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Os sambas de 1999

Os sambas de 1999

A GRAVAÇÃO DO CD - Este disco de 1999 exige explicações para lá de detalhadas. Pra começar, a gravação dá total destaque ao samba-enredo em si. 1999 marca a volta da gravação do disco no estúdio, o que não ocorria desde 1993, quando era gravado ao vivo no Teatro de Lona da Barra da Tijuca. E, francamente, o estilo da apresentação dos sambas no CD de 1999 possui anos-luz de diferença em relação ao disco de 1998. Os sambas, no CD, são apresentados da maneira mais lírica que se pode imaginar: ritmo cadenciadíssimo, repleto de teclados ao som de violinos (o grande destaque do disco em seu último ano, aparecendo com um som mais alto que o da própria bateria), coro reforçado na segunda passada (na primeira, apenas aparece a voz do intérprete)... A bateria não está com um som tão alto, mas a sua passagem no CD é marcante. É composta, no disco, apenas pelas caixas. Os tamborins estão ausentes, assim como no CD de 2000. A intensa queda das vendas dos discos de sambas-enredo fez com que pagodeiros de grande fama - Alexandre Pires e Belo - tivessem participações especiais no CD de 1999 a fim de aumentar um pouco as vendas. Mas suas participações, francamente.... Alexandre e Belo, como puxadores de samba, são ótimos pagodeirinhos. De um modo geral, considero o CD de 1999 chato, pois a gravação arrastou demais os sambas, o violino aparecia com um acorde diferente a cada verso, os envolventes gritos de guerra dos intérpretes foram abolidos... Enfim, o disco de 1999 parece mais um disco de ópera do que de samba-enredo. Mas nada que abale esta riquíssima e excelente safra de sambas-enredo do ano de 1999. NOTA DA GRAVAÇÃO: 5 (Mestre Maciel).

A gravação do CD de 1999 é muito lírica, se afastando, por completo, dos sambas ao vivo na Sapucaí. As baterias quase não variam a faixa inteira. Na faixa da Mangueira, ela fica quase toda "igualzinha" durante a música inteira. Além disso, os sambas ficam cheio de arranjos eruditos. Os teclados e a orquestra de violinos deixam as obras muito candenciadas, parecendo bastante com um CD de música clássica. Isso, para nós que estamos acostumados a ouvir gravações dos anos 80, é um pouco enjoativo. O coro também parece de uma ópera. O objetivo da gravadora é fazer o ouvinte entender cada mínima palavra do intérprete. Essa intenção é maravilhosa, mas o resultado é um fiasco. A diferença deste disco para o do ano anterior é gigantesca. Outro destaque interessante é que as obras deixaram de ser gravadas ao vivo. Portanto, de 1999 pra cá, todos os sambas "tem fim". Ou seja, o "Fade Out" (ato de o volume ir abaixando até a música "sumir" no final da faixa) foi praticamente abolido. Mesmo assim, ainda há algumas faixas que a gravação não abala quase nada o samba. Quanto à safra, tenho o privilégio de alegar, que na minha opinião, é a melhor da história!!! Creio sim que é melhor que as de 1969 e de 1976. Me parece que as grandes escolas decidiram fechar o século do samba com chave do ouro. Talvez jamais ouçamos sambas do nível de "O Século do Samba" (Mangueira), "Araxá, lugar alto onde primeiro se avista o sol" (Beija-Flor), "Villa-Lobos e a Apoteose Brasileira" (Mocidade), "Brasil Mostra a sua Cara em ... Theatrum Rerum Naturalium Brasiliae" (Imperatriz), "No Universo da Beleza, Mestre Pitanguy" (Caprichosos), "De Volta aos Caminhos de Minas Gerais" (Portela), "João Pessoa, Onde o Sol Brilha mais Cedo" (Vila Isabel), "Salgueiro é Sol e Sal nos 400 Anos de Natal" (Salgueiro) e "Anita Garibaldi, Heroína das Sete Magias" (Viradouro) juntos. Marcou para sempre a minha vida e marca a de qualquer ouvinte atencioso. NOTA DA GRAVAÇÃO: 5,5 (Gabriel Carin).

1 - MANGUEIRA - Um samba que, arrastado no CD, encantou a Marquês de Sapucaí. Vendo o desfile da Mangueira, sem dúvida fiquei encantado com o que vi, e ainda mais puxado por um samba-enredo magistral como o de 1999 da verde-e-rosa, de letra e melodia simples e marcantes. Jamelão deu show na avenida e no CD. Uma pena que o Alexandre Pires apareceu pra tentar estragar o samba, o que felizmente não conseguiu. Samba com a cara da verde-e-rosa, envolvente e com um refrão central esplendoroso (Sinhô, Ismael, Pixinguinha...), se fosse um samba mais antigo com certeza entraria no rol dos melhores sambas de todos os tempos. Uma pena que a escola foi injustiçada com o sétimo lugar. NOTA DO SAMBA: 9,7 (Mestre Maciel).

Um belo samba, em letra e melodia, retratando o verdadeiro relicário do samba. Pena que, na hora da verdade, não teve o rendimento esperado por todos nós. NOTA DO SAMBA: 9,3 (Juninho SP).

Esse hino foi entoado num dos mais injustiçados desfiles da Velha Manga desde 1988, que me levou as lágrimas. Emocionei-me sobretudo pela águia da Portela e a coroa do Império nos carros alegóricos, e pela marcante comissão de frente que trazia de volta vultos sagrados da história do samba. Quanto a faixa em si, não chega a ser ruim, mas também não empolga. É previsível, e o enredo pedia bem mais. Não foi à toa que caiu no esquecimento diante dos demais sambas da escola. A participação de Alexandre Pires apenas ajudou para que isso acontecesse. Do alto de sua onipotência, mestre Jamelão vetou a participação do pagodeiro no desfile, para o bem de todos os sambistas, diga-se de passagem. NOTA DO SAMBA: 9,2 (Cláudio Carvalho).

Samba belíssimo. O que mais me agrada de 99. A escola fala de sua própria essência. O samba, com uma letra fabulosa, descreve com poesia a idéia da escola. A melodia é lindíssima, com destaque para a segunda parte do samba. Incrivelmente, o samba não funciona no CD (muito arrastado e com o Alexandre Pires acabando com o samba) e nem na avenida (acelerado demais). A escola não achou o meio-termo, jogando esta obra fora. NOTA DO SAMBA: 10 (Franclim)

Um bonito samba da verde e rosa. Uma letra poética, com uma a melodia qualificada. NOTA DO SAMBA: 9,6 (Leonel).

Riquíssimo samba-enredo, lindo em todos os aspectos e imortalizado no inconfundível timbre de Jamelão. A letra é de uma imponência infinita, retratando com muita competência todo respeito e tradição que o samba aderiu em sua história. A obra utiliza inúmeros recursos lingüísticos da mais alta qualidade seguindo uma linhagem poética fascinante, como uso coerente de várias expressões ligadas ao relicário do samba, como títulos de músicas famosas, trechos de grandes obras-primas do carnaval e até nomes de grupos de pagode. Todos esses termos foram adornados pelos compositores da forma mais poética possível, abrangendo toda grandeza do enredo da escola num sincero e verdadeiro hino de exaltação. A melodia desse samba é comovente, repleta de variações extraordinárias e capaz de surpreender o ouvinte a todo e qualquer momento. Ambos os refrões são incomensuráveis, sendo que o central faz muita gente chorar até hoje. Obra-prima! O grande ponto de interrogação da faixa é a presença ridícula de Alexandre Pires, que destoa quase por completo a beleza do samba. Na avenida, a obra foi demasiadamente acelerada e acabou não funcionando, mesmo com um desfile tão emocionante como o que a Mangueira fez em 1999. NOTA DO SAMBA: 10 (Gabriel Carin).

Ótimo samba, abre muito bem o CD de 1999, que por sinal é o melhor da história. Alexandre Pires e o CD estragam o samba, deixam-o arrastado demais. O refrão principal é muito bom, apesar de ser muito rápido, com o segundo acontece o contrário, é grande demais, fica óbvio que vão rimar "Primeira" com "Mangueira". Conta o enredo muito bem e com poesia. Até hoje não sei qual é o melhor: o de Chico Buarque ou a história do samba. São dois sambas muito diferentes, agora é só você ouvir e opinar. NOTA DO SAMBA: 9 (Vitor Pedrassi). Clique aqui para ver a letra do samba

2 - BEIJA-FLOR - A aparição de Belo (na época no grupo Soweto) não foi tão comprometedora quanto a de Alexandre Pires na Mangueira. Mas que também foi chatinha, ah, isso foi! Agora falando do samba, simplesmente maravilhoso. Neguinho se mantém na média na gravação do hino da agremiação de Nilópolis para 1999, samba que apresentou aos bambas um refrão "pergunta-e-resposta", o central (Ana Jacintha de São José... É beija/Josefa Carneiro de Mendonça... rara beleza...), por sinal muito difícil de ser cantado por uma pessoa só, já que tem um andamento rapidinho. O samba possui uma melodia incrivelmente leve (geralmente os sambas da escola são pesados), foi um sucesso na Sapucaí (tanto que levou o Estandarte no quesito), e também está ótimo no CD, com a bateria dando um show na segunda passada. NOTA DO SAMBA: 9,7 (Mestre Maciel).

Cantando Araxá, a Beija trouxe um bom samba, com uma melodia que não é nada demais e uma letra de alta qualidade. No desfile, o samba teve o resultado esperado na comundade nilopolitana e poderia ter levado a escola ao título. NOTA DO SAMBA: 9,6 (Juninho SP).

Começava aí a seqüência de injustiças sofridas pela Beija-Flor durante quatro anos seguidos. Esse samba, de melodia e letra riquíssimas, tem um pequeno erro de concordância na parte ''...Cenário onde índios e negros em luta constante/Contra bravos bandeirantes/O sangue fluía a todo instante''. Nada, porém, que lhe tire o brilho. A participação do pagodeiro Belo (que, ao contrário de Alexandre, foi para a avenida) não chega a comprometer, mas também não é nenhum primor. De qualquer forma, é uma das melhores faixas do CD, e por tudo que fez naquele ano, a Beija merecia o bi. NOTA DO SAMBA: 9.6 (Cláudio Carvalho).

Samba muito bem construído. Uma letra muito bonita e a melodia também. Na avenida, o samba foi muito bem também. Não tem a poesia rica do samba da Mangueira, mas é sim uma bela obra. NOTA DO SAMBA: 9,8 (Franclim).

Um excelente e apurado samba da Beija-Flor. É rico tanto em letra quanto em melodia. Um dos melhores sambas do ano. A participação de Belo não comprometeu o samba. NOTA DO SAMBA: 9,7 (Leonel).

No segundo ano do trabalho de Laíla na Comissão de Carnaval da Beija-Flor, a escola novamente segue a fórmula de “O mundo místico dos caruanas”, priorizando ao máximo uma aliança entre perfeição técnica e uma boa síntese do enredo. Porém, ao contrário do pesadíssimo samba de 1998, “Araxá, lugar alto onde primeiro se avista o sol” é uma obra incrivelmente leve, muito embora ainda possua um ar bastante nostálgico, o que demonstra com clareza que a fórmula de Laíla remete muito mais aos sambas-enredo antigos do que aos atuais. A letra é um verdadeiro relicário, inspiradíssima em todos os sentidos, retratando em poesia o belo enredo da escola. A melodia possui variações inesquecíveis, pautada com um lirismo incomensurável, numa suavidade típica de sambas de décadas anteriores. O refrão de cabeça é uma verdadeira aula de bom gosto. Já o central possui um balanço imprescindível. Um dos melhores sambas da história da escola! NOTA DO SAMBA: 10 (Gabriel Carin).

A aparição de Belo não estraga tanto quanto a de Pires na Mangueira. O samba na minha opinião é um pouco melhor do que o da Mangueira. O refrão principal é ótimo, mas um pouco cansativo. O segundo é um dos melhores do carnaval de 1999: "Ana Jacinta de São José... É Beija/Josefa Carneiro de Mendonça... Rara beleza/ Josefa Pereira é força e fé... Que sedução/A escrava Filomena... É fascinação". Acho que no refrão principal devia ter mais paradinhas. Esse samba da Beija-Flor é segundo da fila de pesadões que continua até hoje, e ainda faz muito sucesso, apesar d'eu não gostar do de 2001. NOTA DO SAMBA: 9 (Vitor Pedrassi). Clique aqui para ver a letra do samba

3 - IMPERATRIZ - Preto Jóia deu show no carnaval de 1999 (com Rixxa como apoio), tanto que levou o Estandarte de melhor intérprete na ocasião. Sua performance no CD comprova isso: levou o belo samba da escola com a sua categoria de sempre. Samba leve, melodia simples, que também teve uma excelente passagem na Sapucaí, contribuindo muito para o título da escola. No CD, embora a gravação seja boa, está arrastadinho (como praticamente todos os sambas). Mas Preto Jóia deixa a sua marca, principalmente pelo animado começo com seu indefectível "Iiiiiiihhhh, geeeentee! Vaaaamos chegaaando! Dáááááááá liceeeença!". No desfile, nunca me esqueço dos breques da bateria entre o fim do refrão central (Brasil, mostra a sua cara...) e o início da segunda parte do samba (Artistas pintando flores, florestas...). Parabéns, Imperatriz, por nos proporcionar mais um samba belíssimo! Uma pena que Preto Jóia deixou a escola depois do carnaval de 1999. NOTA DO SAMBA: 9,4 (Mestre Maciel).

Apesar de pouco apreciado pela crítica, este é um samba riquíssimo, tanto em letra quanto em melodia. Uma letra simples (sem invenções desnecessárias), aliada a bela melodia, garantiram uma das poucas notas máximas que a escola merecia no desfile. NOTA DO SAMBA: 10 (Juninho SP).

Escutar o ''...dáááá licença...'' do Preto Jóia no alusivo é tão insuportável quanto lembrar da injustiça cometida em favor da Imperatriz em 99. É o protótipo do jeitinho brasileiro, a tal ''Lei do Gerson'' (dos que querem levar vantagem em tudo). O samba é tão insuportável quanto. Além da letra fraca, tem uma melodia lenta, cheia de notas longas, como: ''...O samba éééééééé raiz...'' e ''...nobreeeeeza, beleeeeeza... ''.Em suma, um pé no saco! NOTA DO SAMBA: 8,6 (Cláudio Carvalho). 

O samba da Imperatriz começa muito bem, com trechos curtos e bonitos - "Ela... a Imperatriz na passarela...". Mas depois das quatro primeiras linhas, o samba cai muito. O refrão do meio é reto, de contornos melódicos pobres. A segunda parte é interessante, mas nada de excepcional. O refrão principal peca pelos arrastamento, como no trecho "O samba éééééééééééé raiz" e pela letra com clichês como "Bate forte bateria, no balanço e na alegria da Imperatriz". Sempre é bom lembrar que o desfile da escola esteve muito longe de merecer o campeonato. NOTA DO SAMBA: 9 (Franclim).

Curioso esse samba. Os primeiros trechos do samba são muito arrastados, começando pelo refrão: "O samba é raiz, se raiz é história...". Vai melhorando, e deslancha na segunda parte: "As obras são imortais, o tempo não apagou...". Possui uma bela letra, mas carece de um refrão mais forte, e tropeça na primeira parte que é meio enjoada. NOTA DO SAMBA: 9,3 (Leonel).

Em sua última vitória nas eliminatórias da Imperatriz, Eduardo Medrado novamente aparece com um belíssimo samba, enriquecendo ainda mais essa safra excelente. O hino leopoldinense de 1999 é muito feliz ao propor uma nova fórmula de composição de sambas-enredo, capaz de projetar uma visão melódica futurista, porém ainda remetendo a diversos caracteres extremamente nostálgicos, os quais fazem o samba se equivaler às obras mais antigas, como as do início dos anos 80. A letra desta obra é sensacional, adornando em poesia o erudito enredo da escola. Além disso, ela possui um encaixe fantástico com as diversas notas melódicas longas presentes no decorrer do samba, em especial nos primeiros versos, demonstrando claramente a perfeição do compasso. Os refrões são extraordinários. Sambaço, entoado num dos campeonatos mais polêmicos da Imperatriz, quando a escola abocanhou o 1º lugar mesmo não estando tecnicamente perfeita. NOTA DO SAMBA: 10 (Gabriel Carin).

O pior do CD. Começa com o pior refrão do ano, quem sabe até o pior dos que eu já ouvi: "O samba é raiz/Se raiz é história/Bate forte bateria/No balanço e na alegria/Da Imperatriz". A primeira parte é muito enjoativa, parada, chata, etc. Todos os adjetivos de ruim que podemos colocar. O refrão central é paradão, não parece samba-enredo, parece MPB, lembrando que só ouvi esse samba com aqueles violinos. A segunda parte já dá para se ouvir, mas ainda com os ouvidos reclamando, mas também é muito chata a parte: "Nobreza, beleza/Tem arte nesse teu cantar...". Quando vou ouvir o CD pulo essa faixa. NOTA DO SAMBA: 7 (Vitor Pedrassi). Clique aqui para ver a letra do samba

4 - PORTELA - A excepcional letra do hino portelense de 1999 é uma autêntica aula para quem deseja conhecer as principais qualidades do estado de Minas Gerais. A melodia também é agradável. Rogerinho, embora seja um intérprete limitado, tem uma excelente atuação no CD, dando mais vida a este belo samba. Legal a marcheadinha que a bateria dá enquanto o refrão principal é entoado (Lá vem o trem, lá vem, lá vem...). NOTA DO SAMBA: 9,2 (Mestre Maciel).

Outro grande samba. Com uma letra extremamente poética descrevendo Minas Gerais e uma melodia linda, o samba tinha tudo para ter o resultado esperado na avenida. Pois isto não ocorreu. Seu andamento não foi bom e o samba acabou tornando-se razoável no desfile. NOTA DO SAMBA: 9,4 (Juninho SP).

A Portela começou em 99 a sua trilogia de fracassos, que durou até 2001. Três anos para serem esquecidos na história da escola. Quanto ao samba, trás dois refrão fracos. O primeiro com ''...Lá vem o trem...'' e o segundo com ''...ôô Minas Gerais...''. Nada mais clichê. A letra, a exceção da parte final (...''Luz, com seus raios divinais''...) é bem simpleszinha, mas tanto a melodia como a boa performance de Rogerinho ajudaram para que o resultado não fosse tão ruim. Enfim, eram tempos de guerra, e tartaruga virava broa. A sensação que se tinha na época era de que a Portela não tinha mais jeito. Bem diferente de agora! NOTA DO SAMBA: 8,8 (Cláudio Carvalho).

É um samba de melodia bonita, com destaque para a segunda parte. Os refrões são os pecados do samba, já que são muito simples. O bonito trecho "Luz, com seus raios divinais, iluminai nossa Portela, que vem cantar Minas Gerais", na minha opinião, não deveria repetir, pois acabou arrastando o samba, que não teve bom desempenho na avenida. NOTA DO SAMBA: 9,2 (Franclim).

Uma letra bem feitinha, certinha, embora nada de excepcional, casada com uma bonita melodia, contou de modo satisfatório o enredo sobre Minas Gerais, resultando nesse simpático samba que a Portela trouxe para a avenida em 1999. NOTA DO SAMBA: 9,3 (Leonel).

A Portela quebrou a corrente de obras-primas seguidas no CD, mas mesmo assim fez um sambão e tanto! O ponto forte é a segunda parte, cuja melodia é de fazer a gente delirar. Tem três refrões maravilhosos, especialmente o "Luz com seus raios divinais/Iluminai nossa Portela/Que vem cantar Minas Gerais". Repare também que a letra (tanto na primeira, tanto na segunda parte) toda exalta grandes mineiros que fizeram história no Brasil. A primeira parte cita os grandes profissionais que Minas teve ("Poetas, cantores, escritores geniais..."). A segunda exalta figuras mineiras antológicas, como Dona Beija, Chica da Silva, Pelé, etc... Pra terminar, tem o poético "Vem pra congada, marujada, cavalhada/Toca sanfona nesse arrasta-pé/Canta pro santo um canto de fé". Rogerinho mantém a potência do ano anterior. Um dos autores do samba é Noca, que brindou a Paraíso da Tuiuti com bons sambas nos anos 70 e de 1976 pra cá vem fazendo história na sua amada Águia. Em 1999, a oitava colocação era pouco para os lindíssimos carros e fantasias de José Felix (o mesmo do "Gosto que me Enrosco") e na minha opinião, merecia no mínimo um quinto lugar NOTA DO SAMBA: 9,6 (Gabriel Carin).

Um dos melhores sambas desse ano. Mesmo sendo grande e com três refrões, não cansa. O primeiro refrão (Lá vem o trem...) é muito bom, principalmente com aquela marcheada da bateria. A primeira parte tem uma ótima melodia. O segundo refrão (Ôô Minas Gerais...) é o ponto fraco desse samba, mas mesmo assim não o estraga. A segunda parte é muito rica em melodia, poesia, etc, a melhor desse grande samba. O último refrão é muito bom, o melhor do samba, principalmente quando é cantado pela segunda vez. NOTA DO SAMBA: 9,5 (Vitor Pedrassi). Clique aqui para ver a letra do samba

5 - VIRADOURO - A gravação deixou o samba chatíssimo, lento demais. Dominguinhos da Estácio, nos últimos anos, tem temperado os sambas que canta com muito romantismo e lirismo às vezes desnecessários. Este samba, de dois belos refrões, que homenageia Anita Garibaldi (embora eu ache que a letra por muitas vezes fuja do assunto) merecia ser um pouquinho mais animado no CD. NOTA DO SAMBA: 9,2 (Mestre Maciel).

Um samba razoável, bom apenas em letra. A melodia é cansativa com o decorrer das passadas do samba. Isto é notável também pela interpretação fraca do "tão aclamado" (sem motivos) Dominguinhos do Estácio. NOTA DO SAMBA: 8,9 (Juninho SP).

Belo samba. Sou suspeito ao falar da brava Anita Garibaldi, que deu nome a filha de Olga Benário e Luís Carlos Prestes, mas não há como não se emocionar com esse samba. A melodia excelente e a letra bem engajada fazem dele outra das melhores faixas do CD. Alguns pontos negativos, como o uso do vocábulo amor no primeiro refrão, não chegam a ser tão comprometedores. NOTA DO SAMBA: 9,6 (Cláudio Carvalho).

Samba muito bonito. Letra com ótimo poder de síntese. Melodia com boas variáveis, mas que, em alguns momentos, apresenta quedas no tom que deixam o samba cair um pouco. Na avenida, funcionou bem para a escola, mas teve pouco impacto com o público. A cadência muito rápida da bateria no desfile tirou um pouco do brilho deste samba. NOTA DO SAMBA: 9,2 (Franclim).

Mais um belissimo samba da agremiação de Niterói. Valente, conta com uma letra primorosa e apresenta emocionantes variações melódicas e dois belos refrões. Um dos melhores sambas da escola, sem dúvida. NOTA DO SAMBA: 9,6 (Leonel).

Belíssima obra, grande pérola do Gusttavo Clarão. A exaltação pra lá de utópica de Joãosinho Trinta a Anita Garibaldi rendeu um samba melodioso, de qualidades notáveis, apelando para o romantismo. A letra descreve de forma correta a confusão bolada pelo carnavalesco, que misturou a personalidade histórica da homenageada com um misticismo sobre a cultura feminina de diversas partes do planeta. A melodia também se apresenta como um ponto forte, rica em variações repletas de lirismo, com destaque ao belíssimo trecho “Voa, borboleta voa/Guerreira, brava loba romana”. Mais uma pedrada! NOTA DO SAMBA: 9,5 (Gabriel Carin)..

Bom samba. A letra é ruim, não tem nada a ver com o enredo. Se você encontrar seis versos que falem sobre Anita Garibaldi, me digam, só achei cinco, e só na segunda parte! A melodia é boa, os dois refrões são ótimos. E as demais partes também. Inferior aos outros sambas. NOTA DO SAMBA: 8,5 (Vitor Pedrassi). Clique aqui para ver a letra do samba

6 - MOCIDADE - Na Sapucaí, o samba da Mocidade de 1999 teve uma passagem fenomenal, com Wander Pires dando um verdadeiro show. Mas no CD está arrastado demais. Assim como o samba da Viradouro, também poderia ser bem mais animado. Tudo bem que falava do maestro Villa-Lobos, mas os violinos apareceram em excesso, deixando o samba uma legítima ópera. Mas o samba é, sem dúvida, espetacular e envolvente. Um dos melhores de todos os tempos da escola. NOTA DO SAMBA: 9,5 (Mestre Maciel).

No CD, um samba fraco. Mas, no desfile, tornou-se muito bom de ser ouvido. Isto, pois foi levado da maneira mais cadenciada possível e ressaltou a boa melodia do samba. A letra não traz nada demais. NOTA DO SAMBA: 9,2 (Juninho SP).

Outro samba que não dá pra ouvir sem cantar. Nem tanto pela letra, mas sim pela melodia, quase perfeita. Mesmo assim, alguns pedaços da letra, como o refrão do meio, são empolgantes. Se não fosse o problema com um dos carros, a Mocidade era forte candidata ao título. Não por acaso saiu da avenida aclamada como campeã. A participação do Grupo Oxigênios é o ponto negativo da faixa. NOTA DO SAMBA: 9,6 (Cláudio Carvalho).

Um samba que, no CD, não me agradava. Não conseguia enxergar sucesso nele na avenida. Mas ele calou a minha boca. Passou muito bem na Sapucaí. O samba passou na cadência exata pela avenida. A melodia é muito bonita e a letra bem interessante. Samba aclamado pelo público, assim como o desfile como um todo. NOTA DO SAMBA: 9,5 (Franclim).

Esse samba da Mocidade é puro lirismo. Uma melodia emocionante. Wander Pires, em grande forma, canta-o extraordinariamente bem na Sapucaí. Um dos melhores sambas da verde e branco de Padre Miguel. NOTA DO SAMBA: 9,7 (Leonel).

Outra maravilha! É surpreendente a força emocional deste samba. Sua melodia é realmente inacreditável, perfeita em todos os aspectos, fluindo naturalmente no hino mesmo com sua imponente complexidade e causando um impacto absurdo a cada uma de suas belíssimas variações, o que demonstra claramente seu patamar de singularidade. A letra é um verdadeiro poema, dona de um poder de síntese fantástico do enredo sem perder em momento algum seu alto índice de beleza. Os refrões são muito bem construídos tecnicamente e possuem uma interligação sentimental entre as imagens poéticas da letra e o romantismo da melodia que chega a impressionar. Fascinante! Na avenida, funcionou de forma muito positiva, ajudando a imortalizar de vez a grande reviravolta estética do carnavalesco Renato Lage. NOTA DO SAMBA: 10 (Gabriel Carin).

Grande samba, na minha opinião não é melhor. O refrão principal é excelente. A primeira parte é muito boa, apesar de passar muito rápido. O refrão central é o grande trunfo desse samba: "Papagaio de moleque enfeitando o céu azul/ O uirapuru a encantar de norte à sul/ As Bachianas, quanta emoção!/ É lindo o chorinho, rasga o coração". A segunda parte também é muito boa. Bem, um dos grandes sambas do ano. Villa-Lobos foi homenageado muito bem. NOTA DO SAMBA: 9,5 (Vitor Pedrassi). Clique aqui para ver a letra do samba

7 - SALGUEIRO - O único samba animado do CD. Claro, quem o canta é ninguém menos que o impagável Quinho. O samba salgueirense de 1999 é tão animado que os violinos quase não aparecem, com a bateria se sobressaindo. Eu vejo muitas críticas a este samba, inclusive o tachando de "o pior da história do Salgueiro". O samba até que sacudiu a Sapucaí no desfile. Mas as críticas ocorrem devido as poucas variações da melodia do samba, já que ela é a mesma nos versos da primeira parte "O Rei Sol a brilhar/clareia meu amor, clareia/encantou meu olhar/Vagando neste manto de areia" e no refrão central "Tem jangadas no mar/mareia meu amor, mareia/eu vou deitar e rolar/Gostoso é deslizar na areia". A letra também não é poupada, pois trechos como "Bate na palma da mão/a festa já vai começar", "Meu Deus do céu eu nunca vi tanta beleza" não escapam das alfinetadas dos bambas. Mesmo assim, a letra simplória e criativa me agrada bastante. E tenho uma intensa simpatia por este samba, de melodia mais simples ainda, que foi um sucesso na avenida. NOTA DO SAMBA: 9,2 (Mestre Maciel).

Certamente, o samba mais fraco da história da escola. Com uma letra fraca, que pouco menciona o enredo e uma melodia repetitiva e chata, é um samba que merece poucas lembranças. NOTA DO SAMBA: 7,5 (Juninho SP).

Tinha que ser o Salgueiro... mesmo! Outro daqueles ''marcha-enredo'' dos quais a gente não agüenta ouvir nem duas passadas. Mas como o Sal parece gostar disso, tem gente copiando o modelo e se dando bem até hoje... NOTA DO SAMBA: 8,4 (Cláudio Carvalho).

Um dos piores sambas da história do Salgueiro. Melodia muito pobre. Letra idem. Passou incrivelmente bem na avenida e serviu ao desfile da escola. NOTA DO SAMBA: 7 (Franclim).

Samba com a cara do Salgueiro. Animado, possui uma melodia cativante, com refrões fortes, mas peca na letra que é muito superficial, não diz muita coisa a respeito do enredo. Ressalta mais o valor turístico de Natal e aborda precariamente o aspecto histórico da região. Mesmo assim é um bom samba. NOTA DO SAMBA: 9,4 (Leonel).

O clássico estilo oba-oba do Salgueiro gerou o mais animado do CD. 1999 foi a última aparição de Quinho na escola da Tijuca antes da volta em 2003 (onde está até hoje). Quanto a obra, é sempre assolada de críticas pelos bambas. Eu pessoalmente gosto desse samba. Ele se preocupa muito em contar o valor turístico da capital do Rio Grande do Norte. Tem uma melodia qualificada, bastante empolgante. O início ("O Rei Sol a brilhar/Clareia meu amor, clareia/Encantou meu olhar/Vagando neste manto de areia") é muito bonito, sendo talvez a única parte em que os violinos possam atuar com precisão, já que o samba é todo animado. É cômico interpretar os versos "Com a colonização deu início a expansão/Que maravilha!", pois você sente que os autores não entenderam nada a respeito do que é colonização e expansão. Até porque, ele fala o verso e depois solta um oba-oba "Que maravilha!". A burrice então é "uma maravilha" (hehehe...). Eu viajei para o Nordeste em 2003 e fui em Natal. Lembro que fui num show destinado a turistas e que no finalzinho da apresentação, eles cantaram esse samba do Salgueiro. Onde menos se espera, surge um samba-enredo. NOTA DO SAMBA: 9,1 (Gabriel Carin).

Sou salgueirense e não curto esse samba. A melodia é sempre a mesma. Não tenho nada a comentar, apesar de adorar o refrão principal, e odiar o central. A letra não tem muito a ver com o enredo. Um samba ruim, mas não tão ruim quanto o da Imperatriz. NOTA DO SAMBA: 8 (Vitor Pedrassi). Clique aqui para ver a letra do samba

8 - GRANDE RIO - Antes de Aquarela Brasileira, 1999 era o último grande ano de Nêgo na Sapucaí. O irmão de Neguinho teve uma atuação muito segura na interpretação do samba por um motivo óbvio: ele é de sua autoria. Mas eu acho um samba fraco, de melodia enjoadinha. Realmente a escola possui sambas muito melhores. Destaque para o forrózinho na hora em que o refrão central "Ei, ei, ei, Chatô é o nosso Rei..." é entoado, com Nêgo chamando o acordeon com um cômico "Olha o forró!". NOTA DO SAMBA: 8,3 (Mestre Maciel).

Não conseguiu repetir a beleza dos sambas dos três anos anteriores. Uma melodia de difícil assimilação e uma letra apenas boa, que na avenida acabaram passando de uma forma... boa. NOTA DO SAMBA: 8,7 (Juninho SP).

Samba fraco. Tem passagens bizonhas, como ''...Brilhou ôôô...'', ''...Ei, ei, ei, Chateau é o nosso rei...'' e ''...Será que o homem perde espaço pro robô...''. A melodia, que não cresce ao longo da letra e a segunda parte imensa também colaboram para o mal resultado do produto final. Faixa pra se pular no CD. NOTA DO SAMBA: 8,5 (Cláudio Carvalho).

Samba de melodia muito irregular. Sambas longos são ótimos se bem feitos, mas não é este o caso. A letra não tem nenhuma poesia e a melodia é pobre. Mas, na avenida, o samba cresceu demais e, junto com o ótimo desfile da escola, colocou-a como uma das mais aclamadas pelo povo naquele ano. Mas os jurados foram maldosos com a escola e a tiraram do sábado das campeãs. NOTA DO SAMBA: 8 (Franclim).

Um samba razoável, irregular. Começa relativamente bem, mas cai muito de rendimento após o refrão principal, pois a melodia se torna arrastada e chata. NOTA DO SAMBA: 9,1 (Leonel)

Ainda não entendi direito a ferocidade dos críticos em relação a este samba. Existe uma certa aversão dos bambas a complexidade melódica desta obra e a algumas expressões inusitadas da letra, como “Ei, ei, ei, Chateau é o nosso rei”. A meu ver, trata-se de um samba de ótima qualidade, que funcionou com perfeição no desfile da escola numa performance excepcional de Nego, tal como no CD. A letra, além de contar bem o enredo, possui umas sacadas inteligentes, como no refrão “Ao passar este milênio/No futuro promissor/Será que o homem/Perde espaço pro robô”, na qual ela faz um interessante questionamento sobre a substituição do trabalho humano pelo das máquinas. A melodia possui um andamento cadenciado e se interliga com a letra de forma correta. Os refrões são bacanas. Belo hino, na minha opinião. NOTA DO SAMBA: 9,1 (Gabriel Carin).

Um bom samba. A primeira parte é muito boa, prepara para o bom refrão central, apesar d'eu achar que falta um verso. O segunda parte conta a vida de Assis muito bem, em detalhes. Contém alguns clichês, mas continua sendo bom. Adoro o refrão central, tem uma melodia cativante. NOTA DO SAMBA: 8,5 (Vitor Pedrassi). Clique aqui para ver a letra do samba

9 - UNIÃO DA ILHA - Uma pena que Rixxa não puxou a União da Ilha na avenida, pois ele dá um verdadeiro show cantando este belíssimo samba no CD (aliás, qual samba que Rixxa não dá show?). O hino da escola de 1999 possui uma bonita letra e uma melodia fantástica, lírica e emocionante. Vale a pena passar o dia inteiro ouvindo este samba. Na avenida, infelizmente passou despercebido sem Rixxa. Lá, foi cantado por Maurício 100 e Roger Linhares (o mesmo que hoje é intérprete oficial da Mocidade). Fantástica a paradinha que a bateria dá no fim da segunda passada do samba. NOTA DO SAMBA: 9,4 (Mestre Maciel).

Um bonito samba. Trouxe uma melodia riquíssima e uma boa letra (com algumas falhas, na verdade), bem conduzidos no desfile pela dupla de intérpretes Maurício Maia (na escola desde 1988) e Roger Linhares (que desfilou pela Ilha em 2001 também). Poderia ter um rendimento melhor ainda no desfile. NOTA DO SAMBA: 9,6 (Juninho SP).

Outro samba fraco, que nem Rixxa conseguiu salvar. A primeira parte é imensa, e a segunda tem exatamente a metade de linhas. Imperdoável. No todo, tanto letra como melodia se arrastam, e a lembrança do movimento cara-pintada (para muitos, um factóide) só ajuda a torná-lo ainda pior. NOTA DO SAMBA: 8,3 (Cláudio Carvalho).

Muito bom samba da Ilha. Passando por muitas adversidades no pré-carnaval, a Ilha teve a ajuda de seu samba-enredo para escapar do rebaixamento em 99. A cabeça do samba é divina - "A mesma lua que te viu nascer, brilha no céu, volta pra te ver". Bela poesia. A partir do refrão do meio, o samba cai de qualidade, faltando um certo capricho quanto à melodia. Mas não desmerece esta bela obra da Ilha. NOTA DO SAMBA: 9,4 (Franclim).

Um lindo samba da Ilha. Letra e melodia emocionantes, possui ótimas variações. É daqueles sambas que viciam, que fazem a gente repetir várias vezes. É muito bom de se ouvir. NOTA DO SAMBA: 9,6 (Leonel).

O grande pecado deste samba, que, no geral, tem a cara de Rixxa, é sua completa desconjuntura. Digo isso porque o samba está repleto de altos e baixos, mudando do belo para o comum em questão de segundo. O refrão de cabeça é até interessante, entretanto nele falta algum bom gosto melódico, uma vez que sua audição é extremamente enjoativa. A primeira parte da obra, apesar de imensa, narra a vida do homenageado com muita coesão, adornando o enredo em poesia. Porém, como de praxe, sua melodia alterna de forma persistente entre momentos de qualidade e de simplorismo. O refrão "Deixa, deixa eu te amar/Me assanha com teus beijos/Me faz sonhar" é fortíssimo, tanto em letra, como em melodia e ficou imortalizado na voz de seu intérprete. A segunda parte pega o embalo do refrão central e mantém sua excelência melódica e literal, contendo ainda o belíssimo trecho "Vai meu Brasil!/Faz do povo a riqueza/Com Barbosa festeja/A cassação da tristeza". Depois novamente se segue o refrão principal, destoando a beleza da melodia que o antecipava. É um bom samba, embora desconjuntado. NOTA DO SAMBA: 8,4 (Gabriel Carin).

Sou apaixonado por esse samba. Mesmo a primeira parte ser praticamente o dobro da segunda, o samba não perde a coroa. A primeira parte é maravilhosa, esplêndida. O refrão central, apesar de ser curtinho, é muito contagiante. A segunda parte me agrada, não muito. O refrão principal é uma delícia de se ouvir. Ótimo samba para uma escola que vinha de boas obras há muito tempo, e veio com aquele de 2000... NOTA DO SAMBA: 9,5 (Vitor Pedrassi). Clique aqui para ver a letra do samba

10 - CAPRICHOSOS - Samba cujo lirismo é aumentado ainda mais com a gravação do CD. O cirurgião-plástico Ivo Pitanguy não poderia ter homenagem melhor: o samba é totalmente rico em melodia e possui uma letra belíssima, uma autêntica poesia. O hino da agremiação de Pilares de 1999 foi gravado de uma forma totalmente lenta e arrastada, mas isso não tira o brilho do samba, embora muitos o considerem chato. Até hoje me lembro da Sapucaí inteira cantando o refrão central "Amor me leva, me leva que eu vou caprichar...". O saudoso Jackson Martins mantém a média, reverberando muito a voz como sempre. NOTA DO SAMBA: 9,3 (Mestre Maciel).

Um bom samba da escola.Tem uma melodia gostosa de ouvir e uma letra boa. Tudo isso somado a um bom desempenho de Jackson Martins no desfile. NOTA DO SAMBA: 9,3 (Juninho SP).

O que Pitanguy entende de samba? O que ele representou para esse gênero musical tipicamente brasileiro, ou ainda, para a cultura ou progresso da nação? Só podia dar nesse samba fraco, o boi-com-abóbora do disco, no qual nem cirurgia plástica dá jeito. NOTA DO SAMBA: 7,6 (Cláudio Carvalho).

De um enredo dificílimo, bem distante do carnaval, os compositores conseguiram espremer um bom samba. O destaque principal é, sem dúvida, a segunda parte do samba, de ótima melodia e bela letra. O refrão do meio é bom e, na avenida, animou o público. Boa passagem da Caprichosos. NOTA DO SAMBA: 9 (Franclim).

Um enredo dificil que a Caprichosos conseguiu traduzir em um samba redondinho, de fácil leitura, com uma boa letra e de melodia leve e gostosa. Um bonito samba. NOTA DO SAMBA: 9,4 (Leonel).

A meu ver, o melhor SAMBA (o melhor hino, no geral, fica com a marchinha de 1985) da história da escola. A homenagem ao cirugião-plástico Ivo Pitanguy gerou uma obra riquíssima em melodia e muito poética em letra, que veio a funcionar de forma primorosa no desfile da escola, que foi, na minha opinião, o melhor da agremiação no Grupo Especial nos anos 90. A obra é excelentemente bem construída e seus versos pautam um lirismo característico dos sambas de outrora, o que fica notável em trechos como "A imagem e semelhança do senhor/Restaurada pelas mãos do professor/A auto-estima em cada ego despertar/Obra divina a cultuar". A primeira parte é bastante forte em melodia e sua letra resume de modo claro a parte mais didática do enredo, que remete a busca pela beleza física do ser humano no decorrer da história. A segunda parte, extraordinária em suas notas melódicas longas, faz uma referência pra lá de poética a "quinta enfermaria", representada, segundo a sinopse, pela "missão de Mestre Pitanguy na Terra". Os refrões são maravilhosos e tiveram uma passagem única na avenida. Sambaço, no ápice da palavra! NOTA DO SAMBA: 9,9 (Gabriel Carin).

Lindo samba. Um pouco exagerado, parece que Pitanguy é Deus... O que estraga um pouco é o estilo sertanejo de Jackson Martins, do que eu adoro, mas não caiu bem neste samba. O refrão principal é muito bonito. A primeira parte é muito boa. O refrão central é o ápice da obra. A segunda parte completa o samba. Praticamente perfeiro. NOTA DO SAMBA: 9,5 (Vitor Pedrassi). Clique aqui para ver a letra do samba   

11 - TRADIÇÃO - A letra não é ruim, porém a melodia é retilínea, já que as variações praticamente inexistem. Wantuir parece não estar à vontade cantando o samba, pois o intérprete o entoa inteiramente com um tom bem mais grave do que o original. Não me agradam os dois refrões, sobretudo o principal. E o restante do samba não possui praticamente melodia nenhuma. Samba arrastado e mediano. NOTA DO SAMBA: 7,5 (Mestre Maciel).

Um samba burocrático. Sua letra é complicada e a melodia se torna cansativa em poucas passadas do samba. Mesmo sendo cantado pelo grande Wantuir, o samba é fraco e não teve bom desempenho no desfile. NOTA DO SAMBA: 8,7 (Juninho SP).

Um bom samba, em se tratando de Tradição. Se Arthur Bispo do Rosário tinha delírios, não posso dizer. Durante o breve período em que trabalhei na Colônia, pouco ouvi falar dele. Não sei nem mesmo se era psicótico ou neurótico. Quanto ao samba em si, gosto muito dessa melodia, e a letra retrata bem a história do bairro onde nasci há 23 anos atrás. Talvez por isso eu goste tanto desse samba e sempre repita a faixa no CD. NOTA DO SAMBA: 9,0 (Cláudio Carvalho).

Acho um samba injustiçado pela maioria. Não é tão fraco como aclamam não. Tem uma boa letra, contando o enredo com clareza e riqueza de detalhes. Esbarra um pouco na melodia, às vezes irregular. Pra quem não lembra, abriu a segunda-feira de carnaval levantando a avenida. NOTA DO SAMBA: 8,8 (Franclim).

Possui um bom refrão. É um samba correto, bem defendido pelo excelente Wantuir, mas carece de maior brilho. Possui uma letra relativamente interessante, mas a melodia não empolga muito, embora não chegue a comprometer. NOTA DO SAMBA: 9,1 (Leonel).

O pior do disco, o que não é tão espantoso se levarmos em consideração de qual escola ele surgiu. Ao tentar fazer um samba-enredo de estrutura antiga, a Tradição pecou de forma irremediável ao gerar uma obra de letra embolada e de melodia absurdamente reta, paupérrima em variações. A primeira parte é uma confusão, misturando diversas passagens do enredo sem nenhuma coerência cronológica, tal como o tema fora descrito pelo carnavalesco, o que demonstra claramente que os compositores pouco se importaram em fazer uma obra de qualidade, mas sim um “resuminho de sinopse”. A segunda parte peca pela presença de inúmeros momentos obscuros como "Centro das grandes convenções" ou "Palco da velocidade/Paraíso do esporte radical". O próprio uso da gigantesca palavra "Jacarepaguá" no decorrer do samba, desprovida de qualquer contexto poético, é o cúmulo da desnecessidade. Os refrões são simplórios. O grande momento deste samba é o trecho "Na estrada real de Santa Cruz/Caminhos da Corte do imperador/Yacaré-Upaá-guá/Voa nas asas do meu condor", que é, sem dúvida, também dono única variação melódica relevante neste hino. Wantuir tem uma interpretação soberba e a bateria dá um show no CD, porém a obra é inegavelmente ruim. NOTA DO SAMBA: 6,5 (Gabriel Carin).

Samba ruim, mas me agrada. Pelo visto o nosso amigo Gabriel mudou de opinião, esculachava e agora está corretíssimo. A primeira parte é ruim. O refrão central me agrada bastante. O começo da segunda parte é lindo, já o resto... O refrão principal é de se jogar fora, lento, chato... A pior parte da obra. NOTA DO SAMBA: 7,5 (Vitor Pedrassi). Clique aqui para ver a letra do samba

12 - VILA ISABEL - Belo samba, com a gravação lenta do CD o embelezando ainda mais. O início da faixa é envolvente, com um forró animado tocado pelo famoso acordeon de Sivuca. A entrada da bateria é excelente, com Gera começando a puxar o samba. Aliás, o experiente intérprete, no seu último ano de Vila Isabel, não parece tão seguro cantando o samba sozinho na primeira passada. Jorge Tropical entra junto com o coro na segunda. O hino da Vila Isabel para 1999 possui uma excelente melodia, aliada a uma boa letra. E, na gravação, o acordeon de Sivuca está presente o tempo inteiro, com seu embalo quase que abafando o som lírico do teclado-violino. NOTA DO SAMBA: 9,4 (Mestre Maciel).

Um samba apenas razoável. A letra deixa um pouco a desejar, assim como a melodia razoável. No desfile, o samba também não foi conduzido da maneira esperada. NOTA DO SAMBA: 8,7 (Juninho SP).

O melhor samba do CD. A letra é pura emoção (principalmente a parte do Bolero de Ravel) e a melodia foi concebida num momento de raríssima inspiração pelos autores, pois muda a quase todo momento, justamente o que a torna mais interessante. NOTA DO SAMBA: 9,8 (Cláudio Carvalho).

Grande samba. Melodia rica em variações. Um requinte de letra. Na avenida, serviu bem à escola, mas o público recebeu o samba com frieza. NOTA DO SAMBA: 9,5 (Franclim).

Um bom samba. A letra expõe bem o enredo e a melodia é excepcional e cativante. NOTA DO SAMBA: 9,4 (Leonel).

Novamente, a fórmula de André Diniz se demonstra bastante funcional a escola de Noel. "João Pessoa, onde o Sol brilha mais cedo", que, aliás, é da autoria do compositor, apesar dele não ter o assinado, possui uma dolência excepcional, que serviu muito bem às excelentes interpretações de Gera e Jorge Tropical, os quais, inclusive, cantavam pela última vez conjuntamente para a Vila Isabel num disco de sambas-enredo, o que deixou os bambas até hoje com saudades. A obra, por si só, é maravilhosa, praticamente perfeita em todos os aspectos, apelando para o lado sentimental do ouvinte. A letra consegue descrever o tema de forma clara e descontraída, além de adornar as diversas passagens do enredo numa poesia de qualidade indiscutível. A melodia está repleta de uma suavidade impressionante, em especial na segunda parte, na qual os compositores demonstram que foram capazes de ultrapassar as barreiras do lirismo a partir do mágico trecho "Tua gente fascinante/Borda em rendas a história/Molda a vida em argila/A natureza, a maior glória", algo que, por sinal, dura até o samba acabar. Extraordinário! NOTA DO SAMBA: 9,7 (Gabriel Carin).

Um grande samba, mantendo a tradição da escola. O começo (a introdução) é genial. A primeira parte é muito boa, principalmente em "Filipéia abençoada/Por missões estrangeiras cobiçada...". O refrão central é de intenso agrado. A segunda parte também é muito boa. Mas, o refrão principal é maravilhoso, tem muito gente que não gosta, mas eu adoro. NOTA DO SAMBA: 9,5 (Vitor Pedrassi). Clique aqui para ver a letra do samba

13 - IMPÉRIO SERRANO - Esse samba é o campeão de minhas cantorias no chuveiro. Toda hora eu solto o meu gogó para cantá-lo. Aliás, uma pena que não tenha ajudado a escola na avenida, pois não impediu seu rebaixamento no carnaval de 1999 (até porque o enredo era fraco). Mas eu tenho uma adoração por esse samba, pois Jorginho do Império é o intérprete de voz mais lírica da história do carnaval. Essa gravação de CD tornou Jorginho e o samba carne e unha. O começo da faixa é jóia, com a bateria e o teclado aliados. O agogô também aparece bem na hora do grito de guerra de Jorginho. O samba é riquíssimo em melodia e a gravação é perfeita, pois se acelerassem seu andamento uma boa parte do seu brilho seria despejado ralo abaixo. Os refrões são encantadores, com destaque para o principal "Lá vou eu de verde-e-branco feliz...". A parte "Mãe baiana, foi sua carta que me fez voltar" também me emociona. É, na minha opinião, a melhor gravação do CD. Os teclados funcionaram direitinho na faixa, embelezando ainda mais este lindo samba. Não entendo o porquê dos bambas geralmente o despejarem fortes críticas. Assim como o de 1997, este samba também é bem melódico. Mas o fato de não terem funcionado na avenida a ponto de o rebaixamento da escola nesses anos ter sido iminente mancha totalmente as suas histórias. Mas eu sempre vou adorar o hino da Império Serrano de 1999. NOTA DO SAMBA: 9,6 (Mestre Maciel).

Um samba bom. Destaque para a bela melodia do samba e para algumas raras passagens da letra, como o bis antes do refrão principal ("Mãe baiana/Foi sua carta que me fez voltar") e os refrões principal e do meio. O samba acabou não tendo um grande desempenho na avenida na voz do limitadíssimo Jorginho do Império. NOTA DO SAMBA: 9,3 (Juninho SP).

Esse samba, apesar de aclamado pela crítica, a meu ver não tem nada demais. Além disso, o verso ''...Pro melhor lugar do mundo....'', referindo-se a uma rua dos famigerados ''States'' é de uma infelicidade sem par. Tratando-se do Império, que se notificou justamente por abordar críticas sociais e/ou dirigidas a regimes autoritários ao longo de sua história, é imperdoável. Eram os tempos de vacas magras, onde até mato se encontrava na fachada da Edgard Romero 114. Tempos que parecem já distantes, e que a gente espera não ter de rever nunca mais. Outra nota negativa é o apelo a Carmem Miranda e Mãe Baiana, presentes em antigos sucessos da escola, que mereciam ter sido preservados. NOTA DO SAMBA: 8.8 (Cláudio Carvalho).

O samba tenta salvar um enredo que é de péssimo gosto. Um dos piores da história da escola. O samba não compromente e tem seu ponto alto na melodia, suave e bonita. Mas a letra tem partes muito fracas. Samba longe de honrar as tradições do Império. Como imperiano, não me deixa saudades. NOTA DO SAMBA: 8,5 (Franclim).

Samba fraco. Possui uma melodia comum, uma letra pobre, com pouquissimos momentos inspirados. Só se salva um pouco o refrão principal. NOTA DO SAMBA: 8,7 (Leonel).

Mais um hino de qualidade, apesar de significativamente inferior a maioria das demais faixas. O enredo sobre a imigração de brasileiros para os Estados Unidos gerou uma obra simples, porém interessantemente bem trabalhada. A letra possui algumas passagens bem inspiradas e sintetiza o tema da escola de forma clara. Entretanto, ao mesmo tempo em que compacta o enredo com inteligência, ela peca por alguns momentos de simplorismo bem evidentes, em especial na segunda parte. O grande destaque desse hino, no geral, é sua melodia, bem construída e pautada de um lirismo que serviu muito bem a voz de Jorginho do Império. Samba gostoso de ouvir! NOTA DO SAMBA: 8,5 (Gabriel Carin).

É um bom samba, mas vivo cantando, apesar de ser um dos piores do CD. O refrão principal é o ápice da obra. A primeira é de intenso agrado. O refrão central é maravilhoso. A segunda parte mantém a média. NOTA DO SAMBA: 8,5 (Vitor Pedrassi). Clique aqui para ver a letra do samba

14 - SÃO CLEMENTE - Tem uma bela gravação. O samba de um modo geral me agrada, já que possui uma melodia razoável e letra boa, pois nos dá uma autêntica aula sobre quem foi Rui Barbosa, o "Águia de Haia". Mas o samba recebe críticas ferozes dos bambas. Críticas que acho exageradas, pois o samba é bem audível na minha opinião. Há quem meta o pau até no próprio homenageado do enredo pelo fato dele nunca ter gostado de carnaval. O limitado Márcio Souto mantém a média (de não acrescentar absolutamente nada nos sambas), mas o samba infelizmente não evitou a queda da São Clemente para o Acesso em último lugar, acontecimento normal quando a escola desfila no Grupo Especial. Ah, Márcio cantou o samba apenas no CD. Na avenida, quem o entoou foi Serginho do Porto. NOTA DO SAMBA: 8,8 (Mestre Maciel).

Um samba fraco. Tem uma letra de difícil assimilação e uma melodia burocrática que foi, em partes, um pouco melhorada na avenida. Contribuiu para o mau rendimento da escola no decorrer do desfile. NOTA DO SAMBA: 7,8 (Juninho SP).

É a letra mais pobre do CD, e uma das piores melodias. Rui Barbosa merecia muuuuuuito mais. NOTA DO SAMBA: 8,7 (Cláudio Carvalho).

O samba da escola tem uma melodia bem fraquinha. A letra também é pobre. Foge das características da escola, não sendo um samba alegre. O tema também é sério e comportado demais pra São Clemente. NOTA DO SAMBA: 7,5 (Franclim).

Um samba de regular para bom. Possui uma melodia razoavelmente boa. A letra é correta, mas  poderia ser um pouco mais trabalhada, pois é um pouco superficial. Mesmo assim, consegue situar a importancia de Rui Barbosa para história brasileira. NOTA DO SAMBA: 9,1 (Leonel).

Atrás do samba da Tradição, o segundo pior hino da safra de 1999. A homenagem da São Clemente a Rui Barbosa rendeu uma obra sonolenta, de letra pobre e melodia insossa, sem muita originalidade. A primeira parte faz lembrar alguns típicos bois-com-abóbora dos anos 60, famosos pelo uso abusivo de clichês poéticos, que limitam-se a apenas ficar “enchendo lingüiça” sem contar com clareza o enredo, o que é, sem dúvida, sinônimo de pobreza. O refrão central é mais variado melodicamente, mas a letra segue ainda as mesmas características da primeira parte. Já a segunda tem uma leve melhora em relação a primeira, contendo ainda uma variação melódica de fato muito bonita, assumo, no trecho “O exemplo vai ficar/A luta não pode acabar...”. Infelizmente, o refrão final não mantém a beleza da variação e quebra de forma inegável a melodia da segunda parte, caindo na monotonia. O grande barato da faixa é a bateria, que deu um verdadeiro espetáculo no CD, com destaque ao naipe entoado no refrão central. NOTA DO SAMBA: 7,2 (Gabriel Carin).

Um samba fraquinho, coitado, manquitolango. A primeira parte é fraquinha. O samba cresce a partir do refrão central, que é muito bonito. A segunda parte é de intenso agrado. O refrão principal é muito bom. É um samba mediano, inferior ao do ano anterior, com muita força nos dois refrões. NOTA DO SAMBA: 8 (Vitor Pedrassi). Clique aqui para ver a letra do samba

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