PRINCIPAL    EQUIPE    LIVRO DE VISITAS    LINKS    ARQUIVO DE ATUALIZAÇÕES    ARQUIVO DE COLUNAS    CONTATO

Sinopse Santa Marta 2010
Axé das Águas (Mocidade Unida do Santa Marta - 2010)

Esses elementos e suas ramificações são comandados e  trabalhados por Entidades Espirituais que vão desde os Espíritos Elementares até aos Espíritos Superiores que inspecionam, comandam e fornecem o fluido vital para o trabalho constante de CRIAR, MANTER e TRANSFORMAR a dinâmica evolutiva da vida no Planeta Terra.

“Axé das Águas”

Àse em Yoruba ou Axé em Português significa o poder de realização através de força sobrenatural.

A água é um dos elementos de grande importância na manutenção e preservação do axé, pois é um dos veículos de transporte, a força mágica sagrada que permite mudanças e transformações rumo ao equilíbrio dinâmico do universo.

“Axé das Águas”, ou seja, dos mares e rios, traduz em ABO a água que cura, em OMIERO a água que acalma, em OMIIBONA a água quente que relaxa, em OMITUTU a água fresca, que abre os caminhos para o equilíbrio da ação humana junto à natureza na prática de um dos cultos mais antigos da terra.

Viva OMI OLISSA a águas de Oxalá ritual que inicia ou finaliza o calendário religioso.

Com essa representação a Mocidade Unida da Santa Marta em 2010 pretende, com seu enredo, utilizar a força das águas na busca de mudanças que possam abrir os caminhos de ascensão.

Axé das águas

Olhando fixamente se vê como é grandioso o oceano, suas ondas quebrando na areia, criando a majestosa espuma que faz a abertura da grande cerimônia de apresentação do suntuoso mar em sinfonia.

Não é difícil perceber que ali reina uma só mulher, a majestade dos mares, senhora dos oceanos, Yemanjá ou simplesmente Iemanjá, Deusa das Pérolas.

Iemanjá está presente nos mares e oceanos. É a Senhora das águas salgadas e será ela que proporcionará boa pesca, regendo os seres aquáticos e provendo o alimento vindo de seu reino.

Iemanjá é a onda do mar, o maremoto, a praia em ressaca, a marola. É ela quem controla as marés e protege a vida no mar.

Filha de Olokum, Iemanjá é a Rainha, sereia sagrada, das águas salgadas, considerada a mãe de todos os Orixás. Sintetiza o instinto de mãe, que está ligada a educação dos filhos, a casa e a família. É capaz de transformar a criança que menos promete em um grande guerreiro, como fez com Omolu, que fora abandonado pela mãe, por causa de sua doença. Iemanjá o recebeu e com seu amor de mãe, curou-o fazendo dele um grande guerreiro.

Ela morava em Ifé, mas fugiu, sendo encontrada foi cercada pelos guerreiros de Olofim que tinham saído a sua procura. Precisando Yemanjá utilizou um presente que havia recebido de seu pai, uma garrafa que deveria ser quebrada caso estivesse em apuros. Quebrando-a criou um rio que a levou com segurança para o oceano.

Ela é um dos orixás mais populares do Brasil recebe grandes oferendas e várias homenagens, pois não é só cultuada por pescadores. Como disse Dorival Cayme: “O pescador tem dois amor, um bem na terra um bem no mar”.

"Odô-iá!"

Nesse encontro das águas deixamos o mar e desembarcamos em rios e cachoeiras...

Não poderíamos deixar de falar de Oxum. A divindade do rio que recebeu o mesmo nome do que corre na Nigéria, nas regiões Ijexá e Ijebú.

A deusa do amor e da sedução dona de riquezas fluviais, símbolo da feminilidade. O ouro é seu metal favorito e sua cor mais característica. Símbolo da beleza e grandiosidade. Seu “principal emblema em forma de leque, o ‘Abebe”, simboliza os segredos da geração dentro do útero.

Ela é a responsável e principal protetora da fecundidade e da maternidade, tanto da terra, através da irrigação, por exercer seu poder sobre todas as águas doces do planeta, como das mulheres proporcionando assim a continuidade da vida. Sempre evocada para se conseguir boas colheitas, pois suas águas irrigam os campos, garantindo fartura e para quem deseja ter um bom número de filhos.

Um dos relacionamentos mais conhecidos de Oxum foi com Xangô. As histórias a esse respeito são repletas de violências por parte de Xangô. Em uma dessas histórias Oxum foi aprisionado por Xangô em uma torre do seu castelo.

Exu ouviu o choro de Oxum, conversou com ela, e apresentou se diante de Orumilá pedindo ajuda. Este transformou Oxum em uma pomba, possibilitando sua fuga. O que explica a característica de animal sagrado perante os seguidores e devotos de Oxum!

"Ora Iêiê ô!"

E assim todos podem lavar a alma com o AXÉ DAS ÁGUAS.

Carnavalesco: Jorge Mauricio Knnawer