para a bateria e uma redução no som do
coral, já que, se a intenção dos produtores era repetir algo
semelhante ao emblemático disco do Grupo Especial de 1985,
caracterizado pelo forte coral e pela emoção presente em todas
as faixas, repetir tal fenômeno é francamente impossível no
carnaval contemporâneo, até porque a safra 2010 é muito
inferior a de 25 anos atrás (sou saudosista sim, assumo!),
quando a beleza daqueles sambas era o trampolim para o auge da
emoção proporcionada por aquele disco, e o andamento de todas
as baterias (à exceção da Mangueira) no CD 2010 está
demasiadamente acelerado, procurando aproximar-se do ritmo de
avenida. Para o disco de 1 –
SALGUEIRO – “Uma história de amor sem ponto final”.
Como já era de se esperar, a Academia insistirá em
sambas-enredo dessa linha: mais leves, pra frente e funcionais.
Principalmente depois do mediano samba de 2009 impulsioná-la ao
título e à quebra de um jejum que durava 16 anos, em detrimento
à obra-prima de Edgar Filho e parceiros (o antológico “Menina
quem foi teu Mestre...”). Aliás, a única vez que o
Salgueiro excedeu essa regra desde 1993 foi com “Candaces”,
que era uma obra mais dolente, mas que não teve bom desempenho
na Sapucaí. Sobre o samba 2010, o destaque maior vai para o
excelente refrão principal, simplesmente um arrasa-quarteirão
tanto melodicamente como em letra, num momento muito feliz dos
compositores. As demais partes da obra são apenas corretas, com
uma letra simples e direta e melodia apenas funcional, com um
errinho de métrica no trecho “Quanta riqueza na nossa
literatura”. Mas a energia da faixa, proporcionada pelo
andamento acelerado da bateria (sopa-no-mel para o intérprete
Quinho), faz com que o samba abra bem o CD. NOTA DO SAMBA: 8,9
(Marco Maciel). 2 –
BEIJA-FLOR – “Sou candango, calango e Beija-Flor”.
Destaque absoluto desde as primeiras etapas das eliminatórias
nilopolitanas, o samba-enredo possui na força a sua principal
característica. Valente do início ao fim, sua maior virtude é
a excelente melodia repleta de variações de primeira qualidade,
que não deixam o samba cair em nenhum momento, mesmo com a
(bela) letra bastante extensa. O refrão principal passa uma
energia impressionante. A melodia possui incontáveis trechos de
extrema inspiração, como em “A força que fluiu desse
amor é Paranoá, Paranoá” e “A flor
desabrochou nas mãos de JK”, entre outros. O andamento
impresso pela bateria (de excelente atuação na faixa) deverá
ser exatamente o mesmo no desfile. Destaque também para a
soberba interpretação de Neguinho da Beija-Flor, o que não é
muita novidade. NOTA DO SAMBA: 9,7 (Marco Maciel). 3 – PORTELA
– “É samba, é jaqueira que não vai tombar”.
O fraco enredo sobre informática e sua sinopse esdrúxula
geraram um samba um tanto confuso, com deficiências na letra
através de trechos duvidosos como “Num clique deleta
barreiras, derruba fronteiras da realidade”, “Faz
da criança um cidadão positivo pra nação”, “Um link
com a nossa raiz” e “A senha de um amanhecer mais feliz”,
com ambos soando um tanto “trash”. Mais estranho é a
citação de sambas clássicos na letra, como “Dia de Graça”
(Candeia) e “Jaqueira da Portela” (Zé Kéti), que não
possuem quaisquer ligações com o enredo, tampouco com o tema
“Internet”. O refrão principal utiliza de um
artifício já severamente evitado no carnaval virtual, que é a
previsível rima “carnaval/virtual”. Já o central diz
que “a luz do ciência é ela”. A pergunta que
fica é: ela quem? O resultado é uma rima forçada só pra casar
com o “Sou Portela”. Desconsiderando a letra, a
melodia tem momentos interessantes, principalmente na segunda
parte. A excelente produção do CD na faixa acaba por disfarçar
um pouco os problemas que o samba portelense apresenta, pois a
boa atuação do valorizado Gilsinho mais do coral ajudam a
proporcionar, através da faixa, uma audição agradável. O que
eu pouco esperava antes do lançamento do disco... NOTA DO SAMBA:
7,7 (Marco Maciel). 4 – VILA
ISABEL – “Tem a energia da nossa Vila Isabel”.
Um samba diferenciado! Fora dos padrões atuais! Requinte na
melodia! Poesia direta e, ao mesmo tempo, encantadora! Noel Rosa
ganha em seu centenário de nascimento, através dos versos de
Martinho da Vila, uma homenagem à altura da grandeza que o
Poetinha da Vila representa até hoje para a música brasileira.
O samba-enredo é simplesmente uma obra-prima. É a esperança de
uma revolução, de uma vanguarda no gênero, de um desafio à
mesmice e à padronização atual dos sambas levados para a
Sapucaí. Como a nossa colunista Denise ressaltou, é
impressionante como os seis longos versos do refrão central (que
constituem mais uma marcante diferença aos sambas que estamos
acostumados a ouvir atualmente) resumem perfeitamente e de forma
didática a vida de Noel. E para fechar o sambaço, um verso
entoado duas vezes que deverá mexer com os brios até de quem
não é ligado a carnaval: “Tem a energia da nossa Vila
Isabel”. O intérprete Tinga, que causou preocupação
pelo fato de seu estilo não casar com o samba, felizmente parece
se adaptar mais à obra. Já é, na minha opinião, o melhor samba-enredo
da década no carnaval brasileiro (não considerando as
reedições). NOTA DO SAMBA: 10 (Marco Maciel). 5 – GRANDE
RIO – “Saudades da linda voz que se calou”.
Desde o anúncio do tema, patrocinado por uma famosa marca de
cerveja, já era do conhecimento de todos que o samba da Grande
Rio se remeteria a um merchan-enredo. E, de fato, o refrão
principal teve de ser submetido a essas limitações, ao ser
forçado a citar os termos “guerreiro” e “número
um”, marcas registradas das mensagens publicitárias da
empresa. Aliás, tal ordem do patrocinador ocorreu depois do
concurso ter iniciado, quando os compositores já haviam gravado
suas versões e ambos foram obrigados a realizar modificações
nas respectivas obras. Menos mal que o enredo não foca tão
somente o “camarote número um”, como inicialmente
chegou a ser noticiado: irá relembrar os momentos mais marcantes
dos desfiles no Sambódromo, o que deverá proporcionar um
espetáculo bem interessante aos olhos do bamba. Sobre o
samba-enredo, bem conduzido por Wantuir, é longo, com a letra um tanto irregular e
tendência de arrastamento. Os dois primeiros trechos (da
parceria de Arlindo Cruz e cia) se encaixaram bem ao restante da
obra (de Levi Dutra e parceiros). Destaco apenas o início do
refrão central, mas que perde qualidade no final com o duvidoso
verso “Quero mais que nota 30 pro talento de João”
(no qual sempre canto “Quero mais que NÓ NA TRIPA no
talento de João”). Aliás, tal trecho pode representar um
pedido de desculpas ao carnavalesco por sua humilhante demissão
da própria Grande Rio logo após o desfile de 2004, antes mesmo
da apuração. Outra parte inspirada que até destoa positivamente das demais
é na segunda parte (recheada de menções a desfiles marcantes),
na homenagem à Jamelão, onde, na segunda passada, a bateria
executa a bossa da Mangueira, constituindo um dos mais
emocionantes momentos dos discos de sambas-enredo nos últimos
tempos. Por fim, ainda tento compreender a inclusão do verso
“O amanhã como será?”, constando que esse samba foi
cantado pela União da Ilha em 1978, seis anos antes do primeiro
carnaval na Passarela do Samba. NOTA DO SAMBA: 8,3 (Marco
Maciel). 6 –
MANGUEIRA – “Tantas emoções na verde-e-rosa”.
A maior curiosidade antes do lançamento do CD era como seria a
divisão de trechos do samba entre o trio de “tenores”
formalizado pelo presidente Ivo Meirelles. Primeiramente, eu
sempre fui um defensor de que apenas Luizito continuasse como o
único intérprete oficial da escola, pela enorme identificação
que este obteve para com a Estação Primeira. Ironicamente, a
voz de Luizito é a que menos aparece na gravação. Zé Paulo é
o que mais se destaca na emocionante faixa mangueirense, tanto no
canto como nos cacos. Rixxa também aparece bem, embora sua voz
esteja mais baixa com relação aos outros dois cantores. O
resultado final da faixa é muito bom, com a bateria executando o
samba de forma cadenciada, fugindo da regra da maioria das
escolas, que aceleraram seus andamentos no CD. O samba é um dos
destaques da safra. Ainda que seja criticado pelo excesso de
“aspas” na letra, ela explica o enredo sobre música
com perfeição, com as “aspas” constituindo até
alguns dos pontos fortes da obra, de belíssima melodia em todos
os trechos e dois refrões fortes. Impressiona como este
samba não possui nenhum ponto fraco. Muito bonito mesmo!
Destaque também para Emílio Santiago, no início da faixa,
cantando (de forma soberba) um trecho da canção “Bem
Simples”, do conjunto Roupa Nova. A voz de Jamelão
exaltando “Minha Mangueira” mais uma vez aparece
(retirado da faixa mangueirense de 2003). O samba-enredo de 2010
é muito superior ao do ano anterior, Estandarte de Ouro no Grupo
Especial 2009. NOTA DO SAMBA: 9,5 (Marco Maciel). 7 –
IMPERATRIZ – “A Imperatriz é um mar de fiéis”.
O samba-enredo da Imperatriz Leopoldinense impressionou à maior
parte dos bambas desde a sua primeira audição, então como
concorrente, pela força de seu refrão principal, pela
gigantesca riqueza poética da letra (que resume o enredo com
louvável perfeição), pelo clamor de sua melodia, que alterna
lirismo e valentia como pouco se ouviu no carnaval... Resumindo:
impressionou por ser uma obra-prima moderna do gênero. A
maravilhosa obra gresilense, assim como o samba da Vila, também
pode ser considerada uma espécie de vanguarda, da salvação do
samba-enredo em seu estilo atual e conservadoramente padronizado
de dois refrões com quatro versos e duas partes de 14. Na faixa,
a Imperatriz mais uma vez traz pratos no meio da bateria e marca
o retorno de Dominguinhos do Estácio a Ramos exatamente 20 anos
depois de sua última passagem pela escola (ainda seria apoio de Preto Jóia em 1996). O veterano puxador
traz no CD o seu estilo pessoal de interpretação, evidentemente
mais contida com relação à potente voz de Nêgo (que defendera
o samba nas eliminatórias), o que a princípio pode causar a
estranheza de alguns. Mas, aos poucos, Dominguinhos deve acertar
e aperfeiçoar ainda mais o samba ao seu estilo. Travará uma
dura batalha não só pelo Estandarte com o extraordinário samba
da Vila como também pelo status de samba-enredo da década. Há
tempos (não contando 2004, ano repleto de reedições de sambas
clássicos) não concedia duas notas 10 no Grupo Especial.
Graças a Deus, 2010 está me dando esta oportunidade. NOTA DO
SAMBA: 10 (Marco Maciel). 8 –
VIRADOURO – “Arriba Viradouro, uma tequila
pra comemorar”. O samba-enredo sobre o México ganhou
energia no CD, em virtude da boa atuação da bateria da escola
(embora um tanto acelerada). Aliás, uma boa sacada os tamborins
antecedendo o refrão central “Chegam piratas, jóias se
vão...”. O samba-enredo original possuía alguns
trechos melódicos interessantes, porém a mania que os
intérpretes têm hoje em dia de subir tons de versos em menor chega a enjoar. Precisava Wander Pires
berrar tanto nos versos da primeira parte “Sopra um vento
mestiço, uma avenida em festa”? É isso que,
infelizmente, está limitando a melodia dos sambas atuais. Sobre
o samba, parece-me ser uma incógnita para a avenida. Não se
sabe se funcionará conforme as pretensões da agremiação, até
porque um samba-enredo da Viradouro, pelo segundo ano seguido,
foge um pouco das características das obras geralmente
apresentadas pela escola nos últimos anos. Em 2009, aquele samba
que misturava Olorum com biocombustível (embora eleito melhor
do Especial pelo Prêmio Sambario, foi algo que até eu
estranhei...) não teve um bom desempenho na avenida. Para 2010,
o samba tem uma melodia complexa e bem variada, aliada a uma
letra extensa, esta de boa qualidade. O problema é que, tamanha
a complexidade da melodia, ainda que o samba tenha várias partes
interessantes em termos melódicos, temo que a obra tenha uma
tendência de arrastamento. É um samba-enredo que dependerá
mais do que nunca do canto do componente para funcionar da
maneira que a Viradouro almeja. É esperar para ver! NOTA DO
SAMBA: 8,8 (Marco Maciel). 9 – UNIDOS
DA TIJUCA – “Unidos da Tijuca, não é segredo eu
amar você”. Umas das virtudes do samba tijucano para
2010 é o fato da letra situar perfeitamente o bamba da proposta
de enredo da escola, sobre os segredos e mistérios que nos
cercam. No refrão principal, a mudança na letra com relação
ao samba na época dos cortes deixou o tema ainda mais claro
através do interessante verso “O seu olhar vou iludir”.
A propósito do enredo, era evidente que a Unidos da Tijuca
optaria mais uma vez por um samba-enredo funcional, da mesma
linha dos anteriores, com melodia inspirada em alguns trechos.
Mas, com relação a 2009, este me agrada mais por ter um maior
número de trechos melódicos de boa qualidade (no de 2009,
apenas a primeira parte me agradava). Aprecio muito os momentos
que partem dos versos “Unidos da Tijuca, não é segredo eu
amar você” e “Será o mascarado, nesse bailado, um
folião”. Bruno Ribas, com grande atuação, se destaca na faixa. NOTA DO SAMBA: 9,1 (Marco Maciel). 10 – PORTO
DA PEDRA – “Beleza é fundamental, perdoe a
sinceridade”. Em comparação com o samba de 2009, este
é mais solto e animado, e deve impulsionar melhor o canto do
componente. Mas a obra da agremiação são-gonçalense possui
muitas limitações, principalmente em letra, que abusa da
pobreza poética em momentos como “Há muito tempo o homem
deu no couro”, “De roupa resolveu chamar”, sem
contar a clássica rima “cidade/felicidade”, um dos
clichês mais evitados pelos compositores, reaparecendo no
refrão principal (que é fraco). O momento mais inspirado
melodicamente é no início da segunda parte “Sou o
cortesão da minha parte, eu sou o rococó dessa folia”.
Mas, assim como o samba da Portela, a faixa da Porto é o típico
caso em que a gravação é melhor que o samba-enredo, repleto de
notas altas para o competente Luizinho Andanças deitar e rolar
na gravação (com direito a alguns vibratos). O hino não me
agrada muito, mas, pelo menos, é muito melhor de cantar do que o
travadão samba de 2009 da escola. NOTA DO SAMBA: 7,5 (Marco
Maciel). 11 –
MOCIDADE – “Meu coração vai disparar, sair pela
boca”. Este samba é um caso especial. Ele resgata algo
que estava faltando nos últimos desfiles e sambas da Mocidade
Independente: a alegria. Sentimento que passou longe do festival
de apresentações e sambas-enredo frios que marcaram os mais
recentes carnavais da escola. O refrão principal, embora
marcheado, é um achado que tem totais condições de recuperar a
auto-estima do torcedor da Mocidade, assustado com os últimos
péssimos resultados. Embora com algumas limitações em letra
(confusa em alguns momentos), todo o samba é animado, alegre,
num alto astral bastante recomendável (com David do Pandeiro se
saindo bem) para uma escola que abrirá uma noite de desfiles
(uma tremenda dor-de-cabeça, como todos sabem). Porém, o
andamento impresso pelos herdeiros de André é excessivamente
acelerado, dando ao samba um quê maior ainda de marcha-enredo.
Para o CD, a bateria deveria ser bem mais cadenciada. Mas talvez
a escola ainda tenha receios disso, em virtude do fantasma
daquela maldita nota 8,2 no quesito em 2003, após aquela linda
execução do limitado samba sobre doações de órgãos na
Sapucaí. Torço muito pela recuperação da Mocidade, e que os
corações disparem e “saiam pela boca” pelo menos por
uma vaga nas Campeãs. Espero que a alegria e descontração desse samba
proporcionem, 20 anos depois, uma nova fase do chamado “Vira
Virou” imortalizado por Renato Lage em 1990. NOTA DO SAMBA:
8,7 (Marco Maciel). 12 – UNIÃO
DA ILHA – “Se Dulcinéia é meu amor, quem eu sou:
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