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TIÃOZINHO DA MOCIDADE

TIÃOZINHO DA MOCIDADE

      

 

     

Nome: Neuzo Sebastião de Amorim Tavares

Ano de nascimento: 1949

     

                                                                    

   
Tiãozinho é cria da Mocidade Independente. Nascido e criado na Vila Vintém, localizada na zona oeste, nas proximidades da escola. O talentoso sambista é reconhecido e respeitado não só no Brasil, mas também no exterior.

O “moleque Tião”, como era conhecido quando criança, passou a desfilar na verde e branco aos 14 anos de idade, como componente. Em 1976, ingressou na ala de compositores de Padre Miguel.

O compositor é vencedor de cinco sambas de enredos inesquecíveis: “Como era verde o meu Xingu” (1983), “Bruxaria e outras histórias do arco da velha” (1986), além das três obras primas que levaram a agremiação a conquistar o campeonato no desfile oficial das escolas de samba na Marques de Sapucaí: “Ziriguidum 2001 Carnaval nas Estrelas” (1985), “Vira virou a Mocidade chegou” (1990) e “Chuê chuá, as águas vão rolar” (1991).

No entanto, o talento de compositor não se restringe apenas à Sapucaí e já rompeu fronteiras. Venceu disputas no carnaval de São Paulo (Gaviões da Fiel, com obras em que, segundo o sambista, compôs mas não assinou), Manaus (Mocidade de Ipixuna e Mocidade Coroado), Macapá (Piratas da Batucada) e no estado de Tocantins (GRES Ecologia). Também é autor de sambas de agremiações carnavalescas no exterior: Escola de Samba Unidos de Ludivika (Suécia, em 1987), Escola de Samba Unidos da Roseira (Finlândia, em 1999), além de ser compositor e um dos fundadores  da Ecole de Samba Tuc, na França.

Também assinou o samba da escola de samba Flor da Idade, formada em sua grande maioria por componentes com mais de 60 anos de idade. A entidade, formada especialmente para o carnaval de 2007, no qual abriu o desfile do Grupo de Acesso A do Rio de Janeiro, foi iniciativa da Secretaria Extraordinária de Qualidade de Vida, da Prefeitura do Rio. A Flor da Idade desfilou (sem concorrer) com 1.500 componentes, que participavam dos programas municipais para idosos. Tiãozinho foi o autor do samba “Amor, fonte de energia que ilumina a vida”.

Em 2000, Tiãozinho passou a integrar a Velha Guarda da Mocidade Independente de Padre Miguel, da qual tornou-se diretor cultural. Em 2010, gravou de forma independente seu tão sonhado disco de estreia como intérprete, Muleke Tião (seu apelido quando criança), no qual reuniu 13 composições inéditas sozinho ou em parceria, mais um medley com os três sambas enredo campeões do carnaval pela Mocidade. O lançamento do álbum aconteceu no ano seguinte, em um show no Teatro Rival Petrobrás, tendo como convidados especiais Elza Soares, Zé Katimba, a VG da Mocidade e a Bateria Não Existe Mais Quente.

Em 2015, Tiãozinho foi homenageado pelo Bloco Carnavalesco União de Bangu, com o enredo “Tiãozinho da Mocidade é de Bangu também; Conselheiro do samba no Brasil, no Mundo, orgulho da Vila Vintém”. O compositor teve músicas gravadas por diversos artistas, como Jurema, Joyce, Mestre Marçal, Fernando Pinto, Grupo Fundo de Quintal, Emílio Santiago, Wander Pires, Paulinho da Mocidade, Ney Vianna, Glauce, entre outros.

 
Início: Aos 14 anos, como componente da Mocidade Independente de Padre Miguel. Entrou para a ala de compositores da escola em 1976.
1983 a 2001 – Mocidade (apoio de Ney Vianna, Aroldo Melodia, Paulinho Mocidade, Wander Pires e Davi do Pandeiro);
1995 – Mocidade de Ipixuna/Manaus (voz principal);
1996 e 1997 – Mocidade Coroado/Manaus (voz principal);

GRITO DE GUERRA: Sacode ...(diz o nome da escola)!

CACOS CARACTERÍSTICOS: “vamos lá... (diz o nome da escola)”; “e aí”; “obrigado, meu povo”; “alô harmonia”; “sacode... (diz o nome do mestre de bateria)”.

SAMBAS DE SUA AUTORIA: “Como era verde o meu Xingu” (Mocidade/1983, com Dico da Viola, Paulinho Mocidade e Adil); “Ziriguidum 2001, carnaval nas estrelas” (Mocidade/1985, com Gibi e Arsênio); “Bruxaria e histórias do arco da velha” (Mocidade/1986, com Jorginho Medeiros e Dudu); “Vira virou a Mocidade chegou” (Mocidade/1990, com Toco e Jorginho Medeiros); “Chuê chuá, as águas vão rolar” (Mocidade/1991, com Toco e Jorginho Medeiros); “Humor pra dar e vender” (Rocinha/1994, com Célio da Cor, Josias CD e Marcelo Zona Sul); “Yanomami: a milenar convivência do homem com a natureza” (Mocidade de Ipixuna/1995); “Coisa boa é pra sempre” (Gaviões da Fiel/1995, com Grego – não assinou); “Bahia com muito amor” (Rocinha/1996, com Cavaco, Marquinhos, André Luiz, Mais Velho e Carlinhos Madureira – não assinou); “Rudá! Amor e paz” (Mocidade Independente do Coroado/1996); “Força e arte de uma raça” (Coroado/1997); “O príncipe encoberto ou a busca de São Sebastião na Ilha de São Luiz do Maranhão” (Gaviões da Fiel/1999, com José Rifai, Alemão do Cavaco e Ernesto Teixeira – não assinou); “No universo da comunicação, sou mensageiro da emoção” (Piratas da Batucada/2007); “Amor, fonte de energia que ilumina a vida” (Escola da Samba Flor da Idade/2007).

*informações constam no blog do compositor, disponíveis no link http://tiaozinho04.blogspot.com/


DISCOGRAFIA:

- Escolas de Samba Enredos – Mocidade Independente de Padre Miguel (Sony Music, 1993). Faixa: Ziriguidum 2001;
- Sambas Enredo das Escolas de Samba de Manaus 1995 – faixa: Mocidade de Ipixuna;
- Sambas Enredo das Escolas de Samba de Manaus 1996 – faixa: Mocidade Independente do Coroado;
Sambas Enredo das Escolas de Samba de Manaus 1997 – faixa: Mocidade Independente do Coroado;
- Lá em Padre Miguel (coletânea, gravação independente, 1993);
- CD Muleke Tião (Gr. independente, 2011).

FILMOGRAFIA:
- Documentário Rom Rompi Rompilê – Proetno-UNIRIO
- Cinco vezes favela – CUFA
- Roda de Samba Ziriguidum 2011 – Lapa na pressão e Centro Cultural Memórias do Rio, na Lapa Centro Rio.
- Documentário Ensaio Geral – Flávio Sales – GNT
- Filhos do Carnaval – H02 Produções – HBO

MAIS FOTOS DE TIÃOZINHO DA MOCIDADE


Capa do autobiográfico disco Muleke Tião, lançado em 2011, de forma independente.


Com Mestre Jonas (de verde), ex-diretor de bateria e também cria da Vila Vintém.


Tiãozinho na época em que usava barba (e era seguidamente confundido com o também sambista Jorginho do Império), no carro de som da Mocidade em 1984, sendo apoio de Aroldo Melodia.


No canto esquerdo da foto (de barba), no apoio de Paulinho Mocidade, em 1990, ano do campeoníssimo "Vira, virou".


Na concentração para o desfile de 1993, entre Paulinho Mocidade e o maestro José Mauro Mendes, então cavaquinista e diretor musical da verde e branco de Padre Miguel.


De braço levantado, ao lado de Paulo Henrique, enquanto o jovem Wander Pires concede entrevista para a TV Manchete antes do início do desfile que marcou o campeonato da Mocidade de 1996.


Tiãozinho (de casaco verde, no centro da foto), também emprestou seu talento em outros pólos carnavalescos: foi o compositor do samba e voz principal da Mocidade Coroado quando a escola venceu o Grupo de Acesso de Manaus,em 1996.

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