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Os sambas de 1997 A GRAVAÇÃO DO CD - A gravação do CD de 1997 está parecida com a do ano anterior. A diferença é que é bem menos barulhenta e o som está mais suave. Duas escolas apresentam um espetáculo instrumental proporcionado por suas baterias no início de suas faixas: Mocidade e União da Ilha. O procedimento seria levado mais a sério no ano seguinte, com cinco escolas fazendo este show. O teclado ao som de violino marca presença, aparecendo no momento mais lírico de cada samba. O intérprete o canta nas duas passadas acompanhado por um discretíssimo coro, o que faz com que a sua voz se sobressaia. A gravação faz todos os sambas soarem de forma doce e suave, os tornando bem agradáveis de se ouvir. A safra de 1997, no geral, possui sambas de bons para razoáveis. Não é nenhuma unanimidade para o povo bamba. Ao contrário, muito longe disso... Conforme diz o livro "Sambeabá", de Nei Lopes, 1997 foi o ano em que mais o narcotráfico foi influente na escolha dos sambas-enredo de cada escola. Uma curiosidade interessante sobre este disco: 1997 foi o último ano em que os sambas também foram vendidos em vinil, os saudosos LP's. NOTA DA GRAVAÇÃO: 9 (Mestre Maciel). Pra começo de conversa, havemos de dizer que esta é uma das mais fracas dentre as safras da década de 90. Apenas os sambas das emergentes Porto da Pedra, Viradouro e Grande Rio (com um pouquinho de boa vontade, poderíamos incluir ai o velho Estácio) podem ser considerados bons. O restante é ruim, como os de Portela e Império, muito ruim, como Salgueiro e Vila, ou péssimos, como Rocinha. Produzidas por Laila, Genaro Soalheiro e Mário Jorge Bruno, e com arranjos feitos por Jorge Cardoso e Alceu Maia, as faixas apresentam bastante nitidez, com destaque para o som das baterias ao fundo. Acho, porém, que poderiam ser mais cadenciadas, pois a impressão é de que temos um CD pra inglês ver, e não pra brasileiro escutar. NOTA DA GRAVAÇÃO: 7.8 (Cláudio Carvalho). O CD de 1997 é muito parecido com os de anos anteriores, porém não tem mais aquele clima de ao vivo. Nota-se logo que é uma produção exclusivamente para aprender os sambas de enredos e pronto. As caixas de guerras e os chocalhos sobressaem em relação aos demais instrumentos. Todas as baterias fazem pelo menos uma paradinha, até a tradicional "Surdo Um", da Mangueira! A safra é mediana, com destaque para os sambas da Mocidade (o melhor do ano), Porto da Pedra, Grande Rio e Unidos da Tijuca. NOTA DA GRAVAÇÃO: 9.6 (Bruno Guedes). O nosso colega de SAMBARIO, Gabriel Carin, me pediu para comentar os sambas de 1997. Perguntei a razão. Em resumo, ele me disse que quer ver sangue. Não poderia ter escolhido safra melhor para isso. A safra é tão ruim, mas tão ruim, que acredito que foi uma das razões para o fracasso de vendas do CD de 1998, que pôs fim às gravações ao vivo, no Teatro de Lona. Quem comprou o CD (ou os LPs) de 1997 ficou tão traumatizado que não comprou o de 1998. Para falar a verdade, se não fosse um favor que eu estava devendo ao Gabriel, talvez eu nunca mais tirasse o CD da estante para escutar. Antes de colocar o CD, peguei um espanador e tirei a poeira da capa. A safra é deprimente, depressiva, repleta de sambas trash, insossos ou simplesmente ruins. A produção do CD está na média da época, muito barulhenta, com uma cadência rápida demais - talvez uma opção dos produtores para disfarçar o nível baixíssimo dos sambas. Tirando o da Grande Rio, que não é nenhuma Brastemp, e dois ou três sambas funcionais, o resto é de mediano ou medíocre para baixo. NOTA DA GRAVAÇÃO: 3 (João Marcos). Gravação ruim, aliada a uma safra mediana. NOTA DA GRAVAÇÃO: 8,9 (Luiz Henrique). No meu segundo
comentário no Sambario, vou falar sobre a
safra de 1997. Os sambas daquele ano são em sua quase totalidade
deprimentes, insossos, ridículos e tudo de pior que possa ser
dito. Sambas que não dizem nada ao povo e nem ao sambista.
Dessas composições salvam-se apenas os da Grande Rio (que
não
é nenhuma coisa de outro mundo), Mocidade (a mesma coisa que foi
dito para a Grande Rio) e um ou outro samba razoável, o resto
é
para jogar no lixo. A produção do CD é muito
barulhenta e os
sambas são entoados numa cadência muito rápida. NOTA DA
GRAVAÇÃO: 3
(Daniel Benfica). 1 - MOCIDADE - Samba Estandarte de Ouro de maneira indiscutível. Na minha opinião, um dos melhores da história de uma escola repleta de hinos maravilhosos. O samba possui uma excelente letra, aliada a uma gostosíssima melodia e a mais uma grande interpretação do magistral Wander Pires. O refrão central é uma das mais marcantes declarações de amor que alguém pode fazer quando se está apaixonado: "Me beija na boca, vem me abraçar/Tem cheiro de amor no ar/Ouvindo teu canto ecoar/No teus olhos vejo minha estrela brilhar". Fantástico, né? E sem contar que a escola utiliza de maneira nítida no CD um estilo diferenciado de sua bateria, presente até hoje na Mocidade, mas que as gravações atuais abafam com batidas parecidas uma com a outra. Ah, e muito show a introdução da faixa com a vibrante bateria dos Herdeiros de André. NOTA DO SAMBA: 10 (Mestre Maciel). O samba da Mocidade de 97 é um dos melhores daquele ano. Seu ponto forte é a melodia, de variáveis maravilhosas. O refrão do meio é fascinante, pois em poucas linhas trata com poesia os cinco sentidos. A letra é interessante também. Na avenida, o samba teve dificuldades, pois carregava componentes na sua maioria de "salto alto" e confiança demasiada no título e acabou não funcionando tão bem. NOTA DO SAMBA: 9,5 (Franclim). No desfile, a Mocidade deu um show e levou o Estandarte de melhor escola. Naquela época, a verde e branco de Padre Miguel estava na crista da onda, e a saudação a Castor de Andrade (obrigado, meu patrono), que viria a falecer meses depois, dava o tom. Há de se dizer, porém, que esse samba não é nenhuma obra-prima. Tem uma melodia pobre em variações e uma letra que destoa do gênero. A boa performance de Wander Pires, porém, foi suficiente para que a escola desse um show de canto, dança e ritmo na avenida. NOTA DO SAMBA: 9,0 (Cláudio Carvalho). O melhor samba do ano!
Abre-se o CD com um samba
maravilhoso, é impossível ouvir esse samba sem repetir a
faixa... Wander Pires já é um consagrado
intérprete em 1997,
após o título da Mocidade no ano anterior e junto com a
bateria
de Padre Miguel dá um show. No início da faixa Mestre
Coé e
seus ritmistas arrebentam e ao longo do samba as paradinhas são
de um efeito único. Samba com letra maravilhosa, principalmente
no refrão do meio, que é de emocionar qualquer um. A
melodia
desse samba é o ponto forte, tendo como destaque a passagem da
segunda parte para o refrão principal. Sambaço, que
emociona
ainda mais quando se ouve ao vivo. A cadência imposta pela
bateria no desfile é algo louvável. O samba, vencedor do
Estandarte de Ouro, é um
samba apaixonado: "Eu vou, eu vou, amor!",
"Semeando amor, espanto a dor", "Tem cheiro
de amor no ar". Apesar disso, a letra tem boas
sacadas, sendo um samba que, em tempos diferentes, poderia ser
regravado, sem grandes problemas, por algum cantor de MPB. Apesar
de ligados à sinopse, os versos não são resuminhos
babaca de
sinopse. A melodia é interessante e os refrões são
grudentos,
como todo bom refrão deve ser. É um samba funcional.
Não é
uma obra-prima, mas é agradável e destaque numa safra
ridícula. NOTA DO SAMBA: 9,2
(João Marcos). Maravilhoso samba da Mocidade, umas das suas grandes obras-primas dos anos 90. Falando do samba, com certeza o melhor do ano com boas variações melódicas e uma bela letra. Parabéns Mocidade. NOTA DO SAMBA: 10 (Luiz Henrique).
Para começar o
CD, um samba agradável. Longe de ser uma obra-prima, a
composição tem algumas boas sacadas, refrões
grudentos aliados
a uma melodia interessante. Numa safra melhor, o samba não seria
esse destaque que foi, mas na de 1997 está entre os melhores. NOTA DO SAMBA: 9,2
(Daniel Lorga). 2 - SALGUEIRO - Excelente samba, cuja melodia mistura animação (graças a Quinho) com lirismo. Mesmo sendo um samba-enredo basicamente oba-oba (as letras dos refrões comprovam isso), Quinho nunca cantou um samba mais lírico do que este. Aliás, quem disse que, no CD, Quinho canta o samba? Ele balbucia a letra na primeira passada e olhe lá. Como o coro está mais forte na faixa salgueirense, o trabalho do irreverente puxador é muito facilitado. O refrão central possui uma melodia adorável, assim como as demais partes do samba. NOTA DO SAMBA: 9,3 (Mestre Maciel). Um dos melhores enredos do ano de 1997 não foram traduzidos num samba à altura. Para a complexidade do tema, que tratava da loucura nas artes, o samba é bastante superficial, sem entrar nunca de cabeça no tema. Tem boa melodia, mas a letra peca pela superficialidade. Os refrões também são vazios, caindo nos clichês. NOTA DO SAMBA: 8,9 (Franclim). Com esse samba repleto de versos oba-oba, como "vem vem vem vem vem" e "eu vou zoar, eu vou", a escola da Tijuca iniciou sua trajetória de marcha-enredos, que lamentavelmente dura até hoje. Um fato curioso a respeito da disputa que resultou na escolha desse hino é que Latino (o da festa no apê) chegou à final. Dizem que seu samba era um dos melhores, mas quando ele subiu no palco para cantá-lo, levou um tombaço que resultou em gargalhada geral na quadra. O cantor chegou a tentar a sorte novamente nos anos seguintes, sem êxito. E sem tombo, diga-se de passagem. NOTA DO SAMBA: 8,7 (Cláudio Carvalho). Um samba muito parecido com o do ano anterior, porém mais
agressivo com relação à melodia, ela é
superior a de Se o samba da Mocidade é o samba do amor, o samba do Salgueiro é o samba da locomoção. Ou o sujeito vai, ou ele pede para você ir: "Vem, vem, vem, vem nessa onda amor / Vou viajando, eu vou", "Vem ver, meu amor", "Eu vou zoar, eu vou!", "Vou brincar, com você, amor". A intenção dos compositores era fazer algo que marcasse e fosse fácil de cantar. Porém, empobrecer demais a letra acaba tornando a obra genérica e, aquilo que deveria ser fácil de se lembrar, transforma-se em um imenso nada que causa indiferença. Aí, a melodia, que até tem alguns momentos interessantes, acaba perdendo totalmente o impacto. A suposta animação parece artificial, forçada. Expressões oba-oba, jogadas a esmo, sem encadeamento com o resto da letra, como no deprimente "alegria da galera", no deprimente refrão do meio, tornam a obra deprimente. Aliás, a rima eu vou/amor, acaba entregando os compositores: a idéia era fazer um novo Ita. Fracassaram de forma espetacular. NOTA DO SAMBA: 5,3 (João Marcos). Ruim o samba, muito oba-oba com “vem, vem, vem, vem vem”, o que sintetiza a letra precária e a melodia ruim. NOTA DO SAMBA: 8,2 (Luiz Henrique).
"Vem,
vem, vem, vem nessa onda amor / Vou viajando, eu vou",
"Vem ver, meu amor",
"Eu vou zoar, eu
vou!", "Vou
brincar, com você, amor".
O samba do Salgueiro de 1997 é deprimente. Cheio de versos
oba-oba aliados a uma letra pobre, a composição
salgueirense
não diz nada ao amante de samba-enredo. Lamentavelmente, os
autores tentaram fazer um novo Ita, que fracassou de forma
espetacular. Um samba para ser esquecido. NOTA DO SAMBA: 4,7 (Daniel Lorga). 3 - PORTO DA PEDRA - Bela letra, com sua melodia apresentando bastantes variações e contando com excelente interpretação de Wantuir. O bonito hino da Porto da Pedra de 1997 deu uma grande contribuição para a escola realizar o melhor desfile de sua história, conseguindo o quinto lugar no seu apenas segundo ano no desfile principal, proporcionando a sua participação no Sábado das Campeãs. NOTA DO SAMBA: 9,2 (Mestre Maciel). Diferentemente do Salgueiro, a Porto da Pedra trata da loucura de maneira bem mais simples, apenas citando alguns "loucos" e suas características. Mas o tema foi melhor compreendido pelos compositores que elaboraram um samba de fácil assimilação e entendimento do tema. Ótimo poder de síntese e dois refrões fortes compõe o samba. NOTA DO SAMBA: 9,4 (Franclim). O enredo era parecidíssimo (pra não dizer igual) ao do Salgueiro. Mas o samba, quanta diferença! A letra inteligente e a melodia empolgante formaram a receita do sucesso em um dos melhores desfiles da história do tigre de São Gonçalo. Só que a escola se empolgou demais, e no ano seguinte, se disse condenada por querer ser campeã. Justo ela, que havia entrado no Grupo Especial pela porta dos fundos. Deu no que deu. Uma curiosidade: a primeira parte desse samba foi cantada por Jorge Aragão na segunda-feira de carnaval desse ano, durante a apresentação das escolas. NOTA DO SAMBA: 9,4 (Cláudio Carvalho). Talvez um dos três sambas mais bonitos da escola de São
Gonçalo. A letra conta bem o enredo, apesar de simples. A
melodia é o ponto forte, com algumas variações
interessantes
como no final da segunda parte e na cabeça do samba. Alguns
versos são inspirados e tem trocadilhos de bom gosto como:
"Eu vi sair de um pavilhão Um samba despretensioso, leve e alegre. Algumas sacadas inteligentes na letra e um desfile competente fizeram este samba ganhar uma avaliação melhor do que deveria. A repetição do tema melódico nos refrões é proposital e não me agrada, apesar de ter funcionado para a memorização dos mesmos durante a apresentação da escola. NOTA DO SAMBA: 8,3 (João Marcos). Belo samba! Boa letra e grande interpretação de Wantuir. O melhor samba da historia da escola, bem alegre e descontraído. Muito bom de ouvir no CD. NOTA DO SAMBA: 9,6 (Luiz Henrique).
Comparado ao do
Salgueiro, o samba da Porto da Pedra é bom, mas não
devemos
elogiar mais do que ele merece. O destaque vai para a leveza do
samba que tem algumas sacadas interessantes na letra. Outro ponto
que conta a favor é o fato dele ser despretensioso. Como
já
dito pelo João Marcos, a repetição dos termos
melódicos não
agrada. O desfile da escola de São Gonçalo foi bem
competente.
O mesmo pode ser dito do Wantuir, que teve uma grande
atuação. NOTA DO SAMBA: 8,5
(Daniel Lorga). 4 - VIRADOURO - Mais famoso pela paradinha funk da bateria de Mestre Jorjão no refrão principal, este samba pra lá de envolvente e vibrante possui uma inigualável animação (o último samba agitado cantado por Dominguinhos da Estácio - estreante na Viradouro - que, a partir do ano seguinte, cantaria sambas mais românticos). Com a característica de sambas-enredo que funcionam em qualquer desfile, o hino da Viradouro de 1997 impulsionou a escola niteroiense ao seu primeiro e até hoje único título no Grupo Especial. E pensar que, no ano anterior, a Viradouro havia tirado o 13º lugar, ficando muito próxima do rebaixamento... Méritos de Joãosinho Trinta. NOTA DO SAMBA: 9,4 (Mestre Maciel). O campeonato da Viradouro passa por todos os quesitos, menos por seu samba enredo. O samba da escola de Niterói é um samba de construção simples, sem muita criatividade. O samba também é prejudicado pelo tema abstrato. No desfile, o samba funcionou muito bem, mas não considero como alicerce fundamental para o título. O campeonato de 97 da Viradouro tem um nome... Joãosinho Trinta. NOTA DO SAMBA: 8,8 (Franclim). Samba de Dominguinhos do Estácio, Mocotó e da famosa dupla Flavinho Machado e Heraldo Faria, que se consagrou com sambas antológicos na Acadêmicos do Cubango, e em tempos áureos, chegou a ganhar na Estação Primeira. Trata-se de um hino muito bom, de letra e melodia ricas, e que deu o primeiro e único título a escola de Niterói. Havemos de convir, porém, que o verso "lá vem a Viradouro aí" soa contraditório pela presença de dois advérbios de lugar em uma única frase, o que lhe tira o sentido. Além disso, o tom de brasilidade dado a expressão "big-bang" (pronuncia-se bigue-bengue) soa mal aos ouvidos. Outro destaque negativo fica por conta da famigerada paradinha funk de Mestre Jorjão, que resultou em uma empáfia sem precedentes por parte dos ritmistas da escola, que insistem em dizer que sua bateria é a melhor, mesmo sem embasamento para isso, uma vez que não possuem uma seqüência de notas dez e jamais levaram um Estandarte de Ouro. NOTA DO SAMBA: 9,5 (Cláudio Carvalho). Outra grande faixa do CD. Não sei quem é melhor nela, Dominguinhos do Estácio ou a bateria do Mestre Jorjão. A letra desse samba é simples, mas tem uma inteligente maneira de contar o enredo, fugindo dos clichês. Há pouca variação melódica, o que fez com que o samba ficasse simples demais... Apesar dos pesares, um samba muito gostoso de se ouvir, ainda mais com um intérprete como o que o defende. NOTA DO SAMBA: 9,4 (Bruno Guedes). O último samba campeão de Flavinho Machado e Heraldo Faria na Viradouro (antes de 2009) é um samba competente, prejudicado pelo enredo de Joãosinho Trinta, que pode ter rendido um bom desfile, mas era uma imensa viagem sobre coisa alguma. Infelizmente, este tipo de enredo, que Joãosinho só utilizava de vez em quando, é o que mais se vê nos carnavalescos por ele inspirados. A diferença de Joãosinho para os outros é que, mesmo quando o enredo era desse tipo, tinha um fundamento intelectual, como no de 1979, inspirado no painel "Jardim das Delícias", de Bosch. Para os carnavalescos menos intelectualmente desenvolvidos, geralmente essas viagens são apenas um pretexto para colocar imagens com referências pop da cultura gay. Quanto ao samba, tem dois refrões seguidos, o que é bastante interessante. A melodia é envolvente e a letra cria imagens em vez de querer contar alguma coisa, solução inteligente que fez o samba funcionar no contexto do desfile, mas que dá uma impressão de inexistência de conteúdo. É muito bem interpretado por Dominguinhos e tem algum valor, mas está abaixo do nível dos sambas da parceria para a escola no início dos anos 90. NOTA DO SAMBA: 8,5 (João Marcos). O samba de três refrões é muito bom, principalmente a melodia. A letra é fraca, mas cresce bem na segunda parte. NOTA DO SAMBA: 9,4 (Luiz Henrique).
Sinceramente, eu
esperava mais do samba da
Viradouro para 1997 principalmente por saber da qualidade do
quarteto que compôs esse samba. Vamos dar um desconto, pois o
enredo prejudicou e muito a composição de uma coisa
melhor. A
paradinha funk de Mestre Jorjão é um ponto negativo do
CD. Já
o samba em si tem uma melodia envolvente, mas a letra passa a
impressão de inexistência de conteúdo. A
interpretação de
Dominguinhos é muito boa e o samba tem algum valor, mas longe de
outros clássicos da Viradouro. NOTA DO
SAMBA: 8,5 (Daniel Lorga). Clique
aqui para ver a letra do samba
5 - BEIJA-FLOR - O samba-enredo vibrante da Beija-Flor de 1997 é odiado pela maioria dos bambas. Embora animado no CD, na avenida a melodia possui características vitais de arrastamento. A letra, cujo enredo fala das mais famosas festas existentes, é até interessante. Mas tem bambas que descem a lenha em trechos como "Desce do céu em seu trenó/Papai Noel, feliz Natal". Os refrões são vibrantes, sendo que o central é muito longo (sete versos). É um samba-enredo que foge totalmente da característica da Beija-Flor, famosa por seus sambas de melodia pesada e envolvente. O samba até me agrada, mas é óbvio que a escola possui sambas anos-luz superiores. NOTA DO SAMBA: 9 (Mestre Maciel). Prejudicado por um enredo nada original, a Beija-Flor trouxe um samba com momentos marcheados e de letra cambaleante. Em alguns trechos, o samba lembra uma cantiga de roda. Por ter uma letra pequena e fácil, com três refrões, esperava-se uma explosão que não veio em nenhum momento. NOTA DO SAMBA: 8,5 (Franclim). Um dos sambas mais fracos da história da azul e branco de Nilópolis, que naquele ano completou catorze anos de jejum, sem jamais ter vencido na Sapucaí. É desnecessário dizer que o quadro se reverteu, e que, de lá pra cá, quando a escola não sai na capa do CD, aparece na contracapa. Mas os tempos de jejum foram longos, e embora pareçam distantes, servem como alerta para a escola. Nada como um dia após o outro. NOTA DO SAMBA: 8,6 (Cláudio Carvalho). Um dos sambas mais criticados
da história.
Particularmente gosto bastante dele. Foge dos sambas "Modelo
Beija Flor de Nilópolis", onde traz melodia em tom menor,
letra de difícil assimilação popular e enorme. O
samba da
escola para 1997 tem uma melodia em tom maior, mas em algumas
passagens peca por ser muito direto, como em: "E quando
chega dezembro/A alegria é geral/Desce do céu em seu
trenó/"Papai Noel", feliz Natal". O
intérprete é Neguinho da Beija Flor, então
dispensa
comentários. "Lá vou eu no Halloween", "A páscoa do coelhinho com a filharada", "Desce do céu em seu trenó / Papai Noel, feliz Natal". Bom, o que dizer deste samba? Que eu fico meio espantado quando vejo os colegas de SAMBARIO dando, no mínimo, 8,6 para ele. O samba é tão ruim e representa tanta coisa errada que acabou forçando uma completa remodelação da escola, que começou a fazer samba de verdade no ano seguinte. Acho que a única coisa de bom que podemos dizer é isto: que, com ele, a escola chegou no fundo do poço em matéria de sambas e "se modificou". NOTA DO SAMBA: 4,5 (João Marcos). Samba mediano, indo pra ruim assim: começa com um bom refrão sobre o reveillón, tem uma boa primeira parte, depois um refrão do meio muito ruim. A segunda parte é pior ainda. Esse samba não começa morto, mas ele vai morrendo, e na Sapucaí se arrastou fácil fácil. A Beija-Flor tem sambas beeeeem melhores. NOTA DO SAMBA: 7,3 (Luiz Henrique).
6 - PORTELA - A marcha-enredo portelense de 1997 é razoável. Rixxa mantém sua média, mas não salva o samba. De andamento rapidíssimo, facilitado por uma letra curta e simples, mas bonita, o samba, como fala de Olinda, vira um autêntico frevo. O som efetuado pelo teclado que reproduz o frevinho mais famoso da cidade pernambucana logo após o verso "Vou invadir seu coração..." no refrão central prova que o samba daria mais certo num arraial com arrasta-pé do que na avenida. Um dos mais fracos sambas-enredo da Portela. NOTA DO SAMBA: 8,4 (Mestre Maciel). Os tempos de Rixxa na Portela deixaram muita saudade. Assim como Dedé, ele tinha a cara da escola, com sua voz grave que não deixa o samba cair. Esse samba é um legítimo representante dos marcha-enredos, com melodia pra lá de manjada, letra pequena e refrãos oba-oba, para o qual nem sequer a presença da sanfona, ao fundo, conseguiu dar graça. NOTA DO SAMBA: 8,7 (Cláudio Carvalho). Outro samba mediano. Melodia muito boa, porém a letra... Fizeram o clichê do ano, como o enredo era Olinda, usaram "Oh Linda" para descrever a cidade. Rixa tenta salvar a faixa que tem também, uma bela apresentação da bateria de Oswaldo Cruz. Os compositores tem, entre outros, Doutor e Eli Penteado, famosos pelos sambas assinados na Acadêmicos de Santa Cruz. Ah sim, o refrão principal é curto, com melodia em tom maior, que deixou o samba "pra cima". NOTA DO SAMBA: 9 (Bruno Guedes). A letra pobre, que faz o trocadilho do Olinda/Oh! Linda nada mais, nada menos do que TRÊS vezes e a melodia genérica, num andamento marcheado, fazem o samba ser de profunda e completa indigência. Ainda bem que a produção do CD colocou uma referência ao frevo "Vassourinhas" no refrão. Esta referência é a melhor coisa da faixa. NOTA DO SAMBA: 6,7 (João Marcos). Samba ruim da Portela, letra precária e o refrão pior ainda. NOTA DO SAMBA: 7,8 (Luiz Henrique).
Mais uma bomba
do CD. Uma letra pobre aliado a uma melodia genérica é o
resumo
do horrível samba portelense de 1997. Para completar, o trocadilho
do Olinda/Oh! Linda é citada por três vezes, o que
é para
deixar qualquer um com muita raiva. NOTA DO
SAMBA: 5 (Daniel Lorga). 7 - GRANDE RIO - É um samba-enredo vibrante e emocionante. O refrão central ("Olha o índio no caminho, é caçador/Meu cavalo é de fogo, eu vou que vou/Se a selva é perigosa, meu amor/Rondônia é alegria, esqueça a dor") tem, na minha opinião, a mais linda melodia de todos os refrões de samba-enredo. A melodia desta parte é algo inacreditável. Seu tom emocionante e, de certo modo, triste faz com que só este refrão valha por todo o samba-enredo, que é belo por sinal. As demais partes não tem muitas variações melódicas, o que faz com que o emblemático refrão central do samba de 1997 da Grande Rio apareça mais e chame uma maior atenção. É um samba que tem a cara de Nêgo, já que o refrão central possui um tom bem agudo. O samba é bem lírico, até porque o teclado, no CD, está sempre presente. NOTA DO SAMBA: 9,4 (Mestre Maciel). O melhor do ano! O samba enredo de verdade de 97. Quando o tema é maravilhoso, fica mais fácil se compôr uma grande obra. O samba da Grande Rio buscou e encontrou a essência do tema proposto. Toda a riqueza e a mística que envolve a construção e a vida da estrada de ferro Madeira-Mamoré está neste samba de enredo emocionante. Destaque mais que merecido para o refrão do meio, que deve ser cantado de joelhos de tão belo. NOTA DO SAMBA: 10 (Franclim). Esse sim é um samba com "s" maiúsculo, cuja cabeça, com "Cacagibe, Orum de Oiá", dá o cartão de visitas. O enredo trata da construção da estrada de ferro Madeira-Mamoré, abordada no seriado "Mad Maria", da Rede Globo de televisão. Para aqueles que gostam de meter o malho no Nêgo, recomendo que ouçam essa faixa antes de emitir qualquer opinião. Performance pra entrar na história. Pra finalizar, cabe ressaltar que esse hino é citado no livro "Carnaval, seis milênios de história", de Hiram Araújo, como um dos melhores em todos os tempos. NOTA DO SAMBA: 9,7 (Cláudio Carvalho). Outra obra prima de Caxias. Aliás, a quarta em cinco anos de Grupo Especial: 1993, 1994, 1996 e 1997. O refrão não apela para letras simples e fáceis, coloca um verso de complicado fonema e canto. E isso funciona. A letra, aliás, é muito boa. Uma vez a usei para acertar uma questão numa prova de história, sobre o Tratado de Petrópolis. Nêgo dá espetáculo e a bateria idem. Melodia forte, em tom menor na segunda parte e com uma passagem divina no refrão do meio. Uma das melhores faixas do CD e um dos melhores do ano. NOTA DO SAMBA: 9,7 (Bruno Guedes). O melhor samba do ano, sem sombra de dúvidas,
e um dos
melhores da história da escola. O refrão do meio é
sublime. O
samba perde um pouco de força no início da segunda parte,
mas
se recompõe para entrar com categoria no refrão de
cabeça, que
é bastante ousado. A letra é bem construída,
fugindo de
obviedades. A interpretação de Nêgo no CD é
um absurdo e
valoriza ainda mais a qualidade da obra. NOTA DO SAMBA:
9,5 (João
Marcos). O melhor do ano
e um dos melhores da escola. O enredo sobre a estrada de ferro
Madeira-Mamoré gerou um samba que tem um sublime refrão
do meio
e um refrão de cabeça bem ousado. A letra também
merece
destaque, pois ela é bem construída e foge de obviedades.
A
interpretação do Nego é fantástica. O samba
apenas deveria
ter um pouco mais de força no começo da segunda parte,
mas a
obra é de boa qualidade. NOTA DO
SAMBA: 9,5 (Daniel Lorga). 8 - SANTA CRUZ - Um sambinha gostoso a Santa Cruz trouxe para a avenida em 1997, embora recheado de clichês na letra. Apesar de sua melodia simples aliada a um tom bem animado, não serviu para evitar o rebaixamento da escola para o Acesso. E Cláudio Tricolor é um intérprete bem limitado. NOTA DO SAMBA: 8,8 (Mestre Maciel). Samba de momentos melódicos de destaque, como no trecho "Na bandeira da arte, eu vou, te dar meu estandarte amor/Vem sacudir o meu desejo/Meu beijo vai te balançar". Esta boa melodia só não é acompanhada por uma letra eficiente. Pelo contrário, a letra tem alguns erros e é muito simples, compromentendo um pouco o samba da escola. NOTA DO SAMBA: 8,7 (Franclim). Esse samba tem melodia arrastada e letra manjada, cheia de expressões oba-oba. Se fosse cantado por um calouro, num programa de TV, levava buzina na mesma hora. Apesar da boa performance da bateria de Mestre Odilon, a partir da segunda passada, é faixa pra pular no CD, pois você não vai agüentar chegar até o final. NOTA DO SAMBA: 7,9 (Cláudio Carvalho). Mediano. Um dos sambas mais famosos da escola da Zona Oeste que voltava ao Especial tem a letra simples por demais. A melodia salva, toda em tom maior, mas não evitou que a harmonia se arrastasse na Avenida. Mestre Odilon à época era diretor de bateria da agremiação e mostra na segunda passagem do samba, uma canja do que o consagraria como o melhor mestre da atualidade, com uma paradinha ousadíssima e com a sua cara. Cláudio Tricolor é limitado, mas não estraga o samba. A Santa Cruz não deu bandeira suficiente e ficou pelo caminho, voltando ao acesso. Aliás, a agremiação nunca conseguiu ficar dois anos consecutivos no Grupo Especial, alguns anos injustamente e outros nem tanto, como em 1997. NOTA DO SAMBA: 9,1 (Bruno Guedes). As rimas eu vou/amor e felicidade/cidade desta obra mostram como a fórmula do Ita foi mal utilizada pelas escolas que queriam fazer samba alegrinho e oba-oba durante os anos 90. Em vez de repetirem a energia e a originalidade do samba salgueirense de 1993, copiaram apenas o que o samba tem de mais superficial. E a produção do CD ainda fez o favor de deixar bem trash o refrão de cabeça, com uns malucos gritando um "Eu tô! Eu tô que tô!" que ninguém merece. O samba é absurdamente ruim, não funciona em momento algum e chega a ser irritante. NOTA DO SAMBA: 5,4 (João Marcos). Belo samba, eu gosto muito de escutar o Cláudio Tricolor, que não compromete. Destaque para a parte “Na bandeira da arte eu vou / Te dar meu estandarte, amor!" com uma ótima melodia. A paradinha do Odilon na segunda parte é maravilhosa. NOTA DO SAMBA: 9,6 (Luiz Henrique) Outra bomba do CD. Um samba cheio de expressões oba-oba, uma letra ruim e melodia arrastada. Chega a dar nos nervos. Para completar, ninguém merece os gritos de "Eu tô! Eu tô que tô!" na faixa. Mais uma vez a fórmula do Ita foi mal utilizada pelos compositores. NOTA DO SAMBA: 4,8 (Daniel Lorga). Clique aqui para ver a letra do samba 9 - IMPERATRIZ - Preto Jóia defende com a categoria de sempre um belíssimo samba, curto, simples e com dois refrões maravilhosos. Riquíssimo em melodia, é um samba adorável, praticamente uma unanimidade para o torcedor da Imperatriz. A participação do teclado em forma de lira no CD combinou bem com o samba. NOTA DO SAMBA: 9,2 (Mestre Maciel). Samba de melodia dolente e lírica. O samba da Imperatriz de 97 é bastante pequeno. Os compositores tentaram seguir uma visão mais intimista da homenageada, Chiquinha Gonzaga. Mas a letra é bastante simples e agrega muito pouco conteúdo do tema. É o maior pecado deste samba. NOTA DO SAMBA: 8,6 (Franclim). Esse é um dos sambas da Imperatriz que caiu no esquecimento. Todo ele é mal projetado, pois além de pequeno, apresenta uma enorme disparidade de tamanho entre a primeira e a segunda parte. Como se não bastasse, possui três refrões, sendo que o terceiro vem imediatamente após o segundo. Apesar da melodia estilo anos oitenta, o samba destoa em qualidade dos outros que foram cantados pela escola no mesmo período. NOTA DO SAMBA: 8,6 (Cláudio Carvalho). Outro samba mediano. São três refrões e uma primeira parte grande. A melodia é reta, com pouca variação, exceto o refrão do meio. Esse também é o melhor momento do samba. A letra é simples demais, poderia conter um capricho poético melhor. No todo, ele é legalzinho e outra boa faixa do CD. Mas só. Preto Jóia foi competente na defesa do hino para aquele que foi o único desfile no qual a escola de Ramos não voltou ao desfile das campeãs, na década de 90. NOTA DO SAMBA: 9,2 (Bruno Guedes).
Apesar do samba não ser ruim, a
queda de qualidade para os anos anteriores é brutal. O samba tem
dois momentos interessantes, nos versos "O rio de tempos
atrás / Chiquinha escreveu em notas musicais" e no
refrão do "Piano me diz quem é". O resto
não segue este nível e o refrão de cabeça
é muito fraco. NOTA DO
SAMBA: 8
(João Marcos).
Belo samba, um dos melhores de 97, com um refrão do meio maravilhoso. NOTA DO SAMBA: 9,9 (Luiz Henrique).
Não
chega a ser
tão ruim quanto a outros sambas do CD mas muito longe da
qualidade de outros sambas da escola. O refrão de cabeça
é
muito fraco e fora uns dois momentos interessantes, o resto do
samba é fraco. NOTA
DO SAMBA: 8 (Daniel Lorga). 10 - IMPÉRIO SERRANO - Jorginho do Império, com sua relevante afinação, impõe lirismo a qualquer samba que cante. O samba-enredo da Império Serrano de 1997 possui uma melodia fantástica, porém a letra é fraquíssima. Os compositores fizeram "girar" rimar com "magia" no refrão principal, ou seja, transferiram a sílaba tônica do vocábulo "magia" de "gi" para "a". Maldita obsessão nos sambas-enredo de hoje por palavras como "magia", "fantasia", "alegria", "energia"... Isso sem contar as constantes rimas com verbos no infinitivo (os terminados em "ar", "er" e "ir"). Pois o refrão principal do samba conseguiu a proeza de misturar os dois problemas. E sua fraca passagem na avenida (o samba, embora bonito, possui muitas características de arrastamento em sua melodia) contribuiu para o rebaixamento da escola em penúltimo lugar logo no ano de seu cinqüentenário. Resultado: o samba-enredo é odiado por nove entre dez bambas. Destes dez, o único que gosta do samba sou eu. NOTA DO SAMBA: 9,1 (Mestre Maciel). Outro samba que prima pela bela melodia e péssima letra. A melodia deste samba segue a linha tradicional da escola, sempre primando pela suavidade das variações tão clássicas já da verde e branco. Mas, como o tema oferece muito pouco, a letra acaba por levar este samba à lona. A homenagem totalmente sem nexo a Beto Carrero no cinquentenário do Império Serrano não só custou à escola um samba de gosto duvidoso como também o rebaixamento. NOTA DO SAMBA: 8,5 (Franclim). Desde quando Beto Carreiro é presente para uma escola como o Império, ainda mais quando ela completa meio século de glórias? O começo já dá o tom de um samba com letra inocente e cheio de passagens obscuras, tais como "Vi dinossauro, vi Tarzan na selva ôôô". Muito pouco para uma agremiação que se orgulha de possuir uma das melhores, senão a melhor safra de sambas-enredo do Grupo Especial. Do resultado, todos se lembram: o Império amargou o terceiro rebaixamento de sua história. Nem a bela performance da bateria (no CD e na avenida) salvou. NOTA DO SAMBA: 8,7 (Cláudio Carvalho). O enredo era Beto Carrero, mas os compositores eram Arlindo Cruz e cia. Mesmo assim, o resultado não foi dos melhores. A letra é paupérrima em poesia, apesar de contar o enredo. A melodia nem parece que foi feita por um timaço de craques, em se tratando de sambas de enredo. É repetitiva e genérica. Infelizmente, o Império Serrano, que completava 50 anos, caiu. Jorginho do Império salva a faixa com sua classe e elegância de sempre. Destaque para o naipe de agogôs, que sobressaem na segunda passada do samba. NOTA DO SAMBA: 8,5 (Bruno Guedes). A melodia deste samba não é ruim, mas com um enredo desses, nem Silas de Oliveira. Acho que só Freud explica as razões para o Império, quando parece querer se reencontrar, tenta se sabotar de todas as formas possíveis. Depois de Betinho, Beto Carreiro. Depois de Império do Divino, Ser Diferente é Normal. É negócio impressionante. Cantar na avenida "Vi dinossauro, vi Tarzan na selva ôô" realmente é dose de mamute. E eu nem culpo Arlindo e cia. por isso: se ele fugisse do enredo mais do que isso, escolheriam outro samba e talvez o monstro ainda fosse mais feio. Enfim, 97 foi um desfile para o imperiano esquecer definitivamente. NOTA DO SAMBA: 7,2 (João Marcos). Letra precária, mas de melodia muito boa. É mediano, mas Jorginho do Império se deu bem e salvou o samba, que rebaixou o Império em seus 50 anos. NOTA DO SAMBA: 8,9 (Luiz Henrique).
Para variar,
mais um samba ruim no cd. Também com um enredo
sobre Beto
Carreiro, nem Silas de Oliveira. Uma escola que tem uma
história, uma safra excepcional como o Império não
pode de
forma alguma levar isso para a avenida. Como foi dito pelo João
Marcos, cantar "Vi dinossauro, vi Tarzan na selva ôô"
é terrível. A melodia não é ruim e
até tem um desconto, pois
com um enredo desses... A bateria (belo desempenho no CD e na
avenida) foi à única coisa que se salvou. Um ano para o
imperiano esquecer definitivamente. NOTA DO
SAMBA: 7,3 (Daniel Lorga). 11 - ESTÁCIO - O samba é crucificado pelo simples fato da Estácio ter sido rebaixada no ano de 1997. Infelizmente, a escola nunca mais conseguiu voltar para o Grupo Especial (até rebaixada para o Grupo B foi em 2004). Mas o hino estaciano de 1997 é muito bonito. A letra é bem feita e se encontra toda em primeira pessoa. Embora muitos critiquem este formato, eu o admiro muito. Como os dois refrões são curtos e cantados um atrás do outro, o andamento do samba fica por conta de sua parte restante, de melodia com variações discretas, o que geralmente provoca um arrastamento na avenida. Mas admiro muito este samba-enredo, muito bem cantado pelo sempre eficiente David do Pandeiro. NOTA DO SAMBA: 9,1 (Mestre Maciel). Sempre que eu lembro desse samba eu penso... "Realmente a Estácio queria cair". Samba de péssimo gosto, a começar pela letra, sem nenhum tratamento poético, jogada pura como está na sinopse, narrando de forma quase medonha a trajetória do perfume na história. O trecho "Sou oriundo do vegetal/E também do animal" mostra bem a pobreza de poesia da letra. Mas o pior ainda está por vir. Está na melodia o grande equívoco do samba. Os versos parecem quase separados quando cantados, pois a melodia não oferece elos de ligação. Pra piorar, o samba não possui refrões, e apenas dois simplórios bis, sem nenhuma força. A Estácio, com este samba, parecia já saber que iria cair em 97. NOTA DO SAMBA: 6 (Franclim). A final do concurso de sambas-enredo da Estácio foi realizada no GRES Acadêmicos do Salgueiro, uma vez que o Leão estava sem quadra, pois havia sido despejado para a construção do Teleporto, que homenageara no mesmo ano. Dali em diante, a escola ficou com a moral baixa, e só conseguiu colocar seu carnaval na rua devido a ajuda de co-irmãs, como a Imperatriz Leopoldinense. Apesar de pobre, o desfile foi empolgante, e a escola deu um show de samba no pé. Há pouco tempo tive a oportunidade de assisti-lo em vídeo, e o esquenta da escola (naquela época a Globo transmitia) me deixou emocionado. Na hora em que a bateria entrou, todos os diretores, como Ciça, Beloba e Esteves se abraçaram, aos prantos. No decorrer da faixa, reverencia a Bateria Medalha de Ouro, primeira e única! Quer mais? Então, aí vai. Esse samba foi composto por Baby, sobrevivente da chacina da Candelária, que chegou a conhecer Pixote na periferia de Diadema, onde os dois nasceram. Ele, Basílio, Zé Luiz e Gabrielzinho do Pandeiro são os autores do canto do cisne da Estácio no Grupo Especial. A falta que ela faz... NOTA DO SAMBA: 9,2 (Cláudio Carvalho). Outro samba que divide opiniões. Eu gosto da melodia do
mesmo. A letra conta o enredo, mas de uma maneira pouco inspirada
e simples por demais. David do Pandeiro faz um belo trabalho e a
bateria Medalha de Ouro, nem se fala. Há dois refrões
minúsculos e a estrutura do samba lembra os de outras
épocas,
sem divisão de: primeira parte/refrão/segunda
parte/refrão
principal. NOTA
DO SAMBA: 8,9 (Bruno Guedes). Samba bom, de excelente melodia. NOTA DO SAMBA: 9,3 (Luiz Henrique). Um samba trash. Sinceramente,
eu prefiro escutar um trash do
que o montão de porcarias insossas e desprovidas de qualquer
beleza que estão presentes no cd. Pelo menos, o trash é
divertido e você canta com muita raça os piores versos do
samba. O samba até tem alguns momentos muito bons, mas é
lógico que isso não é digno de se elevar bastante
à nota de
um samba. NOTA
DO SAMBA: 7,8 (Daniel Lorga). 12 - UNIDOS DA TIJUCA - Embora longo, é um samba-enredo belíssimo. Possui uma letra fenomenal, um refrão principal bem chamativo ("Jardim Botânico eu sou..."), um refrão central emocionante ("Já fui engenho, fabriquei a dor...") e as demais partes envolventes. O fato dos versos, principalmente na segunda parte do samba, serem cantados de forma mais acelerada prejudicou um pouco a harmonia e o andamento do samba na avenida, mesmo cantado pelo grande Serginho do Porto, que impõe classe aos sambas que entoa. Mas é um samba magistral. NOTA DO SAMBA: 9,4 (Mestre Maciel). A Tijuca, em 97, trouxe um samba de letra muito bem escrita e recheada de poesia, realmente retratando com maestria um passeio no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, através de sua rica flora advinda de todos os cantos do mundo. A melodia também é interessante, apesar de menos brilhante que a letra. Em pequenos trechos da segunda parte do samba, a letra não cabe dentro da melodia, ocasionando pequenos problemas de pronúncia, como no trecho "Pra espécies em extinção/Crescerem livremente". Mas é um belo samba enredo. NOTA DO SAMBA: 9,3 (Franclim). Samba de versos muito longos e melodia lenta. Do tipo que gosta de tudo explicadinho, nos míiiiiiinimos detalhes, como dizia aquele personagem de "A Praça é Nossa". Como destaques positivos, as belas performances de Serginho do Porto e da bateria de Mestre Silvão. NOTA DO SAMBA: 8,5 (Cláudio Carvalho). Muito bonito. Melodia incomum e a letra é muito boa. A letra
é enorme, mas não é cansativa justamente por causa
de duas
coisas: a melodia e Serginho do Porto. Um dos grandes sambas da
escola do Borel e que, por curiosidade, é pouco lembrado. A
segunda do samba começa em tom muito baixo e de repente sobe. Um
dos grandes sambas do ano. NOTA DO
SAMBA: 9,6 (Bruno Guedes). Belíssimo samba! A melodia é sensacional e a letra é muito boa, principalmente no refrão inicial. A segunda parte carece um pouco de letra, mas não tira a beleza do samba. Pra mim é um dos melhores da história da escola. NOTA DO SAMBA: 9,8 (Luiz Henrique).
Falam que
Serginho do Porto é azarado, mas eu pergunto: qual a
responsabilidade dele nesse samba ruim da Unidos da Tijuca? Um
Jamelão até consegue salvar sambinhas insossos como esse,
mas
um Serginho do Porto não. Ele é um bom interprete que
merecia
ter mais valor junto aos bambas. Vamos falar do samba: a melodia
é arrastada e a letra (tipo resumo de sinopse) tem graves
problemas de métrica. O que salva um pouco são os
refrões que
tem bons momentos. NOTA DO SAMBA: 7,3 (Daniel Lorga). 13 - MANGUEIRA - O refrão principal do samba diz o seguinte: "De braços abertos, sou o Rio de Janeiro/2004 é o sonho brasileiro". Na época, o Rio estava a mil com a sua candidatura para ser sede das Olímpiadas que aconteceriam em Atenas. Seria melhor adaptar para "De braços abertos, sou o Rio de Janeiro/2004 FOI o sonho brasileiro". Ou adaptar para 2016, já que o Rio ganhou o direito de ser sede... Deixando de lado o papo furado, vamos à análise do samba. Possui uma boa letra, mas a melodia é chata demais (principalmente no longo e arrastado refrão central). Na minha opinião, é um dos piores sambas que a Mangueira já levou para a avenida. NOTA DO SAMBA: 8,5 (Mestre Maciel). A Mangueira, seu chão, sua história e sua popularidade tem a força de dar vida a qualquer samba enredo que leva para a avenida. Em 97 foi o que aconteceu. O samba da Mangueira é fraco. Também prejudicada pelo tema, a letra é trôpega e pobre na maioria do samba. A melodia é também simples, sem quase nenhuma criatividade. Na avenida, a escola fez este samba funcionar muito bem para o desfile. NOTA DO SAMBA: 8,5 (Franclim). Samba que serviu como propaganda para uma candidatura que morreu na raiz: Rio-2004. A cidade maravilhosa não conseguiu ser eleita sede das Olimpíadas, e esse samba fraco, de certa forma, pode ter colaborado para isso. Além da letra pobre, a melodia não empolga em nenhum momento. Definitivamente, não tem nada a ver com a escola. NOTA DO SAMBA: 8,4 (Cláudio Carvalho). Outro samba "oba oba" da Estação Primeira. E outra
boa obra. A letra resume o enredo muito bem, contando a história
dos Jogos Olímpicos. A melodia é o ponto forte, com
variações
principalmente na segunda parte e no refrão principal.
Jamelão
está bem irreverente na faixa do CD e faz um alusivo lindo no
início da mesma. NOTA
DO SAMBA: 9,5 (Bruno Guedes). O pior do ano, sem sombra de dúvidas! Vejo que nem Jamelão o conseguiu interpretar. Esse pra mim é o pior samba da historia da Mangueira. NOTA DO SAMBA: 4,9 (Luiz Henrique).
Horrível.
Um samba que nem o mestre Jamelão conseguiu salvar.
Concordo com o João Marcos: o refrão de cabeça
é grudento, o
do meio é gigante e, sem sombra de dúvidas, um dos piores
da
história do carnaval. A melodia também é muito
ruim. Já a
letra é paupérrima. Um dos piores sambas da
história da
Mangueira. NOTA
DO SAMBA: 3,5 (Daniel Lorga). Clique
aqui para ver a
letra do samba
14 - VILA ISABEL - Bela marcha-enredo. Curtinha, com um refrão principal oba-oba, um refrão central maravilhoso e as demais partes bastante líricas, o samba da Vila de 1997 é suave e gostoso de se ouvir. Apesar que, pelo fato de ser um samba muito curto, também podemos enjoar de ouvi-lo facilmente. Gera e Jorge Tropical, pelo menos no CD, mantêm uma bela harmonia. NOTA DO SAMBA: 9,2 (Mestre Maciel). Samba recheado de boas passagens melódicas. O tema, sobre os carnavais antigos, pedia este requinte de poesia e até um desleixo quanto a alguma preocupação com a ordem de acontecimentos dos fatos. A Vila preferiu o caminho mais simples, mas não menos bonito de recordar de forma romântica os velhos carnavais. A melodia marcheada se encaixa bem na proposta da escola. Na avenida, foi o samba que mais encaixou bem com o andamento da bateria, ficando ainda mais bonito que no CD, onde passa um pouco desapercebido. NOTA DO SAMBA: 9,3 (Franclim). "Rio de Janeeeeiro", "Ratiifiiiiiica". É um samba de melodia fraquíssima e letra um tanto quanto apelativa, cheia de clichês, tais como "Vem nessa onda ioiô, vem nessa onda iaiá", "Pierrôs e colombinas" e "Os velhos tempos não se vão jamais". Uma das babas do CD. NOTA DO SAMBA: 7,4 (Cláudio Carvalho). Muito bom também. Gera e Jorge Tropical deram o tom certo ao
samba (de um compositor só!!!!!) que chamava
atenção para os
rumos que o carnaval carioca estava tomando. Mas não adiantou de
nada, ninguém prestou atenção e o carnaval cada
vez mais perde
sua essência de festa popular... Mas voltando a obra, tem uma
melodia linda, emocionante principalmente na segunda parte quando
relembra os carnavais antigos. Destoou apenas o refrão
principal: "Vem nessa onda, iô iô/ Vem nessa onda, ia
iá". NOTA
DO SAMBA: 9,5 (Bruno Guedes). Muito chato esse samba, no refrão se repete tantas vezes o “Vem nessa onda io iô” que sempre pulo essa faixa (como faço com a da Mangueira).NOTA DO SAMBA: 7 (Luiz Henrique).
O tema era o
resgate do samba, o mesmo do Império de 1982. Esse samba ajuda
entender bem a diferença de um samba antológico como o do
Império com um samba normal que nem esse da Vila. O do
Império
é emocional e passa com clareza a mensagem, já este
é
apelativo e cheia de clichês. O que se salva são alguns
bons
momentos melódicos que ajudam o samba a ter uma
avaliação
razoável. Enfim, mais um samba descartável da tenebrosa
safra
de 1997. NOTA DO
SAMBA: 8 (Daniel Lorga). 15 - UNIÃO DA ILHA - Ito Melodia, em sua estréia como único intérprete oficial da União da Ilha (no ano anterior, cantou junto com o pai Aroldo), parece ter comprometido, já que a escola pediu socorro ao inigualável Rixxa no ano seguinte. No mais, o samba da Ilha de 1997 mescla animação com lirismo. Longo, também se arrastou facilmente na Sapucaí. A escola evidentemente possui sambas melhores. NOTA DO SAMBA: 8,9 (Mestre Maciel). Samba que funciona muito bem no CD, mas que na avenida não funcionou. Samba longo, de letra confusa em diversos trechos e com pouca criatividade. A melodia também tem poucas variáveis interessantes. NOTA DO SAMBA: 8,3 (Franclim). A bossa da bateria dá o tom no início da faixa, e o show continua ao longo da mesma. Mas o samba em si é fraco, além de mal estruturado. Tem três refrões pequenininhos, e a parte final é imensa se comparada com as demais. No primeiro refrão, o Rio é citado como "cidadiii" maravilhosa, e o que se segue a ele é apelativo. A expressão "porrrada" lembra um daqueles proibidões do funk. A letra é cheia de clichês, com verbos que se repetem de uma maneira desnecessária. Um dos piores sambas da história da tricolor insulana. Em 97, as escolas que possuem belas safras de sambas-enredo ficaram devendo. NOTA DO SAMBA: 7,6 (Cláudio Carvalho). Mais um samba mediano do CD. Mas nessa faixa há duas coisas
que valem repeti-la: Ito Melodia muito bem e a bateria da Ilha
dando um show. A letra é de gosto duvidoso, deixando de lado a
poesia característica da escola Insulana. Melodia repetitiva,
mas que não cansa como em outros sambas do ano. NOTA DO SAMBA: 9
(Bruno Guedes). Bom samba! Ito Melodia mandou muito bem na animada obra da Ilha. NOTA DO SAMBA: 9,1 (Luiz Henrique).
Para uma escola
que já teve "Domingo", esse samba é muito ruim.
Sinceramente, é forçado demais a expressão "dei
muita
porrada, eu dei". Num funk, tudo bem, mas num samba,
isso pega mal. Pereira Passos merecia um samba melhor e que não
fosse apelativo. NOTA
DO SAMBA: 6,9 (Daniel Lorga). 16 - ROCINHA - Na primeira vez que a escola desfilou no Grupo Especial, a Rocinha me aparece com um samba desses. O hino da Rocinha para 1997 não chega a ser lamentável. Vamos colocar os pingos nos is: é simplesmente patético e chega a ser engraçado de tão ridículo. A começar pela melodia enjoada e genérica, sem qualquer tipo de originalidade. E a letra, então? Como já diria o saudoso Jackson Martins, dá vontade até de chorar. "Mickey Mouse e sua namorada/Formam um casal feliz" são, na minha opinião, os piores versos, os mais sem criatividade da história do carnaval carioca (até porque Minnie não rima com nada). Sem contar que há versos com rimas que até crianças no Jardim de Infância fariam, como "Vem, vamos brincar, extravasar/Explodir de alegria/Amor e sonho/Realidade e fantasia". Pobre Rocinha, pobre do eficiente intérprete Alexandre da Imperatriz (ou D'Mendes). Como tiveram coragem de desfilar com um samba desses? O resultado não poderia ter sido outro: Rocinha rebaixada em último lugar! O samba de 1997 da Rocinha desponta como sério candidato ao título de pior samba-enredo de todos os tempos. NOTA DO SAMBA: 4 (Mestre Maciel). Samba totalmente prejudicado pelo tema que é terrível. Fica até difícil comentar um samba que tem um enredo desses pra contar. Mas tanto letra quanto melodia fazem o dever de casa da forma mais simples possível, a ponto de não ficar tão fraco. NOTA DO SAMBA: 7,5 (Franclim). Se nem as escolas tradicionais conseguiram vir com um bom samba, imaginem essa pobre coitada aí, recém saída da Intendente Magalhães. A coisa já começa feia no alusivo: "Veeeeeeeeem...". Parece até o seu Bertoldo Brecha, da "Escolinha do Professor Raimundo", que gritava: Veeeeeeeeeeeenha! O samba segue no mesmo nível, com sua letra paupérrima e melodia pra lá de manjada. Parece até que a escola ainda desfilava em Campinho, tamanha a mediocridade. Falar de Mickey Mouse, Pluto e Pateta numa letra de samba só poderia dar nisso. NOTA DO SAMBA: 7,1 (Cláudio Carvalho). Vice-campeã do Acesso em Samba com uma boa melodia. Não o acho ruim, é apenas diferente. A segunda parte sim é fraca, mas não chega na tanto em nível de ruindade como no samba da Mangueira. NOTA DO SAMBA: 9,2 (Luiz Henrique).
O pior do
ano.
Vamos dar um desconto: seguir a fórmula de bolo da LIESA com um
enredo sobre a Disney é uma tarefa que não é
fácil. É
difícil exigir dos compositores algo melhor com esse tema. A
letra é paupérrima e a melodia segue o mesmo
nível. O que
salva um pouquinho são alguns momentos melódicos
razoáveis,
mas enfim, é um samba horrível tanto na parte
estética quanto
artística. Não poderiam escolher obra melhor para fechar
o cd.
Simboliza o nível dos sambas do ano. NOTA DO SAMBA: 1,5 (Daniel Lorga).
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