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Os sambas de 1996 - Acesso A A GRAVAÇÃO
NO CD: O CD do Acesso A 96 foi gravado a partir de um projeto
da ASCERJ e do DJ Marlboro. O coro e o conjunto de ritmistas são
excelentes, mas o resultado final, a meu ver, não ficou bom.
Além da safra não ser das melhores (tampouco os intérpretes),
foram gravadas num ritmo lento e moroso, o que faz com que
escutar esse CD de cabo a rabo não seja programa dos mais
agradáveis. NOTA DA GRAVAÇÃO: 5,0 (Cláudio Portela). 1 - São Clemente - É um samba ao melhor estilo antigo, com uma primeira parte relativamente pequena e uma segunda bem maior. A letra é bem simpleszinha, cheia de lugares comuns e a melodia não tem nada demais, mesmo porque os cacos a tornam bastante enjoativa. NOTA DO SAMBA: 7,8 (Cláudio Portela). A simpática agremiação do bairro de
Botafogo queria se distanciar da imagem forjada nos anos 80 e
início dos 90 de ser uma escola com enredos de crítica
política. “Quem é do mar não enjoa”, foi um tema light,
baseado em ditos populares. O samba não é nenhuma obra-prima,
mas tem um balanço gostoso. O puxador, Nego Lindo, é pra lá de
limitado e não valorizou em nada o samba. NOTA DO SAMBA: 8,0 (Rixxa Jr). Clique
aqui para ver a letra do samba 2 - Cubango - A letra é boa, mas a melodia se arrasta, fazendo com que o samba se torne quase que insuportável de se ouvir. NOTA DO SAMBA: 8,7 (Cláudio Portela). Realmente a melodia deste samba é
arrastada. O samba vai, vai, vai e quando é para explodir, nada
acontece. Os dois refrões são fraquíssimos. Não por acaso, a
escola caiu para o Grupo B. O pior do disco, um autêntico
pula-faixa. NOTA DO SAMBA: 7,5
(Rixxa Jr). 3 - Santa Cruz - Samba de letra e melodia pobres, ao contrário do que sugere o enredo. NOTA DO SAMBA: 8,6 (Cláudio Portela). O samba até que é legal, mas parece um
recorte de outros já conhecidos. O refrão principal “Encantou
meu coração/ Ribalta, sonho, luz e ilusão/ Encantou meu
coração/ Santa Cruz é festa, é emoção” lembra
“O Salgueiro é pra quem tem fé/ no gingado das baianas/
vem meu povão/ diz no pé”, do carnaval do
Salgueiro em 1990. O tema também já tinha sido abordado pela
Beija-Flor em 87. A letra é ousada, ao fazer a comunidade de
Santa Cruz pronunciar versos como “o teatro Bolshoi é
lindo exemplo” ou “o grande Lidô de
Paris”. A escola subiu ao Grupo Especial pelo desfile
tecnicamente perfeito apresentado. NOTA
DO SAMBA: 9,3 (Rixxa Jr). Clique
aqui para ver a letra do samba 4 - Rocinha - A letra, excetuando-se algumas tiradas inéditas, é mais do mesmo. O intérprete e a melodia não são lá essas coisas. Resumindo: é um samba do nível do CD, ou seja, fraco. NOTA DO SAMBA: 8,6 (Cláudio Portela). Um samba gostoso de se cantar e muito bem
composto. A melodia vem na esteira da apresentada pela escola no
ano anterior, no samba “Sem medo de ser feliz”. Apesar
deste “Bahia com muito amor” ser um tema manjado, a
escola apresentou novidades como retratar a Tropicália.
Interpretação competente de Niltinho Oliveira (que anos mais
tarde brilharia na Alegria da Zona Sul). NOTA DO SAMBA: 9,5 (Rixxa Jr). Clique
aqui para ver a letra do samba 5 - Engenho da Rainha - Uma das exceções do disco, nem tanto por letra ou melodia (razoáveis), mas sim pelas belas performances de Ciganerey e da bateria. NOTA DO SAMBA: 9,0 (Cláudio Portela). Uma das coisas mais legais que o carnaval
possibilita é o conhecimento de acontecimentos e fatos
históricos. O “Anjo Azul” que o Engenho levou à
Sapucaí em 96 não se referia à atriz alemã Marlene Dietrisch,
conhecida pelo filme homônimo, e sim a um bar que existiu
durante 50 anos em Salvador, que era ponto de encontro de
artistas plásticos baianos. O samba é gostoso, curtinho e com a
interpretação sempre primorosa de Ciganerey. NOTA DO SAMBA: 9,0 (Rixxa Jr). Clique
aqui para ver a letra do samba 6 - Vizinha Faladeira - Outra performance sofrível do intérprete de voz nasalada, embalando mais um daqueles sambas ''oba-oba'' que falam o time e a escola do homenageado, além de trazer uma série de clichês na letra. NOTA DO SAMBA: 7,6 (Cláudio Portela). “Ginga, Vizinha! Ai, ai... que
emoção!”... Carlinhos Cantor (mais tarde rebatizado
Carlinhos Emoção) e a Vizinha Faladeira atacam novamente. A
homenagem à cantora paraibana Elba Ramalho rendeu à escola um
até então surpreendente quarto lugar no Grupo A, apesar do
samba ser bem fraco. Uma marchinha enredo que, no entanto, é bem
alegre e empolgante. NOTA DO
SAMBA: 8,0 (Rixxa Jr). Clique aqui para ver a letra do samba 7 - Arrastão de Cascadura - Uma espécie de marcha-enredo, com sua letra pequenininha. A melodia, porém, escapa ao modelo, pois é sóbria. É um samba diferente, que não parece ter sido feito em sua época. NOTA DO SAMBA: 8,8 (Cláudio Portela). Um dos últimos (acho até que foi realmente
o último) registro num CD oficial de um samba desta importante
escola de samba do Rio de Janeiro. “As icamiabas” tem
jeito daqueles sambas compostos no final dos anos 70 e início
dos 80 quando os discos eram gravados na extinta Top Tape. A
interpretação é de Barreto, também um puxador das antigas.
Típico produto das parcerias que os compositores Amaury, Netinho
e Jacy Inspiração faziam naqueles tempos, o samba tem uma
melodia pesada, em tom menor, na primeira parte e nos refrões e
uma segunda parte mais leve. Ideal para os nostálgicos. NOTA DO SAMBA: 9,3 (Rixxa Jr). Clique
aqui para ver a letra do samba 8 - Unidos do Cabuçu - Samba que traz na letra uma série de sacadas inteligentes, embaladas por uma melodia bem engajada. NOTA DO SAMBA: 8,9 (Cláudio Portela). Ao comemorar seu cinqüentenário, a Unidos
de Cabuçu resolveu contar a história da propaganda no Brasil e
rendeu esta belíssima composição, que mereceu o Estandarte de
Ouro de melhor samba do Grupo A. A letra é recheada de
referências e slogans publicitários que passaram pelo país
desde os primórdios da propaganda. A melodia é inspirada e
passeia por situações harmônicas interessantes. Uma bela
interpretação do sumido Sidney Moreno (ex-São Clemente e
Arrastão de Cascadura). NOTA DO
SAMBA: 10 (Rixxa Jr). Clique aqui para ver a letra do samba 9 - Villa Rica - Outro samba bom, raridade nesse disco. De forma simples e objetiva, narra um dos eventos mais tradicionais do calendário baiano: a tradicional Lavagem do Bonfim. A melodia, redondinha, é outro ponto forte. NOTA DO SAMBA: 9,4 (Cláudio Portela). Mais um exemplo de uma agremiação que teve
uma ascensão meteórica, mas não conseguiu se manter entre as
grandes agremiações. A Unidos de Villa Rica (originariamente um
bloco) começou a desfilar como escola de samba em 1991 e em
apenas cinco anos de existência já estava entre as grandes do
carnaval carioca, desfilando no Grupo Especial em 1995. Desde
então, a escola parece procurar a fórmula mágica que a fez
emergir tão rapidamente. “A Lavagem do Bomfim” é um
bom samba que, no entanto, não se apresentou na avenida. A Villa
Rica simplesmente não desfilou e foi automaticamente rebaixada
para o Grupo B. NOTA DO SAMBA:
8,6 (Rixxa Jr). 10 - Em Cima da Hora - Não só é o melhor samba do CD, mas um dos melhores da história do Acesso. Retrato fiel da boemia carioca, traz um excelente refrão inicial e uma brilhante interpretação de Rogerinho. NOTA DO SAMBA: 9,8 (Cláudio Portela). A simpática escola azul e branca do bairro de Cavalcante vivia um bom momento, estabilizada no Grupo A e lutando para recuperar seu status de escola de Grupo Especial. Em 96, escolheu um tema que retratava a boemia do Rio e o samba (sobre o Largo da Carioca) é uma pequena obra-prima. Não fosse o excelente hino da Cabuçu, certamente teria conquistado o Estandarte de Ouro. Um samba inspirado como “Iara Cigana, canta, dança e toca, é Rio, é rua, é Carioca” faz muita falta na Marquês de Sapucaí. NOTA DO SAMBA: 10 (Rixxa Jr). Clique aqui para ver a letra do samba |
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