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ZÉ DI

ZÉ DI

      

     

       Nome Completo: José Dias


     

       Ano de nascimento: 1936


       Ano de falecimento: 2022

           

                                                                     

Paulista de Mogi Mirim (SP), Zé Di é um compositor e intérprete que, além do samba enredo, também passeia por outras searas musicais:  ele apareceu no cenário musical em 1963 com a música “Mil desejos”, classificada em segundo lugar no Festival de Música Infantil, da TV Excelsior. Compôs com Luiz Vieira “Caminhos do amor” e “Escola da vida”, esta última, gravada em 1965, por Hebe Camargo. Ainda nos anos 1960, o ecletismo era característica de sua obra e Zé Di entrou de cabeça nos festivais, muito em voga naquela década. Foi vencedor dos festivais 1º Festival da Música Sertaneja (66), da TV Paulista; e do Festival da Agroceres (88); 2º lugar do Festival da Música Infantil (67), entre outros prêmios.

No mundo do samba, começou a ter destaque em 1971, quando a escola de samba Vai-Vai desfilou com o samba-enredo “Independência ou morte”, de sua autoria. No ano seguinte, a escola voltou a desfilar com outro samba seu, “Passeando pelo Brasil”. Mas o paulista resolveu aventurar-se em terras cariocas e acabou chegando à ala de compositores da Acadêmicos do Salgueiro. Concorreu e venceu a disputa que escolheu o samba para o enredo "Rei de França na Ilha da Assombração", com a qual o Salgueiro foi campeão no carnaval de 1974. Zé Di e Laíla puxaram o samba na Avenida Presidente Vargas. Neste mesmo ano, lançou o LP "Zédi... samba", pela gravadora Tapecar, no qual estavam as faixas “Independência ou morte”, “Salgueiro chorão” e, claro, o “Rei de França...”.

No ano de 1976 gravou pela Tapecar seu segundo LP, "Meu recado". Na bolacha, interpretou compositores como Norival Reis, Vicente Mattos, Luiz Grande, entre outros. Em 1978 apresentou com Nelson Cavaquinho o show "Brasileiríssimo". No ano seguinte, em parceria com o amigo Luiz Vieira, fez show no Copacabana Palace.

Em meados de 1979, a diretoria do Salgueiro anunciou, para o carnaval de 1980, um enredo sobre Lamartine Babo. No entanto, uma crise financeira e uma crise de gestão fizeram com que a escola modificasse o tema a poucos meses antes do desfile. A toque de caixa, a ala de compositores foi convocada para fazer o samba que iria ser a trilha sonora para o novo enredo “O bailar dos ventos, relampejou, mas não choveu”. Um mutirão formado por Zé Di, Zuzuca, Moacir Cimento e Haideé resultou na composição que ajudou o Sal a classificar-se em 3º lugar naquele ano difícil. Dois anos depois, Zé Di novamente concorria no Salgueiro, desta vez para o tema “No reino do faz-de-conta” e novamente seu samba foi o escolhido, em parceria com César Veneno. Como o puxador titular Rico Medeiros encontrava-se em viagem à Europa, foi Zé Di o detentor do microfone número 1 na ocasião do desfile. Em 1986, ainda pela gravadora Tapecar, lançou o disco "Muito obrigado".

A partir daí, Zé Di passa a lançar discos esporádicos, a fazer shows e prossegue concorrendo nas disputas da Academia. Em 1993, gravou “Rei de França na Ilha da Assombração” no CD referente ao Salgueiro na coleção Escolas de Samba do Rio de Janeiro, lançada pela Sony Music, com produção de Rildo Hora.

Zé Di faleceu em 21 de fevereiro de 2022.

Início: Ala de compositores da Vai-Vai (SP), no final dos anos 60. No início dos anos 70, ingressou na ala de compositores do GRES Acadêmicos do Salgueiro.
1974 – Salgueiro (com Laíla e Noel Rosa de Oliveira)
1982 – Salgueiro

GRITO DE GUERRA: Zé Di é da época em que o grito de guerra não era comum entre os puxadores de samba. Mas na gravação do LP em 1982, seu grito de guerra foi: Deslumbra, Salgueiro!

CACOS DE EMPOLGAÇÃO: Não tinha muitos cacos. Preferia fazer a chamada com a primeira palavra do verso do samba. De vez em quando, nas gravações, apareciam também "alô bateria, segura", "simbora Salgueiro", “vai”, “geral!” (referindo-se para o coral entrar na repetição de um verso do samba).

SAMBAS DE SUA AUTORIA: “Independência ou morte” (Vai-Vai/1971), “Passeando pelo Brasil” (Vai-Vai/1972); “Rei de França na Ilha da Assombração” (Salgueiro/1974, com Luiz Malandro); “O bailar dos ventos, relampejou, mas não choveu” (Salgueiro/1980, com Zuzuca do Salgueiro, Moacir Cimento e Haideé); “No reino do faz-de-conta” (Salgueiro/1982, com César Veneno).

DISCOGRAFIA:

- Zé Di... samba (1974)
- Meu recado (1976)
- Muito obrigado (1986)
- Coleção Escolas de Samba do Rio de Janeiro – CD Acadêmicos do Salgueiro (1993)
- Zé Di (2002)
- Encontros (2010)

MAIS FOTOS DE ZÉ DI

 
Contracapa do disco "Zé Di samba" (1974)

 
Capa do primeiro disco (1974)

 
Capa do disco de 1976